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Relatório laboratório de Controle e Instrumentação

Experimento 1: Sensor de temperatura

Turma: 753

Nomes:

André Mariano R.A.: 11.120.241-2


Barbara Batista Beltran R.A: 11.120.253-7
Beatriz Darcie R.A.: 11.120.126-5
Jéssica Sylvestre Nacarelli R.A.: 11.120.028-3
Gabriel Matias Moser R.A.: 11.120.112-5
Ricardo Goulart R.A.: 11.120.095-2
Sabrina Matos R.A.: 11.120.137-2

1. Aplicação de termopares:

Na indústria em geral a precisão na medição de temperatura é de suma importância


para a geração de processos padronizados e para produção de qualidade. Embora existam
vários métodos para medir a temperatura, os Termômetros de par (ou comumente
conhecidos como termopar) são frequentemente preferidos por suas características
distintas.

Um termopar é um dispositivo simples, sendo composto por dois condutores


metálicos unidos em suas extremidades e essas extremidades são mantidas a diferentes
temperaturas, essa diferença gera uma variação de potencial que possibilita a leitura da
temperatura.

Importante notar que nem todos os termopares são iguais, cada termopar é
desenvolvido para utilização em situações diferentes e composto por diferentes
combinações de materiais em cada polo. Entre eles temos termopares dos tipos T, J, K, E,
S, R, B e especiais (para situações muito específicas e compostos por polos de materiais
incomuns), cada um sendo recomendado para a utilização em uma dada situação. O
termopar tipo K, que foi utilizado no experimento por exemplo, tem temperaturas ideais
de utilização entre -200°C e 1200°C, composto por Cromel (combinação de Cromo e
Níquel) no polo positivo e Alumel (combinação de Alumínio, níquel e magnésio) no polo
negativo, sendo aplicado em indústrias metalúrgicas, siderúrgicas, de cimento e cal.

Em comparação com outros métodos de medição o termopar nesse caso seria mais
ideal, exemplos sendo: Pirômetros, sendo mais adequadas a temperaturas elevadas no
qual as variações de temperaturas pequenas não são de grande importância. Termômetros
de dilatação, que dependem da contratação ou dilatação dos materiais, são utilizados em
faixas de temperatura muito restrita.

(Imagem: 1)

2. Metodologia:

Para prática da atividade de medição, seria necessário a utilização de um banho


térmico que pode ser ajustado para temperatura desejada utilizando um painel acoplado
ao banho, um sensor de temperatura, um termopar ( no caso do experimento em questão
foi um termopar do tipo K , que como já descrito anteriormente é um termopar versátil
com range de temperatura entre -200°C e 1200°C, com Cromel no polo positivo e Alumel
no polo negativo), um multímetro para medir a corrente em banho e auxiliar no cálculo
das temperaturas do banho.

Importante salientar a importância do multímetro para identificação da


temperatura real no banho, que como será elaborado na parte de cálculos. O valor no
multímetro não faz referência exatamente ao valor da temperatura, sendo assim, com a
temperatura ambiente encontra-se na tabela o seu ddp, soma-se o valor do multímetro à
essa ddp e por fim. tem-se o valor que deve ser inserida na tabela para encontrar a
temperatura real (temperatura calculada).

Conhecendo os materiais, o experimento se inicia através da medição da


temperatura ambiente (temperatura base = 20°C). Após a determinação da temperatura
ambiente, o aquecimento do banho se inicia, e são feitas medições a cada aumento de
15°C na temperatura, até atingir 90°C. Como primeira temperatura, foi determinado
30°C, assim, devem ser feitas 5 medições. Por fim, com todos esses dados coletados, será
possível criar a curva de calibração dos sensores de temperatura.

3. Resultados e análises dos resultados:

Para a realização dos cálculos, foi necessário primeiramente buscar a tabela de


termo resistência que contém as informações a respeito da voltagem termoelétrica em
relação ao termopar utilizado, que no caso foi o K.

Através da fórmula representada abaixo, foi possível calcular a temperatura


teórica.

𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = ∆𝐸 + 𝐸𝑟𝑒𝑓(𝑡) (1)

Ao realizar a comparação dessa fórmula com o experimento realizado, pode-se


analisar que a diferença de potencial gerada no sensor (∆𝐸) e a energia potencial em
relação a uma temperatura de referência, são dados que podem ser obtidos. Sendo assim,
tem-se uma única incógnita que pode ser calculada e, com isso, achar sua respectiva
temperatura na tabela de termo resistência.

A temperatura de referência foi a própria temperatura ambiente, cuja medição foi


realizada antes da realização do experimento e possui o valor de 20°C. Procurando na
tabela, é possível encontrar que para uma temperatura desse valor, a voltagem
termoelétrica respectiva é de 0,798mV.

(Imagem: 2)
Na primeira medição, utilizou-se uma temperatura de banho de 30°C, e nessa
etapa, foi um obtido um valor de 0,45mV para a diferença de potencial gerada no sensor.
Com isso, o cálculo pode ser representado por:

𝐸𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0,45 + 0,798 = 1,248𝑚𝑉

Para um valor de 1,248mV, encontra-se na tabela uma temperatura entre 32°C e


33°C, e então, realizando uma interpolação, obtém-se um valor de temperatura teórica de
32,1°C (uma temperatura bem próxima comparada com a temperatura do banho do
experimento).

Foram medidas as informações mencionadas acima elevando gradualmente a


temperatura do banho, sendo elas: 45°C, 60°C, 75°C e 90°C. Para todos os casos, os
cálculos foram realizados da mesma maneira descrita acima, e com isso, encontrou-se os
seguintes resultados:

Tabela 1:

Te (°C) ∆E Etotal Tc (°C) Diferença (°C)


30 0,45 1,248 32,1 2,1
45 1,28 2,078 51,3 6,3
60 2,08 2,878 70,6 10,6
75 2,9 3,698 90,4 15,4
90 3,72 4,518 110,2 20,2
(Fonte: autores)

Através dos resultados, observa-se uma baixa diferença nos primeiros valores
(algo em torno de 2 a 6°C), porém perto dos últimos, existe uma grande discrepância, que
pode ser dado por erros experimentais, métodos experimentais, ou em cálculos.

4. Conclusão:

Ao se investigar o funcionamento de sensores de temperatura do tipo termopar,


especificamente o tipo K, foi possível uma curva de calibração para esses sensores. O
objetivo era relacionar a diferença de potencial medida pelo termopar com as
temperaturas teóricas conhecidas e, assim, criar uma curva que permitisse a medição
precisa das temperaturas em condições práticas.

Iniciamos nosso experimento com a medição da temperatura ambiente, que serviu


como nossa temperatura de referência, e encontramos uma diferença de potencial de 0,45
mV para o termopar a 30°C. Utilizando a relação termoelétrica conhecida para o termopar
tipo K, calculamos uma temperatura teórica de 32,1°C, o que demonstrou uma
concordância razoável com a temperatura do banho do experimento.

Prosseguimos com medidas em diferentes temperaturas, variando gradualmente a


temperatura do banho (elevação gradual de 15° a cada alteração), e repetimos os cálculos.
Os resultados iniciais mostraram uma boa concordância entre as temperaturas teóricas e
as temperaturas reais do banho, com diferenças de aproximadamente 2 a 6°C.

No entanto, à medida que as temperaturas aumentaram, notamos uma discrepância


crescente entre as temperaturas teóricas e reais. Essa diferença significativa pode ser
atribuída a uma série de fatores, incluindo a possível não linearidade da relação
termoelétrica em temperaturas mais elevadas, erros experimentais ou imprecisões nos
cálculos.

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