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Lei de Resfriamento de Newton

Física Experimental I
Turma - 122

André Lucas Moraes da Silva


Isabely Fernandes de Sousa
Maria Isabele Almeida Coelho

2022
Guaratinguetá - SP
Sumário
1. Introdução..................................................................................................3

2. Objetivos....................................................................................................4

3. Materiais Utilizados...................................................................................5

4. Fundamentação Teórica...........................................................................7

5. Procedimento Experimental......................................................................9

6. Resultados e Tabelas..............................................................................11

7. Conclusão................................................................................................13

8. Referências Bibliográficas.......................................................................14

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1. Introdução
Concerne, a um sistema de dois ou mais corpos que atingem o equilíbrio
térmico. Em outros termos, esse equilíbrio ocorre quando corpos de diferentes
temperaturas se chocam, fazendo transferência de calor (do mais quente para o
mais frio) até alcançarem um nível térmico equilibrado.

A Lei de Resfriamento de Newton afirma que o desvio de calor de um corpo é


regular à distinção de temperatura entre o corpo e a adjacência do entorno, o que
caracteriza o fenômeno supracitado acima. Dessa forma, mostra-se que o
coeficiente de transferência de calor que intercede entre a dessemelhança de
temperatura e a ausência de calor, trata-se de uma constante. Para conduções
térmicas - asseguradas pela lei de Fourier - usualmente esta conjuntura é segura,
porém em transferências de calor regularmente ela é verídica, no qual o coeficiente
de transferência de calor torna-se idôneo (por uma sequência de processos físicos)
quando está inerente das desigualdades de temperatura. Em suma, a lei de
resfriamento de Newton não é verdadeira para a circunstância de transferência de
calor por radiação térmica.

Para reaver o calor específico de sólidos e líquidos continuamente é


empregada a lei de resfriamento de Newton, de maneira que se libera a utilização de
um calorímetro no estudo dos dados experimentais. O feito deste método deduz que
seja viável estabelecer, com reduzidas incertezas, as temperaturas do sistema
instantaneamente antes e depois das transferências internas de calor por efeito da
imersão do corpo (do qual o calor específico se pretende medir) em uma vasilha
contendo água quente.

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2. Objetivos
O relatório tem como propósito exibir os resultados atingidos a partir de um
experimento de laboratório, no qual observamos experimentalmente a lei de
resfriamento de Newton, aquecendo um certo volume de água, distribuindo-o em um
béquer e efetuando a análise de seu resfriamento durante um período determinado,
para que pudéssemos observar a variação de temperatura.

Ademais, iremos executar a construção de gráficos, utilizando papel


milimetrado e mono-log para expressar os resultados obtidos no experimento, além
de obter a constante de resfriamento da água e calcular o ajuste da reta - usufruindo
do método visual e do método dos mínimos quadrados - visando o estabelecimento
dos coeficientes da melhor reta possível para o gráfico.

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3. Materiais Utilizados
 Medidor de temperatura;

(Figura 1) – Multímetro digital.


 Sensor de temperatura tipo K;

(Figura 2) – Termopar tipo K. (±0,5%) -


https://www.filipeflop.com/wp-content/uploads/2017/07/SKU275847a.jpg > Acesso em 21 de Julho de
2022.
 Béquer;

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(Figura 3) – Béquer de vidro.
 Aquecedor;

(Figura 4) – Aquecedor por indução e panela.


 Água;

(Figura 4) – Béquer de plástico contendo 40ml de água.


 Cronômetro;

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(Figura 5) – Cronometro. (±0,05)

4. Fundamentação Teórica
Medir temperaturas atualmente se tornou algo rotineiro, medimos
temperaturas pelos nosso smartphones, dia após dia temos enxurradas de
informações, mas, poucas vezes, é tida a curiosidade de ir além, contudo mais de
trezentos anos atras um homem estava indo além,

Sir Isaac Newton, um herói para todo cientista, com seus quase 60 anos se
perguntava como medir altas temperaturas, tão grandes que os termômetros da
época eram incapazes de medir e seus resultados são usados até hoje para
experimentos estudos dos mais variados tipos.

Pensando nisto ele escreveu um artigo de forma anônima e “Scala Graduum


Caloris” [1] era seu nome, o que é um método realmente genial.

Hoje este método é conhecido como Lei de Resfriamento de Newton, obtido


por meio de observações e do conceito da conservação do calor, ele percebeu que o
calor retirado de objetos quentes, no caso os que ele queria observar, a mais de
1000ºC, eram levados pelo vento e desta forma ele passou a deixar tais objetos
quentes em repouso em lugares isolados, desta forma postulou que para pequenas
diferenças de temperaturas é proporcional, a diferença entre as temperaturas do
objeto e do ambiente.

Ou seja:

d ( ∆ θ ) −Δθ
=
dt τ

(Equação 1) – Princípio da lei de resfriamento de Newton.


onde τ é a constante de proporcionalidade que depende do material do objeto em
questão e sua construção e o sinal negativo indica que a temperatura dele está
diminuindo com o passar do tempo, logicamente em relação à temperatura
ambiente. [2]

A solução disto teria como resultado uma função exponencial, possível de


notar na tabela de resultados obtidos em sala de aula (tabela 1).

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Então deste modo a resolução desta equação diferencial seria:

−t
( )
∆ θ=∆ θ 0 e τ

(Equação 2) – Equação diferencial da lei de resfriamento.


Nesta equação ΔƟ = (Θ – Θ0) e ΔΘo = (Θo – Θa); Θ representando a
temperatura em um instante de tempo, Θa a temperatura ambiente e Θ0 a
temperatura inicial.

Assim pode-se observar, que como está equação é uma exponencial negativa
aplicar logaritmo é viável e deste modo é obtida a seguinte função.

0 t
ln ∆θ=ln ∆θ −
τ

(Equação 3) – Lei de resfriamento de Newton com logaritmo natural aplicado.


E aplicar as regras que vem se desenvolvendo durante as experimentações já
realizadas e então resta-se apenas a experiencia feita em laboratório apresentada a
seguir mostra que de fato Newton estava correto e a lei de resfriamento pode ser
aplicada perfeitamente a corpos em repouso e isolados.

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5. Procedimento Experimental
Através da observação do resfriamento da água, podemos determinar sua
constante de resfriamento. Para a preparação do experimento, conectamos o sensor
no multímetro, configurado para a medição de temperatura (°C) e medimos a
temperatura ambiente da sala 21°. Então enchemos o béquer de vidro com 100ml de
água a qual é transferida para o recipiente em que será aquecida, ligamos o
aquecedor em sua temperatura máxima, no nível 6, e aguardamos até que a água
atinja sua temperatura de ebulição 100°C, uma vez atingida a temperatura
necessária, é desligado o aquecedor e 40ml de água são separados no béquer, com
a ponta do sensor dentro deste, após a estabilização da temperatura da água,
mede-se o valor inicial de sua temperatura (Θ0) e dispara-se o cronometro e se inicia
a contagem do tempo (t). A cada variação de 4°, é registrado o tempo corrido, o
processo foi repetido até que a água atingisse a temperatura ambiente 21°.

Através dessas medições, obtemos os resultados que foram resumidos em 2


tabelas diferentes, sendo a primeira para variação de temperatura da água (ΔΘ) em
função do tempo (t) e a segunda com os valores convertidos para logaritmo natural
(Ln). Para expressar os resultados, foi efetuado um gráfico para cada tabela (gráfico
1 e gráfico 2), sendo assim foi necessário executar a linearização da reta para os
dados coletados até 20 minutos. Este processo foi feito através do método dos
mínimos quadrados (equação 4).

N N

∑ yi =Na+ b ∑ xi
i=1 i=1

( )
N N N 2

∑ x i y i = a ∑ x i+ b ∑ x i
i=1 i=1 i=1

(Equação 4) – Método dos mínimos quadrados.


, no qual adquirimos das tabelas os coeficientes pedidos na fórmula para desse
modo encontrar o coeficiente angular e linear da reta (equação 5).

y=ax+b 

(Equação 5) – Equação da reta.


O valor obtido no cálculo supracitado acima também serviu como base para realizar
a contagem do coeficiente de correlação de ambos os gráficos, logo após

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considerando a incerteza e os coeficientes lineares do gráfico 2, foi constituído o
cálculo das constantes e, então obtivemos ΔΘ visual e T visual (equação 2 e 3).

Logo após, comparamos os valores obtidos para obter o valor da constante


de resfriamento (τ) (equação 6).

{
ln ∆ θ °=a
t =x
1
τ=
b

(Equação 6) – Comparação de valores.

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6. Resultados e Tabelas
Pelos resultados obtidos, pode-se montar a Tabela 1 com os valores de
tempo (t) e temperatura (Θ), utilizados para os demais cálculos feitos e como base
para o Gráfico 1.

Tabela 1 – Resfriamento da água em relação ao tempo.

Intervalo t (s) Θ (°C)


1 14,44 75,00
2 47,00 67,00
3 80,63 63,00
4 122,74 59,00
5 182,44 55,00
6 251,18 51,00
7 345,29 47,00
8 466,40 43,00
9 633,74 39,00
10 859,47 35,00
11 1179,70 31,00
12 1760,52 27,00
13 3025,12 23,00
14 6309,51 21,00

Durante o experimento, pode-se observar que nos primeiros minutos, a


temperatura da água caiu rapidamente e quando chegou a 59° e 55°, o processo de
esfriamento começou a ser mais lento, aumentando os intervalos de tempo cada vez
mais até chegar a temperatura final. Com os instrumentos medidos temos o erro de
±0,05s para o cronometro, equivalente a metade de sua menor medida, e 1,02° para
o termopar, equivalente a ±0,5% do valor medido, segundo o fabricante.

Foi montada a Tabela 2 para base do Gráfico 2, contendo os valores de


tempo e variação de temperatura em logaritmo natural.

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Tabela 2 – Valores de tempo e variação de temperatura em logaritmo natural.
Intervalos ln t lnΔΘ
1 2,67 0,00
2 3,85 2,08
3 4,39 2,48
4 4,81 2,77
5 5,21 3,00
6 5,53 3,18
7 5,84 3,33
8 6,15 3,47
9 6,45 3,58
10 6,75 3,69
11 7,07 3,78
12 7,47 3,87
13 8,01 3,95
14 8,75 3,99
Para a realização dos cálculos, foi montada a Tabela 3, com os valores de x e
y. Com base nos dados da tabela, obtemos os valores de a e b (equação 4),
substituindo (equação 3), os resultados obtidos são utilizados no cálculo da
constante de resfriamento (τ) através da comparação dos dados (equação 6). Todos
os cálculos feitos estão em anexo no final do documento.

Tabela 2 – Valores de t e ΔΘ calculados.

Intervalos x (t) x² (t²) ln y (ΔΘ) (ln y)² (ΔΘ) x.(ln y) (txΔΘ)


1 14,44 208,51 0,00 0,00 0,00
2 47,00 2209,00 2,08 4,33 203,34
3 80,63 6501,20 2,48 6,15 495,91
4 122,74 15065,11 2,77 7,67 941,77
5 182,44 33284,35 3,00 9,00 1641,96
6 251,18 63091,39 3,18 10,11 2540,03
7 345,29 119225,18 3,33 11,09 3828,89
8 466,40 217528,96 3,47 12,04 5615,88
9 633,74 401626,39 3,58 12,82 8122,27
10 859,47 738688,68 3,69 13,62 11702,63
11 1179,70 1391692,09 3,78 14,29 16856,03
12 1760,52 3099430,67 3,87 14,98 26367,13
13 3025,12 9151351,01 3,95 15,60 47199,43
14 6309,51 39809916,44 3,99 15,92 100448,03
Somatória (Ʃ) 15278,18 55049818,99 43,18 147,61 225963,29

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7. Conclusão
A partir destes dados pode-se concluir que, a velocidade que um corpo perde
ou ganha calor depende exclusivamente da constante de resfriamento do objeto em
questão e de variações do ambiente que ele está ocupando.

Deste modo quando também é possível notar pelos dados observados em


laboratório que está e uma curva exponencial que tem como equação principal
𝜟𝜣=𝜟𝜣° 𝒆−𝒕/𝛕 e o resfriamento é dada por um número negativo, demonstrando que
quanto menor a temperatura mais tempo ela demora pra se instabilizar com a
temperatura ambiente.

Então aplicando conhecimentos de relatórios feitos anteriormente, tem-se


uma nova notação, ou seja, com os dados revela-se uma comprovação que a lei do
resfriamento de Newton se prova completamente certa e indo mais além é possível
demonstrar tal resultado em um papel mono log com o método dos mínimos
quadrados e desta maneira montar uma reta de ajuste que passe perfeitamente
pelos pontos.

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8. Referências Bibliográficas

[1] PIMENTEL, Paulo Augusto; DINIZ, Hugo Alex. O estudo da Lei de


Resfriamento de Newton na abordagem LCP. 2013.

[2] BARBOZA, Claudemir Miranda; DO NASCIMENTO PEREIRA, Ivaneide


Magali. UMA ABORDAGEM PRÁTICA NA LEI DE RESFRIAMENTO DE NEWTON.
Pesquisa, Inovação e Tecnologia no Estado de Rondônia 2.

[3] W. M. D. RODRIGUES, M. FÜRKOTTER, M. D. M. Lopes. Lei Do


Resfriamento De Newton: Modelagem Matemática E Ensino-Aprendizagem.

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