Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A TEMPERATURA CONSTANTE
LORENA, SP
Novembro de 2022
2
Sumário
1- Objetivos 3
2- Introdução 4
3- Fundamentação Teórica 5
4- Materiais e Métodos 7
5- Resultados 8
5.1- Dimensões dos sólidos 8
5.2- Propriedades dos Metais 10
5.3- Dados Obtidos - Aquecimento 10
5.3.1- Gráficos do Aquecimento 12
5.4- Dados Obtidos - Resfriamento 17
5.4.1- Gráficos do Resfriamento 19
5.5- Discussão dos resultados 26
6- Conclusão 28
Bibliografia 29
3
1- Objetivos
2- Introdução
Quando ocorre uma diferença de temperaturas em um espaço a energia térmica em
trânsito é denominada transferência de calor (ou calor), dessa forma quando houver uma
diferença de temperaturas em um meio ou entre meios tem-se uma transferência de calor. Os
mecanismos de transferência de calor são condução, convecção e radiação. Quando existe
uma diferença de temperaturas em meio estacionário sendo ele sólido ou líquido, ocorre a
transferência de calor que chamamos de condução. Seu mecanismo ocorre por meio da
transferência de energia das partículas mais energéticas para as menos energéticas de uma
substância por meio das interações das partículas. Quando temos a transferência de calor entre
uma superfície e um fluido em movimento em diferentes temperaturas, tem-se a convecção.
Nessa forma de transferência tem-se a energia devido ao movimento molecular aleatório que é
denominada difusão e ao movimento global ou macroscópico do fluido. Quando existir
transferência de calor líquida entre duas superfícies em temperaturas diferentes na ausência de
um meio interposto participante, temos a radiação térmica, nessa forma de transferência todas
as superfícies com temperatura não-nula emitem energia na forma de ondas eletromagnéticas
(INCROPERA; DEWITT; BERGMAN; LAVINE, 2008).
3- Fundamentação Teórica
(Kreith e Bohn, 2008). Na determinação dessa variação de temperatura com o tempo utiliza-se
o método da capacitância global, levando em consideração a utilização de sólidos infinitos
como lingotes que se assemelham a um cilindro infinito.
O método da capacitância global é utilizado em aquecimento e resfriamento de objetos
metálicos, em que temos temperaturas aproximadamente uniformes ao longo do interior do
objeto. Além de ser utilizado em objetos com alta condutividade térmica que estão imersos
em meio que tem uma baixa condutividade térmica e, também, utilizado para medir o calor
transferido de forma instantânea ao longo do interior de um objeto em que são evitados
gradientes de temperatura em função da posição. Ou seja, em essência o método da
capacitância global é a hipótese de temperatura do sólido ser uniforme em qualquer instante
em um processo de transferência de calor enquanto tem-se um processo transiente. Por fim, o
método é empregado quando a resistência térmica interna do corpo, processo de condução, é
muito menor que a resistência térmica externa, processo de convecção, de modo que seja
notado que o maior gradiente de temperatura esteja na superfície do corpo.
Dessa forma, podemos deduzir o seguinte balanço de energia quando tempos um corpo
submerso em um fluido:
dT (t)
h . A s .(T ∞−T (t ))= ρ. C . V . (1)
dt
De (1) em (2):
d θ (t) h. A
= .θ (t) (3)
dt ρ .C .V
Para realizar os cálculos necessários para o método da capacitância global é necessário que o
número de Biot (Bi) seja menor que 0,1. Esse número é uma grandeza adimensional que
fornece uma medida da relação entre a queda de temperatura ao longo de um sólido e a
diferença de temperaturas da sua superfície e a do fluido.
h . LC
Bi= ≤ 0 ,1 (6)
k
Em que LC é o comprimento característico e é dado pela seguinte expressão:
V
LC = (7)
AS
6
Além, desse adimensional temos o número de Fourier (Fo), que também é utilizado para
problemas de condução transiente:
α .t
Fo= 2
LC
Sendo:
h - coeficiente convectivo;
A s - área superficial;
T(t) - Temperatura da superfície;
T ∞ - Temperatura do fluido;
ρ - massa específica;
V - volume;
t - tempo;
Bi - Número de Biot;
k - condutividade térmica;
LC - comprimento característico;
Fo - número de Fourier.
7
4- Materiais e Métodos
4.1- Materiais
• Esfera, cilindro e placa de Alumínio;
• Esfera, cilindro e placa de Cobre;
• Termopar portátil;
• Cronômetro (Celular);
• Termômetros;
• Cuba com água quente.
4.2. Métodos
5- Resultados
● Placas:
Tabela 1
Placas
Material Altura (m) Base (m) Espessura Área Superficial Volume Lc (m)
(m) (m^2) (m^3)
Tabela 2
10
● Cilindros:
Tabela 3
Cilindros
Material Diâmetro (m) Altura (m) Área Superficial Volume (m^3) Lc (m)
(m^2)
Tabela 4
● Esferas:
Material Diâmetro
Alumínio 5,08
Cobre 5,1
Tabela 5
Esferas
Tabela 6
11
Tabela 7
● Placas:
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 17,3 19,3 21,3 23,3 25,3 27,3 29,3 31,3 33,3 35,3 37,3
t (s) 0 6,28 8,69 10,88 14,6 16,64 20,22 24,17 28,49 34,31 40,88
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 17,8 19,8 21,8 23,8 25,8 27,8 29,8 31,8 33,8 35,8 37,8
t (s) 0 2,89 7,88 10,15 12,59 15,93 19,5 24,78 32,19 42,38 59,04
12
Tabela 8
● Cilindros:
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38
t (s) 0 9,21 15,08 20,55 27,05 33,22 41,24 51,44 64,9 81,74 110,76
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 17,2 19,2 21,2 23,2 25,2 27,2 29,2 31,2 33,2 35,2 37,2
t (s) 0 10,69 17,21 22,33 29,87 37,88 47,02 58,92 71,46 89,9 114,06
Tabela 9
● Esferas:
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 18,3 20,3 22,3 24,3 26,3 28,3 30,3 32,3 34,3 36,3 38,3
t (s) 0 9,94 14,6 20,69 27,57 34,55 43,37 52,75 65,72 80,43 92,95
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 18,7 20,7 22,7 24,7 26,7 28,7 30,7 32,7 34,7 36,7 38,7
t (s) 0 6,15 9,67 12,82 17,86 24,06 33,64 45,18 60,4 85,26 126,6
13
Tabela 10
Gráfico 1
14
Gráfico 2
Gráfico 3
15
Gráfico 4
Gráfico 5
Gráfico 6
16
Gráficos 6 e 7
17
Gráficos 8 e 9
18
Gráficos 10 e 11
● Placas:
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 42,4 39,7 37,8 36,4 35,7 35,1 34,7 34,1 33,6 33,3 33
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 42 41 40,2 39,9 39,5 39,1 38,8 38,5 38,3 37,9 37,6
Tabela 11
● Cilindros:
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 41,7 40,7 40,1 39,8 39,5 37,1 38,9 38,6 38,4 38,2 37,9
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 41,2 40,3 39,8 39,6 39,3 38,9 38,8 38,8 38,5 38,3 38,1
Tabela 12
20
● Esferas:
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 42,4 41,4 40,7 40,1 39,9 39,6 39,2 38,8 38,6 38,2 37,9
Medida 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
T (°C) 42,7 41,8 41,4 41 40,7 40,3 40,1 40 39,7 39,3 39,1
Tabela 13
Gráfico 12 e 13
22
Gráficos 14 e 15
23
Gráficos 16 e 17
24
Gráficos 18 e 19
25
Gráficos 20 e 21
26
Gráficos 22 e 23
27
Gráficos 24 e 25
Em relação aos materiais, de acordo com a teoria, o cobre seria o melhor condutor
térmico, por possuir a maior condutividade. Porém, analisando os gráficos, pode se ver que,
na prática, os objetos de alumínio apresentaram condutividade térmica um pouco maior que
os de cobre.
28
Análogo à isso, pode se observar que, em relação ao formato dos objetos analisados,
os objetos com maior superfície de contato disponível, sendo estes, em ordem da maior para a
menor, Placas > Cilindros > Esferas, têm mais facilidade em conduzir a temperatura, quando
comparados aos de menor superfície de contato feitos do mesmo material.
Por fim, pode-se fazer uma comparação entre resultados teóricos e práticos. Observa-
se que nas medições do processo de aquecimento houve baixíssima incoerência, já que o erro
relativo era baixo. Já nos processos de resfriamento, pode ser conferida uma divergência
maior e mais considerável entre valores reais e teóricos, o que foi causado por um erro
relativo consideravelmente maior do que no processo de aquecimento.
29
6- Conclusão
Primeiramente, vale ressaltar a importância do experimento ao grupo no quesito da
fixação e entendimento do conteúdo tratado nas etapas dos processos. Ao analisar o
comportamento do aquecimento e resfriamento de objetos metálicos, foi possível averiguar
fenômenos e conceitos físicos estudados, observando na prática os conteúdos estudados em
sala de aula, desta forma, contribuindo para com a fixação do aprendizado por todos os
componentes do grupo.
Também pode-se visualizar como o tipo de material com que o objeto é feito
influencia a variação de temperatura. Os objetos de alumínio variam de temperatura mais
rapidamente quando comparados aos de cobre, isso ocorre, mais uma vez, por conta das
características físicas e variáveis independentes associadas a cada material.
Bibliografia
GUIMARÃES, Daniela. SUPERFÍCIES ESTENDIDAS (ALETAS): aletas de seção
transversal uniforme, desempenho das aletas, eficiência global de uma superfície. Lorena,
2022. 39 slides.
KREITH, Frank; BOHN, Mark S.. Princípios de Transferência de Calor. 7. ed. São Paulo:
Thompson, 2008. 557 p.