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Turma: 216/03
Professora: Isabela Dancini Pontes
2. Objetivos
Obter, de forma experimental, o perfil de temperatura para três aletas
cilíndricas de materiais e diâmetros diferentes em regime permanente. Além disso,
aplicar as equações propostas pela literatura aos dados experimentais, obtendo o
coeficiente médio de transferência de calor por diferentes métodos e determinar o
calor dissipado.
3. Revisão bibliográfica
Aletas são aplicadas nas mais diversas áreas, em grandes equipamentos até
os menores e são o padrão para dissipação de calor ao redor do mundo. As aletas
tem por princípio de funcionamento o aumento da área específica de uma superfície
pela qual se deseja dissipar calor. Uma aleta bem dimensionada, produzida a partir
de um material com uma boa condutividade térmica, aumenta a taxa de
transferência de uma superfície significativamente. Porém, se as aletas forem de um
material com baixa condutividade térmica ou com um dimensionamento ruim, as
aletas podem agir como uma camada isolante sobre a superfície, piorando a
transferência de calor para o ambiente.
Além disso, o posicionamento das aletas deve ser analisado, uma vez que as
aletas geralmente são posicionadas para o lado do fluido de menor viscosidade pois
podem criar grandes perdas de carga em um escoamento. Também é necessário
analisar se o calor será transferido por meio de convecção natural ou forçada, o que
altera o dimensionamento e o posicionamento das aletas na superfície.
Eq. 1
Eq. 2
𝑑𝑇
2ª CC2: Para x→L, teremos que 𝑑𝑥
= 0;
Eq. 3
Eq. 4
Para que seja possível a realização do método, podemos utilizar alguns
ajustes dos dados experimentais para o modelo de aleta infinita. Para isso, basta
linearizar a Eq. 2 por meio do logaritmo natural.
Eq. 5
Eq. 6
Eq. 7
Dito isso, para realizar o ajuste com maior precisão, é necessário minimizar a
função-objetivo, reduzindo a diferença entre a temperatura experimental e a
temperatura de modelo. O valor de mínimo (Φmin) ocorre quando a derivada de Φ
em relação a m se iguala a zero. Neste ponto, o valor de m obtido denomina-se
mótimo.
Eq. 8
Onde:
Eq. 9
Eq. 10
Eq. 11
Após obtido um valor de m para cada método descrito acima e para cada
aleta utilizada no experimento, podemos utilizar a Eq. 2 e calcular o h de cada aleta
para os dois métodos. Em seguida, podemos utilizar a Eq. 12 para calcular o calor
trocado (dissipado) por cada aleta e comparar os valores obtidos pelos dois
métodos.
Eq. 12
Onde,
Ө0 = 𝑇 0 − 𝑇 ∞ Eq. 13
Ө = 𝑇 − 𝑇∞ Eq. 14
4. Materiais
1) Autoclave;
2)Caixa de vapor;
3)Chave seletora de 24 canais;
4)Uma barra de alumínio, de diâmetro ½’’ (aleta 1);
5)Uma barra de aço inoxidável, de diâmetro ½’’ (aleta 2);
6)Uma barra de aço inoxidável, de diâmetro 1’’ (aleta 3);
7)Termômetro Analógico;
8)Termopares cobre-constantan tipo T;
9)Purgador termodinâmico;
10)Indicador de temperatura.
Fonte: [1]
5. Métodos
Primeiramente, foi injetado vapor saturado na caixa de vapor do módulo
mediante abertura da válvula da autoclave. Em seguida, aguardou-se o sistema
alcançar a condição de Regime Permanente (RP), o que foi verificado quando foram
tomadas três temperaturas iguais em todos os pontos, medidas em intervalos de 5
minutos. Após alcançar regime permanente as temperaturas foram anotadas na
Tabela 1.
6. Resultados e discussões.
da literatura (Engineering Tool Box, 2022). Com isso, construímos a seguinte tabela:
Tabela 1: Propriedades das 3 barras do experimento
Diâmetro L Perímetro k 𝐴𝑐
Barra Material
(𝑚) (𝑚) (𝑚) (𝑊/𝑚. °𝐶) (𝑚 )
2
0 105 79 104
0,031 92 67 83
0,0802 83 51 62
0,1506 72 44 50
0,2397 59 41 42
0,3591 53 40 39
0,5292 47 39 39
0,753 43 39 38
Fonte: Elaborado pelo autor.
0,0310 92 64 99
0,0802 83 55 89
0,1506 72 44 78
0,2397 59 31 66
0,3591 53 25 54
0,5292 47 19 42
0,7530 43 15 36
m = 2,148
Fonte: Elaborado pelo autor.
0,0000 79 51 79
0,0310 67 39 74
0,0802 51 23 67
0,1506 44 16 59
0,2397 41 13 50
0,3591 40 12 40
0,5292 39 11 32
0,7530 39 11 27
m = 2,155
Fonte: Elaborado pelo autor.
Tabela 8: θ𝑒𝑥𝑝 e θ𝑚𝑜𝑑 obtidos para a barra 2.
0,0310 83 55 90
0,0802 62 34 72
0,1506 50 22 52
0,2397 42 14 34
0,3591 39 11 20
0,5292 39 11 10
0,7530 38 10 5
m = 4,622
Fonte: Elaborado pelo autor.
Gráfico 4: Perfis de temperatura dos ajustes dos modelos e experimental, para a barra 1.
Gráfico 6: Perfis de temperatura dos ajustes dos modelos e experimental, para a barra 2.
● Aleta 1
- Modelo 1:
𝐿 𝐿
𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜 = ℎ𝑃 ∫ Ө 𝑑𝑥 = ℎ𝑃 ∫ Ө0𝑒𝑥𝑝(𝑚𝑥)𝑑𝑥 = 1, 48 𝑊
0 0
- Modelo 2:
𝐿 𝐿
𝑐𝑜𝑠ℎ[𝑚(𝐿−𝑥)]
𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜 = ℎ𝑃 ∫ Ө 𝑑𝑥 = ℎ𝑃 ∫ Ө0 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑚𝐿)
𝑑𝑥 = 0, 28 𝑊
0 0
2 2
onde Ө0 = 𝑇 − 𝑇∞ = 77 °𝐶; ℎ𝑚𝑜𝑑 1 = 0, 216 𝑊/𝑚 . °𝐶; ℎ𝑚𝑜𝑑 2 = 0, 211 𝑊/𝑚 . °𝐶
● Aleta 2
- Modelo 1:
𝐿 𝐿
𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜 = ℎ𝑃 ∫ Ө 𝑑𝑥 = ℎ𝑃 ∫ Ө0𝑒𝑥𝑝(𝑚𝑥)𝑑𝑥 = 6, 89 𝑊
0 0
- Modelo 2:
𝐿 𝐿
𝑐𝑜𝑠ℎ[𝑚(𝐿−𝑥)]
𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜 = ℎ𝑃 ∫ Ө 𝑑𝑥 = ℎ𝑃 ∫ Ө0 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑚𝐿)
𝑑𝑥 = 3, 1 𝑊
0 0
2 2
onde Ө0 = 𝑇 − 𝑇∞ = 51 °𝐶; ℎ𝑚𝑜𝑑 1 = 2, 485 𝑊/𝑚 . °𝐶; ℎ𝑚𝑜𝑑 2 = 3, 496 𝑊/𝑚 . °𝐶;
- Modelo 1:
𝐿 𝐿
𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜 = ℎ𝑃 ∫ Ө 𝑑𝑥 = ℎ𝑃 ∫ Ө0𝑒𝑥𝑝(𝑚𝑥)𝑑𝑥 = 9, 71 𝑊
0 0
- Modelo 2:
𝐿 𝐿
𝑐𝑜𝑠ℎ[𝑚(𝐿−𝑥)]
𝑞𝑐𝑜𝑛𝑣𝑒𝑐çã𝑜 = ℎ𝑃 ∫ Ө 𝑑𝑥 = ℎ𝑃 ∫ Ө0 𝑐𝑜𝑠ℎ(𝑚𝐿)
𝑑𝑥 = 2, 56 𝑊
0 0
2 2
onde Ө0 = 𝑇 − 𝑇∞ = 76 °𝐶;;ℎ𝑚𝑜𝑑 1 = 0, 591 𝑊/𝑚 . °𝐶; ℎ𝑚𝑜𝑑 2 = 1, 954 𝑊/𝑚 . °𝐶
2
No Gráfico 1 obtemos um 𝑅 muito bom, o que significa que o regime
permanente foi atingido, portanto obtivemos um bom ajuste. Já nos Gráficos 2 e 3,
2
notamos que 𝑅 não foram tão satisfatórios, é possível que nos dois casos o regime
permanente não tenha sido atingido até a aferição das temperaturas.
7. Conclusão