de Transferência de Calor em
Corpos Submersos
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1. Introdução
Roteiro 2.
3.
4.
Teoria e cálculo
Experimento
Resultados
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1. Introdução
a. A transferência de calor
b. Tipos de transferência de calor
c. Transferência de calor por convecção
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Introdução
A transferência de calor acontece quando dois ou mais corpos com
temperaturas diferentes são colocados em contato em um mesmo
ambiente e, depois de algum tempo, alcançaram o equilíbrio térmico.
Isso acontece porque o calor é um tipo de energia que transita entre os
corpos, ocasionando esse movimento até que haja equilíbrio.
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Tipos de transferência de calor
A radiação térmica, também Na condução térmica, a A convecção térmica, comum
conhecida como irradiação, energia se propaga em virtude para os gases e líquidos, ocorre
ocorre por meio de ondas da agitação molecular. Esse através do deslocamento de
eletromagnéticas e não é processo é mais eficiente em meio material através de
necessário que haja contato materiais como os metais, que correntes que se estabelecem
entre os corpos. são bons condutores de calor. no interior do meio.
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Exemplo de Convecção
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Convecção térmica
Convecção natural o movimento do fluido não é gerado por
qualquer fonte externa, mas somente por diferenças de
densidade no fluido que ocorre devido a gradientes de
temperatura. A força condutora para a convecção natural é a
flutuabilidade (relacionada ao empuxo), um resultado das
diferenças nas densidades de fluidos.
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2. Teoria e Cálculos
a. Coeficiente de Transferência de Calor por Convecção (h)
b. Método da Capacitância Global
c. Procedimento de Cálculo
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Coeficiente de Transferência de Calor por Convecção (h)
- Em determinadas situações, é necessário que se conheça o valor que relaciona a
quantidade de calor transferida de uma superfície para um fluido ou vice-versa, o
qual é denominado coeficiente de transferência de calor por convecção (h).
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Coeficiente de Transferência de Calor por Convecção (h)
- Dessa forma, não é possível encontrar seu valor em tabelas de referência, devido às
inúmeras variáveis que influenciam seu cálculo. Assim, é mais conveniente e mais
preciso utilizar um valor de coeficiente que tenha sido calculado
experimentalmente a partir de correlações empíricas.
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Método da Capacitância Global
- O fundamento desse método é a hipótese de que a temperatura do sólido é
uniforme no espaço durante qualquer instante do processo transiente, o que implica na
eliminação dos gradientes de temperatura no interior do material que será
analisado.
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Método da Capacitância Global (exemplo)
- Na moldagem de um metal quente, por exemplo, que está inicialmente a uma
temperatura Ti e que é temperado pela sua imersão em um líquido a uma temperatura
mais baixa T∞ < Ti. A temperatura do sólido irá diminuir até que atinja T ∞ devido à
transferência de calor por convecção na interface sólido-líquido. O método da
Capacitância Global é o método mais simples e conveniente a ser usado nesse tipo de
problema de resfriamento e aquecimento.
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Procedimento de Cálculo
- Conforme mencionado anteriormente, no estudo do fenômeno da transferência de
calor entre um corpo sólido e o fluido estacionário, algumas hipóteses simplificadoras
fazem-se necessárias, em virtude da complexidade na modelagem do problema.
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Lei de Resfriamento de Newton
- A Lei do resfriamento de Newton expressa que a taxa de perda de calor de um corpo é
proporcional à diferença de temperatura entre o corpo e o meio circundante. Logo, quanto
maior a diferença de temperatura entre o corpo e o meio circundante, maior a taxa de perda
de calor.
- Com isso, é equivalente para a expressão que o coeficiente de transferência de calor, que
intermedeia entre a perda de calor e as diferenças de temperatura, é uma constante.
Geralmente essa condição é verdadeira para conduções térmicas (garantidas pela lei de
Fourier), mas frequentemente ela é aproximadamente verdadeira em condições de
transferência de calor por convecção, onde uma série de processos físicos tornam o coeficiente
de transferência de calor eficaz quando for dependente das diferenças de temperatura.
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Procedimento de Cálculo
- Nesse experimento, é feita a análise do aquecimento e resfriamento de corpos sólidos em
regime variável, admitindo-se desprezível a resistência à condução no interior do sólido em
relação à resistência ao transporte no fluido adjacente por convecção. Na prática, essa
hipótese é considerada válida quando o número de Biot for inferior a 0,1.
- O número de Biot é um número adimensional que mede a importância relativa dos processos
de transferência de calor (condução e convecção). O cálculo desse número pode ser assim
expresso:
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Procedimento de Cálculo
- Como resultado dessa relação, tem-se que a taxa de perda ou ganho de calor de um
sólido equivale à taxa de variação de energia interna. Desse modo:
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Procedimento de Cálculo
- Aplicando integral nos dois lados e rearranjando as variáveis, temos:
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Procedimento de Cálculo
- Finalizamos então, com a fórmula abaixo no qual relaciona a temperatura com o tempo,
algo visto que seria necessário pelos dados do nosso experimento
onde:
ψ = θ = (Ts – T∞)/(T0 – T∞)
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Procedimento de Cálculo
- A equação permite o cálculo do coeficiente de transferência de calor por convecção,
obtido por determinações simultâneas de temperatura e tempo, juntamente com o
conhecimento das propriedades físicas do corpo de prova utilizado no experimento.
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Procedimento de Cálculo
- Após o traçado do gráfico de ln(ψ) em função do tempo(t), determina-se o coeficiente
angular α da reta obtida, que por sua vez, relaciona-se com o coeficiente de
transferência de calor por convecção através da equação:
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3. Experimento
a. Materiais e equipamentos utilizados
b. Procedimento experimental
c. Tratamento de dados
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Materiais utilizados
● Água
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Equipamentos utilizados
● Suporte para os corpos de prova
● Termômetro
● Cronômetro
● Régua ou paquímetro
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Procedimento Experimental - Situação Inicial
O experimento consiste no aquecimento e resfriamento de objetos feitos de diferentes materiais e
formatos. Com o objetivo de obter o coeficiente convectivo de transferência de calor.
2. Identificar e anotar os
materiais e dimensões dos
corpos de prova (3 objetos por
grupo).
3. Verificar se os
termopares dos corpos de
prova estão corretamente
conectados ao indicador de
temperaturas.
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Procedimento Experimental
4. Utilizando um corpo de prova de cada vez, anote sua temperatura alguns instantes antes de
submergi-lo no banho. Utilizando suporte apropriado, mergulhe o corpo de prova no banho termostático.
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Procedimento Experimental
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Procedimento Experimental
7. Escolha um dos corpos de prova e repita a
operação de aquecimento em água, não é
necessário coletar um conjunto de dados nessa
fase.
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Procedimento Experimental - Tabelas
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Tratamento de dados
Para chegarmos no valor do coeficiente
convectivo de transferência de calor (h)
precisamos:
- Temperatura e tempo
- Dimensões, material e massa do objeto
- Coeficiente angular
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Exemplo dos dados disponibilizados
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4. Resultados
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Resultados
- Valores maiores que 0,1 no resultado do cálculo do número de Biot indicam possíveis
erros, dos mais variados aspectos, no decorrer do experimento. Dentre eles estão:
- Com resultados menores que 0,1 do número de Biot é possível linearizar a curva
temperatura x tempo, obtida no decorrer do experimento. Isso porque a hipótese
tomada no início do experimento é confirmada e é possível usar o método da
capacitância global.
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Resultados
- Com os dados da tabela e os gráficos linearizados é possível obter o coeficiente
angulare da reta, obtidos por meio dos gráficos. Pode se dizer então que o coeficiente
mantém uma relação direta de proporcionalidade com a intensidade de transferência de
calor.
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Tratamento de dados
● Traçar os gráficos de Temperatura X Tempo dos processos de aquecimento e
resfriamento para cada corpo de prova
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Tratamento de dados
● Calcular o número de Biot
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Resultados
- Além do que já foi tratado, a partir do experimento com corpos submersos, é possível notar que:
❏ Para corpos constituídos de um mesmo material e com mesma geometria, em contato com
fluidos diferentes, o coeficiente convectivo de transferência de calor depende das propriedades do
fluido.
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OBRIGADO!
Referências
INCROPERA, Frank P. et al. Fundamentos de Transferência de Calor e Massa. 6. ed. Rio de Janiero: Ltc, 2008.
KREITH, F., “Princípios de Transmissão de Calor”, editora Edgar Blücher e EDUSP, 3ª edição, 1969.
BENNETT, C.O. e MYERS, J.C., “Fenômenos de Transporte”, editora McGraw Hill do Brasil LTDA, São Paulo, 1978.
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