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RELATÓRIO TÉCNICO - ANÁLISE DE ALETAS

Artur Henrique de Barros - 190800058


Laís Nogueira – 170800091
Lucas Campos Oliveira – 210800014

Turno: Integral

Prof. Dr. José Antônio da Silva

São João del-Rei, 08 de novembro de 2023

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ANÁLISE DE ALETAS

Relatório da aula prática apresentada ao Prof. Dr.


José Antônio da Silva, na disciplina
Transferência de Calor I, do curso de Engenharia
Mecânica da Universidade Federal de São João
Del Rei-MG.

São João del-Rei

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2023
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Objetivo
3. Conceitos Fundamentais
3.1. Condução
3.2. Convecção
3.3. Radiação
3.3.1. Número de Nusselt
3.3.2. Número de Reynolds
3.3.3. Número de Prandtl
3.3.4. Potência Elétrica
4. Materiais e Métodos
4.1. Materiais Utilizados
4.2. Métodos
5. Resultados Obtidos
5.1. Dados Colhidos em Laboratório
5.2. Resultados Obtidos
5.2.1. Temperatura média da placa
5.2.2. Área da Placa
5.2.3. Fluxo de calor experimental através da placa
5.2.4. Calor dissipado por radiação e convecção
5.2.5. Número de Reynolds e comportamento do escoamento
5.2.6. Coeficiente Médio de TRC por convecção forçada
5.2.7. Calor dissipado por convecção teórico
5.2.8. Calculo do fluxo de calor real
5.3. Comparação dos resultados
6. Conclusão
7. Referências Bibliográficas

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1. INTRODUÇÃO

A análise de aletas desempenha um papel fundamental no estudo e desenvolvimento


de sistemas de transferência de calor. A transferência de calor eficiente é essencial em
uma ampla gama de aplicações, desde o resfriamento de eletrônicos até o projeto de
trocadores de calor industriais. As aletas são estruturas projetadas para aumentar a área de
superfície de um corpo exposto ao fluxo de calor, a fim de melhorar a dissipação térmica.
O cálculo da condutividade térmica de uma aleta é uma etapa crucial na análise do
desempenho térmico de um sistema, ao determiná-la, podemos avaliar a eficiência na
dissipação de calor da aleta em estudo. A condutividade térmica é uma propriedade que
indica a capacidade de um material conduzir calor.

O estudo experimental em laboratório desempenha um papel importante na análise de


aletas. Através de experimentos cuidadosamente projetados, é possível medir e quantificar
as transferências de calor ocorrendo na aleta em diferentes condições. Esses experimentos
podem envolver a aplicação de uma fonte de calor controlada na base da aleta e a medição
das temperaturas em pontos estratégicos ao longo de sua extensão.

Com base nos dados obtidos experimentalmente, é possível aplicar métodos analíticos
e técnicas de análise para calcular a condutividade térmica da aleta. Diversas equações e
modelos matemáticos foram desenvolvidos ao longo do tempo para esse propósito,
levando em consideração fatores como a geometria da aleta, as propriedades térmicas do
material utilizado e as condições de transferência de calor envolvidas.

A análise de aletas e o cálculo da condutividade térmica são fundamentais para


otimizar o projeto de sistemas de resfriamento e aquecimento. Compreender como as
aletas se comportam em diferentes condições e como sua eficiência pode ser aprimorada
permite o desenvolvimento de soluções mais eficazes e economicamente viáveis.

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2. OBJETIVO

O objetivo deste trabalho consiste em identificar o material da aleta por meio da


análise de dados obtidos durante o experimento e discutir sobre o comportamento da
temperatura ao longo da aleta. Durante o desenvolvimento do experimento, serão
coletadas e analisadas as temperaturas em diferentes posições da aleta, começando pela
base, bem como a temperatura ambiente. A partir dessas informações, o objetivo é
calcular a condutividade térmica "k" da aleta em questão e compará-la com os valores de
condutividade térmica tabelados para diversos materiais. Mesmo considerando algumas
variações que podem afetar a precisão da análise, espera-se alcançar um valor satisfatório
que permita determinar o material utilizado na aleta.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
Materiais utilizados no experimento:
1. Aparelho de experimento de condução térmica (Model TH-1),
constituindo-se de um resistor;
2. Aleta de material desconhecido;
3. Fixador para a aleta;
4. Termômetro analógico ( -0 a 55 °C);
5. Régua;
6. Paquímetro;
7. Termômetro termopar;
8. 4 Sensores Termopares;
9. Alicate Amperímetro;
10. Computador.

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Figura 1: Bancada de experimento de condução térmica já montada para o experimento.

4. MÉTODOS

Na metodologia do experimento, inicialmente, são realizadas medições dos


valores de tensão e corrente com o auxílio de um alicate amperímetro. Em seguida, é
efetuada a mensuração da temperatura ambiente com o auxílio do termômetro
analógico. (T∞).

Tensão (V) Corrente (A) T ∞ (℃ )

130.4 1,0 27

Tabela 1: Valores obtidos

Em paralelo é realizado a medição da aleta utilizada com o auxílio do


paquímetro e da régua, obtendo os valores de diâmetro: Ø=9 , 45 mm e comprimento:
L=227 mm. A seguir, a aleta é fixada na bancada e são instalados 4 termopares, sendo o
primeiro a uma distância de 30 mm a partir da base, o segundo a 50 mm, o terceiro a 115 mm
e o quarto a 227 mm.

No início do experimento, o resistor inicia a transferência de calor para a aleta,


enquanto os termopares previamente instalados captam as temperaturas a cada 1 segundo. Os
resultados obtidos são então lidos e interpretados por meio do software LabVIEW, que realiza
a plotagem do aumento de temperatura ao longo do tempo.

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Figura 2 – Gráfico de medição de temperaturas.

Após o início da medição das temperaturas, é necessário aguardar aproximadamente


20 minutos até que os gráficos atinjam a estabilização, permitindo assim a medição precisa
nas posições especificadas da aleta. Para determinar a temperatura em cada ponto da aleta, é
realizada a média aritmética das últimas 200 leituras de medição, tomando T ∞ como a
temperatura ambiente e as temperaturas de 1 a 4 as posições em que os termopares foram
instalados.

Média das temperaturas (℃)


T∞ T1 T2 T3 T4
27 58,54 67,7 81,62 92,37

Tabela 2: Média das temperaturas nos termopares.

Para a realização da análise do experimento e a determinação do coeficiente de


transferência de calor (k), foram solicitados cálculos considerando três situações distintas.
Estas incluem a aleta longa, na qual a perda de calor na ponta é desprezível, e a situação em
que a convecção ocorre na ponta da aleta.

Aleta Longa – Admitimos que a temperatura na ponta da aleta se aproxima da


temperatura T∞ da vizinhança. Então temos a seguinte equação:

θ ( x ) T ( x )−T ∞ −mx
= =e ( 1 )
θo ¿−T ∞

Q= √h∗P∗k∗A∗θo ( 2 )

Aleta com parede de calor desprezível na ponta – Considerando a área de transferência


de calor na ponta da aleta muito menor comparada a área lateral da aleta para troca de
calor.

θ ( x ) coshm ( L−x )
= ( 3)
θo cosh ( mL )

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Q= √ h∗P∗k∗A∗tanh ( mL )∗θo ( 4 )

Aleta com convecção na ponta - considera a transferência de calor entre a ponta da


aleta e o fluido ambiente, sendo fisicamente mais realista.

h∗e
cosh m ( L−x ) + ∗sinh ( L−x )
θ (x ) km
= ( 5)
θo h∗e
( )
cosh m∗L + (
∗sinh m∗L )
k∗m

h∗e
√ h∗P∗k∗A∗θo∗sinh ( m∗L ) + ∗cosh ( m∗L )
k∗m
Q= (6)
h∗e
cosh ( m∗L )+ ∗sinh ( m∗L )
k∗m

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