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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE

EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

Coordenação do Curso de Licenciatura Plena em Química.

TERMODINÂMICA E SOLUBILIDADE

Trabalho apresentado à disciplina Físico-


Química Experimental I da turma C866TC do
curso de Licenciatura em Química para
obtenção de nota parcial da 2º bimestral.

Professora: Patricia da Luz

DISCENTES:
Alda Lúcia Costa Fonseca Matrícula: 20190865593

Adriano Silva de Souza Matrícula: 20190865604

Celhina de Jesus Pereira Franco Matrícula: 20190865582

Elenildo Garcia de Almeida Matrícula: 20170861729

Julie Moraes Araújo Matrícula: 20190865584

BELÉM-PARÁ
2022
1. INTRODUÇÃO
A palavra termodinâmica teve origem na junção de dois vocábulos gregos, therme
(calor) e dynamis (força), que têm a ver com as primeiras tentativas para transformar calor
em trabalho. A ciência da termodinâmica surgiu pela necessidade de aperfeiçoar o
funcionamento das primeiras máquinas a vapor.
Os compostos químicos se dissolvem em diferentes solventes nos mais diferentes
graus de intensidade, os quais por sua vez são afetados por vários fatores, dos quais
sobressai a temperatura. A solubilidade de um soluto é a massa do soluto que pode ser
dissolvida numa certa quantidade de solvente a uma determinada temperatura. (UCKO,
1992).
Além disso, todas as tranformações que ocorrem na natureza são decorrentes da
tendência de uma parte do sistema em encontrar uma condição de estabilidade máxima,
sendo esta dimensio- nada de acordo com o estado de cada sistema.
Estado de equilibrio é o estado no qual não ocorrem modificações significativas
no estado de um sistema. Isto é:
(Produtos)(Reagentes)
desde que as condições físico-químicas sejam mantidas, insto não quer dizer que não esteja
havendo reação, e sim que as moléculas gastas no sentido direto (RP) são regeneradas no
sentido inverso (P  R). O equilibrio é dito dinâmico quando a velocidade da reação direta
é igual a velocidade da reação inversa.
V1
Produtos
Reagentes
V2
2. OBJETIVO
Introduzir conceitos em termodinâmica, equilibrio de reação para a compreensão da
influên- cia da temperatura na solubilidade e montar gráfico de Ln em função de T-1.

3. MATERIAIS UTILIZADOS
3.1 MATERIAIS
Proveta de 100 mL
Bastão de Vidro
Tubosde Ensaio
Balança

3.2 REAGENTES
KNO3(s) Nitrato de Potássio

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Primeiramente pesou-se aproximadamente 5g de KNO3, em seguida anotou-se a massa
e foi transferida para um tubo de ensaio. Após isso, adicionou-se 2,9 mL de água destilada e
mediu-se o volume da solução utilizando um tubo de mesma dimensão e comparando o
volume de água ao da solução e, transferiu-se esse volume para uma proveta e foi medido por
aproximação. Adiante, le- vou-se a solução à banho maria em um tubo de ensaio, observando-
se a que temperatura o sal se so- lubiliza, logo após o tubo que estava no banho foi removido,
a seguir introduziu-se o termômento e resfriou-se lentamente sem agitação da solução. Por
fim, observou-se a temperatura do primeiro cristal formado (assumindo que a temperatura do
sistema é a temperatura de equilibrio, onde é pos- sivel calcular a concentração de equlibrio
dos íons) e repetiu-se o procedimento registrando a repli- cata da temperatura para esta
concentração.
5. RESULTADOS E DISCURSSÃO

Pelo meio do método de dissociação dos sólidos iônicos em meio aquoso, foi possível
determinar a entalpia(ΔH), energia livre de Gibbs(ΔG) e entropia de formação(ΔS) do Nitrato
de potássio Primeiramente, foram pesado aproximadamente 2,5045 gramas de KNO3, as
condições de temperatura e volume da água na proveta, está colocada na tabela 1.

Tabela 1- Dados experimentais


Replicata Volume (mL) Temperatura (°C)
1 4 60
2 4,4 35
3 6,5 33
4 6,9 29
5 8 27
6 8,5 23

A partir dois dados experimentais e da massa foi possível realizar o cálculo das
variáveis termodinâmicas (ΔG, ΔH e ΔS). Considerando que o sistema se encontra em
equilíbrio, como demostrado a seguir:

KNO3(aq) + H2O(aq) ↔ K+(aq) + NO3-(aq)


Levando em conta que o princípio do método e que a solubilidade de sal em água
depende da temperatura em que o sistema é encontrado. A reação será considerada em
equilíbrio, na temperatura em que o solido encontra-se em contato com a solução saturada, ou
seja, no início da recristalização. Levando em consideração isso, sabendo que a massa molar
do KNO3 é 101,1032 g.mol-1, calculou-se o número de mols presente na amostra:

m 2,5045 g
n= = ≌2,5 x 10−2 mol
MM 101,1032 g . mol−1

Dessa forma a solubilidade foi calculada a partir da expressão a seguir:

n 2,5 x 10−2
S= = ≌ 6,25 mol . L−1 (triplicata 1)
V 0,004 L
Sabendo que a constante de equilíbrio (K) para a reação é:

K=[K+][NO3] = S.S = S2 = (6,25)2 = 39,0625 (triplicata 1)

A partir da constante de equilíbrio, calcula-se ΔG, para cada temperatura, através da


seguinte equação:
−1 −1 −1
∆ G=−RTlnK=−0,008314 KJ . mol . K .333,15 K . ln39,0625=−10,152 KJ . mol
(triplicata 1)

Sendo a temperatura e dada em Kelvin (K) e R é a constantes real dos gases (0,008314
kj.mol-1. K—1). De modo que, as atividades dos íons e força iônica da solução não são
consideradas e a temperatura onde os cristais tornam-se visíveis e menor que a temperatura de
equilíbrio.
Para calcular o valor da entalpia (ΔH), foi realizado um gráfico de lnK versus 1/T,
onde o resultado é uma reta que inclinação de - ΔH/R. Considerando, a entalpia constante,
para pequenas variações de temperatura, pode ser calcular a entropia para cada temperatura a
partir da relação:
ΔG = ΔH - TΔS
Os dados coletados e os cálculos realizados para cada triplicata, foram organizados e
exemplificados na tabela 2.

Tabela 2- Variáveis Termodinâmicas

V(ml) T(°C) T(K) 1/T(x10-3)(K-1) S(mol/L) K lnK ΔG(KJ/mol) ΔS(J/K.mol)

4 60 333,15 3,00 6,250 39,0625 3,6651 -10,1520


4,4 35 308,15 3,24 5,,681 32,2737 3,4742 -8,9000

6,5 33 306,15 3,26 3,846 14,7917 2,6940 -6,8572

6,9 29 302,15 3,309 3,623 13,1261 2,5746 -6,4675


8 27 300,15 3,331 3,125 9,7656 2,2788 -5,6867

8,5 23 296,15 3,376 2,941 8,6494 2,1574 -5,3121

O gráfico de lnK versus 1/T, onde a inclinação da reta resulta na entalpia e demostrada
a seguir:
Gráfico 1

−ΔH
Sabendo que a inclinação da reta e dada por , se a reta apresenta um coeficiente
R
angular negativo, o valor de 𝛥H será positivo significando que a reação e endotérmica. Caso a reta
apresente o contrário, como o coeficiente angular positivo o valor de 𝛥H será negativo e a reação será
exotérmica. Com base no gráfico 1, pode-se analisar o coeficiente angular é - 4009,8. Dessa forma
podemos calcular a entalpia pela relação a seguir:
−ΔH −∆ H
α= =−4009,8
R 0,008314 KJ .mol
−1

−1 −1
−∆ H =−4009,8 x 0,008314 KJ .mol =−33,3374 KJ . mol

𝛥H= 33,3374 KJ.mol-1 (reação endotérmica)

Para calcular a entropia utilizou-se a relação:

ΔH−∆ G
∆ S=
T

∆ S=33,3374 KJ . mol−1−¿¿ (triplicata 1)

𝛥S= 43489J.K-1.mol-1

Por conseguinte, foram cálculos os valores de 𝛥S para cada triplicata, levando em


consideração á Temperatura e o 𝛥G de cada uma, os resultados estão dispostos na tabela 2.

CONCLUSÃO

O potencial químico está relacionado com a quantidade de matéria (números de mols)


e também diretamente proporcional à variação de energia livre de Gibbs(ΔG). Desta forma
podem-se fazer associações com parâmetros como entalpia e a entropia, além das
considerações quanto à espontaneidade da reação como é feito para ΔG. No experimento
realizado conclui-se que o KNO3 passa de um estado físico para outro espontaneamente, ou
seja, presume-se que o estado com menor potencial químico seja o solido, ao qual ele está se
tornando. Pode se associar este fato a questão da entropia, tendo em vista que o sal ao passar
do estado liquido em solução para o solido há uma diminuição na entropia favorecendo a
espontaneidade do processo. Algo que notado na realização experimental onde se trata de uma
reação espontânea(ΔG<0), endotérmica(ΔH>0) e variação de entropia positiva(ΔS>0),
indicando uma maior desordem no sistema.

REFERENICIAS

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