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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

Curso: Engenharia Mecânica Disciplina: Mecânica dos Fluidos I


Prof.: Bruno Arantes Moreira Lista: nº 3
Estudante: Pâmela Brandão Bernal

RESOLUÇÃO DA LISTA 03:

Questão 01) A equação de Bernoulli é uma relação aproximada entre pressão,


velocidade e elevação e é válida em regiões de escoamento incompressível e em
regime permanente, onde as forças de atrito resultantes são desprezíveis.

Sobre a equação de Bernoulli pede-se:

a) Expresse a equação de Bernoulli em termos de energia por unidade de massa.

A equação é expressa por

𝑃2 𝑣22 𝑃1 𝑣12
+ + 𝑔𝑧2 = + + 𝑔𝑧1
𝜌 2 𝜌 2
Onde,
• P1 e P2 são as pressões;
• ρ é a massa específica do fluido;
• v1 e v2 são as velocidades do fluido;
• g é a gravidade local;
• z1 e z2 são as elevações em relação a um nível de referência.

b) Expresse a equação de Bernoulli em termos de carga. Explique o significado físico


de cada termo presente na equação nessa forma.

A equação é expressa por


𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22
+ + 𝑧1 = + + 𝑧2
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔
Onde,
• P1 e P2 são as pressões;
• ρ é a massa específica do fluido;
• v1 e v2 são as velocidades do fluido;
• g é a gravidade local;
• z1 e z2 são as cargas de elevação.

As parcelas representam:

𝑃
• : Carga de pressão – Significa a altura de uma coluna de fluido que produz uma
𝜌𝑔

pressão estática P, associada a energia da pressão do fluido;


𝑣2
• : Carga de velocidade – Representa a elevação necessária para um fluido alcançar
2𝑔

a velocidade v durante a queda livre sem atrito, associada a energia cinética do fluido.
• 𝑔𝑧 : Carga de elevação – Descreve a elevação em relação a um nível de referência,
associada a energia potencial do fluido.

c) Aponte as restrições da equação de Bernoulli.

A equação de Bernoulli pode ser aplicada sob algumas condições, são elas: o fluido estar
em regime permanente, o fluido ser incompressível, considerar que o escoamento não
possua atrito (invíscido), não haver nenhum fornecimento ou retirada de energia na forma
de trabalho, não existir nenhuma transferência de calor e, por fim, o escoamento ser ao longo
de uma linha de corrente – apesar deste último ser desconsiderado usualmente.

Questão 02) Responda:

a) O que é pressão de estagnação? Explique como ela pode ser medida.


A pressão de estagnação é a soma das pressões estática e dinâmica, e representa a pressão
em um ponto no qual o fluido é parado totalmente de forma isoentrópica. Ela pode ser medida
através de um tubo de Pitot, que é um pequeno tubo com sua extremidade aberta alinhada
perpendicularmente ao escoamento para sentir o impacto total da pressão de escoamento
do fluido.

b) O que é linha piezométrica? Em que ela difere da linha de energia? Sob quais
condições ambas as linhas coincidem com a superfície livre de um líquido.

A linha piezométrica é a soma da carga de pressão estática (P/ρg) e a carga de elevação


(z). Se difere da linha de energia no que diz respeito a soma de todas as cargas do fluido,
sendo que nesta última faz-se o somatório das cargas de pressão estática (P/ρg), de
velocidade (v2/2g) e de elevação (z). Ambas as linhas coincidem quando a velocidade e
pressão estática são iguais a zero, como de corpos em repouso como lagos e reservatórios.

Questão 03) Água escoa em regime permanente no Venturi. No trecho considerado,


supõem-se perdas por atrito desprezíveis e as propriedades uniformes nas seções. A
área (1) é 20 cm2, enquanto a da garganta (2) é 10 cm2. Um manômetro cujo fluido
manométrico é mercúrio é ligado entre as seções (1) e (2) e indica os desníveis. Pede-
se a vazão volumétrica da água que escoa pelo Venturi.

Figura 1 – Escoamento de água em regime permanente.


Estabelecendo os pontos P1 e P2 para efetuar os cálculos de manometria:

P1 P2

Figura 2 – Pontos P1 e P2 estabelecidos.

Aplicando a Equação de Bernoulli, tem-se

𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22 𝑃1 − 𝑃2 𝑣22 − 𝑣12


+ + 𝑔𝑧1 = + + 𝑔𝑧2 → = (𝒂)
𝜌 2 𝜌 2 𝜌 2

Arranjando a expressão obtida através do Teorema de Stevin em função da diferença


de P1 e P2,

𝑃0 + ∑ 𝜌𝑖 𝑔ℎ𝑖 = 𝑃 → 𝑃1 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔𝐻 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ − 𝜌𝐻𝑔 𝑔ℎ − 𝜌𝐻2𝑂 𝑔𝐻 = 𝑃2 →

𝑃1 − 𝑃2 = 𝜌𝐻𝑔 𝑔ℎ − 𝜌𝑔ℎ → 𝑃1 − 𝑃2 = (𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻2𝑂 )𝑔ℎ ( 𝒃 )

Substituindo ( b ) em ( a ) , tem-se

(𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻2𝑂 )𝑔ℎ 𝑣22 − 𝑣12 (13600 − 1000) ∗ 9,81 ∗ 0,1 𝑣22 − 𝑣12
= → = →
𝜌𝐻2𝑂 2 1000 2

𝑣22 − 𝑣12 = 24,7212 ( 𝒄 )


Utilizando a Equação da Continuidade, tem-se

𝑣1 𝐴1 20 𝑐𝑚2
𝑉1̇ = 𝑉̇2 → 𝑣1 𝐴1 = 𝑣2 𝐴2 → 𝑣2 = → 𝑣2 = 𝑣1 → 𝑣2 = 2𝑣1 ( 𝒅 )
𝐴2 10 𝑐𝑚2

Substituindo ( d ) em ( c ),

𝑣22 − 𝑣12 = 24,7212 → (2𝑣1 )2 − 𝑣12 = 24,7212 → 4𝑣12 − 𝑣12 = 24,7212 → 𝑣1 ≈ 2,87 𝑚/𝑠

Por fim, calculando a vazão volumétrica,

2,87 𝑚
𝑉1̇ = 𝑣1 𝐴1 → 𝑉1̇ = ∗ 0,002 𝑚2 → 𝑉1̇ = 5,74 𝑥 10−3 𝑚3 /𝑠
𝑠

Questão 04) Um tubo de Pitot e um piezômetro são inseridos em uma tubulação que
escoa água. Determine a velocidade local do escoamento, conforme figura abaixo.
Figura 3 – Tubo de Pitot e piezômetro.

Antes de aplicar a Equação de Bernoulli, façamos algumas observações no sistema.


Temos que:

• Por possuírem mesma altura, z1 e z2 anulam-se;


• Na entrada no tubo de Pitot, a velocidade é zero pois o fluido não se movimenta.

Aplicando a Equação de Bernoulli, feita as devidas observações, e isolando a


incógnita da velocidade local, temos:

𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22 𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑃2 − 𝑃1


+ + 𝑧1 = + + 𝑧2 → + = → 𝑣1 = √2 ( ) (𝐚)
𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 2𝑔 𝜌𝑔 𝜌𝐻2𝑂

Para encontrar as pressões aplicaremos manometria. Logo:

𝑃1 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ2 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ1

𝑃2 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ3 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ2 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ1

Substituindo as pressões em ( a ), depois de já feita a subtração e substituindo


valores, ficamos com

𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ3
𝑣1 = √2 ( ) → 𝑣1 = √2𝑔ℎ3 → 𝑣1 = √2 ∗ 9,81 ∗ 0,12 → 𝑣1 ≈ 1,53 𝑚/𝑠
𝜌𝐻2𝑂

Questão 05) Considere um tanque com nível de água de 20 m. A pressão manométrica


do ar no tanque acima da superfície da água é de 2 atm. Determine a altura máxima
até a qual a corrente de água pode chegar, conforme ilustra a figura abaixo.
Figura 4 – Tanque.

Antes de iniciar a resolução do exercício aplicando a Equação de Bernoulli devemos


fazer algumas observações. Primeiramente, definimos os pontos P 1 e P2 na ilustração. Em
seguida, levamos em conta que a velocidade em P 1, na superfície livre, seja igual a zero,
assim como em P2, no topo da trajetória. Logo, teremos que v1 = v2 = 0. Por fim, percebe-se
que o enunciado forneceu a pressão manométrica no tanque, em outras palavras, a pressão
aferida é a diferença de pressão entre o interior do tanque e a parte externa.

P2

P1

Figura 5 – Tanque com pontos definidos.

Feita as considerações, aplicando a Equação de Bernoulli, tem-se:


𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22 𝑃1 𝑃2
+ + 𝑔𝑧1 = + + 𝑔𝑧2 → + 𝑔𝑧1 = + 𝑔𝑧2
𝜌 2 𝜌 2 𝜌 𝜌

Isolando a variável da altura e substituindo valores:

𝑃1 − 𝑃2 202650 𝑘𝑔
( 𝜌 ) + 𝑔𝑧1 𝑃1 − 𝑃2 𝑚 ∗ 𝑠2
𝑧2 = → 𝑧2 = + 𝑧1 → 𝑧2 = + 20 𝑚 →
𝑔 𝜌𝑔 1000 𝑘𝑔 9,81 𝑚

𝑚3 𝑠2

𝑧2 = 20,65749 … 𝑚 + 20 𝑚 → 𝑧2 ≈ 40,66 𝑚

Questão 06) Água escoa através de uma tubulação que possui uma redução de
diâmetro a uma vazão volumétrica de 1ft3/s. Uma sonda de Pitot é inserida na
tubulação e conectada a um manômetro de tubo em U (conforme ilustra a Figura).
Determine a diferença de altura do fluido manométrico (mercúrio) devido ao
escoamento do fluido.

Figura 6 – Tubulação com água.

Informações adicionais

• ρH2O = 1000 kg/m3


• ρHg= 13.600 kg/m3
O primeiro passo é aplicar a Equação de Bernoulli, mas antes vale fazer certas
ressalvas:
1. Como os pontos possuem mesma altura, então a variável z é removida.
2. A variável da velocidade do fluido no ponto 1, na entrada da sonda de Pitot,
é nula.

P1 P2
H
h

Figura 7 – Ilustração das considerações.

Isolando a diferença de pressão entre os dois pontos, tem-se que:

𝑃1 𝑣12 𝑃2 𝑣22 𝑃1 𝑃2 𝑣22 𝑣22


+ + 𝑔𝑧1 = + + 𝑔𝑧2 → = + → 𝑃1 − 𝑃2 = 𝜌𝐻2𝑂 ∗ (𝒂)
𝜌𝐻2𝑂 2 𝜌𝐻2𝑂 2 𝜌𝐻2𝑂 𝜌𝐻2𝑂 2 2

Utilizando a fórmula do Teorema de Stevin na segunda etapa, aplicamos os cálculos


de manometria para também definir a diferença de pressão entre os dois pontos.

𝑃1 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔𝐻 + 𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ − 𝜌𝐻𝑔 𝑔ℎ − 𝜌𝐻2𝑂 𝑔𝐻 = 𝑃2 → 𝑃1 − 𝑃2 = (𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻2𝑂 )𝑔ℎ (𝒃)

Utilizando o valor da vazão volumétrica fornecida pelo enunciado calcula-se o valor


da velocidade no ponto P2 (já feita a conversão do diâmetro para m).

1𝑓𝑡 3
𝑉̇ 𝑉̇ 𝑠
𝑉̇ = 𝑣2 ∗ 𝐴2 → 𝑣2 = → 𝑣2 = 2 → 𝑣2 = 2∗𝜋 →
𝐴2 𝐷2 ∗ 𝜋 (0,1016𝑚)
4 4
1𝑓𝑡 3 1 0,02832𝑚3 𝑚
𝑣2 = ∗ ∗ → 𝑣2 = 3,49313 → 𝑣2 ≈ 3,49 𝑚/𝑠
𝑠 0,0081073𝑚2 𝑓𝑡 3 𝑠

Substituindo (b) em (a) e isolando a incógnita da altura h, tem-se

𝜌𝐻2𝑂 ∗ 𝑣22
𝑣22 𝑣22 2
𝑃1 − 𝑃2 = 𝜌𝐻2𝑂 ∗ → (𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻2𝑂 )𝑔ℎ = 𝜌𝐻2𝑂 ∗ → ℎ= →
2 2 (𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻2𝑂 )𝑔

𝜌𝐻2𝑂 ∗ 𝑣22
ℎ=
2 ∗ (𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻2𝑂 )𝑔

Por fim, substituindo as incógnitas pelos seus respectivos valores:

1000 𝑘𝑔 3,49 𝑚 2 12.180,1 𝑘𝑔


𝜌𝐻2𝑂 ∗𝑣22 3 ∗( 𝑠 )
ℎ= →ℎ= 𝑚 →ℎ= 𝑚 ∗ 𝑠2 →
2 ∗ (𝜌𝐻𝑔 − 𝜌𝐻2𝑂 )𝑔 13.600 𝑘𝑔 − 1000 𝑘𝑔 9,81 𝑚 247.212 𝑘𝑔
2∗( )∗
𝑚3 𝑠2 𝑚2 ∗ 𝑠 2
ℎ = 0,04926 … 𝑚 → ℎ = 4,93 𝑥 10−2 𝑚

Questão 07) A vazão mássica de um fluido (ρ = 1,204 kg/m3) através de um duto com
15 cm de diâmetro é medida com um medidor Venturi equipado com um manômetro
de água. O gargalo no Venturi tem um diâmetro de 6 cm, e o manômetro tem altura
diferencial máxima de 40 cm. Supondo que o coeficiente de descarga seja 0,98,
determine a máxima vazão mássica do fluido que esse medidor Venturi pode medir.
Figura 8 – Duto com vazão mássica de um fluido.

Obs. Considere o fluido incompressível.

Calculando β:

𝐷2 6 𝑐𝑚
𝛽= →𝛽= → 𝛽 = 0,4
𝐷1 15 𝑐𝑚

Dos cálculos manométricos, utilizando o Teorema de Stevin, temos que a diferença


de pressão é:

P1 P2

Figura 9 – Duto com pontos P1 e P2 definidos.


𝑃1 + 𝜌𝐹𝐿𝑈𝐼𝐷𝑂 𝑔𝐻 + 𝜌𝐹𝐿𝑈𝐼𝐷𝑂 𝑔ℎ−𝜌𝐻2𝑂 𝑔ℎ − 𝜌𝐹𝐿𝑈𝐼𝐷𝑂 𝑔𝐻 = 𝑃2 →

𝑃1 − 𝑃2 = (𝜌𝐻2𝑂 − 𝜌𝐹𝐿𝑈𝐼𝐷𝑂 )𝑔ℎ ( 𝒂 )

Substituindo ( a ) na fórmula para o cálculo da velocidade associado ao fator de


correção Cd e a área para encontrar o valor da vazão volumétrica:

𝐷12 ∗ 𝜋 2(𝑃1 − 𝑃2 ) 𝛽4
𝑉̇ = 𝐶𝑑 √ ∗ →
4 𝜌 1 − 𝛽4

(1000 − 1,204) 𝑘𝑔 9,81 𝑚


0,15 𝑚2 ∗ 𝜋 2∗ ∗ ∗ 0,4 0,44
̇𝑉 = ∗ 0,98 ∗ √ 𝑚3 𝑠2 ∗ →
4 1,204 𝑘𝑔 1 − 0,44
𝑚3

𝑉̇ = 0,226 𝑚3 /𝑠

Multiplicando o valor da vazão volumétrica pela massa específica do fluido para


encontrar a vazão mássica, tem-se

0,226𝑚3 1,204 𝑘𝑔
𝑚̇ = 𝑉̇ ∗ 𝜌 → 𝑚̇ = ∗ → 𝑚̇ = 0,27269 … 𝑘𝑔/𝑠 → 𝑚̇ ≈ 0,273 𝑘𝑔/𝑠
𝑠 𝑚3

Questão 08) Metanol líquido escoa no interior de uma tubulação que possui um
medidor por obstrução do tipo placa de orifício associado a um manômetro de tubo
em U. Determine o coeficiente de descarga (Cd) e a velocidade média do fluido.
Figura 10 – Tubulação com placa de orifício.

Informações adicionais:

• ρ = 788,4 kg/m3
• µ = 5,857 x 10-4 kg/(m.s)
• Diâmetro da tubulação (d1): 4 cm
• Diâmetro de orifício (d2): 3 cm
• h = 11 cm

Primeiro fazemos os cálculos de manometria para encontrar a diferença de pressão


entre os pontos P1 e P2.
H

=h

Figura 11 – Definição das alturas H e h.

Arranjando a expressão obtida através do Teorema de Stevin em função da diferença


de P1 e P2,

𝑃0 + ∑ 𝜌𝑖 𝑔ℎ𝑖 = 𝑃 → 𝑃1 + 𝜌𝑔𝐻 + 𝜌𝑔ℎ − 𝜌𝐻𝑔 𝑔ℎ − 𝜌𝑔𝐻 = 𝑃2 → 𝑃1 − 𝑃2 = 𝜌𝐻𝑔 𝑔ℎ − 𝜌𝑔ℎ (𝒂)

Calculando β:

𝐷2 3 𝑐𝑚
𝛽= →𝛽= → 𝛽 = 0,75
𝐷1 4 𝑐𝑚

Substituindo (a) na fórmula para o cálculo da velocidade para estabelecer a correlação


com o fator de correção Cd,
2(𝑃1 − 𝑃2 ) 𝛽4
𝑣1 = 𝐶𝑑 √ ∗ →
𝜌 1 − 𝛽4

(13600 − 788,4)𝑘𝑔 9,81 𝑚


2∗ ∗ ∗ 0,11 𝑚 (0,75)4
𝑣1 = 𝐶𝑑 √ 𝑚3 𝑠2 ∗ → 𝑣1 = 4,029𝐶𝑑
788,4 𝑘𝑔 1 − (075)4
𝑚3

Utilizando a fórmula para o cálculo de Cd para estabelecer a correlação com o número


de Reynolds, tem-se

2,1 8
91,71𝛽 2,5
𝐶𝑑 = 0,5959 + 0,0312𝛽 − 0,184𝛽 + →
𝑅𝑒 0,75

91,71 ∗ (0,75)2,5
𝐶𝑑 = 0,5959 + 0,0312 ∗ (0,75)2,1 − 0,184 ∗ (0,75)8 + →
𝑅𝑒 0,75

44,676
𝐶𝑑 = 0,5945 +
𝑅𝑒 0,75

Utilizando a fórmula para o cálculo do número de Reynolds para estabelecer a


correlação com a velocidade, tem-se

788,4 𝑘𝑔
𝐷∗𝑣∗𝜌 0,04 𝑚 ∗ 𝑣 ∗
𝑅𝑒 = → 𝑅𝑒 = 𝑚3 → 𝑅𝑒 = 53843,26𝑣1
𝜇 −4
5,857 𝑥 10 𝑘𝑔
𝑚∗𝑠

Agora, depois de estabelecidas as correlações, estima-se um valor para aproximar-


se do valor que convirja para descobrir o real valor da velocidade. Utilizando uma tabela para
auxiliar, tem-se
Estimativa de Cd 𝐯𝟏 = 𝟒, 𝟎𝟐𝟗𝐂𝒅 𝐑𝐞 = 𝟓𝟑𝟖𝟒𝟑, 𝟐𝟔𝐯𝟏 𝟒𝟒, 𝟔𝟕𝟔
𝑪𝒅 = 𝟎, 𝟓𝟗𝟒𝟓 +
𝑹𝒆𝟎,𝟕𝟓
0,61 2,4577 132330,58 0,601
0,601 2,4214 130376,07 0,601

Desta forma, chega-se aos resultados de Cd = 0,601 e v1 = 2,4214 m/s.

Questão 09) Um medidor Venturi equipado com um medidor de pressão diferencial é


utilizado para medir a vazão da água a 15 oC (ρ = 999,1 Kg/m3) através de um tubo
horizontal com 5 cm de diâmetro. O diâmetro do gargalo no Venturi é de 3 cm, e a
queda de pressão medida é de 5 kPa. Adotando o coeficiente de descarga como 0,98,
determine a vazão volumétrica e a velocidade média através do tubo.

Figura 12 – Tubo com medidor Venturi.

Calculando o valor de β e aplicando a fórmula para encontrar a velocidade média,


tem-se:

𝐷2 3 𝑐𝑚
𝛽= →𝛽= → 𝛽 = 0,6
𝐷1 5 𝑐𝑚
5000 𝑘𝑔
𝛽4 2 4
𝑣1 = 𝐶𝑑 √
2(𝑃1 − 𝑃2 )
∗ → 𝑣 = 0,98 ∗ √ 𝑚 ∗ 𝑠 2 ∗ (0,6) → 𝑣1 = 1,20 𝑚/𝑠
1
𝜌 1 − 𝛽4 999,1 𝑘𝑔 1 − (0,6)4
𝑚3

Calculando o valor da vazão volumétrica, tem-se:

1,20 𝑚 𝜋 ∗ (0,05 𝑚)2 𝑚3


𝑉̇ = 𝑣1 ∗ 𝐴1 → 𝑉̇ = ∗ → 𝑉̇ ≈ 0,002356 → 𝑉̇ ≈ 2,4 𝑥 10−3 𝑚3 /𝑠
𝑠 4 𝑠

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