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Universidade Federal de Santa Maria

Departamento de Fı́sica
Fı́sica Experimental II

Aula Experimental VI
Estudo dos Gases

Autores:
Denilson Bona Junior - Eng. Civil Turma 11
Amanda Furlin Renosto - Eng. Civil Turma 11

Data do Experimento: 21 de Junho de 2018


Conteúdo
1 Introdução 1

2 Objetivos 1

3 Materiais Utilizados 1

4 Referencial Teórico 1

5 Procedimento Experimental 2

6 Discussão dos Resultados 4

7 Conclusão 5

8 Referencial Bibliográfico 5
1 Introdução
O estudo dos gases ideais e reais é de suma importância para o estudo
da fı́sica e de inúmeros fenômenos relacionados a eles, que estão presentes na
atmosfera, mas que também são produzidos em várias atividades humanas.
As suas propriedades vistas de um modo macroscópico e microscópicos auxi-
liam na compreensão de seu comportamento, resultando em uma equação de
estado muito conhecida e que relaciona a pressão, a temperatura e o volume
de um gás a importantes compreensões relacionadas ao movimento de seus
átomos.

2 Objetivos
O objetivo do experimento é determinar o número de moléculas em um
gás.

3 Materiais Utilizados
Foram utilizados neste experimento os seguintes itens:

• um aquecedor;

• uma bomba d’água;

• tubo com ar e mercúrio;

• um recipiente com água;

• uma mangueira;

• uma trena.

4 Referencial Teórico
Um gás, é uma substância formada por átomos, definido através da termo-
dinâmica pelas suas propriedades ditas macroscópicas, sendo elas, a pressão,
o volume e a temperatura, desta forma conhecendo estas três variáveis sabe-se

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o estado do gás. Porém, levando-se em conta o estudo microscópico do com-
portamento dessas propriedades, questão avaliada na chamada teoria cinética
dos gases, melhor serão definidas cada uma delas. Desta forma a temperatura
estará relacionada a energia cinética média das partı́culas do gás, o volume
como sendo resultado da liberdade que os átomos possuem de se deslocar por
todo o recipiente em que estão contidos e a pressão como sendo ocasionada
pelas colisões desses átomos com o interior do recipiente.
Conhecendo-se estas propriedades e as relacionando com uma equação
que define o estado do gás, obtemos a seguinte relação:

P V = nRT (1)
Esta equação, que relaciona, a pressão do gás (P) multiplicada pelo seu
volume (V), com o número de mols que ele possui (n) multiplicado pela
temperatura (T) e pela constante universal dos gases (R), é conhecida como
equação dos gases ideais, logo, todo gás que obedecer a esta relação é clas-
sificado como um gás ideal. Tem-se algumas exceções relacionadas a baixas
densidades em que alguns gases reais tendem a também segui-la.
Logo, através dessa equação, e mantendo uma de suas variáveis constan-
tes, como o volume, por exemplo, que foi realizado aqui, e considerando o
gás, um gás com comportamento ideal, realizou-se um experimento baseado
neste estudo.

5 Procedimento Experimental
Para realizar o experimento foi necessário utilizar um recipiente que con-
tinha água. Essa água era aquecida até a temperatura desejada utilizando
um aparelho em contato a ele. O recipiente era interligado com um tubo
contendo água e mercúrio. Pelo tubo passava água quente que aquecia o gás
dentro de um segundo tubo. Este tubo era formado por uma região cilı́ndrica
de volume desconhecido V1 e uma região esférica no topo de volume conhe-
cido V2 = 1, 01X10−6 m3 . A água era então devolvida ao recipiente original
por meio de uma segunda mangueira.

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Figura 1: Equipamentos utilizados

Fonte: http://lilith.fisica.ufmg.br/ labexp/labmt/GasesIdeais.htm

Para cada nova temperatura, seria então medida a variação da altura da


coluna de mercúrio para então calcular a pressão.

Inicialmente a água foi aquecida a 20 ◦ C. A pressão foi ajustada e então


foi medida a altura da coluna de ar h = 17cm. Conhecendo a área da base
b = 1, 02X10−4 m2 , foi possı́vel calcular o volume V1 = 1, 734X10−5 m3 . O
volume total resultou em Vt = 1, 835X10−5 m3 .

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6 Discussão dos Resultados
A pressão (P ) pode ser calculada pela equação abaixo. Para os cálculos
foi considerado a pressão atmosférica P0 = 1, 01X105 P a, g = 9, 81m/s2 e
ρhg = 13580Kg/m3 .
P = P0 + ρhg g∆hhg (2)
A variação da pressão (∆P ) é dada por:

∆P = P − P0 (3)

Os valores para temperatura e pressão encontrados podem ser encontra-


dos na tabela a seguir:

Tabela 1: Valores encontrados no experimento


T (◦ C) T (K) ∆hhg (m) P (Pa) ∆P (Pa)
20 293 0 101000,00 0
30 303 0,025 104330,50 3330,5
40 313 0,051 107794,21 6794,2
50 323 0,078 111391,14 10391,1
60 333 0,100 114321,98 13321,9
70 343 0,126 117785,69 16785,7
80 353 0,150 120982,97 19982,9
90 363 0,177 124579,90 23579,9

Para calcular o número de partı́culas no gás, partiremos da equação (1),


isolando a pressão (P ):
nRT
P = (4)
V
Considerando:
nR
α= (5)
V
Obteremos P = αT . O valor de α pode ser encontrado ao calcular a
inclinação da reta no gráfico da variação da pressão (∆P ) por temperatura
(T ) anexado a este relatório. Utilizando os pontos sob a curva p1 (310, 5500)
e p2 (340, 15500) encontramos:
P2 − P1 15500 − 5500
α= →α= → α = 333, 33P a/K = 0, 333KP a/K
T2 − T1 340 − 310

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J
Isolando n da equação (5), consideramos R = 8, 31 mol.K e aplicamos os
demais valores conhecidos na fórmula:
αV 333, 33 ∗ 1, 835X10−5
n= →n= → n = 7, 36X10−4 mols
R 8, 31

Conhecendo a Constante de Avogadro (NA = 6, 02X1023 ), podemos cal-


cular o número de moléculas (N ) do gás da seguinte forma:

N = n ∗ NA → N = 7, 36X10−4 ∗ 6, 02X1023 → N = 4, 43X1020

Analisando o gráfico da variação de pressão em Pascal (Pa) em função da


temperatura em Kelvin (K), percebemos uma relação linear também mos-
trada na relação P = αT da equação dos gases ideais.

7 Conclusão
A partir da elaboração deste experimento podemos compreender ainda
mais o estudo dos gases ideais e seu comportamento, além de analisar de
uma forma mais ampla suas propriedades fundamentais encontrando a partir
delas, de suas relações e da elaboração de um gráfico o número de mols e por
conseguinte o número de partı́culas do gás analisado. Desta forma firmando
conceitos vistos em sala de aula e importantes para a disciplina.

8 Referencial Bibliográfico
HALLIDAY, DAVID. Fundamentos de Fı́sica, volume 2 : gravitação,
ondas e termodinâmica. ed. 10. Rio de Janeiro. LTC, 2016.

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