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2 MATERIAIS UTILIZADOS
i. Calorímetro;
ii. Balança analógica tríplice (precisão de 0,1 g);
iii. Termômetro (precisão de 0,5ºC);
iv. Aquecedor elétrico;
v. Amostras de sólidos (cubo de ferro e cubo de cobre com zinco);
vi. Recipiente;
vii. Água.
3 DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO
O segundo processo foi realizado para dois sólidos distintos, sendo estes um cubo de
cobre com zinco e um cubo de ferro. Para cada um deles mediu-se sua massa e executou-se três
vezes (exceto o item ii que só foi aferido uma vez) os seguintes procedimentos:
i. Colocou-se no calorímetro uma certa quantidade de água a temperatura ambiente
(apenas o suficiente para cobrir o sólido) e obteve-se a massa do sistema;
ii. Mediu-se a temperatura inicial deste conjunto;
iii. Aqueceu-se o corpo cujo calor específico se quer determinar, colocando-o imerso em
um recipiente com água se aquecendo;
iv. Mediu-se a temperatura inicial do sólido, sendo esta igual a de estabilização do sistema
após o início da ebulição da água (cerca de 100ºC);
vii. Introduziu-se rapidamente o cubo no calorímetro, agitou-se a mistura e esperou-se
aproximadamente um minuto para que o sistema entrasse em equilíbrio térmico;
viii. Ao entrar em equilíbrio, obteve-se a temperatura do conjunto.
5 RESULTADOS
Quando dois ou mais corpos com temperaturas diferentes são colocados em contato,
nota-se que, após certo intervalo de tempo, ambos encontram-se com a mesma temperatura, ou
seja, ocorre o equilíbrio térmico. Nesse processo, há transferência de energia térmica dos corpos
de maior temperatura para os de menor.
Em um calorímetro é possível fazer o estudo da troca de calor entre os corpos, pois trata-
se de um recipiente feito para que não se ocorra troca de calor com meio externo. A quantidade
de calor (Q) transferida é proporcional à massa (m) do corpo que transfere calor e a variação da
temperatura (𝛥T), isto é:
𝑄 = 𝑐 ∙ 𝑚 ∙ ∆𝑇 (1)
Sendo c o calor específico da substância. Além disso, a capacidade calorífica de um corpo é
dada por:
𝐶 =𝑐∙𝑚 (2)
No experimento, utilizou-se um calorímetro contendo água, estando ambos em uma
temperatura inicial T0,af. Na primeira etapa inseriu-se água quente no sistema e na segunda, um
corpo sólido x. Como dentro do calorímetro os corpos trocam calor até atingir o equilíbrio
térmico, considerando Qcal, Qaf e Qx as quantidades de calor trocadas pelo calorímetro, pela
água e pelo segundo elemento x, respectivamente, pode-se escrever a equação de equilíbrio
térmico como:
𝑄𝑐𝑎𝑙 + 𝑄𝑎𝑓 + 𝑄𝑥 = 0 (3)
Para obter o calor especifico do sólido, como o sistema está em equilíbrio, utiliza-se as
equações 1, 2 e 3. Assim:
𝑄𝑐𝑎𝑙 + 𝑄𝑎𝑓 + 𝑄𝑠ó𝑙 = 0
𝐶 ∙ ∆𝑇𝑐𝑎𝑙 + 𝑐𝑎 ∙ 𝑚𝑎𝑓 ∙ ∆𝑇𝑎𝑓 + 𝑐𝑠ó𝑙 ∙ 𝑚𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙 = 0
−𝐶 ∙ ∆𝑇𝑐𝑎𝑙 − 𝑐𝑎 ∙ 𝑚𝑎𝑓 ∙ ∆𝑇𝑎𝑓
𝑐𝑠ó𝑙 = (10)
𝑚𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙
Que apresenta um erro associado de:
𝜕𝑐𝑠ó𝑙 2 𝜕𝑐𝑠ó𝑙 2 𝜕𝑐𝑠ó𝑙 2 𝜕𝑐𝑠ó𝑙 2
∆𝑐𝑠ó𝑙 2 = ( ) ∙ ∆𝑚𝑎𝑓 2 + ( ) ∙ ∆𝑚𝑠ó𝑙 2 + ( ) ∙ ∆∆𝑇𝑐𝑎𝑙 2 + ( ) ∙ ∆∆𝑇𝑎𝑓 2
𝜕𝑚𝑎𝑓 𝜕𝑚𝑠ó𝑙 𝜕∆𝑇𝑐𝑎𝑙 𝜕∆𝑇𝑎𝑓
𝜕𝑐𝑠ó𝑙 2 𝜕𝑐𝑠ó𝑙 2 −𝑐𝑎 ∙ ∆𝑇𝑎𝑓 2
+( ) ∙ ∆∆𝑇𝑠ó𝑙 2 + ( ) ∙ ∆𝐶 2 = ( ) ∙ ∆𝑚𝑎𝑓 2
𝜕∆𝑇𝑠ó𝑙 𝜕𝐶 𝑚𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙
𝐶 ∙ ∆𝑇𝑐𝑎𝑙 + 𝑐𝑎 ∙ 𝑚𝑎𝑓 ∙ ∆𝑇𝑎𝑓 2 2 −𝐶 2 −𝑐𝑎 ∙ 𝑚𝑎𝑓 2
+( 2 ) ∙ ∆ 𝑚 + ( )2
∙ ∆ ∆𝑇 + ( ) ∙ ∆∆𝑇𝑎𝑓 2
𝑚𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙 𝑠ó𝑙
𝑚 𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙
𝑐𝑎𝑙
𝑚𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙
𝐶 ∙ ∆𝑇𝑐𝑎𝑙 + 𝑐𝑎 ∙ 𝑚𝑎𝑓 ∙ ∆𝑇𝑎𝑓 2 −∆𝑇 𝑐𝑎𝑙
+( 2 ) ∙ ∆∆𝑇𝑠ó𝑙 2 + ( )2 ∙ ∆𝐶 2
𝑚𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙 𝑚𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙
1 𝐶 ∙ ∆𝑇𝑐𝑎𝑙 + 𝑐𝑎 ∙ 𝑚𝑎𝑓 ∙ ∆𝑇𝑎𝑓 2
∆𝑐𝑠ó𝑙 2 = ( )2 ((−𝑐𝑎 ∙ ∆𝑇𝑎𝑓 )2 ∙ ∆𝑚𝑎𝑓 2 + ( ) ∙ ∆𝑚𝑠ó𝑙 2
𝑚𝑠ó𝑙 ∙ ∆𝑇𝑠ó𝑙 𝑚𝑠ó𝑙
𝐶 ∙ ∆𝑇𝑐𝑎𝑙 + 𝑐𝑎 ∙ 𝑚𝑎𝑓 ∙ ∆𝑇𝑎𝑓 2
+(−𝐶)2 ∙ ∆∆𝑇𝑐𝑎𝑙 2 + (−𝑐𝑎 ∙ 𝑚𝑎𝑓 )2 ∙ ∆∆𝑇𝑎𝑓 2 + ( ) ∙ ∆∆𝑇𝑠ó𝑙 2
∆𝑇𝑠ó𝑙
+(−∆𝑇𝑐𝑎𝑙 )2 ∙ ∆𝐶 2 ) (11)
Desse modo, utilizando os dados da tabela 3 e as equações 10 e 11, encontrou-se os
valores de calor específico expostos na tabela 4.
Como foi obtido para cada sólido três valores de calor específico, é necessário realizar
a média deles, dada por:
𝑁
1
𝑥̅ = ∑ 𝑥𝑖 (12)
𝑁
𝑖=1
em que N é a quantidade de medidas e 𝑥𝑖 é o valor da medida correspondente. Nesse caso, para
o cubo de cobre com zinco, tem-se:
0,37 + 0,38 + 0,48
𝑐𝑠ó𝑙1 =
̅̅̅̅̅̅ = 0,41 𝐽/𝑔°𝐶
3
Já para o de ferro:
0,40 + 0,58 + 0,52
𝑐𝑠ó𝑙2 =
̅̅̅̅̅̅ = 0,50 𝐽/𝑔°𝐶
3
Para que o valor da média fique mais próxima do real é necessário levar em consideração
o erro estatístico, que é calculado com base no desvio padrão, visto que este faz relação com a
distribuição das medidas em torno do valor médio. Desse modo, o erro estatístico é dado por:
𝜎
𝜎𝑥̅ = ∆𝑥𝑒𝑠𝑡𝑎𝑡í𝑠𝑡𝑖𝑐𝑜 = (13)
√𝑁
em que o desvio padrão é:
∑𝑁 (𝑥̅ − 𝑥𝑖 )2
𝜎 = √ 𝑖=1 (14)
𝑁−1
Desse modo, utilizando a equação 14 e 13 para calcular, respectivamente, o desvio
padrão e o erro estatístico do calor específico do sólido 1, tem-se:
(0,41 − 0,37)2 + (0,41 − 0,38)2 + (0,41 − 0,48)²
𝜎𝑠ó𝑙1
̅̅̅̅̅̅ = √ = 0,060827625 𝐽/𝑔°𝐶
2
0,060827625
∆𝑥̅̅̅̅̅̅
𝑠ó𝑙1 = = 0,035118846 𝐽/𝑔°𝐶
√3
Enquanto para o sólido 2:
(0,50 − 0,40)2 + (0,50 − 0,58)2 + (0,50 − 0,52)²
𝜎𝑠ó𝑙2
̅̅̅̅̅̅ = √ = 0,091651514 𝐽/𝑔°𝐶
2
0,091651514
∆𝑥̅̅̅̅̅̅
𝑠ó𝑙2 = = 0,0529150263 𝐽/𝑔°𝐶
√3
Portanto, por meio do experimento, alcançou-se para o cubo de cobre com zinco um
calor específico de csól1 = (0,41 ± 0,04) J/g°C. Já para o cubo de ferro atingiu-se um calor
específico de csól2 = (0,50 ± 0,05) J/g°C.
6 DISCUSSÃO
7 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS