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CAPÍTULO I: Estructura Átomica e Periodicidade Química

CAPÍTULO I: Estructura Átomica e Periodicidade Química

Modelo quântico do átomo: orbital atómico


O modelo de átomo dado pela mecânica quântica é o mais moderno e complexo, ele
baseia-se na forma matemática da estrutura atómica.
A teoria quântica afirma que a matéria tem propriedades associadas com ondas, razão
pela qual o modelo de átomo foi baseado nesta teoria.

O chamado “Princípio da Incerteza” determina que o eléctrão não possua posição exata
na eletrosfera, nem velocidade e direção definidas. Daí o porquê de o átomo de Bohr, com
elétrões girando em órbitas circulares, ser ultrapassado pelo modelo quântico.
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Os orbitais são os possíveis espaços ocupados pelos elétrões, ou seja, há grande


probabilidade de encontrá-los nas nuvens eletrónicas representadas em
vermelho na imagem acima.
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A descrição energética dos electrões num átomo é feita por meio de números quânticos
(“coordenadas energéticas de um electrão num átomo”):
três destes números (número quântico principal, n, ;
número quântico de momento angular, l, ;
número quântico magnético, ml) estão relacionados com a região de maior probabilidade
de se encontrar um electrão num átomo (o orbital), e um
quarto é relativo ao comportamento de um electrão específico num átomo (número
quântico de spin, ms ou s).
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Numéro quantico principal n


"Dois números quânticos mais conhecidos são o número quântico principal (n) e o secundário
ou azimutal (l).
A energia de um electrão num átomo depende principalmente deste número quântico; este
número pode assumir qualquer valor positivo: 1, 2, 3, 4, 5,…. Quanto menor o valor de n,
menor a energia do electrão. O tamanho de um orbital é directamente proporcional ao seu
número quântico principal. Os orbitais que apresentam o mesmo valor de n dizem-se
pertencer à mesma camada. As camadas muitas vezes são designadas por letras:

Camada K L M N O …
n 1 2 3 4 5 …
CAPÍTULO I: Estructura Átomica e Periodicidade Química
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Número quântico secundário (número quântico de momento angular


ou número quântico azimutal, l)
Este número quântico distingue os orbitais de um dado n tendo diferentes formas; pode
assumir qualquer valor inteiro desde 0 até (n-1). Dentro de cada camada do número
quântico n, existem n diferentes tipos de orbitais, cada um com uma forma distinta
denotada por um número quântico l.

Para um dado valor de n, a energia de um orbital aumenta com l. Os orbitais com o


mesmo n mas diferentes l dizem-se pertencer à diferentes subcamadas de uma dada
camada. As diferentes subcamadas normalmente são denotadas por letras, como se
segue:
As diferentes subcamadas normalmente são denotadas por letras, como se segue:
Subcamada s p d f g …
l 01 2 3 4 …
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Observe que cada subnível permite um


número máximo de elétrões: s = 2; p = 6; d =
10 e f = 14.
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Número quântico magnético, ml
Este número quântico distingue os orbitais de um dado n e l, isto é, com determinada
energia e forma mas tendo orientação espacial diferente; os valores copermitidos para
este número quântico são os números inteiros desde -l até +l. É importante notar que
existem (2l+1) orbitais em cada subcamada do número quântico l.
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Número quântico spin


O número quântico Spin (S ou ms) caracteriza o possível movimento rotacional dos
elétrões, sob seus eixos imaginários.

Representação simbólica de dois elétrons com seus respectivos spins.


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Na imagem anterior as setas indicam o sentido rotacional do elétron e este movimento


influencia no preenchimento dos subníveis, segundo o Princípio da Máxima Multiplicidade
(Regra de Hund).

Segundo este princípio, o preenchimento dos orbitais deverá se proceder de maneira a


manter-se, sempre que possível, o maior número de elétrons desemparelhados. Na figura
a seguir, serão analisadas duas tentativas de preenchimento.
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Nitrogênio: N7. Incorreto, pois desconsidera a Regra de Hund ao distribuir os elétrons de maneira
emparelhada, restando ainda um orbital vazio.

Nitrogênio: N7. Correto, pois considera a Regra de Hund na distribuição dos elétrons (todos
desemparelhados).
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Configurações electrónicas: Importância

Conhecer a distribuição dos elétrões em um átomo


permite prever importantes aspectos, como a
tendência de formação de cátiões e aniões, como
serão formadas as ligações químicas e em qual
período da Tabela Periódica um elemento químico se
encontra.

Por meio de cálculos estabeleceu-se que os


electrões estão ao redor do disposto núcleo
atómico de acordo com o diagrama energético ao
lado:
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A disposição dos electrões ao redor do núcleo


atómico pode ser vista de um modo mais
completo: até aos orbitais.
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Regra de Hund: É necessário diferenciar o electrão mais externo ou átomo (ou electrão
mais afastado de um de valência): o que possui o maior valor de número
Num mesmo orbital, inicialmente,
quântico principal (n);
todos os orbitais devem ser electrão mais energético:
preenchidos com apenas um o que se encontra no nível
electrão, e só depois deve ser (n) ou subnível (l) de maior
energia, i.e., o que possui o
inserido um segundo electrão maior valor da soma (n+l).
emparelhado com o já existente: Exemplo: Vanádio (Z = 23)
Ordem energética: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d3
Ordem geométrica: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d3 4s2
Número total de elétrons por nível ou camada: K = 2, L = 8, M = 11, N = 2
Número de elétrons no subnível mais energético: o subnível mais energético
é o último a ser preenchido, isto é, o 3d. Assim, o número de elétrons nele é
3.
Número de elétrons no subnível mais externo: o subnível mais externo é o
que fica mais afastado do núcleo, isto é, o 4S. Assim, o número de elétrons
nele é 2.
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Cada nivel admite um número máximo de electrões e cada subnível também tem um número
limitado de electrões, os subniveis s até 2 electrões, os subníveis p até seis electrões, os
subniveis d até 10 electrões e o subnivel f até 14 electrões
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Configurações electrónicas: distribuição electrónica.


A configuração electrónica de um átomo pode ser representada de dois modos: distribuindo os electrões
por subníveis de energia (utilizando a notação nlx ) e distribuindo os electrões em diagrama orbital.
Exemplo: configuração electrónica do átomo de número atómico 46 (paládio):
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Configuração electrónica: Princípio de Aufbau


Configuração electrónica no estado fundamental: arranjo/distribuição
dos electrões em orbitais atómicos de um átomo isolado no seu mais
baixo estado de energia ou estado não excitado. O estado excitado de
un átomo é aquele em que alguns electroes se encuentram em níveis
de energia superiores.

A determinação da configuração electrónica é feita utilizando o


Princípio da Construção atómica como guia:

Cada átomo é “construído/erguido” (1) pela adição do número


apropriado de protões e neutrões como especificado pelo número
atómico (Z) e pelo número de massa (A), e
(2) adicionando o número de electrões necessários nos orbitais
atómicos de tal modo que confira ao átomo a mais baixa energia
mínima total.
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O princípio de Aufbau indica que os elétrões devem ocupar os orbitais em


ordem crescente de energia, uma vez que o estado de menor energia é o mais
estável, e os níveis de energia mais elevados só devem ser ocupados quando o
número máximo de orbitais de maior energia for concluído.

Para cumprir este princípio, deve-se utilizar a regra da diagonal, que indica a
ordem crescente dos subníveis de energia.
CapítuloI: Estructura Átomica e Periodicidade Química
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Configurações electrónicas: princípio da construção.

A energia de um orbital atómico é directamente proporcional ao seu número quântico


principal (n). E para um conjunto de orbitais atómicos com o mesmo valor de n a energia
de um orbital é maior quanto maior for o valor do número quântico secundário para o
orbital. Duas opções que permitem prever a configuração electrónica de um átomo são as
seguintes:
- Os electrões são inseridos nos orbitais na ordem crescente do valor (n+l);
- Para subcamadas com o mesmo valor de (n+l), os electrões são primeiro inseridos na
subcamada de menor valor de n.
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Configurações electrónicas: princípio da construção .

-Os electrões são inseridos nos orbitais na


ordem crescente do valor (n+l);

-Para subcamadas com o mesmo valor de


(n+l), os electrões são primeiro inseridos na
subcamada de menor valor de n.
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Configurações electrónicas: princípio da construção.


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Configurações electrónicas: Diamagnetismo e Paramagnetismo.


Por meio do diagrama orbital de uma espécie química, é possível identificar o carácter magnético de um
átomo ou substância.
Substâncias paramagnéticas são aquelas que contêm remanescentes electrões com spins desemparelhados
e são atraídas por um campo magnético externo.
Substâncias diamagnéticas são aquelas que não contêm remanescentes electrões com spins
desemparelhados e são ligeiramente repelidas por um campo magnético externo.

Geralmente, qualquer átomo com um número impar de electrões sempre terá um ou mais electrões com spin
desemparelhado; por outro lado, átomos que contenham um número par de electrões poderão conter ou não electrões
com spins desemparelhados.

Algumas excepções às generalidades apresentadas são metais de transição em que o(s) electrão(ões)
desemparelhado(s) não está(ão) “localizado(s)” num orbital d. Exs.: Sc3+ , Ti4+ , Zn2+ e Cu+.

Exercício: Determine quais dos átomos são paramagnéticos ou diamagnéticos: 5B, 17Cl, 30Zn, 12Mg, 33As, 18Ar
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Distribuição electrónica de íões


A distribuição eletrónica de íões é realizada pela alternância da quantidade de elétrões a partir do subnível e do nível
mais externo do átomo no estado fundamental.
Os íons são espécies químicas carregadas eletricamente, sendo formados quando um átomo ou um grupo de átomos
perde ou ganha elétrões na sua eletrosfera. Se o átomo ganhar elétrões, ele torna-se um ânião, ficando com carga
negativa. Por outro lado, se o átomo perder elétrons, ele fica com carga positiva e é chamado de cátião.
Isso acontece porque quando o átomo está no estado fundamental, ele é eletricamente neutro, uma vez que a
quantidade de prótões (cargas positivas) é exatamente igual à quantidade de elétrões (cargas negativas). Assim,
quando ganha um elétrão, o átomo fica com uma carga negativa a mais e, por isso, ele é representado da seguinte
forma: X -1 , em que “X” é o símbolo do elemento químico. Se dois elétrões foram acrescentados, ele fica com carga -2
e assim por diante.

O mesmo princípio aplica-se para os cátions, mas com carga contrária, ou seja, para cada elétron perdido, o cátion fica
com uma carga positiva a mais (X 1+ ).

Quando o átomo ganha ou perde elétrões — isso ocorre na sua camada de valência, isto é, na camada mais externa ao
núcleo —, a sua configuração eletrónica é alterada.
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Para realizar a distribuição eletrónica no caso de íons, esse diagrama também pode ser utilizado, basta fazer o
seguinte:

1º) Realize a distribuição eletrónica no diagrama de Pauling na ordem energética, isto é, seguindo a ordem
dada pelas setas, para o átomo do elemento no estado fundamental;

2º) Retire ou adicione a quantidade de elétrons que o átomo perdeu ou ganhou a partir do subnível e do nível
mais externo no átomo no estado fundamental.

É importante lembrar que a modificação não será no subnível mais energético, que
foi o último a ser preenchido, mas sim no subnível mais externo, que é o que fica na
camada mais distante do núcleo.

representação gráfica da distribuição


eletrónica é dada pelo Diagrama de Pauling
Capítulo I : Estructura Átomica e Periodicidade Química

Exemplo: Abaixo temos a distribuição eletrónica do cádmio no estado fundamental,


sendo que seu número atómico igual á 48:

Em ordem energética, essa distribuição é dada por: 1s2


2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10.

Ao realizar essa distribuição, nota-se que o subnível 4d10


foi o último preenchido. Porém, esse é o mais energético,
e não o mais externo. O que fica mais longe do núcleo, na
camada de valência, é 5 s2 e é ele que será alterado na
formação de algum íão.

Distribuição eletrônica do cádmio no estado fundamental


Capítulo I: Estructura Átomica e Periodicidade Química

Exemplo: Abaixo temos a distribuição eletrónica do Ferro número atómico igual á 26:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
Quando o átomo de ferro perde 2 elétrões passará a íão Fe2+, este terá a
seguinte distribuição eletrónica:

Fe2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 ou K=2; L=8; M=14;

se o átomo de ferro perder 3 elétrões, passará a íão Fe3+ e terá a seguinte


distribuição eletrónica:

Fe3+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5 ou K=2; L=8; M=13;
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Digamos, então, que o cádmio formou o seguinte cátion: (Cd2+). E agora? Como ficará a sua distribuição
eletrónica?

Bem, a carga +2 indica que ele perdeu 2 elétrões, então basta retirar os dois elétrons no subnível 5s2.

A distribuição do íon Cd2+ em ordem energética é dada por: 1s 2 2s2 2p6


3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 4d10.

Se fossem mais de 2 elétrões perdidos, continuaríamos a retirada dos


elétrões, indo para o subnível anterior.

Por outro lado, se fosse um ânião, iríamos acrescentar elétrons nesse


subnível mais externo. Entretanto, como no subnível s não podem ser
Distribuição eletrónica do cátião cádmio preenchidos mais de 2 elétrons, passaríamos para o próximo subnível.
no diagrama de Pauling
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Configurações electrónicas: semelhanças entre átomos.


IÕES:
No estado fundamental o átomo é electricamente por possuir um número de electrões (na
electrosfera) igual ao seu número de protões (no núcleo). A constituição (electrosfera) de um átomo
pode ser alterada por ganho ou perda de electrões na camada de valência (a camada mais afastada do
núcleo):
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Configurações electrónicas: semelhanças entre átomos.


ISÓTOPOS: átomos com o mesmo número de protões e ISOELECTRÓNICOS
diferentes números de massa. é um termo que se utiliza para
designar átomos e iões que
ISÓBAROS: átomos mesmo número de apresentam o mesmo
com o massa e diferentes números de protões. electrões número de na sua
constituição, por exemplo, (ou
ISÓTONOS: átomos com diferentes números 0
10 Ne ),
de protões, diferentes números de massa mas como 10Ne, 11Na+, 12 Mg2+ , 9 F - ,
com o mesmo número de neutrões. 2-
8O
.
Capítulo I : Estructura Átomica e Periodicidade Química

A Tabela Periódica como a conhecemos atualmente foi organizada


por Henry Moseley, em 1913, por ordem de número atómico dos
elementos químicos, reorganizando a tabela proposta por
Mendeleiev.

William Ramsay descobriu os elementos neônio, argônio, criptônio


e xenônio. Esses elementos juntamente com hélio e radônio
incluíram a família dos gases nobres na Tabela Periódica.

Glenn Seaborg descobriu os elementos transurânicos (do número


94 ao 102) e em 1944 propôs a reconfiguração da Tabela Periódica,
colocando a série dos actinídios abaixo da série dos lantanídios.

Em 2019, a tabela periódica completa 150 anos e foi criada uma


resolução das Nações Unidas e da UNESCO para que esse seja o
Ano Internacional da Tabela Periódica dos Elementos Químicos
como forma de reconhecimento de uma das criações mais
influentes e importantes da ciência.
Capítulo I : Estructura Átomica e Periodicidade Química
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ESTRUTURA ATÓMICA; Periodicidade Química


.
Localização de um elemento químico na tabela periódica: generalidades.
A partir da configuração electrónica de um átomo no estado fundamental:

Identificação do período:

o período é indicado pelo maior valor do número quântico principal. Todos os


elementos de um mesmo período possuem o mesmo número de níveis ou
camadas de energia.
Capítulo I : Estructura Átomica e Periodicidade Química

Identificação do grupo:

Elementos do bloco s (grupos 1 e 2): o grupo é definido pelo número de


electrões de valência.

Elementos do bloco p (grupos 13, 14, 15, 16, 17, e 18): o grupo é definido
somando 10 ao número de electrões de valência.

Elementos do bloco d (grupos 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12): o grupo é definido


pelo número de electrões dos dois últimos subníveis (mais energéticos).

Elementos do bloco f: todos fazem parte do grupo 3 da tabela periódica.


Capítulo I : Estructura Átomica e Periodicidade Química
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Carga Nuclear Efectiva


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RAIO ATÓMICO
O raio atómico dos elementos é uma propriedade periódica que determina o raio de um
átomo, que varia dependendo da posição do elemento na Tabela Periódica.
Assim, eles podem aumentar ou diminuir conforme o número atómico (Z), que corresponde
ao número de prótões presentes no núcleo dos átomos.
O raio atómico corresponde à metade da distância entre os núcleos de dois átomos vizinhos
Capítulo I: Estructura Átomica e Periodicidade Química

Energia de Ionização
Capítulo I: Estructura Átomica e Periodicidade Química
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Afinidade Electrónica ou electroafinidade


Quando um átomo isolado no estado gasoso recebe um A afinidade eletrónica é maior nos elementos do lado
elétrão, há uma liberação de energia, que é medida
pela eletroafinidade ou afinidade eletrónica. direito e na parte superior da tabela periódica.
X(g) + e- → X-(g) + energia Ela cresce no sentido horizontal da esquerda para a
direita. No sentido vertical, cresce de baixo para cima.

Como o próprio nome diz, a eletroafinidade


mede o grau de afinidade ou a intensidade da
atração do átomo pelo elétrão adicionado.
Capítulo I : Estructura Átomica e Periodicidade Química

Por que é assim?

Os períodos da tabela estão organizados conforme o número atómico (número de prótões).


Quanto mais prótões existirem no núcleo, maior será a força de atração que o núcleo exerce nos elétrões da
periferia.
Para romper essa força contínua, é preciso gastar ou absorver muita energia. Por isso, no período, a afinidade
eletrónica cresce da esquerda para a direita, sendo diretamente proporcional ao número atómico.
Na família, os elementos estão organizados em ordem crescente de números de camadas, de cima para
baixo.
Os elementos localizados acima um do outro apresentam menor número de níveis em seus átomos, o que
favorece uma maior força de atração do núcleo. Assim, em uma família da Tabela Periódica, a afinidade
eletrónica cresce de baixo para cima.
CapítuloV: Estructura Átomica e Periodicidade Química

Electronegatividade
A eletronegatividade é definida como a força que determinado átomo possui
de atrair os elétrões de uma ligação covalente para si.

Os valores da
eletronegatividade crescem
de baixo para cima e da
esquerda para a direita.

Significa que a
eletronegatividade cresce
com a diminuição do raio de
um átomo.
Capítulo I : Estructura Átomica e periodicidade Química

Aperiodicidade Química: Volume Atómico


O volume atómico dos elementos cresce de cima para baixo, o que significa que, quando analisamos os elementos
pertencentes a uma mesma família da Tabela Periódica, conforme o número atómico cresce, o volume atómico
também cresce.
Isso ocorre porque, nesse sentido, os períodos vão aumentando, o que quer dizer que as camadas eletrónicas
dos átomos vão aumentando e, consequentemente, o volume ocupado por eles também. Esse é o mesmo
sentido de crescimento do raio atómico.
Capítulo I : Estructura Átomica e periodicidade Química

No sentido horizontal, vemos que o volume atômico aumenta do


centro para as extremidades. Quando começamos da esquerda e
vamos para a direita até o meio da Tabela Periódica, o volume atômico
vai diminuindo porque o período é o mesmo.

Ou seja, os elementos de uma mesma linha possuem a mesma quantidade de camadas eletrónicas, mas o
número atómico vai aumentando.
Do centro para a direita, os elementos situados nessa região, principalmente no caso dos ametais, o
espaçamento entre os seus átomos é relativamente grande, o que afeta o volume atómico, aumentando-o.
Capítulo I : Estructura Átomica e periodicidade Química

Temperatura de Fusão e Ebulição


Na Tabela Periódica, a ordem de crescimento das temperaturas de fusão e ebulição dos
elementos químicos segue o seguinte esquema de setas:
Os elementos pertencentes a uma mesma família do lado
esquerdo da Tabela, os pontos de fusão e ebulição diminuem
conforme o número atómico do elemento aumenta, ou seja,
de baixo para cima. Isso pode ser visto nos valores dos pontos
de fusão e ebulição a 1 atm para os elementos da família 1
mostrados a seguir
Capítulo I : Estructura Átomica e periodicidade Química

Do lado direito da Tabela Periódica ocorre o contrário, o sentido do crescimento do ponto de fusão e de
ebulição dos elementos pertencentes a uma mesma família aumenta de cima para baixo.
Por isso, os elementos com menores temperaturas de fusão e ebulição estão situados na parte superior da
Tabela. Única exceção é o carbono, que possui um ponto de fusão igual a 3550 ºC e um ponto de ebulição
igual a 4287ºC.
Quando se trata de elementos pertencentes
mesmo período (mesma linha na Tabela),
vemos que os pontos de fusão e ebulição
das laterais para o centro da Tabela
Veja o exemplo para os elementos do segundo período.
Capítulo I : Estructura Átomica e periodicidade Química

Quando se trata de elementos pertencentes ao mesmo período (mesma linha na Tabela), vemos que os
pontos de fusão e ebulição aumentam das laterais para o centro da Tabela. Veja o exemplo para os
elementos do segundo período.

O tungsténio (W) é um elemento que fica no centro da Tabela Periódica e o seu ponto de fusão
é o maior entre os metais, sendo igual a 3422ºC. É por isso que ele é usado nos filamentos de
lâmpadas incandescentes, pois consegue suportar altas temperaturas sem derreter.

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