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UFSCar - Universidade Federal de São Carlos

Nota: 7,0 CCET - Departamento de Fı́sica


91235
Percebi que vocês não trataram do método de varredura. - Fı́sica Experimental C
Mesmo
não dando certo, não deixe de mostrar esses resultados e discutí-
los. Problemas como esse fazem parte do dia-a-dia da Física
Experimental. Tão importante quanto o experimento dar certo é
saber discutir quando algo está errado, levantando hipóteses e
discutindo a física.

Capa: Ok;

Resumo: também deve resumir os resultados alcançados;

Objetivos: veja comentário abaixo. Alguns avanços precisam ser


feitos;

Fundamentos Teóricos: há algumas imprecisões nas primeiras


equações. Faltaram alguns conceitos importantes: o que é um
calorímetro? Por que usamos água? Por que o equilíbrio térmico é
importante? Ponto positivo: as equações usadas estão
explicitamente descrita e explicada.

Materiais: ok;
Relatório 1: Calorimetria
Procedimento Experimental: correções adicionadas, mas faltouGrupo 2 - Turma E
uma equilíbrio térmico;

Resultados: Por que incertezas tão grandes? Parece-me que


houve um problema nos cálculos. Faltou uma discussão
GabrielsobreAntonio
o da Silva RA: 758691
motivo de vocês terem tido problemas durante a execução do
experimento, que foi água no calorímetro, entreMateus
a caneca e Kramer
o de Oliveira RA: 758687
isopor.

Conclusões: Ok. Professor da Disciplina: Dr. Maycon Motta


Resposta das perguntas: sem respostas.

São Carlos, SP
15 de Julho de 2022
Cuidado, o resumo é do relatório e não do experimento. Nomear os dois métodos:
Resumo Faltou descrever um pouco mais dos resultados
alcançados.
... o experimento por dois métodos:
discreto e por varredura.

O calor especı́fico é uma propriedade dos materiais que está relaciona com a variação
de temperatura de uma substância quando recebe uma quantidade de calor. Com a mo-
tivação de determinar tal propriedade dos materiais foi realizado o experimento: método
discreto, em que não há troca de calor com o meio externo ao sistema. Esse método
consiste em colocar a água fria com o objeto no calorı́metro em uma determinada tempe-
ratura, então adicionar água quente no calorı́metro e esperar o sistema: água fria, objeto,
calorı́metro e água quente entrar em equilı́brio térmico. E o método de varredura?
Já sabendo calor especı́fico da água, e a capacidade térmica do calorı́metro, que será
calculou-se experimentalmente, é possı́vel determinar o calor especı́fico de outros materiais
utilizando a primeira lei da termodinâmica.
Com os resultados foi possı́vel determinar qual material os sólidos eram constituı́dos,
verificou-se que estavam corretos medindo sua densidade e comparando com a densidade
conhecida dos materiais. Quais os resultados alcançados? Concordâncias?

Objetivo Geral
Observar o fenômeno do equilı́brio térmico e utilizando a primeira lei da termodinâmica
calcular o calor especı́fico de materiais e identificar a sua composição.
Vocês citaram os conceitos, mas faltou algumas coisas. Por exemplo, falar do calorímetro de mistura para deixar mais claro
o que é o experimento e os métodos de medida. Alie descrição do experimento e conceitos de forma resumida.
Objetivos especı́ficos
• Utilizar o método discreto para determinar o calor especı́fico dos materiais;

• Calcular a capacidade térmica do calorı́metro usando a primeira lei da termo-


dinâmica;

• Determinar do que são constituı́dos os materiais.


- Comparar com valores da literatura para identificar os materiais;

Fundamentos Teóricos Faltaram alguns conceitos fundamentais: descrição do calorímetro,


Equilíbrio térmico,

A primeira lei da termodinâmica para um sistema qualquer é dada por [1]:


Cuidado, essa não é a primeira lei aplicada a
sistemas térmicos. Na verdade, é a equação de troca
∆Q = mc∆T (1)
de calor da calorimetria. A primeira lei é o somatório
do calor igual a 0, se não há fonte externa.
Em um sistema onde não há troca de calor com o meio externo, a primeira lei se reduz
a: Cuidado: tem que haver ao menos dois corpos para
mc∆T = 0 haver troca de calor.

Se no calorı́metro com capacidade térmica K contendo água fria de massa maf e


calor especı́fico ca =1 cal/g.ºC, e uma substância de massa ms e calor especı́fico cs es-
tando na mesma temperatura que a água fria+calorı́metro, ou seja, Tsubstância = Tcalorı́metro
=Táguaf ria =Taf , for adicionado água quente de massa maq em uma temperatura Taq , o
ganho de calor pela substância+ calorı́metro+ água fria é igual a perda de calor da água
quente, tal que:

Essa é a primeira lei


aplicada a esse ms cs (Tf − Taf ) + maf ca (Tf − Taf ) + maq ca (Tf − Taq ) + K(Tf − Taf ) = 0, (2)
sistema térmico.

1
Sem parágrafo.
onde Tf é a temperatura final do sistema calorı́metro+ água fria+ substância+ água
quente. A capacidade térmica do calorı́metro pode ser obtida via processo de calibração.
O processo de calibração é basicamente adicionar água quente de massa maq à tempe-
ratura Taq no calorı́metro contendo água fria de massa maf , ambos estando à temperatura
Taf . Logo, segue da equação (2) que:

K(Tf − Taf ) + maf ca (Tf − Taf ) + maq ca (Tf − Taq ) = 0


 
Taq − Tf
⇒ K = ca maq − maf . (3)
Tf − Taf

Determinada a capacidade térmica do calorı́metro, segue da equação (2) que o calor


especı́fico da substância é:
     
1 Taq − Tf
cs = ca maq − maf − K . (4)
ms Tf − Taf

Ok.
Materiais Utilizados
Os materiais utilizados nessa prática estão devidamente descritos abaixo e na Figura
1 há imagens dos materiais devidamente identificados.

(A) Chaleira elétrica de 1000 watts, Marca Agratto;

(B) Termômetro, Marca Ebro, Modelo TEX 392 L, menor divisão de escala 0, 1ºC;

(C) Recipientes de isopor;

(D) Corpos de prova metálicos;

(E) Pinça de metal;

(F) Calorı́metro de mistura com capacidade de 200ml;

(G) Balança, Marca BG4001, menor divisão de escala 0, 1g.

Figura 1: Materiais Utilizados

2
Procedimento Experimental
O procedimento experimental para o método discreto visa obter o calor especı́fico dos
materiais sem que haja troca de calor com o meio externo. Foi baseado com a instru-
mentação experimental disponı́vel e conhecimento prévio das referencias. Foi realizado
em duas etapas (Parte A e B). Onde a primeira parte se trata de encontrar a capacidade
térmica do calorı́metro e a segunda parte para encontrar o calor especı́fico dos sólidos.

Parte A
Para a primeira parte os passos são:

1. Esfriar água, misturando com gelo em um recipiente de isopor;

2. Retirar o gelo depois que a água esfriar, medir e anotar a massa da água e adicioná-la
no calorı́metro;
depois do equilíbrio
3. Medir e anotar a temperatura da água no calorı́metro; térmico;

4. Esquentar água na chaleira, colocá-la em um recipiente de isopor, medir e anotar


sua massa e temperatura;

5. Misturar a água quente com a água que está no calorı́metro, medir e anotar a
temperatura da água assim que chegar no equilı́brio térmico;

6. Retirar toda água do calorı́metro e seca-lo bem.

Parte B
Para esta segunda parte os passos são os seguintes:

1. Medir e anotar a massa de um dos objetos e colocá-lo no calorı́metro;

2. Esfiar água com gelo, medir e anotar sua massa da água, então colocá-la no ca-
lorı́metro;

3. Medir e anotar a temperatura da água com o objeto no calorı́metro quando chegar


no equilı́brio térmico;

4. Esquentar água na chaleira, coloca-lá em um recipiente de isopor, medir e anotar


sua massa e temperatura;

5. Adicionar a água quente no calorı́metro junta a água fria e ao objeto, medir e anotar
a temperatura da água assim que chegar no equilı́brio térmico;

6. Repetir os procedimentos 1 a 5 para os demais objetos.

3
Resultados e Discussões
Como proposto no procedimento experimental, foram mensurados os seguintes valores
apresentados nas Tabelas 1 e 2:

Tabela 1: Dados da massa de água quente, massa de água fria, temperatura da água fria,
temperatura da água quente e temperatura de final de equilı́brio.

maf maq Taf Taq Tf


(±0, 1) g (±0, 1) g (±0, 1)ºC (±0, 1)ºC (±0, 1)ºC
101,8 68,3 9,1 84,4 37,8

Tabela 2: Dados da massa dos objetos, massa de água quente, massa de água fria, tem-
peratura da água fria, temperatura da água quente e temperatura de final de equilı́brio

ms maf maq Taf Taq Tf


(±0, 1) g (±0, 1) g (±0, 1) g (±0, 1)ºC (±0, 1)ºC (±0, 1)ºC
Sólido a 49,7 96,9 68,7 9,6 68,9 32,7
Sólido b 68,7 101,8 58,7 12,8 83,5 36,4
Sólido c 35,3 87,4 46,7 15,2 76,8 34,9

Os sólidos a, b e c estão identificados na Figura 2

Figura 2: Corpos sólidos utilizados no experimento.

Com os dados da Tabela 1, é possı́vel calcular a capacidade térmica do calorı́metro


substituindo os valores na equação (3). Assim, obtemos que a capacidade térmica K do
calorı́metro é: Vocês fizeram mais que uma medida, correto?
Indique isso.
Por que a incerteza ficou tão grande?
K = (9, 1 ± 1, 2) cal/◦ C Explicação física?

Conhecendo a capacidade térmica do calorı́metro, é possı́vel agora calcular o calor


especı́fico dos sólios substituindo os valores da Tabela 2 na equação (4). Os valores
encontrados são apresentados na Tabela 3:

4
Tabela 3: Calor especı́fico dos sólidos com suas respectivas incertezas

cs
[cal/gºC]
Sólido a 0, 03 ± 0, 05 Por que valores tão
altos?
Sólido b 0, 09 ± 0, 06
Sólido c 0, 08 ± 0, 05

Com o calor especı́fico mensurado, pode-se descobrir de que os sólidos são constituı́dos
comparando com os valores tabelados do calor especı́fico de materiais [2].
E os Percebe-se que para o sólido a, os materiais com valores de calor especı́fico mais
resultados de próximos são o chumbo, o ouro e o mercúrio. Descarta-se o mercúrio, pois ele é li-
densidade?
A identificação
quido em temperatura ambiente. Nota-se que é constituı́do de cobre observando a sua
usando o calor pigmentação.A concordância é de 100%.
específico Já para os sólidos b e c, latão e cobre são os metais com valor de calor especı́fico
ficou boa. A
densidade
tabelado mais próximos do valor mensurado. Novamente podemos usar o conhecimento
poderia que temos da pigmentação foi possı́vel deduzir o sólido b é constituı́do de latão e o sólido
adicionar algo c constituı́do de cobre. Com concordância de, respectivamente, 100% e 88%.
à discussão.
Apesar da alta concordância, nota-se que o valor da incerteza é alto. O valor da incer-
teza está principalmente relacionado a precisão dos instrumentos (balança e termômetro).
No entanto, as massas são bem maiores do que 0,1 g e as
temperaturas são maiores do que 0,1 oC. Parece-me que
Conclusões houve algum problema nos cálculos.

O experimento foi divido em duas partes, sendo elas: a primeira parte foi para calibrar
o calorı́metro encontrando sua capacidade térmica; a segunda parte foi para determinar
o calor especı́fico dos materiais. Deste modo, na primeira parte misturou-se água quente
no calorı́metro contendo água fria; já na segunda parte, misturou-se água quente no
calorı́metro contendo água fria e o objeto. As duas partes se trataram de troca de calor
sem interferência do meio externo. Para obter as grandezas foi utilizado a primeira lei da
termodinâmica, esperando os sistemas entrarem em equilı́brio térmico. Pode-se descobrir
do que os materiais eram constituı́dos. Onde, as concordâncias foram 100% para chumbo
e latão, e 88% para o cobre. As grandes incertezas foram devidas as incertezas dos
instrumentos balança e termômetro.

Há outros problemas no
experimento, como vocês
sabem.

5
Tem que citar livros de
Referências física.

[1] Departamento de Fı́sica. Fı́sica Experimental C (Apostila). 2020.


[2] Gelson Luz. Calor especı́fico de Metais (Atualizado em 2022). https://www.materiais.gelsonluz.co
especifico-de-metais.html. 2022.

6
Apêndice
Para o cálculo das incertezas propagadas foi utilizado a seguinte equação:
n  2
X ∂f
u2c (y) = u2s (xi ) (5)
i=1
∂xi

Incerteza propagada na capacidade térmica do calorı́metro (K)


Como foi visto nos fundamentos teóricos, K é dado pela equação:

   
Tf − Taq
K (maq , maf , Tf , Taf , Taq ) = ca maq − maf
Taf − Tf
   
∂K Tf − Taq
⇒ = ca
∂maq Taf − Tf
 
∂K
⇒ = −ca
∂maf
 
∂K Taf − Tf − Taq + Tf Taf − Taq
⇒ = ca maq 2
= maq ca
∂Tf (Taf − Tf ) (Taf − Tf )2
 
∂K Taq − Tf
⇒ = maq ca
∂Taf (Taf − Tf )2
   
∂K maq ca
⇒ =
∂Taq Tf − Taf

Substituindo as derivadas parciais e as respectivas incertezas na relação de incerteza


propagada (5), encontrou-se que:
" 2 #
Tf − Taq
uc (K) = ca + 1 (um )2 +
Taf − Tf
( 1
2  2  2 ) 2
Taf − Taq Taq − Tf 1
+ + (maq uT )
(Taf − Tf )2 (Taf − Tf )2 Taf − Tf

onde, umaq e umaf são as incertezas da massa da água quente e água fria respectiva-
mente; uTf , uTaq , uTaf são as incertezas das temperaturas de equilı́brio, água quente e água
fria respectivamente. Sabemos que umaq = umaf = um , pois as massas foram medidas com
a mesma balança; e uTf = uTaq = uTaf = uT , pois as temperaturas foram medidas com o
mesmo termômetro.

Incerteza propagada no calor especı́fico da substância (cs )


Como visto nos fundamentos teóricos, cs é dado por:

7
     
1 Taq − Tf
cs (maq , maf , ms , Taq , Tf , Taf , K) = ca maq − maf − K
ms Tf − Taf
 
∂cs ca Taq − Tf
⇒ =
∂maq ms Tf − Taf
∂cs ca maq
⇒ =
∂Taq ms Tf − Taf
∂cs maq ca T − T
⇒ =
∂Taf ms

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