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Universidade Federal de Campina Grande – UFCG

Disciplina: Física Experimental I


Turma: 05
Professor: Cleide Maria

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO:
LEI DE BOYLE - MARIOTTE

ALUNO: JOÃO MARCELO NOVAIS MARQUES


MATRÍCULA: 118210864

Campina Grande – PB

2019
1. INTRODUÇÃO

1.1 OBJETIVO

Este experimento teve como objetivo verificar experimentalmente a lei de


Boyle-Mariotte e, através desta verificação, determinar a pressão atmosférica e a
densidade do ar no local da experiência.

1.2 MATERIAL UTILIZADO

Foram utilizados nesse experimento:

 Manômetro a mercúrio;
 Termômetro;
 Paquímetro;
 Funil;
 Mangueira;
 Haste;
 Suporte.
1.3 MONTAGEM

2. PROCEDIMENTOS E ANÁLISES

2.1. PROCEDIMENTOS

Medimos, com o paquímetro, o diâmetro interno do ramo direito do manômetro.


Anotamos a temperatura ambiente. Abrimos a válvula na parte superior do tubo
esquerdo, certificando de que o funil encontra-se a parte mais baixa da haste e, então,
zeramos o manômetro (os dois ramos no mesmo nível). Em seguida, fechamos a
válvula. Anotamos o comprimento L 0 (L + h1 ) da coluna de ar confinada no ramo
esquerdo do manômetro.
Levantamos o funil fixado na haste, em uns 3 cm, aproximadamente. Em
seguida anotamos as alturas h1 e h2 , na tabela I. Repetimos esse processo até preencher a
tabela I.
Posteriormente, abaixamos o funil até mais ou menos a metade da altura em
que se encontrava (para evitar vazamento). Em seguida, abrimos a válvula e observe o
que acontece com os níveis de mercúrio.

2.2. DADOS E TABELAS

Dados coletados:
Mar = 29 g/mol
1 atm = 76,0 cmHg = 1,013 x 105 N/m2

Diâmetro Interno do Ramo: D = 6,35 mm = 0,64 cm.


Temperatura ambiente: T = 25 °C = 298 K.
Comprimento do ramo: L0 = 34,5 cm.

TABELA 1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h1 (cmHg) 0,0 2,5 4,0 4,7 5,2 5,9 6,6 7,2 7,9 8,7
h2 (cmHg) 0,0 7,5 12,4 14,7 17,5 19,8 22,7 25,1 28,0 31,7

Observação: Ao abrir a válvula o ar comprimido sai igualando os níveis de


mercúrio, ou seja, ficaram iguais.

2.3. ANÁLISE

Foram feitas algumas análises neste experimento.

Com a temperatura constante, podemos enunciar a lei de Boyle-Mariotte, que diz


que à temperatura constante, a pressão de um gás varia inversamente com o volume,
mostrando assim que o produto Pressão e volume é uma constante, ou seja,

PV = Constante.

A figura abaixo representa o processo isotérmico num diagrama P x V:


P

4P

2P

V
V/ 4 V/ 2 V

Como nesse processo P e V estão relacionados por uma proporção inversa,


podemos concluir que a curva é uma hipérbole, também denominada isoterma, pois
todos os seus pontos representam estados de um gás com a mesma temperatura.

A pressão manométrica é dada pelo h = h2 – h1, com isto, preenchemos a


TABELA II-A. Para sabermos o valor de L, fizemos L = L 0 – h1, que também estes
valores foram inseridos na TABELA II-A.

TABELA II

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h (cmHg) 0,0 5,0 8,4 10,0 12,3 13,9 16,1 17,9 20,1 23,0
L (cm) 34,5 32,0 30,5 29,8 29,3 28,6 27,9 27,3 26,6 25,8

Agora com o comprimento da coluna de gás e o diâmetro interno do tubo


podemos encontrar o volume do gás pela equação abaixo e assim conseguir os dados
para o preenchimento da TABELA III que se segue.

( ) ( ) ( )
2 2 2
D D 0 , 64
V =π L=π ( L0−h 1) V =π (34 , 5−0)=11.10cm ³
2 2 2

TABELA III

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h (cmHg) 0,0 5,0 8,4 10,0 12,3 13,9 16,1 17,9 20,1 23,0
V (cm3) 11,10 10,29 9,81 9,59 9,43 9,20 8,94 8,78 8,56 8,30

Temos que a equação dos gases ideais é:


PV = nRT,

 P: pressão absoluta (P = P0 + h);

 V: volume;

 n: número de moles;

 R: constante universal dos gases (R = 0,0821Latm/mol.K =


1,987cal/mol.K = 8,31J/mol.K);

 T: temperatura absoluta (escala Kelvin).

Como no processo isotérmico podemos dizer que o termo nRT é constante,


podemos escrever:

, com C=nRT .

Chamando de X = 1/V, isto é, fazendo uma linearização, e lembrando que P = P 0


+ h, teremos:

P 0 + Δh=CX ou Δh=CX−P 0

Lembrando que X = 1/V preenchemos a TABELA IV.

TABELA IV

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
h (cmHg) 0,0 5,0 8,4 10,0 12,3 13,9 16,1 17,9 20,1 23,0
X (1/cm-3) 0,090 0,097 0,102 0,104 0,106 0,109 0,112 0,114 0,117 0,120

A partir dos dados da TABELA IV traçamos, em papel milimetrado, o gráfico da


pressão manométrica h em função do inverso do volume, que simbolizamos por X (ver
anexo). A partir do gráfico, determinamos a pressão atmosférica P 0 no local do
experimento:

P0 = 0,6969697 cmHg.

3. CONCLUSÃO
Neste experimento foram obtidas as seguintes conclusões:

Calculamos o erro percentual cometido na determinação da pressão atmosférica


local (P0), considerando como o melhor valor, em Campina Grande, P0 = 71,5 cmHg:

E %=¿ ¿

Usando a equação dos gases ideais e os dados experimentais, calculou-se o


número de moles existentes no ramo esquerdo do tubo U.
−3 3
C 848 , 4 cmHg/c m 12 , 00 atm . c m
C=nRT ⇒ n= = = ⇒
RT (0,0821 l atm/mol . k )(303 k ) (82 , 1 c m3 atm/mol . k )(303 k )
n=0,000482 moles

Podemos determinar também a densidade do ar no ambiente, usando para isso o


primeiro ponto da TABELA I, obtendo, portanto: (Mar = 29g/mol)

m n M ar ( 4 , 82×1 0 mol ) 29 g/mol


−4
−3 3
ρar = = = ⇒ ρ=12 ,59 ×1 0 g/c m
V V 11, 10

É importante destacarmos o fato de não podermos usar outro ponto além do


primeiro, pois foi fazendo uso do primeiro ponto garantimos que estamos trabalhando
com a pressão local, o que seria necessário para determinarmos a densidade.

Caso a válvula não estivesse bem fechada, o volume do gás estaria variando e,
nesse caso, não poderíamos considerar PV constante.

O principal erro sistemático desse experimento foi considerar a temperatura


constante e o ar como gás ideal durante todo o experimento.

4. ANEXO

Dados do gráfico da pressão manométrica Δh em função do inverso do volume,


que simbolizamos por X.

Para “X”:

 Cálculo do Módulo de “X”

Lx 150 -3
m x= m x= m x=4285 ⇒ m x =5000 mm/c m
0 , 120−0 , 0 85 0 , 035

 Degrau e Passo
Δl x =m x ΔX
20 mm=5000 mm/cm− 3 xΔX
ΔX =0 , 004 cm−3
 Equação da Escala

l x =mx (X −X o )l x 1=5000 (0,090−0,085)=25 mm


l x 2=5000 (0,097−0,085)=60 mml x 3=5000 (0,102−0,085)=85 mm
l x 4 =5000(0,104−0,085)=95 mml x 5=5000 (0,106−0,085)=105 mm
l x 6=5000 (0,109−0,085)=120 mml x 7=5000 (0,112−0,085)=135 mm
l x 8=5000 (0,114−0,085)=145 mml x 9=5000 (0,117−0,085)=160 mm
l x 10=5000(0,120−0,085)=175 mm

PARA “Δh”

 Cálculo do Módulo de “Δh”

L Δh 100
m Δh = m Δh = m =4 ,35 ⇒ m Δh =5 mm/cmHg
23 , 0−0 23 , 0 Δh

 Degrau e Passo

Δl Δh=mΔh Δ( Δh)
20 mm=5 mm/cmHgx Δ( Δh)
Δ( Δh)=4 cmHg
 Equação da Escala

l Δh =mΔ h (Δ h− Δho )l Δh 1=5 (0 , 0−0)=0 , 0 mml Δh 2=5 (5 , 0−0)=25 ,0 mm


l Δh 3=5 ( 8 , 4−0 )=42 ,0 mml Δh 4=5 ( 10−0 )=50 , 0 mml Δh 5=5 ( 12 , 3−0 )=61 , 5 mm
l Δh 6 =5 (13 , 9−0 ) =69 ,5 mml Δh 7 =5 (16 ,1−0 )=80 ,5 mm
l Δh 8 =5 (17 ,9−0 )=89 , 5 mml Δh 9 =5 (20 ,1−0 )=100 , 5 mm
l Δh 10=5 ( 23 , 0−0 )=115 , 0 mm

 Equação da Reta

25+3
P1=(0,002 ;−3 , 0)P2=(0,035 ; 25 , 0) Temos :a=
0,035−0,002
a=848,48484848484848
y = ax + b ⇒ 1 = 848,4848484848 . (0,002) + b ⇒ b = -0,6969697cmHg

Logo:

Δh=CX −P 0

Portanto, a partir do gráfico, ou seja, do parâmetro b, pode-se determinar a


pressão atmosférica Po = 0,7 cmHg.

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