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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

Curso: Engenharia Mecânica Disciplina: Mecânica dos Fluidos I


Prof.: Bruno Arantes Moreira Lista: nº 2
Estudante: Pâmela Brandão Bernal

RESOLUÇÃO DA LISTA 02:

Questão 01) Em um certo experimento utilizando um barômetro com mercúrio,


verificou-se que a altura da coluna de mercúrio no tubo de vidro era de 76 cm.
Determine a pressão atmosférica do local.

Figura 1 – Barômetro com mercúrio

Considerações:

• Patm – Pressão atmosférica


• P0 – Pressão de vapor do mercúrio
• h – Altura do líquido de mercúrio no tubo de vidro
• ρhg = 13590 kg/m3 e g = 9,81 m/s2

Para determinar a pressão do local em A e em B utilizamos a fórmula do Teorema de


Stevin, dada por

𝑃 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ

Mas antes fazemos algumas considerações como:


• Sabemos que pontos que se encontram na mesma altura possuem a mesma
pressão, assim a pressão no ponto A será o mesmo que 1 atm
• Como o ponto B tem uma pressão muito inferior que o ponto A, consideramos
seu valor como nulo

Feito isso, podemos rearranjar a fórmula para atender aos apontamentos. Então,

𝑃 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ → 𝑃𝐴 = 𝑃𝐵 + 𝑝𝑔ℎ → 𝑃𝐴 = 0 + 𝑝𝑔ℎ → 𝑃𝐴 = 𝑝𝑔ℎ

Substituindo valores devidamente convertidos para o SI na equação, ficamos com:

13590𝑘𝑔 9,81𝑚
𝑃𝐴 = 𝜌𝑔ℎ → 𝑃𝐴 = 3
∗ 2
∗ 0,76𝑚 → 𝑃𝐴 = 101.321 𝑘𝑔/𝑚2
𝑚 𝑠

Questão 02) No sistema ilustrado na figura abaixo, calcule a diferença de nível entre
o óleo dos dois tanques. Considere a aceleração da gravidade igual a g = 9,81 m/s2.

Figura 2 – Sistema com tanques

Analisando a figura fornecidas, notamos que os pontos A e B possuem a mesma


altura com relação a base do sistema, então podemos concluir que as pressões em ambos
também iguais. Partindo desse raciocínio, montaremos as equações que correspondem a
pressão exercida sobre cada ponto.

𝑃𝐴 = 𝑃0 + 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 𝑔𝐻 + 𝜌1,6 𝑔ℎ1 e 𝑃𝐵 = 𝑃0 + 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 𝑔(ℎ + 𝐻 + ℎ1 )

A partir dessas equações podemos montar um sistema de equações no qual


possibilitará descobrir o valor de h1, desta forma

𝑃0 + 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 𝑔𝐻 + 𝜌1,6 𝑔ℎ1 = 𝑃𝐴


{
𝑃0 + 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 𝑔(ℎ + 𝐻 + ℎ1 ) = 𝑃𝐵

Faremos algumas considerações antes de substituir valores:

• H = 20 ft = 6,096 m
• h1 = 20 in = 0,508 m
• PA = PB
• A pressão inicial P0 é a mesma para ambos os pontos

Substituindo valores no sistema para efetuar os cálculos

𝑃0 + 0,8 ∗ 9,81 ∗ 6,096 + 1,6 ∗ 9,81 ∗ 0,508 = 𝑃𝐴


{ →
𝑃0 + 0,8 ∗ 9,81 ∗ (0,508 + 6,096 + ℎ1 ) = 𝑃𝐵

𝑃0 + 55,814976 = 𝑃𝐴
{
𝑃0 + 51,828192 + 7,848ℎ1 = 𝑃𝐵

Anulando as incógnitas P0, PA e PB, e subtraindo o valor numérico da equação de cima


pela debaixo, ficamos com uma equação simples com h1 unicamente como incógnita. Então,

3,986784
3,986784 − 7,848ℎ1 = 0 → ℎ1 = → ℎ1 = 0,508𝑚
7,848
Comentário: Percebi que seria muito mais simples se tivesse igualado as duas equações dos
pontos só depois de editar toda a questão...

Questão 03) Um manômetro diferencial é utilizado para medir a variação da pressão


que ocorre devido a um estreitamento na tubulação. Determine a diferença de pressão
entre os pontos A e B.

Figura 3 – Manômetro diferencial

Informações adicionais:

• Densidade da água: ρH2O = 1000 kg/m3


• Densidade do mercúrio: ρhg = 13.600 kg/m3
• Aceleração da gravidade: g = 9,81 m/s2

A princípio, analisando a figura, percebemos a falta da altura entre as linhas


prolongadas em vermelho como na figura mais abaixo. Por conta disso, nomearemos essa
altura, em azul, de ha apenas a fins de cálculos. Assim como renomearemos 4 in como hb e
10 in como hc.

Além disso, levar em conta as conversões:

• hb = 0,1016 ≈ 0,10 m
• hc = 0,254 ≈ 0,25 m

ha

Figura 4 – Linhas auxiliares

Com essas alterações feitas, podemos organizar os cálculos do ponto A até o ponto
B. Então, aplicando a equação do Teorema de Stevin, temos:

𝑃 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ → 𝑃𝐴 + 𝜌ℎ2𝑜 𝑔ℎ𝑎 + 𝜌ℎ2𝑜 𝑔ℎ𝑐 − 𝜌𝐻𝑔 𝑔ℎ𝑐 − 𝜌ℎ2𝑜 𝑔ℎ𝑎 − 𝜌ℎ2𝑜 𝑔ℎ𝑏 = 𝑃𝐵

Substituindo valores:

1000𝑘𝑔 9,81𝑚 13600𝑘𝑔 9,81𝑚 1000𝑘𝑔 9,81𝑚


𝑃𝐴 + 3
∗ 2
∗ 0,25𝑚 − 3
∗ 2
∗ 0,25𝑚 − ∗ ∗ 0,10𝑚 = 𝑃𝐵
𝑚 𝑠 𝑚 𝑠 𝑚3 𝑠2

31882,5𝑘𝑔
𝑃𝐴 − 31882,5 = 𝑃𝐵 → 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 = → 𝑃𝐴 − 𝑃𝐵 = 31,8825 𝑘𝑃𝑎
𝑚. 𝑠 2

Questão 04) Um manômetro tubo em U possui uma de suas extremidades conectada


a um tanque que contém ar, óleo e água. Em sua outra extremidade, o manômetro está
aberto para o ambiente que possui a pressão atmosférica de Patm = 1 atm. Determine
a pressão PA na Figura.
Figura 5 – Manômetro tubo em U

Informações adicionais:

Para a água, assim como as demais substâncias com relação a ela, é conhecida sua
densidade e densidades relativas:

• Densidade da água: ρH2O = 1000 kg/m3


• Densidade relativa do óleo: ρr,óleo = 0,8
• Densidade relativa do mercúrio: ρr,hg = 13,6
• Gravidade: g = 9,81 m/s2

Fazendo algumas alterações e conversões:

• Densidade do óleo: 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = 𝜌𝑟,𝐻2𝑂 ∗ 𝜌𝐻2𝑂 → 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 = 800 𝑘𝑔/𝑚3


• Densidade do mercúrio: ρhg = ρr,hg ∗ ρH2O = 13600 kg/𝑚3
𝑁
• 1 𝑎𝑡𝑚 = 101325 𝑃𝑎 = 101325 𝑚2 = 101325 𝑘𝑔/𝑚 . 𝑠 2

• 1 𝑓𝑡 = 0,3048 𝑚 ≈ 0,30 𝑚
• 5 𝑓𝑡 = 1,524 𝑚 ≈ 1,52 𝑚
• 10 𝑓𝑡 = 3,048 𝑚 ≈ 3,05 𝑚
• 15 𝑓𝑡 = 4,572 𝑚 ≈ 4,57 𝑚
Assim como feito no exercício anterior, foram prolongadas as linhas para melhor
evidenciar as alturas e seus valores correspondentes.

5’

Figura 6 – Linhas guias

Com as alterações feitas, podemos organizar os cálculos do ponto de entrada do


sistema até o ponto de pressão Pa. Então, aplicando a equação do Teorema de Stevin,
temos:

𝑃 = 𝑃0 + 𝜌𝑔ℎ → 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝐻𝑔 𝑔ℎ1′ + 𝜌ℎ2𝑜 𝑔ℎ5′ − 𝜌ó𝑙𝑒𝑜 𝑔ℎ10′ = 𝑃𝐴

Substituindo valores, temos:

101325 𝑘𝑔 9,81 𝑚 13600 𝑘𝑔 1000 𝑘𝑔 800 𝑘𝑔


2
+ 2
( 3
∗ 0,30 𝑚 − 3
∗ 1,52 𝑚 − ∗ 3,05 𝑚) = 𝑃𝐴
𝑚. 𝑠 𝑠 𝑚 𝑚 𝑚3
101325 𝑘𝑔 361177,2 𝑘𝑔 462502,2 𝑘𝑔
𝑃𝐴 = + → 𝑃𝐴 = → 𝑃𝐴 = 462,5 𝑘𝑃𝑎
𝑚. 𝑠 2 𝑚. 𝑠 2 𝑚. 𝑠 2

Questão 05) A pressão do ar em um duto circular deve ser medida utilizando-se um


manômetro de tubo inclinado, cujo braço possui uma inclinação de 35 o em relação a
horizontal, conforme ilustra a Figura 5 abaixo.
Figura 7 – Manômetro inclinado

Informação adicional:

• ρm = 810 kg/m3

Pede-se:

a) A pressão manométrica do ar no duto.

A pressão manométrica do ar no duto pode ser definida como

𝑃𝑀𝐴 = 𝑃𝐴𝑟 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 (A)

Através do Teorema de Stevin, aplicamos a equação para cada fluido do percurso,


desde o ponto inicial escolhido até o ponto de interesse. Neste caso saímos da posição da
pressão atmosférica, antes do fluido em rosa, até o ar no duto, no sentido da direita para a
esquerda. Organizando os cálculos, temos

𝑃 = 𝑃0 + 𝑔 ∑ 𝑝𝑖 ℎ𝑖 → 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝑚 𝑔ℎ = 𝑃𝐴𝑟 → 𝑃𝐴𝑟 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 𝜌𝑚 𝑔ℎ


𝑖

Substituindo (A) na expressão final encontrada, e efetuando os cálculos, ficamos com


810𝑘𝑔 9,81𝑚
𝑃𝑀𝐴 = 𝜌𝑚 𝑔ℎ → 𝑃𝑀𝐴 = ∗ ∗ 0,08𝑚 → 𝑃𝑀𝐴 = 635,69 𝑘𝑔/𝑚. 𝑠 2
𝑚3 𝑠2

b) O comprimento da coluna de fluido no braço vertical (L).

Aplicando relações trigonométricas para encontrar L

ℎ 8𝑐𝑚
𝐿= →𝐿= → 𝐿 = 13,95 𝑐𝑚
𝑠𝑒𝑛𝜃 𝑠𝑒𝑛(35𝑜 )

Questão 06) A pressão da água escoando através de um duto é medida pelo


dispositivo mostrado na Figura 6 abaixo. Para os valores dados calcule a pressão
absoluta no duto de água. Considere a pressão atmosférica no valor de 100.000 Pa.

Figura 8 – Água escoando em um duto

Considerações e informações adicionais:


Para a água, assim como as demais substâncias com relação a ela, é conhecida sua
densidade e densidades relativas:

• Densidade da água: ρH2O = 1000 kg/m3


• Densidade relativa do fluido manométrico: ρr,m = 2,6

O primeiro passo é calcular a pressão absoluta indicada através da pressão relativa


do manômetro

𝑃𝑚 = 𝑃𝑎𝑟 − 𝑃𝑎𝑡𝑚 → 30 𝑘𝑃𝑎 = 𝑃𝑎𝑟 − 100 𝑘𝑃𝑎 → 𝑃𝑎𝑟 = 130000𝑘𝑔/𝑚. 𝑠 2

Utilizando as propriedades de semelhança de triângulos, calculamos o valor de hL1:

12 cm
8 cm = 6 cm
hL2

12 6
= → ℎ𝐿2 = 4 𝑐𝑚
8 ℎ𝐿2

Aplicando o mesmo raciocínio visto nos exercícios anteriores, partiremos do ponto de


pressão do ar, localizado no lado esquerdo, rumo ao duto de água, no lado direito.

𝑃𝑎𝑟 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ2 − 𝜌𝑚 𝑔ℎ𝐿1 − 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ𝐿2 = 𝑃𝑑𝑢𝑡𝑜

Substituindo valores fornecidos pelo enunciado na expressão anterior encontrada


130.000 𝑘𝑔 9,81 𝑚 1000 𝑘𝑔 1000 𝑘𝑔 2600 𝑘𝑔
2
+ 2
( 3
∗ 0,5 𝑚 − 3
∗ 0,04 𝑚 − ∗ 0,04 𝑚) = 𝑃𝑑𝑢𝑡𝑜
𝑚. 𝑠 𝑠 𝑚 𝑚 𝑚3

133.492,36 𝑘𝑔
𝑃𝑑𝑢𝑡𝑜 = → 𝑃𝑑𝑢𝑡𝑜 = 133.492,36 𝑃𝑎 → 𝑃𝑑𝑢𝑡𝑜 = 133,5 𝑘𝑃𝑎
𝑚. 𝑠 2

Descobrindo o valor da pressão no duto a partir da relação

𝑃𝑚,𝑑𝑢𝑡𝑜 = 𝑃𝑑𝑢𝑡𝑜 − 𝑃𝑎𝑟 → 𝑃𝑚,𝑑𝑢𝑡𝑜 = 133,5 𝑘𝑃𝑎 − 100 𝑘𝑃𝑎 → 𝑃𝑚,𝑑𝑢𝑡𝑜 = 33,5 𝑘𝑃𝑎

Questão 07) Considere o escoamento permanente de água em uma junção de tubos


conforme Figura 7.

Figura 9 – Junção de tubos

As áreas das seções são A1 = 0,2 m2, A2 = 0,2 m2 e A3 = 0,15 m2. O fluido também escoa
para fora do tubo através de um orifício em "4", com vazão estimada em 0,1 m3/s. As
velocidades médias nas seções 1 e 3 são v 1 = 15 m/s e v3= 12 m/s, respectivamente.
Determine a velocidade do escoamento na seção 2 (v2).

Baseado no Princípio de Conservação de Massa, para esta questão utilizaremos a


Equação da Continuidade. Porém, por se tratar de um escoamento de regime permanente,
logo a taxa de variação de massa pelo tempo é anulada, ficando
𝑑𝑚𝑉𝐶
= ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇ → 0 = ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇
𝑑𝑡
𝑒 𝑠 𝑒 𝑠

Feito isto, identificamos e organizamos todas as fontes de vazão mássicas que entram
e que saem

𝑚̇1 − 𝑚̇2 − 𝑚̇3 − 𝑚̇4 = 0

Colocando todas as vazões em função da velocidade de 𝑚̇2 , lembrando também que


se trata de um escoamento de regime permanente logo ρ não se altera, temos que

𝑚̇1 − 𝑚̇2 − 𝑚̇3 − 𝑚̇4 = 0 → 𝜌𝑣1 𝐴1 − 𝜌𝑣2 𝐴2 − 𝜌𝑣3 𝐴3 − 𝜌𝑣4 𝐴4 = 0 →

15 𝑚 12 𝑚 0,1 𝑚3
𝑣1 𝐴1 − 𝑣3 𝐴3 − 𝑣4 𝐴4 ∗ 0,2 𝑚2 − ∗ 0,15 𝑚2 −
𝑣2 = → 𝑣2 = 𝑠 𝑠 𝑠 →
𝐴2 0,2 𝑚 2

𝑣2 = 5,5 𝑚/𝑠

Questão 08) Um tanque cilíndrico de água com 4 ft de altura e 3 ft de diâmetro cuja


parte superior está aberta para a atmosfera está inicialmente cheio com água.
Figura 10 – Tanque cilíndrico com água

Em certo instante, a válvula de saída de líquido com diâmetro de 0,5 in é aberta e a


corrente começa a deixar o tanque. A velocidade média do fluido na corrente de saída
(v) pode ser expressa como,

𝑽𝒋𝒂𝒕𝒐 = √𝟐𝒈𝒉

em que h é altura do nível de líquido e g a aceleração da gravidade. Determine o tempo


necessário para que o nível da água no tanque reduza para a 2 ft.

Considerações:

• Fluido incompressível.
• Aceleração da gravidade de g = 32,2 ft/s2

Utilizando a equação de continuidade na forma integral expressa por

𝑑𝑚𝑣𝑐
= ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇
𝑑𝑡
𝑒 𝑠

Como se trata de um sistema sem alimentação, logo

𝑑𝑚 𝑑𝑚 𝑑𝑚
= ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇ → = 0 − ∑ 𝑚̇ → = −𝑚̇ 𝑠
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑒 𝑠 𝑠

Sabendo que 𝑚 = 𝜌. 𝑉 e que o volume de um cilindro é definido como 𝑉 = 𝐴. ℎ, então


𝑑𝑚 𝑑𝜌𝑉𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 𝑑𝐴𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 ℎ
= −𝑚̇ 𝑠 → = −𝜌𝑣𝑗𝑎𝑡𝑜 𝐴𝑗𝑎𝑡𝑜 → = −𝑣𝑗𝑎𝑡𝑜 𝐴𝑗𝑎𝑡𝑜
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡

Lembrando: Retiramos A da derivada por se tratar de uma constante. Também que v = velocidade
média.

2 2
𝜋𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 𝑑ℎ 𝜋𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜 2
𝑑ℎ 2
= −𝑣𝑗𝑎𝑡𝑜 → 𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 = −𝑣𝑗𝑎𝑡𝑜 𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜
4 𝑑𝑡 4 𝑑𝑡

Substituindo a velocidade do jato pelo valor fornecido pelo enunciado, fazendo

manipulações algébricas para a integração de dt e separando as constantes, ficamos com

2
2
𝑑ℎ 2 2 2
𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 𝑑ℎ
𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 = −√2𝑔ℎ𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜 → 𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 𝑑ℎ = −√2𝑔ℎ𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑡 → 𝑑𝑡 =
𝑑𝑡 2
−√2𝑔ℎ𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜

2 2
𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 𝑑ℎ 𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒
𝑑𝑡 = → 𝑑𝑡 = ( ) ℎ−1/2 𝑑ℎ
2 2
−√2𝑔𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜 √ℎ −√2𝑔𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜

Aplicando a integração em ambos os lados e resolvendo, temos

𝑡
2 2𝑓𝑡 2 1 2𝑓𝑡
𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒 1 𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒
∫ 𝑑𝑡 = ( 2
)∫ ℎ−2 𝑑ℎ → 𝑡 = ( 2
) ∗ 2ℎ2 ] →
−√2𝑔𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜 4𝑓𝑡 −√2𝑔𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜 4𝑓𝑡
0

2
𝐷𝑡𝑎𝑛𝑞𝑢𝑒
𝑡= ( ) − 1,171573𝑓𝑡 1/2
2
−√2𝑔𝐷𝑗𝑎𝑡𝑜

Substituindo valores e encontrando t, temos


−32 𝑓𝑡 2 1
𝑡= − 1,17𝑓𝑡 2 → 𝑡 = 761,88 𝑠
√ 32,2𝑓𝑡 2 2
(− 2 ∗ 𝑠 2 ∗ 0,0415 𝑓𝑡 )

Questão 09) Uma mangueira de jardim conectada a um bocal é utilizada para encher
um balde de 10 galões. O diâmetro interno da mangueira é de 2 cm, e ele se reduz a
0,8 cm na saída do bocal. Se são necessários 50 s para encher o balde com água,
determine:

a) A vazão em volume de água antes e após a passagem pelo bocal (V1, V2)

Utilizando a Equação da Continuidade,

𝑑𝑚𝑣𝑐
= ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇ → 0 = ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇ → 𝑚̇ 1 = 𝑚̇ 2
𝑑𝑡
𝑒 𝑠 𝑒 𝑠

Lembrando que se trata de um fluido incompressível onde ρ é constante,

𝜌𝑣1 𝐴1 = 𝜌𝑣2 𝐴2 → 𝑣1 𝐴1 = 𝑣2 𝐴2 → 𝑉1̇ = 𝑉̇2 →

10 𝑔𝑎𝑙 3,785 𝑙 10−3 𝑚3 𝜋 ∗ (0,02)2


𝑉̇ = [ ∗ ∗ ]∗[ ]
50 𝑠 1 𝑔𝑎𝑙 𝑙 4

→ 𝑉̇ = 2,37 𝑥10−7 𝑚3 /𝑠

b) A vazão em massa de água antes e após a passagem pelo bocal (m1, m2)

Para encontrar a vazão mássica basta multiplicar a vazão volumétrica pelo peso
específico, logo
1000 𝑘𝑔 2,37 𝑥10−7 𝑚3
𝑚̇ = 𝜌. 𝑉̇ → 𝑚̇ = ∗ = 2,37 𝑥10−4 𝑘𝑔/𝑠
𝑚3 𝑠

c) A velocidade média da água antes de passar pelo bocal (v1)

Podemos deduzir a velocidade através das incógnitas providas da vazão volumétrica,


então

𝑣2 𝐴2 𝑉̇
𝑉1̇ = 𝑉̇ 2 → 𝑣1 𝐴1 = 𝑣2 𝐴2 → 𝑣1 = → 𝑣1 = →
𝐴1 𝜋𝐷21
4

2,37 𝑥10−7 𝑚3 4
𝑣1 = ∗ = 7,54 𝑥10−4 𝑚/𝑠
𝑠 𝜋 ∗ (0,02 𝑚)2

d) A velocidade média da água na saída do bocal (v2)

Utilizando a mesma lógica aplicada ao item anterior,

𝑉̇ 𝑉̇ 2,37 𝑥10−7 𝑚3 4
𝑣2 = → 𝑣1 = 2 → 𝑣2 = ∗ → 𝑣2 = 4,71 𝑥10−3 𝑚/𝑠
𝐴2 𝜋𝐷1 𝑠 𝜋 ∗ (0,008 𝑚)2
4

Questão 10) Água escoa em regime permanente através de um tubo de comprimento


L, raio R = 3 in e vmáx = 10 ft/s. Calcule a velocidade uniforme na entrada (v), se a
distribuição de velocidades na saída é dada por:

𝒓 𝟐
𝒗 = 𝒗𝒎𝒂𝒙 [𝟏 − ( ) ]
𝑹
Figura 11 – Tubo de comprimento L

Para o cálculo da velocidade uniforme do escoamento da água utilizamos a equação


da velocidade média dada por

1
𝑣 = 𝐴 ∬𝐴 𝑣𝑛 𝑑𝐴𝑆𝑇 (A)
𝑆𝑇

Onde,

• AST corresponde a área da seção transversal


• vn é a velocidade em um determinado ponto no tubo

Considerando que o cálculo da área é expresso pela fórmula 𝐴 = 𝜋𝑟 2 , substituímos


a área e a equação da distribuição de velocidade na saída do tubo, fornecido pelo enunciado,
na equação de velocidade média (A), ficamos com

1 2𝜋 𝑅 𝑟 2
𝑣 = 𝜋𝑅2 ∫0 ∫0 𝑣𝑚á𝑥 ⌈1 − (𝑅) ⌉ 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃 (B)

Por questão de facilidade e organização, lidaremos com as integrais separadamente.


Primeiro com a integração do raio,

Lembrando: Retiramos vmáx da


integração por ser uma constante e a
𝑅 𝑟 2
∫0 [1 − (𝑅) ] 𝑟𝑑𝑟 derivada dθ por ser referente a
segunda integral
Aplicando distributiva e resolvendo a integral,

𝑅 𝑅 𝑅 𝑅
𝑟 2 𝑟3 𝑟2 𝑟4 𝑅2 𝑅4
∫ [1 − ( ) ] 𝑟𝑑𝑟 → ∫ [𝑟 − 2 ] 𝑑𝑟 → ] − 2 ] → −
0 𝑅 0 𝑅 2 0 4𝑅 0 2 4𝑅 2

Reajustando a expressão encontrada da primeira integral,

𝑅2 𝑅4 𝑅 2 𝑅 2 2𝑅 2 − 𝑅 2 𝑅 2
− → − = =
2 4𝑅 2 2 4 4 4

Agora lidando e resolvendo a segunda integral,

2𝜋
∫ 𝑑𝜃 = 𝜃]2𝜋
0 = 2𝜋
0

Retornando para a expressão (B) com os valores da integral dupla já encontrados

𝑣𝑚á𝑥 𝑅 2 𝑣𝑚á𝑥
𝑣=
𝜋𝑅 2
( 4 ) (2𝜋) → 𝑣 = 2
(C)

Finalmente substituindo o valor da velocidade máxima dada pelo enunciado em (C):

𝑣𝑚á𝑥 10 𝑓𝑡/𝑠
𝑣= →𝑣= → 𝑣 = 5 𝑓𝑡/𝑠
2 2
Questão 11) Em uma tubulação de 8 ft de diâmetro, um fluido incompressível escoa
através de um conduto circular com distribuição de velocidade dada pela seguinte
equação:

𝒓 𝟐
𝒗𝒛 (𝒓) = 𝒗𝒎𝒂𝒙 [𝟏 − ]
𝑹

Sendo vmáx = 9ft/s e R = 4 ft e determine a velocidade média na tubulação de 1,5 ft.

Considere que o escoamento ocorre em regime permanente.

Figura 12 – Tubulação de 8 ft

Primeiro encontramos a velocidade média no tubo de diâmetro maior através da seguinte


expressão:

1 1 2𝜋 𝑅 𝑟 2 𝑣𝑚á𝑥
𝑣= ∬ 𝑣𝑛 𝑑𝐴𝑠𝑡 → 𝑣 = 2
∫ ∫ 𝑣𝑚𝑎𝑥 [(1 − ) ] 𝑟𝑑𝑟𝑑𝜃 → 𝑣 =
𝐴 𝐴 𝜋𝑅 0 0 𝑅 2

Substituindo os valores fornecidos pelo enunciado na expressão final de velocidade:

𝑣𝑚á𝑥 9𝑓𝑡/𝑠
𝑣= → 𝑣= → 𝑣 = 4,5 𝑓𝑡/𝑠
2 2

Por conta do princípio de conservação de massa, aplicaremos aqui a Equação da


Continuidade que é expressa por:
𝑑𝑚𝑣𝑐
= ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇
𝑑𝑡
𝑒 𝑠

Porém, por se tratar de um escoamento de regime permanente, o lado esquerdo da


expressão é zerado, ficando da seguinte forma:

𝑑𝑚𝑣𝑐
= ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇ → 0 = ∑ 𝑚̇ − ∑ 𝑚̇ → ∑ 𝑚̇ = ∑ 𝑚̇
𝑑𝑡
𝑒 𝑠 𝑒 𝑠 𝑒 𝑠

Considerando que possui uma única entrada e saída, lembrando também que se trata
de um fluido incompressível logo sua densidade não se altera, então

∑ 𝑚̇ = ∑ 𝑚̇ → 𝑚̇1 = 𝑚̇2 → 𝑣1 𝐴1 = 𝑣2 𝐴2
𝑠 𝑒

Rearranjando em função da velocidade v2 e substituindo pelos valores dados, ficamos


com

𝑣1 𝐴1 𝑣1 𝜋𝐷12 4 𝐷12 82
𝑣2 = → 𝑣2 = ∗ → 𝑣2 = 𝑣1 → 𝑣2 = 4,5𝑓𝑡/𝑠 → 𝑣2 = 128 𝑓𝑡/𝑠
𝐴2 4 𝜋𝐷22 𝐷22 1,52

Questão 12) Uma fina camada de líquido com altura de h = 2 cm escoa sobre uma
placa plana inclinada com vazão volumétrica de 2 L/min. A distribuição de velocidade
ao longo do eixo y é expressa pela seguinte equação,

𝟐𝒚 𝒚𝟐
𝒗𝒙 (𝒚) = 𝒗𝟎 ( − 𝟐 )
𝒉 𝒉
em que v0 é a velocidade do fluido na superfície. Se a placa possui a largura (para
dentro do papel) equivalente a L = 10 cm, estime v0.

Figura 13 – Líquido escoando sobre placa plana inclinada

Integrando a fórmula de vazão volumétrica 𝑉̇ = 𝑣𝑛 𝐴𝑆𝑇 para encontrar a velocidade, temos

No lugar de aplicar

2𝑦 𝑦 2
𝑣0 𝐿 ℎ
𝑦 ℎ 2 δA, colocaremos
𝑉̇ = ∫ 𝑣0 ( − 2 ) 𝑳𝑑𝑦 → 𝑉̇ = ∫ 2𝑦𝑑𝑦 − ∫ 2 𝑑𝑦 → direto a largura L
0 ℎ ℎ ℎ 0 0 ℎ


𝑣0 𝐿 2 𝑦 3 𝑣0 𝐿 ℎ3 𝑣0 𝐿 2 1 2𝑣0 𝐿ℎ
𝑉̇ = (𝑦 − )| → 𝑉̇ = (ℎ2 − ) → 𝑉̇ = ℎ (1 − ) → 𝑉̇ =
ℎ 3ℎ 0 ℎ 3ℎ ℎ 3 3

Como foi fornecido o valor da vazão, largura e altura, substituiremos essas incógnitas na
expressão encontrada. Mas antes, convertemos todas as grandezas envolvidas para as unidades do
SI, então

2𝑙 10−3 𝑚3 1 𝑚𝑖𝑛
• Convertendo o 𝑉̇ : 𝑉̇ = ∗ ∗ → 𝑉̇ = 3,3 𝑥10−5 𝑚3 /𝑠
𝑚𝑖𝑛 1𝑙 60 𝑠

Finalmente aplicando os valores na expressão


3,3 𝑥10−5 𝑚3
2𝑣0 𝐿ℎ 3𝑉̇ 3∗ 𝑠
𝑉̇ = → 𝑣0 = → 𝑣0 = → 𝑣0 = 0,02475 𝑚/𝑠
3 2𝐿ℎ 2 ∗ 0,1 𝑚 ∗ 0,02 𝑚

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