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Estrutura Electrónica dos Atómos

Como descrever um elemento?


1. No átomo, onde podem ser encontrados os eletrões?
2. Quais as energias dos eletrões individuais?
Elementos
Metais
Não metais
Metalóides

Compostos
Metal + não Metal = sólidos duros não voláteis (NaCl)

não Metal + não Metais = compostos moléculares voláteis (PCl3)

Metal + Metal = liga metálica ou mistura


Como descrever um elemento?

Mecânica quântica

A solução desta equação fornece as funções de


onda permitidas e os níveis de energia do
sistema em consideração.
Teoria Quântica: é tudo acerca dos electrões

CONFIGURAÇÃO ELECTRÓNICA
“…funções de onda permitidas e os níveis de energia…”

Energia é contínua: qualquer quantidade de


energia pode ser emitida / absorvida num dado
processo

Ou

Energia é discreta…

Energia transmitida em forma de ondas…


Aluminum
Como descrever um elemento?
Argon

Calcium

Carbon

Helium

Hydrogen

Iron

Krypton

Magnesium

Neon

Nitrogen

Oxygen

Sodium

Sulfur

Xenon
Como descrever um elemento?
Mecânica quântica
Dualidade onda-partícula

A solução desta equação fornece as funções de onda


permitidas e os níveis de energia do sistema em
consideração.

Configuração electrónica
Funções de onda…

d
Números quânticos

Podemos descrever as propriedades de um electrão


num átomo em termos de quatro números atómicos:
n – o número quântico principal
n = 1, 2, 3, 4,……

l – o número quântico orbital


l = 0, 1, 2, 3,….(n-1)
s, p, d, f,…
ml – o número quântico magnético
ml = l, l-1,l-2,….-l

ms – o número quântico de spin


ms = +1/2, -1/2
(é conveniente indicar ms por setas , )
Números quânticos e orbitais

Os valores de n, l, ml , ms vão determinar a


energia e distribuição espacial dos electrões
em orbitais

Um orbital é a descrição das zonas de


probabilidade de encontrar um electrão com
valores dos números quânticos n, l , ml
Formas das orbitais atómicos

Para os valores de l podemos dividir os


orbitais em termos de distribuição
tridimensional da probabilidade de densidade
eletrónica
orbital s – simetria esférica
Orbital 1s
Densidade de probabilidade de encontrar o electrão no
espaço
para a orbital 1s

4πr2ψ2

a0 r
Outra perspectiva das orbitais 2p

Há três configurações diferentes correspondentes a m = -1, 0, 1


Orbitais 3d

Agora há cinco configurações diferentes correspondendo a m = -2, -1, 0,


1, 2
A ORIENTAÇÃO NO ESPAÇO DAS ORBITAIS 3d É MUITO IMPORTANTE PARA A
GEOMETRIA DE COMPOSTOS INORGÂNICOS DE COORDENAÇÃO
Orbitais 4f

Há sete configurações diferentes correspondendo a m = -3, -2, -


1, 0, 1, 2, 3
As configurações
eletrónicas do
estado
fundamental de
átomos isolados
de todos os
elementos são
obtidas a partir de
dados
experimentais,
obtidos pela
análise de
espectros
atómicos.
Números quânticos e forma das orbitais
Os valores de n, l, ml , ms vão determinar a
energia e distribuição espacial dos electrões
em orbitais

Uma orbital é a descrição das zonas de


probabilidade de encontrar um electrão com
valores dos números quânticos n, l , ml

Para os valores de l podemos dividir os orbitais em


termos de distribução tridimensional da probabilidade de
densidade electrónica
Números quânticos Para especificar o estado do electrão
num átomo são necessários quatro números quânticos:
n – o número quântico principal
n = 1, 2, 3, 4,……

l – o número quântico orbital


l = 0, 1, 2, 3,….(n-1)
s, p, d, f,…
ml – o número quântico magnético
ml = l, l-1,l-2,….-l

ms – o número quântico de spin


ms = +1/2, -1/2
(é conveniente indicar ms por setas , )
Números quânticos

n, especifica a energia do electrão (e a dimensão da orbital)


n=1,2,3,…

l, especifica a grandeza do momento angular orbital do electão


(e a forma da orbital)
l tem valores inteiros entre 0 e (n – 1)

ml, especifica a orientação do momento angular orbital do electrão


(e a orientação da orbital)
ml=0,±1,±2,…,±l

ms, especifica a orientação do momento angular de spin


ms =±1/2
Orbitais e camadas

orbitais 3d
l=2 ml =2 ml =1 ml =0 ml =-1 ml =-2

n=3
orbitais 3p
l=1 ml =1 ml =0 ml =-1

orbital 3s
l=0 ml =0

camadas sub-camadas orbitais


Número quântico de momento angular orbital (l)
para um dado valor de n, l pode ter os valores inteiros
l=0, 1, 2, … (n-1)

ex.: n=1 l=0


n=2 l=0, 1
n=3 l=0, 1, 2

Número quântico de magnético orbital (ml)


para um dado valor de l, ml pode ter os valores inteiros
ml =0, ±1, ±2, …,± l

ex.: l=0 ml =0
l=1 ml =0, ±1
l=2 ml =0, ±1, ±2
Átomos polielectrónicos: Configurações electrónicas

Dependem:
das orbitais disponíveis e suas energias relativas

do número de electrões

das regras para o preenchimento das orbitais

princípio de exclusão de Pauli

princípio de aufbau

separação espacial

regra de Hund
1. Princípio de exclusão de Pauli

Dois electrões de um átomo ou ião nunca podem ter os mesmo


quatro números quânticos, n,l,ml,ms.

Logo, um máximo de dois electrões pode ocupar uma orbital


E se dois electrões ocuparem a mesm orbital (os mesmos n,l,ml),
têm que ter spins opostos

H 1s1

He 1s2 X
Li 1s22s1
2. Princípio de aufbau (construção)

• Os electrões disponíveis são colocados nas orbitais,


começando pelas de menor energia, a um máximo de dois
electrões por orbital

• Em geral, a ordem energética das orbitais é:

1s < 2s < 2p < 3s < 3p < 4s ~ 3d < 4p < 5s < 4d …

• Normalmente completa-se uma sub-camada (l) antes de


começar as preencher a seguinte.
– Excepções no quarto período, nos metais de transição
Cr [Ar]4s13d5
Cu [Ar]4s13d10
O Princípio de construção Aufbau

Sc3+ 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d0, 4s0


Sc2+ 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d1, 4s0
Sc1+ 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 3d1, 4s1
21Sc 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d1 ou 3d1, 4s2
3. Separação espacial
• O electrões ocupam orbitais diferentes (ml) de uma dada
subcamada (l) antes de se começarem a emparelhar.

ex. N [He]2s22p3 = [He]2s22px12py12pz1

• Os electrões em orbitais diferentes estão, em média, mais


distantes uns dos outros, e minimizam as repulsões inter-
electrónicas, baixando a sua energia
4. Regra de Hund
• Um átomo, no seu estado fundamental, adopta a configuração mais estável, com
um máximo de spins paralelos não-emparelhados)
x. C [He]2s22p2 = [He]2s22px12py1
(equivalente a … 2px12pz1 and 2py12pz1).

Spins paralelos (não-emparelhados) Spins antiparalelos (emparelhados)

• Os electrões com os spins paralelos ( ) tendem to evitar-se melhor do que os que


têm spins antiparalelos ( ) reduzem a repulsão e baixam a energia.

• Denomina-se correlação de spin


Estados singuleto e tripleto
Dois electrões com spins antiparalelos
dão um momento angular de spin total nulo
estado singuleto

Dois electrões com spins paralelos


dão um momento angular de spin total diferente de zero
estado tripleto

Um estado tripleto tem, em geral,


menor energia do que um estado singuleto
devido ao efeito da correlação de spin nas interacções Coulombicas entre electrões
Carga nuclear efetiva
Electrões interiores blindam os exteriores
parcialmente do núcleo

Electrões exteriores só são atuados por uma fração


da carga nuclear total

No lítio, por exemplo, existem dois


electrões na orbital 1s que estão entre
o núcleo e o electrão 2s. Assim, a
carga sentida por esse último electrão,
carga nuclear efetiva, é menor do
que a carga +3 do núcleo
Carga efectiva e efeito de blindagem

É mais provável encontrar um electrão


de uma orbital s próximo do núcleo
do que um electrão de uma orbital p

O electrão na orbital s é menos


escudado da carga nuclear do que
um electrão de uma orbital p

As energias das subcamadas de átomos


polieletrónicos seguem a ordem
s<p<d
Níveis de energia Distribuição energética
(átomo hidrogenóide) das orbitais
PROPRIEDADES ATÓMICAS

Raios atómicos
Energia de ionização
Afinidade electrónica
Electronegatividade
Raios atómicos
factor importante para explicar estrutura dos sólidos

AUMENTA Ao descermos no grupo


mais camadas electronicas

DIMINUE Ao percorrermos um periodO


aumento da carga nuclear efetiva

Raio…
mais electrões devem dar origem a raios maiores (não é completamente preciso)

Efeito de blindagem efetiva (Zeff) e efeito de repulsão electrónica


Excepções: contracão dos lantanideos (bloco f, pequena blindagem)
Group

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18

H He
0.32 0.93

Li Be B C N O F Ne
1.23 0.9 0.82 0.77 0.75 0.73 0.72 0.71

Na Mg Al Si P S Cl Ar
1.54 1.36 1.18 1.11 1.06 1.02 0.99 0.98

K Ca Sc Ti V Cr Mn Fe Co Ni Cu Zn Ga Ge As Se Br Kr
2.03 1.74 1.44 1.32 1.22 1.18 1.17 1.17 1.16 1.15 1.17 1.25 1.26 1.22 1.2 1.16 1.14 1.89

Rb Sr Y Zr Nb Mo Tc Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb Te I Xe
2.16 1.91 1.62 1.45 1.34 1.3 1.27 1.25 1.25 1.28 1.34 1.41 1.44 1.41 1.4 1.36 1.33 1.31

Cs Ba La Hf Ta W Re Os Ir Pt Au Hg Tl Pb Bi Po At
Rn
2.35 1.98 1.25 1.44 1.34 1.3 1.28 1.26 1.27 1.3 1.34 1.49 1.48 1.47 1.46 1.53 1.47

Fr Ra Ac Rf Db Sg Bh Hs Mt Uun Uuu Uub

Ce Pr Nd Pm Sm Eu Gd Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu
Lanthanides
1.65 1.65 1.64 1.63 1.62 1.85 1.61 1.59 1.59 1.58 1.57 1.56 1.7 1.56

Th U
Actinides Pa Np Pu Am Cm Bk Cf Es Fm Md No Lr
1.65 1.42
O tamanho dos átomos
Em alguns casos é possível observar átomos directamente
utilizando técnicas especializadas como microscópia quântica

(Estudos do átomo H)
Difracção de raios-X

Podemos determinar a distância entre átomos em sólidos utilizando a


difracção de raios-X
O tamanho dos átomos
Normalmente determinamos a distância entre átomos

Metais: raios metálicos

Determinamos a distância entre dois átomos de um


metal (dM-M) utilizando difracção de raios-X
O raio metálico é
rM = ½ dM-M

Normalmente indicamos os raios em Å, pm ou nm


1 Å = 100 pm = 0,1 nm
Moléculas covalentes

A distância interatómica de moléculas diatómicas


homonucleares (X-X) determina-se utilizando métodos
espectroscópicos ou de difração de electrões.

O raio covalente é metade desta distância

rX = ½ dX-X

Para moléculas poliatómicas no estado sólido podemos


utilizar difracção de raios-X
Raios iónicos

Determinamos a distância entre o centro do catião e


o centro do anião por difracção de Raios-X.

dM+X-

Precisamos um sistema de referência para dividir as


contribuições do anião e do catião.
Elemento Raio covalente (nm) Raio iónico (nm)

Li 0.123 0.068
Na 0.157 0.095
K 0.2025 0.133
Rb 0.216 0.148
Cs 0.235 0.169
O raio do catião é mais pequeno do que do átomo elementar

Elemento Raio covalente (nm) Raio iónico (nm)

F 0.064 0.136
Cl 0.099 0.181
Br 0.1142 0.196
I 0.1333 0.216

O raio do anião é maior do que do átomo elementar

Catiões e aniões têm menores e maiores raios do que respetivo o elemento neutro
Energia de ionização
ENERGIA MÍNIMA NECESSÁRIA PARA REMOVER UM
ELECTRÃO DE UM ÁTOMO EM FASE GASOSA
A (g) A+ (g) + e- (g) I, kJ mol-1 ou eV
I1, remove o electrão menos
firmemente ligado
I2, remove electrão de A+
2
𝑍𝑒𝑓𝑓
𝐼~ 2
𝑛

Como seria de esperar do efeito de blindagem, a energia de ionização varia de acordo com os diferentes
núcleos e diferentes número de electrões.
Afinidade electrónica
ENERGIA LIBERTADA QUANDO UM ELECTRÃO ADICIONAL SE LIGA
A UM ÁTOMO NEUTRO

A (g) + e- (g) A- (g) DU=- Ea


A- (g) A (g) + e- (g) DU= Ea

Energia necessária para remover um electrão de um átomo negativo

Ea depende se o electrão entra em


orbital com elevado Zeff
(e com menos repulsões = menos
preenchida)

Orbitais fronteira: última


preenchida (determina I), primeira
não preenchida (determina Ea)
Electronegatividade
CAPACIDADE DE ATRAIR ELECTRÕES QUANDO
O ELEMENTO É PARTE DE UM COMPOSTO

Elevada I e elevada Ea = elevada electronegatividade


MULLIKEN: ½ (I + Ea)
Electronegatividade (valor relativo)
Δ Energia de ligação= (X-Y)medida – (X-Y)calculada
(X-Y)calculada = média da energia de ligação X-X e Y-Y
Electronegatividade (X) – Electronegatividade (Y) = 0.102 (Δ1/2)

A natureza da ligação depende na tendência dos


átomos de atrair electrões (a electronegatividade)
Escala de Pauling de electronegatividade
H 2,20
Li Be B C N O F
0,98 1,57 2,04 2,55 3,04 3,44 3,98
Na Mg Al Si P S Cl
0,93 1,31 1,61 1,90 2,19 2,58 3,16
A diferença entre as eletronegatividades de dois átomos numa ligação é uma medida do grau
iónico/covalente da ligação
Electronegatividade e ligação química
Ligações entre elementos com
baixa electronegatividade formam
sólidos metálicos

Elementos electronegativos
formam moléculas ou polimeros
com ligações covalentes

Elementos com grande diferença


de electronegatividade formam
sólidos iónicos
Polarizabilidade
Polarizabilidade é a capacidade de formar dipolos instantâneos.
As polarizabilidades determinam a resposta dinâmica de um sistema a um campos externo.

Polarizabilidade e dipolos induzidos


Quando o átomo é submetida a um campo
elétrico, os electrões são deslocados de suas
posições normais e um dipolo é induzido.

Polarizabilidade Indica a facilidade com que os


electrões podem ser deslocados por um
campo elétrico.

Unidade: C m2 V-1,

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