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Determinação da Capacidade Térmica de um Calorímetro

Laboratório de Física I (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)

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Baixado por George Claudino (georgeclaudino@gmail.com)
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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

Determinação da Capacidade Térmica de um


Calorímetro

Douglas Sousa Tosta


Lucas Oliveira Freitas
Walmes Markos de Souza Junior

Campo Grande, MS – Brasil


14 de julho, 2016
Douglas Sousa Tosta

Baixado por George Claudino (georgeclaudino@gmail.com)


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Lucas Oliveira Freitas


Walmes Markos de Souza Junior

Determinação da Capacidade Térmica de um


Calorímetro

Relatório apresentado como pré-requisito


da disciplina Laboratório de Física II do
curso Engenharia Civil da Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul.

Turma:
P08: Laboratório de Física II

Professor:
Dr. Airton Carlos Notari

Campo Grande, MS – Brasil


14 de julho, 2016
Índice

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Introdução

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A matéria pode emitir ou absorver calor. A emissão ou absorção de calor faz


com que a temperatura de um objeto varie, essa variação de temperatura
sofrida por um objeto que absorve certa quantidade de energia é
denominada capacidade calorífica deste objeto. Mais especificamente, a
capacidade calorífica de um objeto é a quantidade de energia necessária para
elevar a sua temperatura em 1ºC ou 1K.

Para as substâncias puras, a capacidade calorífica é dada para uma


quantidade específica de substância, geralmente, para 1 mol. Então, tem-se a
chamada capacidade calorífica molar, que é a quantidade de energia
necessária para aumentar em 1K ou 1ºC a temperatura de 1 mol de
substância. Existe também a capacidade calorífica específica ou
simplesmente calor específico de uma substância, que é a energia necessária
para elevar de 1K ou 1ºC a massa de 1g da substância.

O calor específico de uma substância é calculado por:


Q
C=
ΔT

Pode-se medir experimentalmente o fluxo de calor associado a uma


transformação medindo-se a variação de temperatura produzida, já que a
temperatura é uma medida direta da quantidade de calor de um sistema. O
aparelho utilizado para medir o fluxo de calor é chamado calorímetro.

Calorímetros são aparelhos simples, construídos para isolar termicamente o


seu interior, para que não ocorram trocas de calor entre o interior e o ambiente
externo. Existem vários modelos de calorímetro, mas todos se baseiam na
mesma estrutura: um recipiente de paredes finas envolvido por outro recipiente
fechado e com paredes grossas e isolantes.

Resolução do Problema Proposto

Sabendo que a energia liberada por um sistema é dada por:


Δ E=VI Δ t
Onde V é a tensão, e I a corrente. A quantidade de calor absorvida por um
sistema é:
Q=C ΔT
Para um sistema que não perde energia para a vizinhança, sua temperatura
final, após o aquecedor ficar ligado durante um tempo t, será dada pela
equação:

T =T 0+ ( VIC ) t
s

Considerando que o sistema não perde energia, temos que:


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VI Δt=0 ⟹ VI ( t−t 0 )=0 e C Δ T =0⟹ C ( t−t 0 ) =0

Igualando as duas equações, encontra-se:

VI ( t−t 0 )=C ( t−t 0 )


VIt=Ct−C t 0
VIt
=t−t 0
C
T =t 0+ ( )
VI
C
t

Objetivos

Determinar a capacidade térmica de um calorímetro através de um sistema de


isolamento térmico.

Materiais Utilizados

 Fonte de tensão;
 Ebulidor;
 Termopar;
 Cronômetro;
 Recipiente termicamente isolado de 170 ml (Frasco de Dewar);
 Agitador;
 110 g de água;
 Cabos para ligações elétricas.

Segue abaixo uma esquematização do experimento:

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Dados Coletados

Para a coleta dos dados utilizou-se o termômetro e o cronômetro a fim de medir


a variação da temperatura em função do tempo. Além destes, um ebulidor,
ligado a uma corrente de 5,25 A e uma voltagem de 5,9 volts. Uma quantidade
de água igual a 110ml foi colocada no recipiente a temperatura ambiente
(22°C), a partir daí, com o ebulidor acionado, a água foi aquecida e o tempo
necessário para atingir cada uma das temperaturas abaixo foi colhido. Foi
também registrada a variação de tempo entre a passagem de um grau inteiro
para outro, a fim de calcular uma média.

Temperatura Tempo (s) Variação


(°C) (s)
22 0 0
23 19 19
24 38 19
25 55 17
26 79 24
27 95 16
28 114 19
29 133 19
30 150 17
31 173 23
32 190 17
33 207 17
34 231 24
35 256 23
36 274 18

A partir dos dados, foi possível conseguir a equação que define esta relação,
explicita no gráfico:

Tempo (s) x Temperatura (°C)


38
36
34 f(x) = 0.05 x + 22.09
32
30
28
26
24
22
20
0 50 100 150 200 250 300

A igualdade y = 0,0514x + 22,094 corresponde a reta que é linha de tendência


para os dados coletados, sendo assim a melhor representação da função linear

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que descreve Tempo contra Temperatura para este caso. A média foi calculada
encontrando o valor médio dos intervalos de tempo entre os graus inteiros e
multiplicando-a por dez, para então chegar a um valor médio de tempo
decorrido, resultando em 181,3 segundos.

Análise dos dados coletados

Como anteriormente citado, temos a seguinte relação para descrever o calor


específico de um corpo:
T =T 0+
Vl
Cs
t ( )
Sabemos também que:

C s=C calorímetro +C água


Substituindo as variáveis pelos dados que já possuímos (temperatura inicial,
temperatura final, tempo médio decorrido, intensidade da Corrente, voltagem e
calor específico da água), temos:

22=36+ ( 5,9
C + 4,18 )
c
.5,26
181,3

14 (C c +4,18)
=31,03
181,3

CCalorímetro =397,65 ±0,01 J / g °C

Conclusão

Por meio do experimento proposto foi possível relacionar os dados coletados


para encontrar a capacidade térmica do calorímetro e da água. Para realizar
experiências com troca de calor é preciso ter cuidado na determinação de
valores, já que essa energia está em constante movimento e a imprecisão pode
incidir negativamente no resultado.

A tabela de aumento da temperatura em função do tempo nos permitiu


interpretar a capacidade calorífica, que teve uma pequena variação em relação
ao valor teórico proporcionada pelo erro prático. Esses conceitos teóricos
avaliados foram melhores assimilados no experimento pela observação de um
padrão na variação dos dados. Assim, dentro dos objetivos apresentados, os
resultados foram bastante satisfatórios.

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Referências Bibliográficas

RESNICK, Robert; WALKER, Jearl; HALLIDAY, David. Fundamentos da Física.

CDCC USP. Disponível em:


<http://www.cdcc.usp.br/exper/medio/fisica/kit3_calorimetria/exp2_termo.pdf >. Acesso
em 12 de Julho de 2016.

DFQ PUC. Disponível em:


<http://www.dfq.pucminas.br/apostilas/eng_fis5/fis5p15_calorimetria.htm>. Acesso em
12 de Julho de 2016.

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