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9 de abril de 2024

ANÁLISE FÍSICA SOBRE FÊNOMENOS DE CALORIMETRIA

F 229 - FÍSICA EXPERIMENTAL 2

Theo Basso Pilon: 219520


Laura Gonçalves Faria: 252909
Igor Stein Weiler: 236389
Isabella Galter Ivo: 223548
1 Resumo
Neste experimento foi feito um estudo em calorimentria buscando
medir o calor específico de diferentes materiais e comparar a precisão
das medições efetuas em relação a valores de referência. Para isso,
desenvolvemos estratégias para a resolução de problemas e adap-
tações envolvendo os aparatos experimentais para alcançarmos os
resultados desejados. O sistema estudado foi o sistema termodinâ-
mico isolado, que consiste em um calorímetro, copo interno, massa
de água, massas de diferentes materiais (alumínio e chumbo) e um
termopar para medição de temperatura. No desenvolvimento do ex-
perimento foram envolvidas três etapas principais: calibração do ter-
mopar, caracterização do calorímetro e a determinação do calor es-
Figura 1: Diagrama de um arranjo experimental com os instru-
pecífico dos materiais, sendo as duas primeiras etapas intermediárias
mentos. O termopar tem uma extremidade inserida no calorímetro
e a última o objetivo principal, quais estes serão descorridos ao longo
(sonda) e outra em uma garrafa térmica com água e gelo à 0°C (refe-
deste trabalho.
rência).
Obtemos, na calibração do termopar a seguinte fução:

18, 3V + 6V 2 − 1, 8V 4
T = 48 + (1) 3 Objetivo
1 + 0, 4V
A capacidade térmica encontrada para o calorímetro foi de C = Este experimento tem como principal objetivo aprofundar o enten-
0, 05 ± 0, 01kcal/ºC e o calor específico do alumínio (metal análi- dimento das propriedades térmicas de materiais, com foco na deter-
sado) encontrado foi de c = 0, 04 ± 0, 01 kcal/kgºC. minação do calor específico do alumínio e do chumbo. Para alcançar
esse objetivo, o experimento abrange três etapas principais:
Os resultados se mostraram, em sua maioria, distantes dos valores
previstos e bastante imprecisos 1. Calibração do Termopar: A calibração visa estabelecer uma
relação precisa entre a diferença de potencial medida pelo termopar
e a temperatura real.
2 Introdução 2. Caracterização do Calorímetro: O calorímetro é o dispositivo
no qual ocorrem as trocas de calor e é crucial isolar sua contribuição
Nos estudos inseridos dentro da termodinâmica precisamos lidar nas medições. Isso envolve a determinação da capacidade térmica do
com trocas de energia, muitas vezes, em ambientes termicamente calorímetro, permitindo que as medições subsequentes sejam corri-
controlados. Comumente, realizamos este controle a partir de apa- gidas para a influência do próprio dispositivo.
ratos termicamente isolados do ambiente externo, de forma a mini- 3. Medição do Calor Específico dos Metais: Utilizando o termopar
mizar perdas de energia e permitir análises mais precisas do compor- calibrado e o calorímetro caracterizado, mediremos as trocas de calor
tamento do calor, que é vital nas áreas de engenharias, física, física envolvidas quando diferentes metais entram em equilíbrio térmico
nucelar e química. Um dos instrumentos mais utilizados para estes com água à temperatura ambiente.
estudos é, precisamente, o calorímetro.
No laboratório, dispomos de um calorímetro como esquematizado
na Figura 1, em arranjo com equipamentos de medição (termopar e 4 Modelo
multivoltímetro) e recoberto por materiais isolantes, como isopor e
madeira. Nele, serão processadas as trocas de calor das quais depen- 4.1 Modelo para Caracterização do Calorímetro
demos para que se cumpra o objetivo do experimento.
Utilizando os princípios básicos da termodinamica, podemos defi-
É de interesse do grupo, realizar medições das trocas de calor entre nir o Sistema 1 da seguinte forma
diferentes materiais. O arranjo apresentado na figura nos permite
determinar o estado fundamental do sistema, de forma que possamos
∆Q1 + ∆Q2 + ∆Q3 = 0 (2)
analisar as trocas de calor ocorrendo em diferentes materiais quando
inseridos no calorímetro. Assim, iremos estimar o calor específico Onde ∆Q1 é a variação de energia da massa 1, ∆Q2 a variação
de massas de diferentes materiais. de energia da massa 2, e ∆Q3 a variação de energia do corpo do
calorímetro. Podemos escrever como:

m1 c1 ∆T1 + m2 c2 ∆T2 + C∆T3 = 0 (3)


⇒ m1 c1 (Teq − T1 ) + m2 c2 (Teq − T2 ) + C(Teq − T1 ) = 0 (4)

1
Isolando o termo Te q da equação, temos: • m1 = massa inicial de água
• c = calor específico da água
m2 c(Teq − T2 )
Teq = T1 − (5) • C = capacidade térmica do calorímetro
m1 c + C
• cm = calor específico do metal
Onde utilizaremos a linearização para os parâmetros na forma Y = • mm = massa do metal
AX + B, de forma que:
• Y = Teq
• X = m2 c(Teq − T2 ) 5 Suposições
1
• A = − m1 c+C • 1. Não há trocas de calor entre o calorímetro e o ambiente
• B = T1 (calorímetro ideal);
onde: • 2. Tanto a temperatura ambiente quanto a temperatura de refe-
• Teq = temperatura de equilíbrio térmico do calorímetro após a rência são constantes;
adição da massa m2 de água • 3. Todas as trocas de energia térmica se dão entre o sistema até
• T1 = Temperatura de equilíbrio térmico do calorímetro antes da que ele atinja o equilíbrio;
adição da massa m2 de água (apenas com massa inicial m1 de • 4. A massa m1 é constante;
água) • 5. O gráfico de referência da calibração do calorímetro apre-
• m2 = massa de água (quente) adicionada senta comportamento linear dentro dos intervalos de tempera-
• T2 = temperatura da massa de água m2 adicionada tura trabalhados no experimento.
• m1 = massa inicial de água
• c =calor específico da água 6 Procedimento Experimental
• C =capacidade térmica do calorímetro
6.1 Metodologia
4.2 Modelo para Metais 6.1.1 Fase 1 - Calibração do Termopar
De forma semelhante ao caso anterior, visto que são casos análo- Inicialmente, o grupo estava ciente de que o termopar que seria
gos, podemos escrever uma linearização para o Sistema 2 na forma: utilizado para a realização dos experimentos apresentava uma falha
de montagem e, desta forma, os dados apresentariam um compor-
∆Q1 + ∆Q2 + ∆Q3 + ∆Qm = 0 (6) tamento excêntrico, inutilizando a tabela de valores esperada para o
multivoltímetro. Para corrigir este problema, o grupo coletou uma
Em que o novo termo que aparece na equação é dita a variação de gama de dados em um intervalo de temperaturas de 30°C à 80°C me-
energia interna do metal, assim: didas com um termômetro de referência que se associavam a valores
no multivoltímetro, de forma a calibrar o termopar no arranjo em que
m1 c1 ∆T1 + m2 c2 ∆T2 + C∆T3 + mm cm ∆Tm = 0 (7) se encontrava e de maneira a tornar novamente possível a sua utiliza-
ção.
⇒ m1 c1 (Teq −T1 )+m2 c2 (Teq −T2 )+C(Teq −T1 )+mm cm (Teq −T1 )
Para dar início a calibração do termopar, colocamos gelo com água
= 0 (8) em uma garrafa térmica, garantindo uma temperatura de 0°C no re-
cipiente, e colocamos água quente, a qual foi esquentada em uma
chaleira elétrica, em um béquer. Uma ponta do fio soldado no multi-
Isolando o termo Te q da equação, temos: voltímetro foi imersa na água quente, a outra ponta na água fria e um
m2 c(Teq − T2 ) termômetro foi posto dentro do béquer. Após psicionado o aparato
Teq = T1 − (9) experimental, ligamos o multivoltimetro e demos início as medidas
m1 c + C + mm cm
da ddp para sua respectiva temperatura indicada pelo termômetro.
E assim, utilizamos a equação linearizada com os parâmetros: Para a acelereção do processo, fomos adicionando, gradativamente,
água em temperatura ambiente para alterar a temperatura do líquido
• Y = Teq no béquer. Quando termômetro atingiu 30°C, finalizamos as medi-
• X = m2 c(Teq − T2 ) ções.
1
• A = − m1 c+C+mm cm
• B = T1 6.1.2 Fase 2 - Caracterização do Calorímetro
onde: O grupo utilizou um calorímetro para que fosse possível isolar
• Teq = temperatura de equilíbrio térmico do calorímetro após a termicamente o sistema a ser trabalhado, dessa forma, foi necessá-
adição da massa m2 de água rio coletar um conjunto de dados de base para estudar o fenômeno
• T1 = Temperatura de equilíbrio térmico do calorímetro antes das trocas de calor exclusivamente associadas aos metais. Assim,
da adição da massa m2 de água (apenas com massa inicial m1 o grupo definiu uma massa inicial de água m1 a uma temperatura
de água e o metal) fixa (ambiente) T1 e em equilíbrio térmico com o calorímetro e, em
seguida, foram misturadas cinco massas m2 de temperatura T2 ao
• m2 = massa de água (quente) adicionada arranjo m1 + calorímetro (Sistema 1), para observar como o sistema
• T2 = temperatura da massa de água m2 adicionada base se comporta sozinho.
O procedimento ultilizado foi: primeiramente medimos as massas 6.2 Tratamento de Dados
dos comparimentos do aparelho em uma balança digital e em seguida
6.2.1 Calibração do Termopar
colocamos água em temperatura ambiente (m1) dentro do caloríme-
tro. Uma ponta do fio soldado foi posicionada dentro do calorímetro Após obtidos os dados de temperatura em função da tensão lida
e a outra dentro de uma garrafa térmica com água e gelo. Esperamos pelo multivoltímetro, exportamos os dados para o programa sciDA-
a temperatura da àgua de dentro do calorimetro regular e medimos Vis para fazer um ajuste não linear desses a partir da expressão
a tensão dada pelo milivoltímetro e a temperatura de equilíbrio. A
seguir, colocamos uma certa massa de água quente (m2) dentro do p1 V + p2 V 2 + p3 V 3 + p4 V 4
T = T0 + (10)
calorimetro e repetimos o mesmo procedimento para mesma quanti- 1 + q1 V + q2 V 2 + q3 V 3
dade de m1, obtendo, ao final, a temperatura de equilíbrio e a tensão
dada pelo milivoltímetro. Reptimos esses passos para 5 massas de onde T0 é a temperatura na qual a tensão lida pelo multivoltímetro é
água quente (m2) diferentes dentro do calorimetro. Para cada massa 0 mV, T é a temperatura, V é a tensão e p1 , p2 , p3 , p4 , q1 , q2 , q3 são
m2, a sua temperatura era mediada com o termopar e sua massa por os parametros que buscamos encontrar através desse ajuste aplicado
uma balança digital. Vale ressaltar que a cada mudança de m2, m1 nos pontos que obtemos.
continuava constante, sem sofrer alteração de massa ou de temepra- Para obter os parametros, foi ultilizado o seguinte procedimento
tura. 1. Definimos um chute inicial de p1 como 1, e os outros parâme-
tros como 0, tratando-os como constantes
6.1.3 Fase 3 - Estudo dos Metais 2. através do valor de p1 encontrado, colocamos como variáveis
Feita a calibração do instrumento de medição e a caracterização do os parâmetros p2 e q2 , mantendo o restante como constante
calorímetro, o grupo se dirigiu às observações das trocas de calor de 3. Caso o valor fornecido pelo programa apresentar incerteza maior
um novo sistema m1 + calorímetro + metal (Sistema 2), para que se que seu valor representativo, definimos o parâmetro como 0, e
pudesse estimar o calor específico de diferentes metais. Foram utili- o colocamos como constante
zados alumínio e chumbo como objetos de estudo. O procedimento 4. Repetimos esse procedimento para o restante dos parâmetros
se deu de uma forma análoga à Fase 2, mas desta vez com a presença
de uma massa m3 de metal junto ao sistema inicial, mas o foco trans- 6.2.2 Caracterização do Calorímetro
correu em analisar as diferenças de comportamento entre o sistema
1 e sistema 2. As massas m1 e m2 foram as mesmas em ambos os A partir dos dados obtidos, queremos obter a capacidade térmica
sistemas (incluindo os intervalos de variação de m2 ). do calorímetro, que deverá ser obtida a partir de um ajuste linear
Dessa forma, o procedimento ultilizado para o estudo dos metais ultilizando a expressão
foi exatamente o mesmo em relação à caracterização do calorímetro, m2 c(Teq − T2 )
com a diferença da presença do bloco de alumínio no sistema. Teq = T1 − (11)
m1 c + C

6.1.4 Algumas Considerações O coeficiente angular será A = −1/(m1 c+C), desse, podemos obter
a desejada capacidade térmica do calorímetro, enquanto o coeficiente
linear será T1 que já é um dado conhecido, portanto podemos usá-lo
como referência para a análise de nossos resultados.
Quanto as variáveis dependentes e independentes, temos que a va-
riavél dependente Y será Teq , enquanto nossa variável independente
X será m2 c(Teq − T2 )

6.2.3 Estudo dos Metais


Outro parâmetro que desejamos obter é o calor especfíco do alumí-
nio, que deverá ser obtido a partir de uma linearização para a seguinte
expressão
m2 c(Teq − T2 )
Figura 2: Imagem dos aparatos experimentais reais utilizados. Teq = T1 − (12)
m1 c + C + mm cm
O coeficiente angular será A = −1/(m1 c + C + mm cm ), desse,
Além dos procedimentos mencionados anteriormente, é preciso
podemos obter o desejado calor específico do ksksjksksk, enquanto
mencionar os instrumentos utilizados para que todas as fases se tor-
o coeficiente linear será T1 que já é um dado conhecido, portanto
nassem passíveis de boa precisão no manejo dos materiais forneci-
podemos usá-lo como referência para a análise de nossos resultados.
dos. Utilizamos vidrarias como termômetro volumétrico (álcool),
proveta, pipeta, e alguns beckeres (ver imagens do apêndice), dos
quais as especificações podem ser encontradas na Tabela 6 do Apên- 6.3 Análise de incertezas
dice. Em todos os momentos em que precisamos variar a massa m2
Para calcular a incerteza do termômetro utilizamos a equação de
ou trocar a água do recipiente interno do calorímetro, aguardávamos
incerteza triangular, já que usamos um termômetro analógico, sendo
o sistema atingir a temperatura de equilíbrio para efetuar as medi-
a = 1°C No cálculo dessa última incerteza, não consideramos pa-
ções.
ralaxe, já que o termômetro era divido de 1°C em 1°C , não houve
muito desvio das medidas devido à paralaxe. Para a incerteza das
massas utilizamos a fórmula da incerteza retalgular e usamos a =
0, 1g. Em algumas partes do experimento, como em estudos dos me- A partir dessa linearização, obtemos, a partir do coeficiente linear,
tais, foi necessário subtrair a massa do recipiente da massa de líquido T1 = 30 ± 2°C para a temperatura da massa de agua m1 quando
com o recipiente. Nesse caso, ultilizamos a fórmula de propagação entra em equilíbrio térmico com o calorímetro. O valor de referência,
de incerteza para calcularmos as inertezas dessas massas medidas. ultilizando a calibração do termopar, era de 23 ± 13 °C.
Para o cálculo da incerteza do milivoltímetro utilizamos a fórmula de A partir do coediciente angular, obtemos um valor para a capaci-
incerteza retangular novamente. Para as outras incertezas envolvidas dade térmica do calorímetro de C = 0, 05 ± 0, 01kcal/ºC.
no experimento, como a incerteza da capacidade térmica do calorí-
metro, foi usada a fórmula de propagação de incerteza para calculá-
las. 7.3 Estudo dos metais
Após o procedimento para o estudo dos metais, encontramos o
seguinte gráfico para a linearização
7 Resultados
7.1 Calibração do Termopar
Após o procedimento descirito para a calibração, encontramos o
seguinte gráfico com o ajuste não linear:

Figura 5: Linearização para o Alumínio

A partir dessa linearização, obtemos, a partir do coeficiente linear,


T1 = 36 ± 2 °C para a temperatura da massa de agua m1 quando
Figura 3: Ajuste Não linear para a calibração do Termopar entra em equilíbrio térmico com o calorímetro. O valor de referência,
ultilizando a calibração do termopar, era de 23 ± 13°C.
Com os parâmetros encontrados, a expressão que será usada como A partir do coediciente angular, obtemos um valor para o calor
referência de temperatura será: específico do alumínio de c = 0, 04 ± 0, 01 kcal/kgºC.

18, 3V + 6V 2 − 1, 8V 4
T = 48 +
1 + 0, 4V
(13) 8 Discussão
Na calibração do termopar, é perceptível que o modelo estudado
7.2 Caracterização do calorímetro não foi bem representado no ajuste não linear. Tal fenômeno é evi-
Após o procedimento para a caracterização do calorímetro, encon- dente ao analisar as incertezas dos parâmetros da expressão 10 .
tramos o seguinte gráfico para a linearização: O parâmetro P2, por exemplo, tem de valor de 6±4, uma incerteza
maior do que 50% da grandeza do valor obtido. Como o programa
estipula um determinado valor para o primeiro parâmetro, os outros
parâmetros são estipualdos com base neste primeiro, se o primeiro
parâmetro não for preciso, o erro é somado ao estipular os parâmetros
seguintes. Dessa forma, podemos concluir que o primeiro parâmetro
não foi bem estipulado, logo, a função utilizada para determinar as
temperaturas não se mostrou precisa.
Outra imprecisão é perceptível com o valor de T1 . No processo de
calibração do calorímetro, que foi feito no intervalo de 30°C a 80°C,
surge um problema: T1 está fora deste intervalo de temperatura, logo,
visto que o comportamento da função não é conhecido nesta região,
acarretou mais imprecisões que afetaram os resultados obtidos na ca-
racterizção do calorímetro e no estudo dos metais. Esta imprecisão
se manisfesta no valor obtido de 23±13°C para T1 , incerteza maior
que uma ordem de grandeza.
Assim, como T1 é muito impreciso, a capacidade térmica calcu-
Figura 4: Linearização Caracterização do calorímetro lada para o calorímetro também tornar-se-há imprecisa, já que para
calculá-la foi necessário ultilizar o valor de T1 . O valor estimado por
meio da massa de 58,6 ± 0,03g e do valor tabelado do calor espe-
cífico do alumínio (0,22 cal/g°C) foi de 0,012 Kcal/°C. O valor es-
timado está longe do valor obtido experimentalmente de 0,05±0,01
kcal/kg°C. O mesmo aconteceu com os calores específicos dos me-
tais dos metais. O calor específico obtido experimentalamente do
alumínio foi de O mesmo aconteceu com os calores específicos dos
metais dos metais. O calor específico obtido experimentalamente do
alumínio foi de c = 0, 04 ± 0, 01 kcal/kgºC, mas o valor estimado era
0,22 cal/g°C. Portanto, o valor está mais que uma ordem de grandeza
diferente daquele esperado, ou seja, o calor específico do alumínio
obrtido é impreciso. Fator que, novamente, é explicado pelo fato de
T 1 está fora do intervalo de temperatura utilizado para calibração do
termopar.

9 Conclusão
Diante dos resultados encontrados, conclui-se que os valores obti-
dos para o calor específico do alumínio e para a capacidade térmica
do calorímetro são imprecisos. Tal imprecisão foi causada devido a
falta de conhecimento do comportamento da função10 em T1 , uma
vez que o termopar não foi caracterizado nessa temperatura.
10 Bibliografia
• 1. Prof. Dr. Pierre-Louis de Assis, F229, Física Experimental II Guia de Laboratório, Universidade Estadual de Campinas.
• 2. F. W. Sears e M. Zemansky, Física, Vol. 2, cap. 16, Ed. Universidade de Brasília.
• 3. R.M. Eisberg e L.S. Lerner, Física – Fundamentos e Aplicações, Vol. 2, cap. 17.
• 4. I. Estermann (ed.), Methods of Experimental Physics, Vol. 1, Classical Methods, Academic Press, 1959, pp. 263-265 e Fig. 3, p.
264. (Biblioteca IFGW 530078M566v.1).
• 5. Y.S. Toulokian e E.H. Buyco (eds.), Thermophysical Properties of Matter – Specific Heat, Vol. 4, Ed. Plenum, 1970, (Biblioteca
IFGW R536021-T343).
• 6. D. R. Lide (ed.), Handbook of Chemistry and Physics, 1991, pp.5-65
• 7. D.M. Considine (ed.), Process, Instruments and Control Handbook, 3a. ed., McGraw-Hill, 1985, p. 2.17. (Biblioteca IFGW
R629.8P941).
• 8. American Society for Testing and Materials – ASTM (ed.), Manual on the Use of Thermocouples in Temperature Measurements.
(Biblioteca IFGW R536.5a512m).
• 9. Efficient Thermocouple Calibration and Measurement, Mosaic Industries, acessado em 14/10/2022.
Apêndice
10.1 Tabelas

Tabela 1: Parâmetros para a calibração do termopar

Parâmetros
p1 18,3 ± 0,3
p2 6±4
p3 0
p4 -2 ± 1
q1 0,4 ± 0,2
q2 0
q3 0
Tabela 2: Tabela pontos obtidos na calibração do termopar

Temperatura (°C) Tensão (mV)


85 ± 0,2 2,200 ± 0,003
80 ± 0,2 1,870 ± 0,003
79 ± 0,2 1,800 ± 0,003
77 ± 0,2 1,660 ± 0,003
76 ± 0,2 1,610 ± 0,003
75 ± 0,2 1,560 ± 0,003
74 ± 0,2 1,450 ± 0,003
75 ± 0,2 1,440 ± 0,003
72 ± 0,2 1,360 ± 0,003
71 ± 0,2 1,380 ± 0,003
70 ± 0,2 1,270 ± 0,003
69 ± 0,2 1,220 ± 0,003
68 ± 0,2 1,150 ± 0,003
67 ± 0,2 1,090 ± 0,003
66 ± 0,2 1,030 ± 0,003
65 ± 0,2 0,970 ± 0,003
63 ± 0,2 0,870 ± 0,003
61 ± 0,2 0,740 ± 0,003
60 ± 0,2 0,700 ± 0,003
59 ± 0,2 0,660 ± 0,003
58 ± 0,2 0,570 ± 0,003
56 ± 0,2 0,450 ± 0,003
55 ± 0,2 0,330 ± 0,003
54 ± 0,2 0,300 ± 0,003
52 ± 0,2 0,230 ± 0,003
50 ± 0,2 0,090 ± 0,003
48 ± 0,2 -0,010 ± 0,003
46 ± 0,2 -0,050 ± 0,003
44 ± 0,2 -0,290 ± 0,003
42 ± 0,2 -0,270 ± 0,003
40 ± 0,2 -0,420 ± 0,003
38 ± 0,2 -0,490 ± 0,003
36 ± 0,2 -0,690 ± 0,003
34 ± 0,2 -0,700 ± 0,003
32 ± 0,2 -0,800 ± 0,003
30 ± 0,2 -0,910 ± 0,003

Tabela 3: Dados da caracterização do calorímetro com T1=-1,10 mV

Valor de m2 ultilizado (g) Temperatura de m2 pelo multivoltimetro (T2) Temperatura de equilíbrio com o Calorímetro (Teq)
m2 (1) 40,90 ± 0,03 1,300 ± 0,003 -0,600 ± 0,003
m2 (2) 88,80 ± 0,03 1,600 ± 0,003 -0,100 ± 0,003
m2 (3) 108,70 ± 0,03 1,700 ± 0,003 0,100 ± 0,003
m2 (4) 129,40± 0,03 1,800 ± 0,003 0,300 ± 0,003
m2 (5) 152,60 ± 0,030 2,100 ± 0,003 0,500 ± 0,003

Tabela 4: Dados do estudo do alumínio com T1=-0,85 mV

Valor de m2 ultilizado (g) Temperatura de m2 pelo multivoltimetro (T2) (mV) Temperatura de equilíbrio com o Calorímetro (Teq)
m2 (1) 23,80 ± 0,03 1,300 ± 0,003 -0,500 ± 0,003
m2 (2) 44,30 ± 0,03 1,400 ± 0,003 -0,300 ± 0,003
m2 (3) 65,30 ± 0,03 1,500 ± 0,003 -0,200 ± 0,003
m2 (4) 87,80 ± 0,03 1,800 ± 0,003 0,100 ± 0,003
m2 (5) 115,30 ± 0,03 1,700 ± 0,003 0,300 ± 0,003
10.1.1 Incertezas

Tabela 5: Tabela de incertezas

Grandeza Tipo de Incerteza F.D.P. Valor da incerteza


Temperatura (°C) Incerteza de leitura Triangular 0, 2
Massa (kg) Incerteza de leitura Retangular 0, 03.10− 3
Milivoltímetro (mV) Incerteza de leitura Retangular 0, 3.10− 2

Tabela 6: Incertezas de medição das vidrarias

Instrumento (ml) Incerteza (ml) F.D.P


Becker (1000,00) ±0,03 Triangular
Pipeta (3,000) ±0,003 Triangular
Proveta (50,00) ±0,03 Triangular

10.2 Imagens

Figura 6: Calorímetro
Figura 7: Chaleira ultilizada para esquentar água

Figura 8: Calibração termopar

Figura 9: Caracterização do calorímetro


Figura 10: Proveta

10.3 Equações
Propagação de Incertezas
r
∂f ∂f ∂f
σf = ( (⃗a)σ1 )2 + ( (⃗a)σ2 )2 + . . . + ( (⃗a)σn )2 (14)
∂x1 ∂x2 ∂xn
Incerteza Combinada
p
uc = u1 2 + u2 2 + . . . + un 2 (15)

Incerteza Retangular

a
u= √ (16)
3
Incerteza Triangular

a
u= √ (17)
6

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