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A História do Átomo

Demócrito (400 a.C.)


Enunciou a primeira ideia de átomo
como sendo a partícula elementar
que constitui toda a matéria.

John Dalton (1808)


Dalton afirma que a matéria é
constituída por partículas
infinitamente pequenas, indivisíveis
e inalteráveis – os átomos.

Representação dos elementos,


segundo Dalton
Eugene Goldstein (1885 e 1919)
Goldstein atribui carga positiva a partículas subatómicas, em 1885. Mais
tarde, em 1919, este cientista identifica a partícula do núcleo com carga
positiva, como sendo o protão.
A História do Átomo
Joseph John Thomson (1898)
Thomson descobre uma partícula subatómica
de carga negativa a que chamou eletrão.
O átomo era uma esfera carregada
positivamente com partículas negativas
(eletrões) distribuídas aleatoriamente.

Albert Einstein (1905)


Einstein interpreta o efeito fotoelétrico e atribui às radiações
eletromagnéticas uma natureza corpuscular.

Robert Milikan (1909)


Milikan realiza experiências para determinação dos valores da carga e
massa do eletrão.
A História do Átomo
Ernest Rutherford (1911)
Rutherford elabora um modelo atómico – Modelo Nuclear de Rutherford –
que constituiu o primeiro modelo do átomo com um núcleo central e
camadas eletrónicas. Segundo este modelo, o átomo é constituído por um
pequeno núcleo que contém quase toda a sua massa e todas as cargas
positivas, e por um conjunto de eletrões de carga negativa, que giram em
volta dele como se fossem planetas.
eletrões

núcleo

órbitas
Niels Bohr (1913)
O modelo atómico proposto por Bohr foi revolucionário para o seu tempo,
uma vez que era inexplicável o facto da energia do eletrão ser quantificada.
Bohr considerou que os eletrões se movem em torno do núcleo, sujeitos a
forças de atração mútua, que se exercem entre partículas de sinais
contrários. Este cientista compara o movimento dos eletrões em torno do
núcleo ao movimento dos planetas em torno do Sol.
A História do Átomo

Louis De Broglie (1920 até … 25)


De Broglie formulou a teoria ondulatória da matéria, segundo a qual, a
qualquer eletrão ou outra partícula em movimento está associada uma onda,
estabelecendo, assim, uma relação entre onda e partícula em movimento.
Assim, o eletrão apresenta um comportamento ondulatório.
A História do Átomo
Schrödinger (1920 até … 25)
Schrödinger apresenta o modelo
probabilístico. A resolução matemática da
equação de Schrödinger fez surgir três
parâmetros – os números quânticos (n, l, ml) –
que caracterizam as orbitais do átomo de
hidrogénio e dos outros átomos.

Werner Heisenberg (1920 até … 25)


Heisenberg enuncia o princípio da incerteza,
afirmando que não é possível conhece a posição e a
velocidade de um eletrão, simultaneamente.

Wolfgang Pauli (1925)


Pauli enuncia o princípio da exclusão, afirmando que os eletrões da mesma
orbital não podem ter o mesmo valor de spin.
A História do Átomo
James Chadwick (1932)
Chadwick descobre uma partícula subatómica sem carga – o neutrão.

Murray Gell-Mann e George Zweig (1964)


Murray Gell-Mann e George Zweig descobrem os quarks (subpartículas dos nucleões) que foram
designados Up, Down e Strange.
O Modelo Quântico
O modelo atómico de Bohr (proposto em 1913) não explicava alguns factos observados e foi,
por isso, substituído por um novo modelo – o modelo quântico – resultante de teorias
avançadas por Schrödinger.

Ambas as teorias estão de acordo no que respeita às energias, mas diferem na descrição do
comportamento do eletrão em relação ao núcleo:
 A posição do eletrão (modelo de Bohr) é substituída por probabilidade de encontrar o
eletrão;
 A “órbita” (modelo de Bohr) é substituída por orbital ou orbital atómica (com energia e
distribuição de densidade eletrónica características).

A resolução matemática da equação de Schrödinger fez surgir três parâmetros, designados por
número quânticos (n, l, ml), que caracterizam as orbitais do átomo de hidrogénio e dos outros
átomos.
Para caracterizar cada eletrão numa orbital atómica são necessários, não três, mas quatro
números quânticos: n, l, ml , ms.
Orbitais Atómicas
Número quântico principal (n)
 O número quântico principal pode assumir os valores n = 1, 2, 3, …
 O valor de n relaciona-se com a distância média de um eletrão ao núcleo, numa dada
orbital, ou seja, com o tamanho da orbital;
 O número máximo de eletrões por cada nível é 2n2;
 Diferentes valores de n correspondem a diferentes valores de energia, pois:
 2,18 1018
En  2
J
n
Nota: Esta expressão matemática aplica-se apenas ao átomo de hidrogénio. As energias dos
diferentes níveis variam de elemento para elemento.
Orbitais Atómicas
Número quântico secundário (l)
 O número quântico secundário pode assumir os valores l = 0, …, n – 1;
 Fornece informação sobre a “forma” das orbitais e os subníveis energéticos;
 A relação entre os valores de l e o tipo de orbital:

Orbitais tipo d
Orbitais Atómicas
Em átomos e partículas com um só eletrão, como H, He+, Li2+, a energia desse eletrão
só depende do número quântico n (e da carga do núcleo respetivo). Quer isso dizer
que, num átomo de hidrogénio excitado, quer o eletrão ocupe o subnível 2s, quer o
subnível 2p, a sua energia é sempre a mesma, pois o número quântico n é igual em
ambos os subníveis.
No entanto, em partículas com mais do que um eletrão a energia do eletrão já varia
em função da camada n e da subcamada l em que se localiza.
Orbitais Atómicas
Número quântico magnético (ml)
 O número quântico magnético pode assumir os valores ml = – l, …, 0, …, l ;
 Relaciona-se com a orientação da orbital no espaço;
 Os diferentes valores de ml correspondem às orbitais que cada subnível pode ter.

Número quântico de spin (ms)

 O número quântico de spin pode apresentar os valores +1/2 ou -1/2;


 Relaciona-se com o sentido de rotação do eletrão no seu movimento em torno de
si próprio (spinning).
Orbitais Atómicas
Configuração Eletrónica
A distribuição dos eletrões pelas diferentes subcamadas / orbitais de um dado átomo
é representada pela correspondente configuração eletrónica.
A sua escrita obedece ao princípio de energia mínima, ao princípio de exclusão de
Pauli e à regra de Hund.

Princípio de exclusão de Pauli


O princípio de exclusão de Pauli estabelece que na
mesma orbital não podem coexistir dois eletrões com o
mesmo número quântico de spin. Na prática não podem
existir quatro número quânticos iguais para definirem
dois eletrões num átomo.
Configuração Electrónica
Princípio de energia mínima
O princípio da energia mínima estabelece que os eletrões deverão ocupar as orbitais
por uma ordem tal que resulte na menor energia para o átomo.

Nas orbitais que têm a mesma energia (os mesmo


valores de n e l), a distribuição dos eletrões é feita a
partir das regras estabelecidas por Hund:
1. Preenchem-se completamente as orbitais de
energias diferentes não degeneradas (1s, 2s, …).
2. Nas orbitais degeneradas (com a mesma
energia), em primeiro lugar “entra” um eletrão
com o mesmo valor de ms (spin) para cada uma
dessas orbitais (isto é, primeiro semipreenchem-
se as orbitais com a mesma energia).
3. Os restantes eletrões “entram” em seguida,
Diagrama de Aufbau preenchendo totalmente as orbitais,
respeitando a regra do emparelhamento, isto é,
a regra dos spins opostos.
Configuração Electrónica
1º exemplo: Distribuição dos eletrões para o átomo de azoto (Z = 7).
Os átomos de azoto têm sete
eletrões.
Utilizando os princípios de
exclusão de Pauli e da energia
mínima e as regras de Hund:

2º exemplo: Distribuição dos eletrões para o átomo de oxigénio (Z = 8).


Os átomos de oxigénio têm oito
eletrões.
Utilizando os princípios de
exclusão de Pauli e da energia
mínima e as regras de Hund:

Nota: o 4º eletrão a entrar nas orbitais 2p podia ser colocado indistintamente nas orbitais 2px, 2py
ou 2pz, pois têm a mesma energia.
Configuração Electrónica
Designa-se por configuração eletrónica a representação esquemática da distribuição
eletrónica de um átomo de um determinado elemento e nela devem figurar:

1. A simbologia de cada orbital seguindo o princípio da energia mínima (1s, 2s, 2p, …).
2. Como expoente da letra que identifica o tipo de orbital (s, p, d, f, …), o número de
eletrões de cada uma delas.

Exemplo: Indicar a configuração eletrónica para o átomo do elemento sódio (Z = 11).


O átomo do elemento sódio tem 11 protões e 11 eletrões (o átomo é
eletricamente neutro).
Assim, a configuração eletrónica correspondente deverá ser:

11 Na  1s 2
2s 2
2p 2
x 2p 2
y 2p 2
z 3s1

11 Na  1s 2s 2p 3s
2 2 6 1
condensada 
11 Na  Ne3s1 Nota: entre parênteses retos está o símbolo químico do
gás nobre cuja configuração eletrónica corresponde á
das orbitais totalmente preenchidas.

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