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Introdução
Ao se aquecer um material, aumenta-se o grau de agitação das moléculas que o
compõem, fazendo com que elas se distanciem umas das outras, aumentando assim as
dimensões do corpo. Esse efeito é chamado de dilatação térmica. De maneira análoga, ocorre a
redução das dimensões de um corpo ao resfriá-lo, pois o estado de agitação das moléculas irá
diminuir e elas irão se aproximar, causando o efeito de contração térmica.
Objetivos
Referencial Teórico
Dilatação Térmica
A dilatação térmica consiste na expansão de um material após ele sofrer algum tipo de
aquecimento. Este fenômeno pode ser explicado a nível molecular, pois ao se aquecer
o material, suas moléculas recebem energia e aumentam sua agitação, o que faz com
que a distância entre elas aumente, provocando a expansão do material.
Relacionando-se a movimentação das moléculas com os estados físicos da matéria, pode-se
dizer que a dilatação nos gases é maior que nos líquidos, que por sua vez é maior que nos
sólidos, dependendo então de quão unidos estão os átomos na estrutura.
Dilatação Linear
∆L = Li. α. ∆T (1.1)
Em que:
∆L = variação do comprimento;
Li = comprimento inicial;
α = coeficiente de dilatação linear;
∆T = variação de temperatura.
Dilatação Superficial
Ocorre a variação da área do material dilatado. Por exemplo, a expansão da largura e
comprimento de uma placa metálica ou demais superfícies. É dada pela equação:
∆S = Si. β. ∆T (1.2)
Em que:
∆S = variação da área;
Si = área inicial;
β = coeficiente de dilatação superficial.
Dilatação Volumétrica
∆V = Vi. γ. ∆T (1.3)
Em que:
∆V = variação de volume;
Vi = volume inicial;
γ = coeficiente de dilatação volumétrica.
Observa-se que há um coeficiente para cada tipo de dilatação. No entanto, eles estão
relacionados entre sim por um fator de multiplicação:
β = 2α γ = 3α
1
σy = √ + ∑(yi + a + b. xi )² (2.2)
n−2
Para o coeficiente angular (a) e linear (b), seus valores e incertezas são calculados por:
𝑛 ∑𝑖. 𝑖 − ∑𝑖∑𝑖
= (2.3)
𝑛∑𝑖2 − (∑𝑖)2
𝑛
σ = σ𝑦√ (2.4)
𝑛∑𝑖2 − (∑𝑖)2
∑𝑖2∑𝑖 − ∑𝑖∑𝑖. 𝑖
= (2.5)
𝑛∑𝑖2 − (∑𝑖)2
∑𝑖 2
σ = σ𝑦√ (2.6)
𝑛∑𝑖
2 − (∑𝑖)2
Para melhor análise dos dados experimentais, é interessante também calcular o fator R2
que representa a qualidade do ajuste realizado. Sua equação é:
2
∑( 𝑖 − − 𝑖 ) 2
𝑅 = 1−
∑ 𝑖2 − 1( 𝑖)2
(2.7)
𝑛
Materiais e Métodos
Materiais:
Manta Térmica;
Balão Volumétrico de (25 ± 0, 05) mL
Termômetro Digital (± 0, 1 °C);
Béquer;
Gelo;
Água;
Paquímetro (± 0, 005 cm);
Álcool etílico.
METODO EXPERIMENTAL
Em um balão volumétrico de 25mL foi adicionado álcool etílico, e em seguida ele foi
inserido em um béquer contendo gelo e água. Com o termômetro digital, determinou-se a
temperatura mínima do álcool antes que este entrasse em equilíbrio térmico com a água. Em
seguida com o auxílio do paquímetro mediu-se a diferença de altura entre o menisco do balão
e o menisco do novo volume provocado pela dilatação do álcool.
Em um segundo béquer contendo água à temperatura ambiente introduziu-se o balão
volumétrico com álcool e depois de esperar algum tempo para ocorrer o equilíbrio térmico,
mediu-se novamente a temperatura do álcool. Com o auxílio do paquímetro mediu-se também
a altura entre o menisco do volume e o menisco do novo volume.
O mesmo béquer foi levado à manta térmica, variando sua temperatura do seu nível 1
até seu nível 10. Esperou-se a água esquentar além da temperatura ambiente e inseriu-se o
balão com álcool, aguardou-se um tempo e novamente anotou-se a temperatura com o
termômetro e a variação de altura com o paquímetro.
Resultados e Discussão
75,3 1,61
X Y
T (ºC) Altura (cm) s (t) Y °Bo s(h)
4,2 0 0,1 -4 0,05
25,5 0,4 0,1 102,5 0,05
29,9 0,6 0,1 124,5 0,05
52,3 1,34 0,1 236,5 0,05
58,6 1,39 0,1 268,0 0,05
75,3 1,61 0,1 351,5 0,05
Para obter a equação que representa linearmente estes dados, utilizou-se o Método dos
Mínimos Quadrados. A tabela 2 abaixo indica os valores utilizados nesse procedimento.
Tabela 2 – Valores utilizados para o MMQ
Com estes valores calculou-se o fator(coeficiente angular da reta) e a sua incerteza a partir das
equações:
a = 39,35751 σa = 0,069218
E o fator b (coeficiente linear) foi calculado pela equação (2.5) e sua incerteza
associada por (2.6).
b = 5,938481 σb = 0,073903
Assim obtendo a equação da reta e sua incerteza associada dado por (2.1) e (2.2).
Para melhor análise deste ajuste, foi calculado também a qualidade dele, através
da equação (2.7), obtendo R² = 0,9746. O que indica que os dados não propiciaram
um ajuste satisfatório. Isto é mais facilmente visualizado no gráfico 1, onde os dados
se apresentam dispersos em relação a linha de tendência, indicando que o experimento
não seguiu o comportamento esperado.
R² = 0,9746
80
60
40
20
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8
-20
Pelo ajuste da reta, era esperado que esse valor não se aproximaria do valor teórico para o
álcool (0,75.10-3 °C-1), pois o experimento apresentou erros de leitura no paquímetro, precisão
visual com o balão volumétrico, fator dificultado por suas dimensões, além da demora para
realizar a leitura, o que já variava a altura do líquido no pescoço do balão. Também,
contaminantes na amostra de álcool podem ter causado a diminuição de seu coeficiente.
O cálculo de variação de volume foi feito pela equação (1.3) e suas incertezas
associadas por (3.3), com os dados obtidos anteriormente, conforme mostra a tabela 3.
Conclusão
Referências