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Relatório Experimental
1. OBJETIVO
2. MATERIAIS E MÉTODOS
3. CÁLCULOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS
4. CONCLUSÕES
5. REFERÊNCIA
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1. OBJETIVO
O objetivo do experimento foi determinar a condutividade térmica a partir da medida
do perfil de temperatura no regime permanente dentro de um sistema com seu meio poroso.
Além disso, foi necessário obter o perfil experimental e compará-lo ao perfil teórico
proposto. Portanto, foi importante determinar o valor teórico da condutividade térmica efetiva
do sistema heterogêneo formado pelo meio poroso.
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Materiais
Para a realização do experimento foram utilizados os seguintes materiais:
● Dois cilindros concêntricos com altura de 60cm;
● Cinco termopares;
● Circuito de aquecimento com potência de 50,2 watts;
● Circuito de medida de temperatura.
2.2. Métodos
Para que o experimento ocorresse da forma mais eficiente e segura, os passos a seguir
foram realizados:
● O equipamento foi ligado a uma tomada de voltagem adequada;
● A resistência e o medidor de temperatura foram ligados;
● Utilizando a chave seletora, as temperaturas ao longo das posições radiais
foram medidas;
● Os valores obtidos foram anotados de acordo com a variação da razão entre os
raios internos e externos, razão essa que varia de 1,00 e 2,10;
● Após o fim do experimento, a resistência e o medidor de temperatura foram
desligados.
3. Resultados e Discussões
A condutividade térmica efetiva no regime permanente pode ser determinada
mediante o conhecimento da potência dissipada q e de alguns valores de temperatura T em
função da posição radial (r/rint) – definidas durante a montagem do equipamento. Então, o
valor de k experimental pode ser obtido através de regressão numérica ou do coeficiente
angular da reta no gráfico (Tint-T) x ln(r/rint).
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Com base nisso, os resultados do experimento são apresentados na Tabela 1. Esses
resultados incluem as temperaturas correspondentes a cada posição radial no equipamento,
obtidas através de termopares. Além disso, são fornecidas informações como a relação entre a
posição radial e o raio externo, o logaritmo dessa relação e a variação radial da temperatura
em relação à temperatura do fluido externo.
Tabela 1: Temperatura radial (Tint), a razão entre a posição radial e o raio externo (r/rint), o
logaritmo natural da razão entre a posição radial e o raio externo (ln(r/rint)) e a variação de
temperatura radial em relação a temperatura interna (∆T).
Tint(°C) r/rint ln(r/rint) ΔT(°C)
65 1,00 0,000 00
55 1,60 0,470 10
52 1,95 0,668 13
50 2,10 0,742 15
𝑞 𝑟
𝑇𝑖𝑛𝑡 − 𝑇 = 2.π𝐿𝑘
. 𝑙𝑛( 𝑟 ) (1)
𝑖𝑛𝑡
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Figura 1: Representação gráfica da relação linear entre o logaritmo natural da razão entre a posição radial e o raio externo
(ln(r/rint)) e a variação de temperatura radial em relação a temperatura do fluido externo (∆T), sendo R² o coeficiente de
correlação angular.
E considerando a equação (1) como uma regressão linear, tem-se que o coeficiente
angular da reta Y = Ax + B é igual a:
𝑞
𝐴= 2𝛑𝐿𝑘
(2)
50,2
20, 483 = 2π0,6𝑘
(4)
4
(6)
Extraindo os valores de ks (coeficiente térmico do sólido) e kf (condutividade do ar) da
literatura, obtemos:
● ks = 7,9 x 10-4 cal/cm s K 1
● kf = 6,25 x 10-4 cal/cm s K 1
Assim, determina-se o valor de θ por meio da seguinte equação:
𝑘𝑠 7,9.10
−4
θ= 𝑘𝑓
= −4 = 1, 264 (7)
6,25.10
Considerando a porosidade (ε) igual a 0,4 e substituindo os valores θ na equação 6,
obtivemos:
⎡ 𝑙𝑛[1+(1,264−1)*0,4−( 1,264−1
1,264 )
*0,4] ⎤
kteórico = 0, 4 + (1 − 0, 4)⎢ ⎥ = 0, 48412 cal/cm s K (8)
⎢ 0,4(2−0,4) 1,264−1 2
( 1,264 ) ⎥
⎣ 3 ⎦
4. Conclusão
Em suma, pode-se concluir que a condutividade térmica do meio poroso
(areia) foi determinada com êxito, a partir da temperatura no regime permanente
do sistema heterogêneo. Além disso, ao comparar os valores obtidos
experimentalmente com o teórico, obteve-se um erro relativo de 25,53%, o que
demonstra proximidade entre os valores de condutividade térmica efetiva do
sistema.
5. Referência bibliográfica
1. Transferência de Calor em Meios Porosos: Esquema Prático Operacional
Visando Aplicações, Anais do XII Encontro sobre Escoamento em Meios
Porosos, v.2, 24 a 26 de outubro d 1984. UEM, Maringá, p. 245
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