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Autores: Bruno Viana, Julia Paulino, Julia Fator, Maria Clara Giampietro e Matheus Alves.
Objetivos:
Determinar o calor específico de alguns materiais como: cobre, latão, alumínio e plástico.
Dessa forma, observou-se então que algumas substâncias apresentavam uma maior
facilidade em alterar sua temperatura ou armazenar a energia fornecida em forma de calor do
que outras. Então, o conceito de quantidade de calor necessário para mudar em 1°C a
temperatura de 1g de uma dada substância recebeu o nome de calor específico (C).
(HALLIDAY; RESNICK; WALKER, 2011).
Sabendo que o calor específico a pressão constante (Cp) e a volume constante (Cv)
são aproximadamente iguais e constantes para líquidos e sólidos, é possível igualar a
quantidade de calor da substância aquecida, a água, com a quantidade de calor da substância
fria, o corpo de prova, como demonstrado abaixo:
𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑚á𝑔𝑢𝑎 . 𝐶𝑝á𝑔𝑢𝑎. (𝑇á𝑔𝑢𝑎 − 𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜) = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎 . 𝐶𝑝𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎. (𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜 − 𝑇𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒) (2)
Com a equação acima, é possível calcular o valor do calor específico de cada sólido
analisado e compará-los com o Cp da literatura.
2. MATERIAIS UTILIZADOS
Para a realização deste experimento utilizou-se os seguintes materiais:
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Primeiramente, iniciou-se o experimento identificando as massas dos corpos de prova.
Foi necessário que o banho termostatizado estivesse com água, na qual foi aquecida até uma
temperatura de 50°C aproximadamente. Logo após, adicionou-se 120-130 gramas de água, já
aquecida e com temperatura conhecida, no copo do calorímetro. Após 2 minutos, leu-se a
temperatura da água com o termômetro de vidro, para que assim a mesma entrasse em
equilíbrio térmico com o calorímetro, na qual foi definida como “temperatura inicial”.
Em seguida, inseriu-se o corpo de prova no calorímetro, usando uma pinça para evitar a
troca de calor entre o corpo de prova e as mãos. Posteriormente, fechou-se o calorímetro e
aguardou-se mais 2 minutos para medir a temperatura em que o calorímetro e o corpo
entravam em equilíbrio, identificada como “temperatura de equilíbrio”. O experimento se
repetiu para todos os corpos de prova, da mesma maneira, para que fosse possível comparar
os resultados obtidos. Além disso, foi necessário identificar a temperatura ambiente em todos
os casos.
Além disso, ao considerar a magnitude dos erros relativos de forma geral, torna-se
evidente que certos elementos práticos estão contribuindo para resultados pouco plausíveis.
Acredita-se que a principal causa dos erros consideráveis tenha sido a dificuldade em
determinar com precisão o momento em que a temperatura da água alcança o equilíbrio
térmico com o calorímetro. Durante o intervalo em que a temperatura medida se aproxima
desse ponto de equilíbrio, a leve demora característica do funcionamento do termômetro
capilar utilizado introduz uma complexidade considerável. Isso dificulta a confirmação do
momento exato do equilíbrio, levando a um viés sistemático em que a temperatura de
equilíbrio do sistema é frequentemente subestimada ou superestimada, dependendo da
direção do aumento ou diminuição da temperatura medida devido à expansão/retração do
mercúrio no interior do instrumento.
Esse padrão foi evidenciado no caso do alumínio. O material em análise, que exibiu a
maior discrepância temporal entre as medições, também foi responsável pela maior taxa de
erro relativo no que diz respeito ao calor específico entre os materiais (133,2%). Esses
resultados sugerem que esta etapa foi onde ocorreu a maior fonte de imprecisão na
determinação da temperatura de equilíbrio do sistema. Portanto, como mencionado pelo
professor durante a atividade experimental, fica claro que uma flutuação de temperatura
superior a 2,5 ºC pode levar a erros significativos nos valores de Cp, reforçando a influência
predominante do termômetro como o principal contribuinte para as imprecisões observadas
nesta experiência.
Em contrapartida, o cobre apresentou um erro de apenas 1,1%, isso se deve pela
redução de temperatura ter sido de 46°C para 44,5°C, ou seja, uma diminuição de 1,5°C.
Outro motivo para os altos valores de erros relativos encontrados é a composição dos
materiais. Com o tempo, as características e algumas propriedades do corpo de prova
utilizado podem ser alteradas e desgastadas, mesmo que levemente, devido a exposição
sofrida em experimentos, levando assim a uma diferença considerável quando comparado aos
materiais utilizados na literatura.
6. CONCLUSÃO
Diante dos resultados expostos anteriormente, com a aplicação da Primeira Lei da
Termodinâmica para os cálculos do Cp dos materiais, nota-se que houve algumas
discrepâncias comparando com o valor da literatura, onde o erro relativo apresentou valores
altos, devido ao tempo que a peça ficou no calorímetro e também a leitura da temperatura de
equilíbrio, que são processos que dependem da percepção humana e, portanto, passíveis de
desvios, podendo ter afetado esses resultados.
O material que apresentou um valor próximo da literatura foi o cobre, haja vista que o
erro relativo foi cerca 1,1%, concluindo-se que este material chegou a resultados satisfatórios.
Em contrapartida, o alumínio foi o material que apresentou uma maior discrepância entre Cp
real e Cp calculado.
MEMÓRIA DE CÁLCULO
A partir dos dados de massa e temperatura coletados experimentalmente, dispostos na
tabela 1, foi possível determinar o calor específico de cada material isolando o
𝐶𝑝𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎 da equação (2) :
𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙
𝑚á𝑔𝑢𝑎 . 𝐶𝑝á𝑔𝑢𝑎 . (𝑇á𝑔𝑢𝑎 − 𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜)
𝐶𝑝𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎 = 𝑚𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑣𝑎 . (𝑇𝑒𝑞𝑢𝑖𝑙í𝑏𝑟𝑖𝑜− 𝑇𝑎𝑚𝑏𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒)
Abaixo, está representado o cálculo feito para encontrar o erro relativo do alumínio:
0,50−0,217
𝐸𝑅𝐴𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜 = | 0,217
| . 100% = 133, 2%
REFERÊNCIAS
SMITH, J. M.; NESS, V.; ABBOTT, M. M. Introdução à Termodinamica da Engenharia
Química. Rio De Janeiro (Rj): Ltc, 2007.