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RELATÓRIO VELOCIDADE

Laboratório de Hidráulica I

Leonardo Rubint Rodrigues

Professora: Gabriela Polezer

UMUARAMA

15/09/2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÂO 2

1.1 Objetivos 2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3

2.1 Equação da Continuidade 3

2.2 Equação de Bernoulli

2.3 Equação do Manômetro

3 MATERIAIS E MÉTODOS 4

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 5

5 CONCLUSÂO 6

REFERÊNCIAS 6

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1. INTRODUÇÃO

A velocidade é uma das principais grandezas no que concerne à física -além de seu
impacto no cotidiano; portanto, não era de se surpreender que a hidrodinâmica
seguisse a linhas das demais áreas de estudo fundadas na física. Ela é parte central
de qualquer estudo acerca do movimento dos fluidos, tomando parte em equações
essenciais para tais análises, sendo que as mais comuns são a equação da
continuidade e da energia. A velocidade está ligada com várias propriedades do
fluido, alterando-as quando ela própria varia, por meio dessa codependência
pode-se formular expressões para determinar a velocidade analiticamente com base
em outras variáveis, a demanda por uma expressão analítica advém de nossa
incapacidade de determiná-la diretamente.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Obtenção da velocidade e, consequentemente da vazão, por acessórios de


obstrução; obtenção da vazão por processo direto.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Equação da continuidade


A equação da continuidade é uma das mais importantes equações da dinâmica dos
fluidos, é base para o desenvolvimento de várias daquelas mais complexas. A
equação nos diz que, dado um volume de controle desse fluido, o volume de fluido
que adentra o volume de controle, tomando um tempo “t” para fazê-lo deverá sair do
volume de controle em um mesmo tempo “t”, independente de uma possível
variação de área entre os espaços para entrada e saída desse fluido.
Matematicamente, tem-se as seguintes equações, sendo “Q1” e “Q2”
,respectivamente, as vazões de entrada e saída do volume de controle; além da
vazão, temos “V1” e “V2” os quais são as velocidades na seção de entrada e saída
respectivamente; por fim, a expressão possui os termos “A1” e “A2” , os quais se
referem às áreas de entrada e saída do volume de controle, respectivamente.

𝑄1 = 𝑄2 (equação 2.1.1)

𝑉1𝐴1 = 𝑉2𝐴2 (equação2.1.2)

2.2 Equação de Bernoulli


A equação de Bernoulli, ou equação da energia, evidencia que, para um fluido
incompressível e em regime permanente, desprezando as perdas por atrito, a
energia ao longo do fluido permanece constante para todo ponto. Em termos
algébricos, ela pode ser escrita como:
2 2
𝑝1 𝑉1 𝑝2 𝑉2
γ
+ 𝑧1 + 2𝑔
= γ
+ 𝑧2 + 2𝑔
(equação 2.2.1)

Sendo que “p1” representa a pressão em um ponto qualquer do líquido e “p2” a


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pressão em um ponto distinto daquele escolhido como ponto 1. “z1” é a cota
altimétrica - isto é, a altura medida a partir de um ponto de referência comum para
todas as cotas durante a análise- do ponto 1, enquanto que “z2“ é a cota altimétrica
referente ao ponto 2, distinto de 1. Por fim, tem-se as velocidades dos pontos 1 e 2.
Findadas as variáveis, a equação possui dois termos constantes, referencialmente: o
peso específico do fluido “γ” e a aceleração da gravidade “g”.

Por meio da equação apresentada acima, pôde-se formular uma expressão para a
velocidade inicial de escoamento do fluido (V1, renomeado Vana após o
desenvolvimento completo) em função da relação entre os diâmetros “β” ( sendo
β=d2/d1 ) e da diferença de pressão (∆𝑝) entre os pontos 1 e 2 da análise.

2.3 Equação do manômetro


A equação do manômetro é uma expressão para o diferencial de pressão (Δp) ,
partindo da Lei de Stevin, em função da diferença de altura da coluna de mercúrio
(para o caso em que o manômetro em questão utilizar o mercúrio como líquido)
apresentada pelo manômetro (ΔH); a equação base para o início do
desenvolvimento da fórmula de fato utilizada é da seguinte forma:

𝑝1 + [γá𝑔𝑢𝑎. (ℎ + ∆𝐻)] = 𝑝2 + (γá𝑔𝑢𝑎. ℎ) + (γ𝑚𝑒𝑟𝑐ú𝑟𝑖𝑜. ∆𝐻)

Esta pode ser desenvolvida, inserindo os valores convencionados para γmercúrio e γágua
, respectivamente 9806,65 N/m3 e 133368 N/m3, transformando-se em:

𝑝1 − 𝑝2 = 123561, 35. ∆𝐻

O que pode ser escrito como um diferencial de pressão, em módulo, pois tão
somente o grau de diferença é de interesse.

|∆𝑝| = 123561, 35. ∆𝐻 (equação 2.3.1)

3. MATERIAIS E MÉTODOS

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3.1 Materiais

3.1.1 Bancada Hidráulica


Foi utilizada a bancada hidráulica presente no laboratório de hidráulica da
Universidade Estadual de Maringá, campus Umuarama, como meio para passagem
da água. Dessa bancada foi utilizado somente um tubo, de PVC e com diâmetro de
32 mm, o qual teve a ele fornecido água por uma bomba de 10200 L/h. A este tubo
foram conectados um medidor de Venturi e um medidor de orifício, cada qual usado,
em uma etapa, para determinar a vazão.

3.1.2 Recipiente Acrílico


O recipiente em que a água foi lançada era retangular com medidas
310x310x500mm , sendo a altura a dimensão principal.

3.1.3 Manômetro em U
O manômetro em U é um instrumento para medição de pressão o qual oferta uma
diferença de altura de um dado líquido (mercúrio, neste e na maioria dos casos), por
meio do qual pode-se utilizar a Lei de Stevin -apresentada na equação 3.3 em sua
suka forna- a fim de descobrir o diferencial de pressão entre dois pontos distintos de
um líquido. Ele é dito “em U” em virtude do formato do tubo que contém o mercúrio,
tal como se apresenta na Figura 3.1:

3.1.4 Cronômetro
O cronômetro utilizado para aferir o tempo com que a água enche o recipiente foi o
aplicativo de cronômetro dos celulares com os quais a medição foi realizada, todos
possuíam precisão de 0,01s.

3.1.5 Trena
A trena utilizada foi um modelo genérico de metal disponível no recinto, a incerteza
associada à aferição é de ±0,05cm haja visto que foi utilizado uma trena analógica.

3.2 Métodos
O objetivo do experimento, citado na seção 1.1, é calcular a velocidade do
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escoamento por meio de uma expressão que envolva variáveis determináveis
experimentalmente e analiticamente - diferença de pressão analiticamente definida
por meio da diferença de altura experimentalmente aferida no manômetro; para
atingir o objetivo proposto foi necessário a construção de uma equação. Para o
desenvolvimento da expressão considerou-se a diferença de cotas como sendo
nula, haja visto que o tubo era horizontal; além disso, fez-se uso da equação da
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continuidade sob a forma 𝑉2 = 𝑉1β , tendo sido Beta definido no parágrafo anterior..

Segue-se uma versão sucinta da dedução:

2 2
𝑝1 𝑉1 𝑝2 𝑉2
γ
+ 𝑧1 + 2𝑔
= γ
+ 𝑧2 + 2𝑔

Sendo as cotas altimétricas idênticas, pode-se cancelá-las.

2 2
𝑝1 𝑉1 𝑝2 𝑉2
γ
+ 2𝑔
= γ
+ 2𝑔
Isolando as pressões e velocidades
2 2
𝑝1 𝑝2 𝑉2 𝑉1
γ
− γ
=+ 2𝑔
− 2𝑔
Somando as frações e transformando “p1 - p2” em “-Δp”
2 2
∆𝑝 𝑉2− 𝑉1
− γ
= 2𝑔
Pela lei da continuidade apresentada anteriormente, pode-se obter o seguinte
arranjo; multiplicando também, ambos os lados por 2g
∆𝑝2𝑔 2 4
− γ
= 𝑉1(β − 1)
Multiplicando ambos os lados por -1
∆𝑝 2 4
ρ
= 𝑉1(1 − β )
Isolando V1

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∆𝑝
4 = 𝑉1 = 𝑉𝑎𝑛𝑎
ρ(1−β )

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

Tabela 4.1:

Hman Hrecip ΔP Tempo Vana Vexp Qana Qexp


(mm) (mm) (s) (m/s) (m/s) (m3/s) (m3/s)

13,8 70 10,93

16,4 65 10,49

16,3 67 11,22

Fonte: Autor

5 CONCLUSÃO:

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