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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS

DEPRATAMENTO DE FÍSICA
Física Experimental II – 7233

CALORIMETRIA

ACADÊMICOS: RA:

Bruno Alberelo Soares 128277

Christian Segovia da Silva Rodrigues 130415

Vitorio Lavagnoli Neto 131658

TURMA: 3

PROFESSOR: Reginaldo Barco

Maringá - PR, 17 de Março de 2023

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1 – RESULTADOS:

Nas tabelas abaixo estão representados os dados obtidos experimentalmente


durante o experimento, sendo temperatura em relação ao tempo as grandezas
medidas experimentalmente, se faz presente também as medidas da resistência,
tensão e massa do liquido. o experimento foi realizado mediante dois tipos de líquidos
os quais são à agua e óleo de cozinha .

Tabela 1 : Medidas referentes a temperatura (T) e tempo(t) em relação ao


aquecimento da agua em relação do tempo , massa (m) referente a quantidade de
massa dentro do recipiente , resistência(R) e tensão (V).

T(°c) t(s)
25,5 0
27,5 99
29,5 176
31,5 269
33,5 375
35,5 469
37,5 557
39,5 642
41,5 720
43,5 794
45,5 883
47,5 982
magua = 260 g V = 20 v

Ra = 13,7 Ω

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Tabela 2: Medidas referentes a temperatura (T) e tempo(t) em relação ao
aquecimento do óleo em relação do tempo , massa (m) referente a quantidade de
massa dentro do recipiente , resistência(R) e tensão (V).

T(°c) t(s)
24,2 0
26,2 135
28,2 219
30,2 294
32,2 398
34,2 518
36,2 601
38,2 692
40,2 777
42,2 859
44,2 938
46,2 1043
magua = 256 g V = 13,8 v

Ra = 13,7 Ω

2 – ANALISE DOS RESULTADOS:

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2.1 – Relação de dependência entre tempo e temperatura:

Gráfico 1: Gráfico de temperatura por tempo, onde o liquido em uso é a água.


Com escalas 0,09 para x e 6,95 para y

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Gráfico 2: Gráfico de temperatura por tempo, onde o liquido em uso é o óleo.
Com escalas 0,09 para x e 6,95 para y

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Os gráficos 1 e 2 apresentam característica linear visto que em papel
milimetrado os pontos formam uma reta, então os mesmos seguem a equação y = ax
+ b onde a é o coeficiente angular e b o coeficiente linear, no entanto b é dado como
o intercepto da reta com o eixo y, que neste caso tende a zero, portanto a equação da
reta em estudo é dada por y = ax onde a também pode ser descrito pela inclinação da
reta.

Para encontrar o coeficiente angular é feita uma reta media entre os pontos e
assim medindo- o via equação :
∆𝑦𝑀
𝑎 = ∆𝑥𝑀𝑦 (2.1)
𝑥

Onde tanto o ∆𝑦 como ∆𝑥 são medidas feitas pela escala do papel e M é a


escala utilizada nos eixos em que se é medido.

Deste modo fazendo as substituições de y e x para as grandezas analisadas


encontra-se a as equações das retas :

∆T = 0,023 ∆𝑡 (2.2)

∆T = 0,021 ∆𝑡 (2.3)

As equações 2.2 e 2.3 representam as funções descritas pelas retas do gráfico


1 e 2 respectivamente.

2.2 –obtenção do calor especifico do óleo:

Em um experimento ideal o somatório da quantidade de calor é igual a zero


portanto:

∑𝑄 = 0 (2.4)

Visto isso pode-se afirmar então que a quantidade de calor final é a mesma que
a quantidade de calor inicial deste modo :

𝑄𝑓 − 𝑄𝑠 = 0 (2.5)

𝑄𝑓 = 𝑄𝑠 (2.6)

Deste modo tem-se que Qf é a quantidade de calor da fonte e Qs é a quantidade


de calor do sistema, o qual engloba o calorímetro e o liquido utilizado, também se faz

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necessário esclarecer que Qf (calor da fonte) é o responsável por fornecer calor e
Qs(calor do sistema) é o responsável por receber calor.

2.2.1 – Relação entre quantidade de calor da fonte, voltagem e resistência:

Como no calorímetro a fonte de calor (Q) é fornecido por uma tensão (diferença
de potencial), vinda de uma fonte Qf, que aquece uma resistência se faz necessário
analisar sua potência deste modo, é sabido que potencia pode ser dada pelas
seguintes equações:

𝑉2
𝑃𝑜𝑡 = (2.7)
𝑅

𝑄𝑓
𝑃𝑜𝑡 = (2.8)
𝑡

Onde potencia é dada pela razão entre a tensão (V) e a resistência (R) e
também é dada pela razão entre calor da fonte e tempo , deste modo unindo as duas
equações pode-se obter a relação de que quantidade de calor da fonte é o produto do
tempo pela razão entre tensão ao quadrado e resistência.

2.2.2- Relação entre quantidade de calor do sistema com o tempo:

A lei zero da termodinâmica diz :” Se dois corpos A e B estão em equilíbrio


térmico com um terceiro corpo C, estão em equilíbrio térmico um com o
outro”(HALLIDAY et al.,1996,v.2), assim é possível afirmar que um corpo pode
receber ou fornecer calor para se equilibrar com outro corpo, assim é possível ver que
o sistema recebe calor visto que a fonte fornece calor através da rotação de sua pá,
assim pode-se ser observado que o sistema absorve calor . Assim, o calor absorvido
do sistema é dado por: Qs = C ∆𝑇 , onde ∆𝑇 é a variação de temperatura inicial e final
, e C é a capacidade térmica.

Para este experimento estão em analise a capacidade térmica do sistema, que


consiste no calorímetro e o liquido, deste modo 𝐶 = 𝐶𝑐𝑎𝑙 + 𝐶𝑙𝑖𝑞 a capacidade térmica
do liquido em estudo pode ser encontrada pela equação :

𝐶𝑙𝑖𝑞 = 𝑚𝑙𝑖𝑞 𝑐𝑙𝑖𝑞 (2.9)

Onde m é a massa do liquido e c é o calor especifico do liquido, que é


“capacidade térmica por unidade de medida”( HALLIDAY et al.,1996,v.2), deste modo

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, como informado o somatório das quantidades de calor da fonte é igual a quantidade
de calor do sistema, é obtido a equação :

𝑉2
𝑡 = 𝐶∆𝑇 (2.10)
𝑅

𝑉2
𝑡 = ∆𝑇 (2.11)
𝑅𝐶

Deste modo, é possível fazer uma comparação entre as equações 2.11 e a


equação da reta ∆𝑇 = 𝑎𝑡, assim obtém – se a relação :

𝑉2
𝑎 = 𝐶𝑅 (2.12)

𝑉2
𝐶 = 𝑎𝑅 (2.13)

Sabemos que existe a relação da capacidade térmica total com a soma das
capacidades térmicas dos componentes envolvidos no sistema, assim temos que:

𝑉2
= 𝐶𝑐𝑎𝑙 + 𝑚𝑙𝑖𝑞 𝑐𝑙𝑖𝑞 (2.14)
𝑎𝑅

𝑉2
𝐶𝑐𝑎𝑙 = − 𝑚𝑙𝑖𝑞 𝑐𝑙𝑖𝑞 (2.15)
𝑎𝑅

Portanto como esta relação é válida o calor especifico do liquido pode ser dado
pela equação :

𝑉2 𝐶𝑐𝑎𝑙
𝑐𝑙𝑖𝑞 = (𝑎𝑅 − )/𝑚𝑙𝑖𝑞 (2.16)

O calor especifico da agua tem valor conhecido e é dado por 4,186 J/gk então
para fim de obter a capacidade térmica do calorímetro é usado a equação 2.15, assim
temos :

202
𝐶 = 0,0226 ∗ − 260 ∗ 4,186
13,7

𝐶 = 203,54 J/K

Assim, para encontrar o calor especifico do óleo é usado a equação 2.16 e


desta maneira o coeficiente angular da equação é o mesmo que a inclinação da reta
do gráfico 2, portanto obtemos que o calor especifico do óleo é:

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13.82
𝑐𝑜𝑙𝑒𝑜 = (0,021 ∗ − 203,54)/253
13.7

𝑐𝑜𝑙𝑒𝑜 = 1869 𝐽/𝑔𝐾

2.2.3 – Desvio percentual do calor especifico do óleo:

Os valores de calor específico já são previamente calculados por meio de


experimentos e com o óleo não podia ser diferente segundo [Luz, Gelson. Tabela de
calor especifico,2022.Gelson luz blog materiais.2022] o calor especifico do óleo é de
1,97 kJ/kg que é igual a 1970,0 J/Kg, deste modo fazendo o desvio percentual é
possível obter um desvio de 8 % comparando o valor teórico com o valor experimental
e levando em consideração as incertezas do experimento já citadas nos outros
tópicos, para o cálculo do desvio percentual foi utilizado a seguinte equação:
𝐷𝑒𝑠𝑣𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑟𝑐𝑒𝑛𝑡𝑢𝑎𝑙 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑒𝑥𝑝𝑒𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑙 × 100%
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑒𝑜𝑟𝑖𝑐𝑜

(2.17)
Vale ressaltar que o desvio percentual é uma medida de quão próximo o valor
experimental está do valor teórico ou esperado. Portanto, ele é uma ferramenta
importante para avaliar a precisão dos resultados experimentais e verificar se os erros
foram minimizados durante a realização do experimento.
3 – Conclusões:
Em conclusão sobre o experimento, podemos afirmar que os resultados
demonstraram a relação direta entre a variação de temperatura em decorrência do
tempo com a quantidade de calor envolvida em um processo, sendo obtidos
experimentalmente os calores específicos da agua e do óleo de cozinha. Onde por
exemplo foi encontrado o calor específico do óleo como sendo 1869 J/g K sendo
que o valor empírico é 1970,0 J/kg K. Tivemos um desvio percentual baixo de 8%
levando em consideração as incertezas do tipo B e principalmente as de tipo A, como
por exemplo a perda de calor para o ambiente durante a realização do experimento;
Após a realização podemos concluir também que os gráficos expressam claramente
o que já é previsto na equação da primeira lei da termodinâmica:
Q=m . c . ΔT (2.18)

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Após essas conclusões a respeito do experimento podemos afirmar que o calor
específico é uma propriedade física que descreve a quantidade de calor necessária
para elevar a temperatura de uma substância em uma unidade de massa. No caso da
água e do óleo, esses valores são diferentes, o que significa que a mesma quantidade
de calor aplicada a essas substâncias resultará em diferentes variações de
temperatura. É valido ressaltar que os resultados obtidos podem ter sofrido influencias
de variáveis externas as quais não se pôde controlar como troca de calor com o meio
externo e imprecisão de medidas dos próprios aparelhos de medição, no entanto o
resultado foi próximo do esperado de modo que o experimento realizado tenha sido
bem sucedido. Como considerações finais, entretanto, podemos afirmar que este
experimento foi realizado com amostras simples, e os resultados obtidos podem ter
implicações significativas na indústria e em outras áreas de pesquisa. Por exemplo, a
calorimetria pode ser utilizada para monitorar processos químicos em larga escala,
como reações exotérmicas em processos industriais, dentre muitas outras utilidades.
Em suma, o experimento de calorimetria foi bem sucedido em demonstrar as relações
fundamentais entre a quantidade de calor envolvida em um processo, e a variação de
temperatura e tempo.

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