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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Disciplina: Física Experimental I


Turma: 11
Professor: Eugênio

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO:
TERMÔMETRO À GÁS A VOLUME CONSTANTE

ALUNO: PEDRO HENRIQUE FERNANDES MACEDO


MATRÍCULA: 120210121
1. INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVO

O objetivo deste experimento é estudar o comportamento da pressão exercida por


um gás (ar) em função da sua temperatura, a volume constante, e através deste estudo,
determinar a temperatura do zero absoluto e o coeficiente de pressão  do gás em uma
temperatura

1.2 MATERIAL UTILIZADO

Foram utilizados nesse experimento:

 Fogareiro;
 Kitassato
 Becker
 Termômetro;
 Manômetro de Mercúrio
 Suportes
 Funil;
 Mangueira;
 Válvulas.
1.3 MONTAGEM

FIGURA 1: ILUSTRAÇÃO DA MONTAGEM

FONTE: LIVRO – Tratamento de dados experimentais – Pereira, Wilton

2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

2.1. PROCEDIMENTOS

Com o Becker já cheio de água, colocamos sobre o fogareiro e em seguida,


mergulhamos o Kitassato (que contém gás (ar)) na água do Becker.
Com a válvula do ramo direito do manômetro aberto, nivelamos os dois ramos de
mercúrio com a marca de referência, fechando-se a válvula logo em seguida.
Com esses passos realizados, ligamos o fogareiro para aquecer o gás (ar) do
Kitassato.
Mantivemos o menisco do mercúrio do ramo direito do manômetro sempre coincidindo
com a marca de referência, para que o volume do gás no Kitassato permanecesse
constante. Então, levantou-se o funil lentamente e constantemente durante toda a
experiência.
Quando o termômetro do Kitassato marcou aproximadamente 30°C, verificamos e
anotamos a temperatura (tc) e a pressão manométrica (Δh).
Esperamos que a temperatura variasse mais ou menos uns 3°C, observando
simultaneamente e anotando os valores da temperatura e da pressão manométrica Δh, até
preencher a tabela I.

2.2. DADOS E TABELAS

DADOS/MEDIDAS/TABELAS

Densidade do mercúrio 𝜌Hg = 13,6 g/cm3


Densidade da água 𝜌água = 1,0 g/cm3
Pressão atmosférica local: 71,5 cmHg
Tabela I

1 2 3 4 5 6
tc (ºC) 32,0 34,0 36,0 38,0 40,0 42,0
∆ℎ(cmHg) 3,7 4,4 4,8 5,5 6,0 6,5

2.3. ANÁLISE

Teoricamente, para um gás ideal, temos:

PV = nRT

Neste caso, como V é constante, então:


𝒏𝑹
𝑷= 𝑻 𝒐𝒖 𝑷 = 𝒂𝑻
𝑽
𝒏𝑹
𝑜𝑛𝑑𝑒 𝒂 =
𝑽
Entretanto, T é a temperatura absoluta, logo, pode escrevê-la como:

T=tc + B

Onde: tc – temperatura na escala Celsius


B – fator de conversão da escala Celsius para Kelvin
Assim, reescrevendo:
P = a(tc + B)
Ou
P = atc + c

Onde c=aB

Assim, podemos determinar a temperatura absoluta do zero absoluto, conhecendo-


se o parâmetro a e b. Pois a equação da pressão em função da temperatura a volume
constante descreve uma reta, bastando prolongar a reta até tocar o eixo x, dessa forma
obtemos a temperatura do zero absoluto em graus Celsius.
Calculamos a pressão absoluta P=( P0 + h ), sendo P0 a pressão atmosférica e h a
manométrica, preenchemos a tabela II

Tabela II

1 2 3 4 5 6
tc (ºC) )(X) 32,0 34,0 36,0 38,0 40,0 42,0
P(cmHg)(Y) 75,2 75,9 76,3 77,0 77,5 78,0
71,5 cmHg
Com a Tabela II, construímos o gráfico da pressão absoluta P(cmHg) em função da
temperatura Tc(°C), que se encontra no LABFIT:

𝑌 ≡ 𝑃, 𝐴 ≡ 𝑎, 𝑋 ≡ 𝑇𝑐, 𝐵≡𝑐

Figura 2: Valores dos parâmetros calculado pelo LABFIT

Fonte: LABFIT

Figura 3: Gráfico da tabela II

Fonte: LABFIT
Temos como parâmetros:

𝑃 = 𝑎𝑇 + 𝑏

𝑎 = 0,278 𝑏 = 66,34

Baseado no gráfico obtém a temperatura do “zero absoluto”, como a pressão é zero,


logo:
𝑃 = 𝑎𝑡 + 𝑏
66,34
𝑡 =−
0,278
𝑡 = −238,63°𝐶

Tendo como valor teórico -273,15°C, o erro percentual na determinação do zero


absoluto foi de:
|−238,63 + 273,15|
𝜀% = 𝑥100
273,15
𝜀% = 12,64%

O coeficiente de pressão  em relação a temperatura T é dado por:


(I)  teo = (1/P).dP/dT
(II) PV = nRT
Derivando (II) temos:
dP/dT = nR/V
substituindo em (I) temos:
 teo = 1/T
 teo = 1/273,15 = 3,7x 10-3
A análise dimensional do coeficiente é que e muito pequeno na ordem de 10-3.
Equação para o coeficiente experimental:

 exp = 1/P(T).(dP/dT)

Baseando-se na temperatura do zero absoluto encontrado no experimento,


calculamos o coeficiente experimental de pressão  para T = 0 0C e para T = 36 0C;

1
𝛽 ( ) = 𝑥0,278
66,34
𝛽 ( ) = 4,19𝑥10

1
𝛽 ( ) = 𝑥0,254
36𝑥0,278 + 66,34
𝛽 ( ) = 3,32𝑥10
3. CONCLUSÃO

Se utilizássemos água no lugar de mercúrio no manômetro, o comprimento do ramo


seria 13,6 vezes maior, pois a densidade da água é 1 g/cm3 e a do mercúrio 13,6 g/cm3 ,
logo o ramo esquerdo seria, para a altura máxima de Hg:
pagua =phg
dagua . g . h = dhg . g . h
1 . h = 13,6x35
h = 476 cm

A vantagem de um manômetro de água em comparação com um de mercúrio é que


o é mais barato, mas fácil de encontrar, teria uma maior precisão, pois o deslocamento seria
aior, e as desvantagens é que a coluna de água seria em media de 4 metros, e não daria
parafazer este experimento em laboratório.

Na temperatura do zero absoluto as moléculas estão paradas, ou seja a pressão é nula


e a energia cinética não existe.

Temos que o erro percentual de  exp a 00C é:


𝑉𝑡𝑒𝑜 ||
𝜀% =
𝑉
|4,19𝑥10 − 3,32𝑥10 |
𝜀% = 𝑥100
3,32𝑥10
𝜀% = 26,20%

Com este erro percentual conclui-se que a exatidão do experimento foi boa, os
principais erros sistemáticos são as considerações do ar como sendo um gás perfeito e de
que a válvula não vaza gás, a zeragem do mercúrio no ponto zero, etc.
Uma sugestão para o experimento seria a utilização de termômetros digitais no lugar do
termômetro comum para maior precisão do experimento, e a utilização de água destilada por ser uma
água pura.

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