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ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
ENG029 – LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA I
1. INTRODUÇÃO
Este relatório apresenta as atividades desenvolvidas pelo grupo G3 durante a
aula prática do experimento tanque de aquecimento contínuo. As atividades foram
realizadas no laboratório de engenharia química no 3º andar da Escola Politécnica, sob
supervisão do professor Miguel Iglesias.
2 OBJETIVOS
• Determinar a variação da energia interna de um sistema com aquecimento por
resistência elétrica.
• Verificar a aplicação da primeira lei da termodinâmica em sistemas transientes
para um tanque de aquecimento contínuo.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A resistência elétrica é composta por metais de baixo ponto de fusão, como
níquel, cromo ou uma liga, que apresenta uma resistência à corrente elétrica e dissipa
calor sob a forma de energia térmica, aquecendo também a água em sua volta. A
dissipação de calor ocorre de acordo com a primeira lei da termodinâmica, que é
expressa por:
∆𝑈 = 𝑄 + 𝑊 Equação 1
Onde ΔU é a variação da energia interna, Q o calor e W o trabalho. A figura
abaixo esquematiza o volume de controle sobre a qual a primeira lei e os balanços de
massa serão aplicados.
VOLUME DE
CONTROLE
𝑊 = 𝑊𝑠 + 𝑃1 𝑉1 − 𝑃2 𝑉2 = 𝑊𝑠 − ∆(𝑃𝑉) Equação 6
Substituindo na equação (), obtem-se a expressão:
𝜗22 −𝜗12
∆𝑈 + + 𝑔∆𝑧 = 𝑄 + 𝑊𝑠 − ∆(𝑃𝑉) Equação 7
2
∆𝐻 = ∆𝑈 + ∆(𝑃𝑉) Equação 8
Substituindo na equação 7:
𝜗22 −𝜗12
∆𝐻 + + 𝑔∆𝑧 = 𝑄 + 𝑊𝑠 Equação 9
2
Para simplificar o entendimento, a taxa de acúmulo de energia no interior do
𝑑(𝑈)
volume de controle ( 𝑑𝑡 ) será acrescentada agora (poderia vir desde a Equação 5),
juntamente com a divisão de todos os termos pelo tempo. Além disso, se o volume de
controle do tanque está no estado estacionário, as variações de energia potencial e
cinética são desprezíveis. O trabalho de eixo é considerado nulo. A Equação 9 fica:
𝑑(𝑈)
+ ∆𝐻̇ = 𝑄̇ Equação 10
𝑑𝑡
Sendo m a massa dentro do tanque que é dada por ρ𝑎𝑔𝑢𝑎 . 𝑉𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 , 𝑚̇ a vazão
mássica na entrada (que é a mesma da saída) e 𝑇0 a temperatura inicial do tanque.
𝑚
Dividindo todos os termos por 𝑚̇𝐶𝑝 , chamando 𝜏 = 𝑚̇ e rearrumando:
𝑑𝑇 𝑄̇
τ 𝑑𝑡 = (𝑇(𝑡) − 𝑇0 ) + 𝑚̇𝐶 Equação 14
𝑝
4. MATERIAIS E MÉTODOS
Para descrição do aparato experimental e do procedimento utilizado na prática,
incluindo uma análise das condições de operação e da precisão de equipamentos de
medição e demais componentes do aparato experimental, vide roteiro.
5. RESULTADOS
A prática teve início na medição de alguns parâmetros importantes para a
realização dos cálculos apresentados neste relatório. Esses dados foram plotados na
tabela 1 que segue abaixo:
Tabela 1 - Dados iniciais.
Variável medida Símbolo Valor
Temperatura da água de alimentação (/°C) TA 27,4
Temperatura inicial do sistema (/°C) To 23,9
Temperatura após agitação (/°C) T1 27,6
Volume do tanque (/L) V 27
Intensidade de corrente (/A) I 6,9
Tensão (/V) U 70,4
40,0
35,0
30,0
Temperatura (°C)
25,0
20,0
15,0 T experimental…
10,0
5,0
0,0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Tempo (s)
𝑄̇ 485,76
𝑇(∞) = 𝑇0 + 𝑚̇ 𝐶 = 297,05 + 6,151782.10−3 ×4188,53
= 315,902 K
𝑝
Q̇ = I2 Equação 18
Pela lei de OHM:
U
R= Equação 19
I
Q̇ = U. I Equação 20
Pelos valores que se encontram na tabela 1, calculamos o valor da taxa de calor
cedido ao sistema pelas resistências:
45,000
40,000
35,000
Tepreratura /°C
30,000
25,000
T teórico (°C)
20,000
15,000
10,000
5,000
0,000
0 20 40 60 80
Tempo /s
Figura 3 - Temperatura teórica.
Comparando os dados experimentais com os teóricos, Figura 4, é possível obter
o desvio relativo, tomando a temperatura teórica como a correta.
37,0
35,0
33,0
Temperatura /°C
31,0
29,0
Experimental
27,0 Teórico
25,0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Tempo /s
Figura 4 - Dados da temperatura teórica e experimental.
A figura 5 é um gráfico do desvio relativo para cada medida em função do
tempo.
7,000
6,000
5,000
Desvio Relativo /%
4,000
2,000
1,000
0,000
0 10 20 30 40 50
Tempo /s
7. REFERÊNCIAS
SMITH, J. M.; VAN NESS, Hendrick C.; ABBOTT, Michael M. Introdução à
termodinâmica da engenharia química. 7ª ed. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2007.