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Maringá/ 2023
1. INTRODUÇÃO
A transformação adiabática é um processo termodinâmico que não permite que
ocorram trocas de calor (energia térmica) e de matéria entre um recipiente térmico isolado
composto por um gás com o meio externo, devido à compressão ou expansão rápida sofrida
pelo gás. Por isso, deu-se a nomenclatura adiabático(a), que advém do grego adiabatos, que
significa intransponível, impenetrável.
Além disso, ela também pode ocorrer quando o recipiente e o ambiente externo
apresentam a mesma temperatura, estando em equilíbrio térmico, não ocorrendo a
transferência de calor entre eles.
Quando aumentamos a temperatura de uma determinada substância, aumentamos
também sua energia interna de acordo com as condições em que o aquecimento é realizado.
Em um volume constante a capacidade calorífica Cv, de modo que a energia interna
varia em função da temperatura e com o volume da amostra, é definida como sendo:
∂𝑈
𝐶𝑣 = ( ∂𝑇 )𝑣
Equação 01.
A entalpia de uma substância aumenta proporcionalmente ao aumento da temperatura.
Quando a pressão é constante, temos que o coeficiente angular da tangente à curva da
entalpia contra a temperatura chamada capacidade calorífica Cp descrita pela equação abaixo.
∂𝐻
𝐶𝑝 =( ∂𝑇 )𝑝
Equação 02.
Transformações adiabáticas são processos termodinâmicos nos quais não ocorrem
transferências de calor entre um sistema e suas vizinhanças. Neste caso a energia interna é
convertida em trabalho, trabalho esse que poderá ser negativo quando o sistema perde energia
interna e consequentemente temperatura tratando-se então de uma expansão do tipo
adiabática. Em contrapartida, o trabalho poderá ser positivo quando o sistema ganha energia e
temperatura sendo assim considerada uma compressão adiabática. De acordo com a primeira
lei da termodinâmica para um processo adiabático temos que:
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊
∆𝑈 = 0 − 𝑊
∆𝑈 =− 𝑊
Equação 03.
Em processos determinados como sendo isotérmicos, a temperatura do sistema
fechado é mantida constante não permitindo que haja troca de matéria, mas apenas de
energia. Desta forma, aplicando a primeira lei da termodinâmica para processos isotérmicos
temos que:
∆𝑈 = 𝑄 − 𝑊
0=𝑄 −𝑊
𝑄= 𝑊
Equação 04.
A equação acima nos diz que a energia perdida por um sistema sai em forma de
trabalho e o processo inverso, quando o sistema ganha energia é em forma de calor de forma
que a energia interna permanece constante.
Ambos os processos, adiabáticos e isotérmicos, possuem como fator em comum a
temperatura, portanto, podemos fazer uso do conceito de calor específico que nos diz a
quantidade de calor necessária para que a temperatura de um sistema seja elevada (em graus
Celsius ou kelvin) descrito abaixo:
𝑄
𝐶= ∆𝑇
Equação 05.
Para relacionar outras formar de energia com energia térmica utilizamos o conceito de
Cv e Cp mencionados acima e estabelecemos a seguinte relação:
𝐶𝑝 − 𝐶𝑣 = 𝑅
Equação 06.
𝐶𝑝
γ= 𝐶𝑣
Equação 07.
5 3
𝐶𝑝 = ( 2 )𝑅 ; 𝐶𝑣 = ( 2 )𝑅
Equação 08.
7 5
𝐶𝑝 = ( 2 )𝑅 ; 𝐶𝑣 = ( 2 )𝑅
Equação 09.
No estado inicial (1) uma determinada quantidade de mol de gás está em alta pressão
P1 é maior que a pressão atmosférica de 1 atm, e também está condicionado a um volume V1
e temperatura ambiente T1. No estado (2) o gás está condicionado a uma expansão adiabática
com pressão P2 que é a pressão atmosférica, um volume V2 e temperatura T2 que é menor
que a temperatura ambiente. Rapidamente é realizado um aquecimento isocórico até o estado
(3) à temperatura ambiente e pressão P3.
Podemos então, se calcular a taxa de calor específico γ da seguinte forma:
γ γ
𝑃1𝑉1 = 𝑃2𝑉2 Equação 10.
𝑃2
𝑙𝑛( 𝑃1 )
γ= 𝑉1
Equação 11.
𝑙𝑛( 𝑉2 )
2. OBJETIVO
3.1.Cloreto de cálcio
• Nomenclatura: Cloreto de cálcio;
• Propriedades físicas: Ponto de Fusão (772 °C); Ponto de Ebulição (1935 °C);
Densidade (2,150 g/cm3); Solubilidade (solúvel em água 78,6 g/100 Ml a 25 °C e pH 6);
Pressão de vapor (0,01 hPa a 20 °C);
• Informações sobre contágio e toxicidade: Pode causar uma irritação do aparelho
respiratório. Nocivo por ingestão. Pode causar irritação da pele. Causa queimaduras nos
olhos. Caso entre em contato com o corpo, lavar a região abundantemente com água e sabão.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A determinação da razão entre as capacidades caloríficas Cp e Cv do ar ou coeficiente
de Poisson γ do ar foi realizada por meio do método de Clement e Desormes. O método se
baseia nas relações entre as variações de pressão após uma expansão adiabática e uma
expansão isotérmica. Para isso, registrou-se a pressão do ar P1 mantido sob alta pressão, em
um volume V1 e temperatura T1, sendo o sistema rapidamente aberto e fechado em seguida e
a pressão P2 anotada após a expansão adiabática. Nesse processo, a pressão diminui, levando
ao aumento do volume V2 e à redução da temperatura do ar T2. Manteve-se então o sistema
em volume constante até atingir a temperatura ambiente (T3>T2), quando então a pressão P3
foi registrada em um volume V3, representando a pressão e volumes do ar após uma
expansão isotérmica. Estes dados foram utilizados na determinação de γ conforme cálculos a
seguir.
Dessa
forma, obteve-se uma razão de Cp e Cv média de 1,091. Considerando que a razão Cp/Cv
teórico para o gás produzido é de 1,400 é possível mensurar o erro experimental.
1,091−1,400
𝐸𝑟𝑟𝑜% = 1,400
𝑥100 = 22, 7%
Tal erro experimental pode ter ocorrido devido às medidas imprecisas da coluna de
óleo.
6. CONCLUSÃO
22,7%.
7.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS