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CURSO ENGENHARIA CIVIL

RAPHAEL AUGUSTO L. SILVA


VINICIUS OVANDO DA SILVA

Determinação da Capacidade Térmica de um Calorímetro


Roteiro Aula A3
Laboratório de Física II

CAMPO GRANDE – MS
2021
RAPHAEL AUGUSTO L. SILVA
VINICIUS OVANDO DA SILVA

Determinação da Capacidade Térmica de um Calorímetro


Roteiro Aula A3
Laboratório de Física II

Relátório apresentado como recurso avaliativo da

disciplina de laboratório de física II.

Orientador: Prof° Vinicius Buscioli Capistrano

CAMPO GRANDE – MS
2021
“A vida só pode ser compreendida,
olhando-se para trás;
mas só pode ser vivida,
olhando-se para frente.”.

Søren Kierkegaard
RESUMO

Este relatório tem como objetivo, encontrar o calor especifico de três sólidos sendo,
alumínio, cobre e ouro. E realizar uma análise de dados a partir de um experimento de
calorimetria.
SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 6
2. OBJETIVO ................................................................................................................. 7
3. MATERIAIS ............................................................................................................... 8
4. PROCEDIMENTO..................................................................................................... 9
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 11
5.1 RESULTADOS ESPERADOS, CALCULADOS E SEUS ERROS ........................................11
5.2 ALUMÍNIO ..............................................................................................................................12
5.3 COBRE .....................................................................................................................................13
5.5 OURO .......................................................................................................................................14
5.6 DISCUSSÃO SOBRE O RESULTADO DO CALOR ESPECÍFICO DO ALUMÍNIO,
COBRE E OURO ...........................................................................................................................15
6. CONCLUSÃO........................................................................................................... 16
7. REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 17
7.1 Referências bibliográficas:........................................................................................................17
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1.INTRODUÇÃO

Quando dois sistemas 𝐴 e 𝐵 a temperaturas diferentes são postos em contato,


estabelece-se um fluxo de energia térmica daquele à temperatura mais elevada para o
que se encontra à temperatura mais baixa. O processo continua até ser atingido o
equilíbrio térmico, em que se igualam as temperaturas dos dois sistemas. Se esses dois
sistemas estão isolados termicamente, o princípio de conservação de energia requer que
a energia térmica cedida por um dos sistemas seja igual a energia térmica recebida pelo
outro.
Para um dado corpo, a quantidade de energia térmica (na forma de calor)
necessária para produzir determinado acréscimo de temperatura, depende da massa do
corpo e da substância de que é feito. Chama-se capacidade térmica 𝐶 de um corpo, o
quociente entre a quantidade de calor ∆𝑄 fornecida e o acréscimo de temperatura ∆𝑇.
∆𝑸
𝑪= (I)
∆𝑻

Sendo que a quantidade de calor é definida por:

𝑄 = 𝑚. 𝑐. ∆𝑇 (II)

A capacidade térmica por unidade de massa de um corpo é denominada calor


específico 𝑐 (𝑐 = 𝐶/𝑚), o qual depende apenas da natureza da substância de que é
constituído o corpo. A rigor, o calor específico depende também da temperatura. Assim,
para elevarmos a temperatura da água de 14,5℃ para 15,5℃, precisamos fornecer
𝟏,𝟎𝟎𝟎𝒄𝒂𝒍 para cada grama de água; já para elevarmos a temperatura de 35,5℃ para
36,5℃ necessitamos da quantidade de calor, ligeiramente menor, de 0,998 𝑐𝑎𝑙 por
grama.
Por outro lado, em muitos casos a dependência do calor específico com a
temperatura é suficientemente fraca e pode ser desprezada sem que se incorra em erro
apreciável.
Por exemplo, o calor específico da água, já citada, no intervalo de 0℃ a 100℃,
varia menos de 1% de seu valor de 1,000 𝑐𝑎𝑙/𝑔℃ a 15℃, e o erro advindo da
aproximação de toma-lo como constante, em experimentos calorimétricos, é em geral
largamente superado pelos erros experimentais.
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2. OBJETIVO

Determinar o calor específico de determinados metais.


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3. MATERIAIS

Tabela dos materiais utilizados

Materiais utilizados
Specific Heat Capacity of a Metal (laboratório virtual)
I Calorímetro

II Termômetros

III Cubos metálicos (cobre, alumínio e ferro),

IV Fonte de calor (bico de Bunsen)

V Béquer
Tabela 1 (tabela dos materiais utilizados no experimento)
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4. PROCEDIMENTO

Nesse experimento, determinamos o calor específico de um sólido, usando um


calorímetro de capacidade ideal constituído por um recipiente, isolado termicamente
acoplado a um termômetro.

Inserimos no calorímetro uma massa 150g de água a temperatura ambiente


15°C e a seguir uma amostra de massa 100g de um certo material cujo valor do calor
específico 𝑐 desejava-se determinar (que foi previamente aquecida à temperatura
100°C).

Tabela dos dados utilizados

Substância Massa (g) ∆t(inicial)(°C) ∆f (temperatura


final)(ºC)
Alumínio 100 100 26
Cobre 100 100 20
Ouro 100 100 17
Água 150 15 -
Tabela 2 (tabela dos dados utilizados no experimento)

Após estabelecido o equilíbrio térmico, a temperatura do conjunto isolado é


𝑇𝑓. Nesse processo, pelo o princípio de conservação de energia, a energia térmica
perdida pela amostra, na forma de calor, é absorvida pelo sistema.

Imagem 1 (imagem do laboratório do experimento)


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Todo calor trocado no calorímetro não será perdido no meio, sendo assim:
Q(total) = 0
Q(calorímetro) + Q(água) + Q(metal) = 0 (III)
0 + m(água) * c *∆T + m(metal) * c * ∆T = 0
Por ser um calorímetro ideal → Q(calorímetro) = 0

Tabela dos metais e seus calores específicos

Tabela 3 (Calores específicos de alguns sólidos)

Calores específicos de alguns sólidos à pressão constante de 𝟏 𝒂𝒕𝒎 e


temperatura ambiente; esses são os valores da tabela esperados.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

5.1 RESULTADOS ESPERADOS, CALCULADOS E SEUS ERROS

Tabela do calor específico e seu erro

Substância cp(cal/°C)(Tabelado) cp(cal/°C)(Calculado) Erro(%)


Alumínio 0,215 0,222 3,25
Cobre 0,0923 0,0937 1,51
Ouro 0,032 0,036 12,5
Tabela 4 (Tabelas com os valores e erros.)
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5.2 ALUMÍNIO

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0

𝑄(á𝑔𝑢𝑎) + 𝑄(𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜) = 0

𝑚 × 𝑐 × ∆𝑇(á𝑔𝑢𝑎) + 𝑚 × 𝑐 × ∆𝑇(𝑎𝑙𝑢𝑚í𝑛𝑖𝑜) =0

150 × 1 × (26 − 15) + 100 × 𝑐 × (26 − 100) = 0

1650 + 100 × 𝑐 × (−74) = 0

𝒄 = 𝟎, 𝟐𝟐𝟐
Erro comparado ao valor esperado da tabela:
0,222-0,215/0,215 *100
Erro= 3,25%
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5.3 COBRE

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0

𝑄(á𝑔𝑢𝑎) + 𝑄(𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒) = 0

𝑚 × 𝑐 × ∆𝑇(á𝑔𝑢𝑎) + 𝑚 × 𝑐 × ∆𝑇(𝑐𝑜𝑏𝑟𝑒) =0

150 × 1 × (20 − 15) + 100 × 𝑐 × (20 − 100) = 0

750 + 100 × 𝑐 × (−80) = 0

𝒄 = 𝟎, 𝟎𝟗37
Erro comparado ao valor esperado da tabela:
0,0937-0,0923/0,0923 *100
Erro = 1,51%
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5.5 OURO

𝑄𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 0

𝑄(á𝑔𝑢𝑎) + 𝑄(𝑜𝑢𝑟𝑜) = 0

𝑚 × 𝑐 × ∆𝑇(á𝑔𝑢𝑎) + 𝑚 × 𝑐 × ∆𝑇(𝑜𝑢𝑟𝑜) =0

150 × 1 × (17 − 15) + 100 × 𝑐 × (17 − 100) = 0

300 + 100 × 𝑐 × (−83) = 0

𝒄 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟔
Erro comparado ao valor esperado da tabela:
0,036- 0,032/0,032 * 100
Erro = 12,5%
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5.6 DISCUSSÃO SOBRE O RESULTADO DO CALOR ESPECÍFICO


DO ALUMÍNIO, COBRE E OURO
Analisando os resultados obtidos, através da equação III, utilizamos o valor da
massa d’água, calor específico e sua variação de temperatura mais a massa do metal
utilizado, calor específico e sua variação de temperatura. Por conseguinte, foi possível
encontrar os calores específicos do respectivos materiais.
No valor do Alumínio foi possível determinar tal calor específico; pela equação
já estabelecida; como 0,222 cal/g°C; comparando com o valor tabelado de 0,215 nota-se
um erro de 3,25%. Com a substância Cobre seu calor específico encontrado foi de
0,0937 cal/g°C; tendo um erro de 1,51%. Para tanto, erros consideravelmente minímos.
Em contrapartida, obtivemos no calor específico do Ouro um resultado de
0,036 cal/g°C; tendo em vista a comparação com o valor tabelado de 0,032 cal/g°C; seu
erro foi de 12,5%; sendo um ponto fora da curva se comparado com os já obtidos
anteriormente, porém na média do esperado, por não ser realizado com equipamentos
propriamente ideais para tal experimento.
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6. CONCLUSÃO

Por este experimento foi possível determinar o calor específico de diferentes


substâncias.
Definindo calor específico como sendo a quantidade de calor necessária para
que cada grama de uma substância sofra uma variação de temperatura correspondente a
1°C.
Essa grandeza é uma característica de cada tipo de substância e indica o
comportamento do material quando exposto a uma fonte de calor, utilizando um bico de
Bunsen e dados coletados através de um experimento virtual, determinamos o calor
específico de três substâncias, por um sistema A e B que são postos em temperaturas
distintas obedecendo assim um fluxo de energia térmica em que as temperaturas buscam
um equilíbrio ideal.
O calor específico pode ser aplicado em diversas áreas do conhecimento, desde
a engenharia até a gastronomia. Dominar os conceitos de calor específico significa, por
exemplo, escolher de maneira mais proveitosa determinado material para o isolamento
térmico.
Quanto maior é o calor específico de uma substância maior será a quantidade
de energia necessária para que sua temperatura varie. Por exemplo, em um dia
ensolarado na praia, percebemos que a areia está em uma temperatura superior à da
água. Isso acontece porque o calor específico da água é muito maior que o da areia. Ou
seja, para que a temperatura da água varie, é necessário fornecer muito mais energia.
É notório que se uma substância tiver um calor específico mais alto significa
que ela precisará de mais energia para que ocorra variação de sua temperatura. De
maneira parecida, uma substância com calor específico baixo necessitará de menos
energia para variar a sua temperatura.
Além disso, é importante notar que o calor específico não é a quantidade de
energia necessária para aumentar a temperatura da substância. É a quantidade de
temperatura necessária para variar a temperatura do corpo.
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7. REFERÊNCIAS

7.1 Referências bibliográficas:


CAPACIDADE térmica. [S. l.], 16 jul. 2021. Disponível em:
https://www.todamateria.com.br/capacidade-termica/. Acesso em: 24 set. 2021.
TEIXEIRA, Mariane Mendes. "Capacidade térmica"; Brasil Escola. Disponível
em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/capacidade-termica.htm. Acesso em 24 de
setembro de 2021.
BRUNOZiSc, Prof. Medindo o Calor Específico do Alumínio. Youtube, 17
nov. 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=7orxbiaRc34> . Acesso
em: 24 set. 2021.
ROTEIRO Determinação do calor específico. 15 set. 2021. Disponível em:
https://ava.ufms.br/pluginfile.php/591829/mod_resource/content/4/Determinacao%20do
%20calor%20especifico.pdf. Acesso em: 24 set. 2021.

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