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POÇOS DE CALDAS - MG
2022
Relatório desenvolvido para a disciplina de
Laboratório de Termodinâmica, ICT1321, na
Universidade Federal de Alfenas, Campus
Avançado de Poços de Caldas.
Professor: Marilsa
POÇOS DE CALDAS/MG
2022
Sumário
1. OBJETIVO 4
2. INTRODUÇÃO 4
3. MATERIAIS E MÉTODOS 5
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES 6
5. CONCLUSÃO 15
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 16
OBJETIVO
Este experimento tem como objetivo estudar a temperatura da água com aquecimento constante,
bem como determinar seu calor específico e medir a capacidade térmica do calorímetro.
INTRODUÇÃO
Em termodinâmica, calorimetria é o ramo da física que estuda as trocas de energia térmica entre
corpos ou sistemas. Essa energia é chamada de calor e ocorre devido a diferença de temperatura
entre os corpos, o corpo com maior temperatura transfere essa energia para o corpo com menor
temperatura até que haja equilíbrio entre eles.
Por meio da calorimetria é possível determinar a temperatura de equilíbrio de um sistemas de
corpos e a quantidade de energia térmica necessária para que se observe as variações de
temperatura ou mudanças no estado físico.
Calor sensível é a mudança de temperatura produzida no corpo pela transferência de energia na
forma de calor, este fenômeno é orientado pela lei da Equação Fundamental da Calorimetria. A
quantidade de calor cedida ou recebida pode ser calculada através da seguinte equação:
𝑄 = 𝑐. 𝑚. ∆𝑇
Calor latente é a mudança de temperatura que gera uma mudança no estado físico do corpo. A
quantidade de calor cedida ou recebida pode ser calculada pela seguinte equação:
𝑄 = 𝑚. 𝐿
O calor específico de qualquer substância é definido como a quantidade de calor necessária para
alterar a temperatura de uma unidade de massa da mesma em um grau. O calor específico é
dados por:
𝑄
𝑐 = 𝑚.Δ𝑇
onde c corresponde ao calor específico, Q a quantidade de calor, m massa e ΔT a variação de
temperatura.
A capacidade térmica mede a quantidade de calor necessária para que haja uma variação
unitária da temperatura em um determinado corpo.
𝑄 ∆𝑄
𝐶 = Δ𝑇
= Δ𝑇
onde C corresponde a capacidade térmica.
A capacidade térmica depende do material do corpo a ser analisado e de sua massa.
𝐶 = 𝑚𝑐
MATERIAIS E MÉTODOS:
Materiais Utilizados:
● Água;
● Balança;
● Calorímetro;
● Cronômetro;
● Termômetro;
● Fonte de energia;
● Proveta.
Metodologia:
Parte I:
Primeiramente, utilizando uma proveta, mediu-se 85mL de água que corresponde a 85g. Com o
calorímetro ainda desligado mediu-se a temperatura inicial (t0), o calorímetro foi então ligado e
após 3 minutos anotou-se a temperatura obtida de 1 em 1 minuto até obtermos 15 pontos
experimentais. A água foi agitada suavemente durante todo o processo de forma a uniformizar a
temperatura da água. Esse mesmo processo foi repetido por 3 vezes, sempre com o mesmo
volume de água.
Parte II:
Nesta parte do experimento, mediu-se 99,31g de água. Com o calorímetro ainda desligado
mediu-se a temperatura inicial (t0), o calorímetro foi então ligado e após 3 minutos anotou-se a
temperatura obtida de 1 em 1 minuto até obtermos 10 pontos experimentais. A água foi agitada
suavemente durante todo o processo de forma a uniformizar a temperatura da água. Esse mesmo
processo foi repetido 5 vezes, variando o volume de água.
Equações recorrentes :
2
𝑁*σ
(4) ∆𝑎 = ∆
2
σ * 𝑆𝑥².
(5) ∆𝑏 = ∆
2
2 𝑆∆𝑦
(6) σ = 𝑁−2
2 2
(7) ∆𝑦 = [ 𝑦 − (𝑎𝑥 + 𝑏) ]
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1 - Variação de Temperatura ao longo do Tempo para uma massa de água constante
Em posse dos dados experimentais, realizou-se os cálculos dos elementos que permitiriam a
aplicação da regressão linear, utilizando a média das temperaturas observadas. O resultado é
como se segue:
Aplicando a regressão linear aos dados experimentais, e realizando também os cálculos das
incertezas dos coeficientes, obteve-se:
a b σ² ∆a ∆b
1,878 18,769 0,3418083 0,0302413 0,3189706
Como o coeficiente angular é uma relação entre a potência do sistema e a capacidade térmica do
sistema, e como também estamos assumindo que o calorímetro possuí capacidade térmica
desprezível - para a primeira parte do procedimento experimental -, temos :
2
𝑉 * 60
(8) Csistema = 𝑅*𝑎
c (água)
Csistema (J/°C) (J/°C * Kg)
425,9850905 5011,5893
Para a segunda parte do procedimento experimental, foram realizadas uma única série
de medições da temperatura num determinado intervalo de tempo - 11 minutos -,
variando a massa de água contida no calorímetro. Os pontos experimentais podem ser
observados na seguinte tabela:
a b σ² ∆a ∆b
100g de Água
1,308 20,834 1,0676 0,0939 0,6367
a b σ² ∆a ∆b
120g de Água
1,058 19,184 0,0948 0,0280 0,1897
a b σ² ∆a ∆b
140g de Água
0,8732 19,313 0,02 0,01287 0,08718
a b σ² ∆a ∆b
160g de Água
0,809 19,072 0,0457 0,0194 0,1317
a b σ² ∆a ∆b
180g de Água
0,6689 19,52 0,1898 0,0396 0,2685
Uma vez que o calor específico é uma função da massa, pode-se observar que, para as
diversas massas utilizadas, mantendo uma temperatura de processo inicial
aproximadamente constante - coeficiente linear -, os valores do coeficiente angular
diminuem com o aumento da massa de água. Isso se dá porque, para manter o valor de
Y o coeficiente angular - definido como a soma das capacidades térmicas da água e do
calorímetro - deve decrescer, o que indica um decrescimento no valor de calor
específico da água - novamente relacionada à massa de água utilizada.
É importante ressaltar que os coeficientes angulares são dados em minutos. Logo, para
sua aplicação junto à potência fornecida ao calorímetro é necessário a conversão desses
valores para segundos.
Como pode ser observado, obteve-se um valor negativo para o coeficiente linear, o que
é uma incongruência nos dados. Esse valor pode ser explicado de duas maneiras, sendo
a primeira delas que o procedimento utilizado não foi adequado - considerando as
condições de execução - para a determinação das capacidades térmicas da água e do
calorímetro simultaneamente. A segunda resposta plausível é de que o modelo
matemático adotado - considerando o coeficiente angular como o calor específico da
água e o coeficiente linear como a capacidade térmica do calorímetro - não é o modelo
que de fato rege as transformações físicas observadas.
a b σ² ∆a ∆b
1,955 -0,0254 0,0000803 0,14238 0,0203000
O teste do qui-quadrado reduzido resultou num valor difícil de interpretar, mas que
podemos inferir que foi de má qualidade para nossos resultados.
Como pode ser observado, os valores de ∆y² - necessários para o cálculo do qui-quadrado -
resultaram em zero. Dessa forma, para 2 graus de liberdade, a probabilidade de que os resultados obtidos
ocorram no intervalo estipulado será também de zero. Assim, pode-se concluir que o modelo matemático
utilizado, após teste de qualidade, não foi eficiente para este caso.
CONCLUSÃO
1. Vuolo, José Henrique; Fundamentos de teoria do erro, 2ª ed. São Paulo, SP.
2. Halliday. D; Walker, J. Fundamentos de física - Volume 2: Gravitação, ondas e
termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 2009.1992.
3. Ramalho J., F; Ferraro, NG, Soares, P.T.A. Os fundamentos da física, 9ª ed., São
Paulo: Moderna; 2009.
4. Gouveia, Rosimar. "Calorimetria". Toda Matéria. Disponível em:
<https://www.todamateria.com.br/calorimetria/>. Acesso em: 13 de julho de
2022
5. Helerbrock, Rafael. "Calorimetria". Brasil Escola. Disponível em:
<https://www.brasilescola.uol.com.br/fisica/calorimetria-i.htm/> Acesso em: 13
de julho de 2022