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Teoria de Ligação de Valência

Profa Dra Fabiana Mancilha


Aula 1
Equação de Schrödinger
1926: Erwin Rudolf Josef Alexander Schrödinger

Propõe uma equação que descreve a evolução temporal de um


estado quântico. Essa equação procura descrever o comportamento
do elétron em termos de equações diferenciais similares àquelas que
governam o movimento ondulatório. Esse modelo é puramente
teórico e deve a sua validade aos resultados e conclusões obtidas
experimentalmente.

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Equação de Schrödinger
1926: Erwin Rudolf Josef Alexander Schrödinger

Propõe uma equação que descreve a evolução temporal de um


estado quântico. Essa equação procura descrever o comportamento
do elétron em termos de equações diferenciais similares àquelas que
governam o movimento ondulatório. Esse modelo é puramente
teórico e deve a sua validade aos resultados e conclusões obtidas
experimentalmente.
Essa equação tem a seguinte expressão:

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Equação de Schrödinger

A abordagem de Schrödinger foi substituir a trajetória precisa da


partícula por uma função de onda, ψ, uma função matemática com
valores que variam com a posição e o tempo.

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Equação de Schrödinger

A abordagem de Schrödinger foi substituir a trajetória precisa da


partícula por uma função de onda, ψ, uma função matemática com
valores que variam com a posição e o tempo.

O físico alemão Max Born propôs uma interpretação física para a


função de onda: a probabilidade de encontrar uma partícula em uma
região é proporcional ao valor de ψ2. Por essa razão, ψ2 é chamado de
densidade de probabilidade.

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Equação de Schrödinger

IMPORTANTE: Passou-se de uma formulação determinista


para uma estatística. Não se determina mais onde o
elétron está, mas qual a probabilidade de que esteja em
uma região do espaço.

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Equação de Schrödinger

Em 1927, Schrödinger, ao resolver a equação proposta


por ele mesmo para o átomo de hidrogênio, chegou ao
mesmo resultado de Bohr para os níveis de energia
permitidos para o elétron, onde n é o número quântico
principal:

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Equação de Schrödinger

O número quântico principal, n, é um número inteiro


que indica os níveis de energia, de n = 1 (mais baixo), n =
2 para o segundo, até o infinito, onde a energia é zero e o
elétron se liberta da ação do núcleo, isto é, não pertencerá
mais ao átomo e originará um íon.

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Números quânticos
Estuda as diferenças de energias dos elétrons e identifica cada elétron
individualmente associada a quatro números quânticos.

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Números quânticos
Estuda as diferenças de energias dos elétrons e identifica cada elétron
individualmente associada a quatro números quânticos.

Os números quânticos podem ser considerados


como o “””””“endereço”””””” de cada elétron.

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Números quânticos
As funções de onda da equação de Schrödinger são chamadas de orbitais
atômicos.

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Números quânticos
As funções de onda da equação de Schrödinger são chamadas de orbitais
atômicos.
O modelo atômico da mecânica quântica usa três números quânticos para
descrever um orbital:

- Número quântico principal (n).


- Número quântico secundário (l).

- Número quântico magnético (ml).

- Número quântico de spin (ms).

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Número quântico principal - n

- Relacionado ao tamanho e à energia do orbital.

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Número quântico principal - n

- Relacionado ao tamanho e à energia do orbital.


Obs.: para outros átomos, a energia depende principalmente, mas não
completamente, do valor de n.

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Número quântico principal - n

- Relacionado ao tamanho e à energia do orbital.


Obs.: para outros átomos, a energia depende principalmente, mas não
completamente, do valor de n.

-Pode ter valores positivos e inteiros: n = 1, 2, 3, ...,

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Número quântico principal - n

- Relacionado ao tamanho e à energia do orbital.


Obs.: para outros átomos, a energia depende principalmente, mas não
completamente, do valor de n.

-Pode ter valores positivos e inteiros: n = 1, 2, 3,...

- À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior. Assim, o elétron:


- fica mais tempo afastado do núcleo
- possui energia potencial menos negativa, isto é, fica menos fortemente
ligado ao núcleo.

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Número quântico principal - n
Associa-se, a cada valor de n, uma letra, correspondente a uma camada
eletrônica ou nível eletrônico:

Assim, a camada eletrônica é constituída por todos os orbitais de um nível principal do


átomo.
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n =1 n= 2 n= 3

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E 19
Número quântico azimutal ou secundário - l

- Está relacionado ao momentum angular do orbital.

20
Número quântico azimutal ou secundário - l

- Está relacionado ao momentum angular do orbital.

- Define o formato do orbital.

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Número quântico azimutal ou secundário - l

- Está relacionado ao momentum angular do orbital.

- Define o formato do orbital.

- Pode ter valores não negativos e inteiros: l = 0, 1, 2,..., n - 1.


O valor de l para determinado orbital é normalmente representado pelas letras
s, p, d e f, correspondendo aos valores de l = 0, 1, 2 e 3, respectivamente. Esses são
os subníveis eletrônicos.

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Número quântico azimutal ou secundário - l

OBS.1: os símbolos s, p, d e f vêm da classificação antiga, em inglês, das linhas


espectroscópicas, como “sharp” (estreita), “principal” (principal), “diffuse” (difusa)
e “fundamental” (fundamental).

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Número quântico azimutal ou secundário - l

OBS.1: os símbolos s, p, d e f vêm da classificação antiga, em inglês, das linhas


espectroscópicas, como “sharp” (estreita), “principal” (principal), “diffuse” (difusa)
e “fundamental” (fundamental).

OBS.2: para l > 3 utiliza-se as letras g, h, ..., em ordem alfabética.

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Número quântico azimutal ou secundário - l

OBS.1: os símbolos s, p, d e f vêm da classificação antiga, em inglês, das linhas


espectroscópicas, como “sharp” (estreita), “principal” (principal), “diffuse” (difusa)
e “fundamental” (fundamental).

OBS.2: para l > 3 utiliza-se as letras g, h, ..., em ordem alfabética.

OBS.3: não existe (ainda) elemento que tenha l > 3.

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Número quântico azimutal ou secundário - l

- Pode assumir somente valores entre 0 e n-1, onde n é o número quântico


principal.

l
- Quanto maior for , maior será a energia do elétron.

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Número quântico azimutal ou secundário - l

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l= 0 (s) l= 1 (p) l= 2 (d)

E 30
Número quântico magnético - ml

- Especifica a orientação permitida para uma nuvem eletrônica no espaço. O


número de orientações permitidas está diretamente relacionado à forma da nuvem
(designada pelo valor de l)

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Número quântico magnético - ml

- Especifica a orientação permitida para uma nuvem eletrônica no espaço. O


número de orientações permitidas está diretamente relacionado à forma da nuvem
(designada pelo valor de l)

- Pode assumir valores inteiros de -l até +l:

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ml = 0 : corresponde ao subnível s, onde existe somente uma orientação (ml = 0)

33
m l= 1 : corresponde ao subnível p, onde existem três orientações permitidas, que
surgem em decorrência dos três valores de ml (+1, 0, -1). Os três orbitais p são
denominados px, py e pz e são orientados de acordo com os três eixos cartesianos (x, y e
z).

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ml= 2: corresponde ao subnível d onde existem cinco orientações permitidas, ou
seja, cinco valores de ml (-2, -1, 0, +1, +2).

35
ml= 3: corresponde ao subnível f onde existem sete orientações permitidas, ou seja,
cinco valores de ml ( -3,-2, -1, 0, +1, +2, +3).

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37
n (nível) l (subnível) 2l + 1 ml
1 0 (s) 1 0

38
n (nível) l (subnível) 2l + 1 ml
2 0 (s) 1 0
1 (p) 3 -1, 0, +1

39
n (nível) l (subnível) 2l + 1 ml
2 0 (s) 1 0
1 (p) 3 -1, 0, +1

40
n (nível) l (subnível) 2l + 1 ml
0 (s) 1 0
3 1 (p) 3 -1, 0, +1
2 (d) 5 -2, -1, 0, +1, +2

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n (nível) l (subnível) 2l + 1 ml
0 (s) 1 0
3 1 (p) 3 -1, 0, +1
2 (d) 5 -2, -1, 0, +1, +2

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n (nível) l (subnível) 2l + 1 ml
0 (s) 1 0
4 1 (p) 3 -1, 0, +1
2 (d) 5 -2, -1, 0, +1, +2
3 (f) 7 -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3

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n (nível) l (subnível) 2l + 1 ml
0 (s) 1 0
4 1 (p) 3 -1, 0, +1
2 (d) 5 -2, -1, 0, +1, +2
3 (f) 7 -3, -2, -1, 0, +1, +2, +3

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Orbitais g

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Orbitais h

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Número quântico de spin - ms

Ao analisarem os espectros de linhas de átomos multieletrônicos com mais


detalhes, os cientistas observaram que as linhas, tidas como únicas, na verdade
eram pares de linhas pouco espaçados. Isso significava que existiam duas vezes
mais níveis de energia do que se “supunha”.

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Número quântico de spin - ms

Esse resultado está de acordo com o experimento de Stern-Gerlach, que


mostrou a quantização espacial.

Combinando esses resultados, em 1925, Gerorge Uhlenbeck e Samuel


Goudsmit propuseram que o elétron possuía uma propriedade intrínseca, chamada
spin eletrônico.

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Número quântico de spin - ms

Assim, o número quântico spin foi introduzido com o objetivo de tornar a teoria
coerente com o experimento. Nesse sentido, ele difere dos três números quânticos
anteriores, que são originários da solução da equação de Schrödinger para o átomo
de hidrogênio. Este número quântico não está relacionado a n, l ou ml. Ele pode ter
qualquer um dos dois valores possíveis:

ms = -1/2 ou +1/2

50
Número quântico de spin - ms

IMPORTANTE: O termo spin significa rotação, devido à alusão de uma partícula


dotada de carga elétrica líquida em movimento criar um campo magnético. Assim,
imaginou-se o elétron como uma pequena esfera que gira em torno do seu eixo,
como a Terra em seu movimento de rotação.

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Número quântico de spin - ms

IMPORTANTE: O termo spin significa rotação, devido à alusão de uma partícula


dotada de carga elétrica líquida em movimento criar um campo magnético. Assim,
imaginou-se o elétron como uma pequena esfera que gira em torno do seu eixo,
como a Terra em seu movimento de rotação.

No entanto, imaginar o elétron como uma esfera é tratá-lo apenas como uma
partícula, eliminado o caráter dualístico. Mostrou-se que, se o elétron efetivamente
fosse uma esfera, ele teria tamanho maior que o do próprio átomo!

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55
LIGAÇÕES QUÍMICAS

56
Ligações químicas
Gilbert Lewis foi o primeiro a apresentar um modelo de
ligação química:

- uma ligação química entre dois átomos é formada por um par


de elétrons que pertence igualmente a ambos, de forma
compartilhada.

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Ligações químicas
Gilbert Lewis foi o primeiro a apresentar um modelo de
ligação química:

- uma ligação química entre dois átomos é formada por um par


de elétrons que pertence igualmente a ambos, de forma
compartilhada.

- dois elétrons pertencentes a dois átomos formam uma ligação


dupla e três pares uma ligação tripla.

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Ligações químicas

- demais elétrons, que não estiverem compartilhados, são


chamados de pares de elétrons isolados.

- átomos obtém configuração mais estável quando têm 8


elétrons na camada de valência (4 pares) = regra do octeto.

59
Ligação covalente

- Ligações covalentes são formadas pelo compartilhamento de pares de elétrons


entre dois átomos não metálicos (especialmente C, Si, N, P, O, S, F, Cl, Br, I e H).

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Ligação covalente

- Ligações covalentes são formadas pelo compartilhamento de pares de elétrons


entre dois átomos não metálicos (especialmente C, Si, N, P, O, S, F, Cl, Br, I e H).

- Assim como ocorre na ligação iônica, a ligação covalente se forma para que os
átomos se estabilizem com 8 elétrons na camada de valência, adquirindo a
estabilidade de gás nobre (regra do octeto).

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Ligação covalente
- Uma ligação covalente só pode ocorrer entre átomos de não-metais devido à
pequena diferença de eletronegatividade entre todos os elementos não-metálicos.
Todos os não-metais são bastante eletronegativos e por isso todos eles tendem a
receber elétrons em sua camada de valência.

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Ligação covalente
- Uma ligação covalente só pode ocorrer entre átomos de não-metais devido à
pequena diferença de eletronegatividade entre todos os elementos não-metálicos.
Todos os não-metais são bastante eletronegativos e por isso todos eles tendem a
receber elétrons em sua camada de valência.

- Assim, como é impossível que todos os átomos recebam elétrons sem ceder
nenhum, estes átomos compartilham seus elétrons, formando pares eletrônicos.
Cada par eletrônico compartilhado pertence simultaneamente aos dois átomos,
constituindo, portanto, uma ligação química.

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Representações de Lewis
- Uma molécula é um conjunto de átomos unidos por ligações covalentes. As
moléculas têm composição e estrutura bem definidas.

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Representações de Lewis
- Uma molécula é um conjunto de átomos unidos por ligações covalentes. As
moléculas têm composição e estrutura bem definidas.
Por exemplo: a molécula de água é formada pela união entre dois átomos de
hidrogênio e um átomo de oxigênio, sendo representada pela fórmula molecular
H2O e possuindo a seguinte fórmula estrutural:

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Representações de Lewis
- Uma molécula é um conjunto de átomos unidos por ligações covalentes. As
moléculas têm composição e estrutura bem definidas.
Por exemplo: a molécula de água é formada pela união entre dois átomos de
hidrogênio e um átomo de oxigênio, sendo representada pela fórmula molecular
H2O e possuindo a seguinte fórmula estrutural:

- Cada traço entre dois átomos na fórmula estrutural representa um par de elétrons
sendo compartilhado por estes dois átomos.
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- As ligações covalentes ocorrem quando átomos muito eletronegativos completam
seus octetos compartilhando elétrons, unindo-se para formar uma molécula.

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- As ligações covalentes ocorrem quando átomos muito eletronegativos completam
seus octetos compartilhando elétrons, unindo-se para formar uma molécula.

- Como o oxigênio tem seis elétrons na camada de valência (grupo 16), duas
ligações covalentes simples são suficientes para que seu octeto se complete. Já o
hidrogênio possui apenas um elétron na camada de valência, mas é capaz de
realizar apenas uma ligação covalente, pois se estabiliza com apenas dois elétrons,
adquirindo a estabilidade do gás nobre hélio (He).

68
Valência

- Valência é definida como o número de ligações covalentes realizadas por um


átomo em uma molécula. Nessa definição, considera-se uma ligação dupla como
sendo duas ligações e uma ligação tripla como sendo três ligações.

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Valência

- Valência é definida como o número de ligações covalentes realizadas por um


átomo em uma molécula. Nessa definição, considera-se uma ligação dupla como
sendo duas ligações e uma ligação tripla como sendo três ligações.

- A valência não é sempre a mesma para um mesmo tipo de átomo. Porém, as


valências usuais de vários átomos podem ser obtidas facilmente a partir da posição
dos elementos na Tabela Periódica.

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- Por exemplo, o átomo de oxigênio (grupo 16) tem 6 elétrons na camada de
valência e por isso completa seu octeto realizando duas ligações covalentes, seja na
forma de duas ligações simples (─O─) ou na forma de uma ligação dupla (O═).

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- Por exemplo, o átomo de oxigênio (grupo 16) tem 6 elétrons na camada de
valência e por isso completa seu octeto realizando duas ligações covalentes, seja na
forma de duas ligações simples (─O─) ou na forma de uma ligação dupla (O═).

- O conhecimento das valências usuais dos átomos, em especial C, H, O e N é de


grande utilidade, pois permite a previsão e a racionalização das estruturas de
muitas moléculas, principalmente na química orgânica – a química dos compostos
de carbono. Por exemplo, é possível prever que a fórmula estrutural do propano
(um dos componentes do gás de cozinha), cuja fórmula molecular é C3H8, seja

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- É possível prever também casos em que uma mesma fórmula molecular seja
válida para dois ou mais compostos diferentes (isto é chamado de isomeria; duas
moléculas diferentes com a mesma fórmula molecular são chamadas de isômeros).
Por exemplo, podemos prever que existam dois compostos com fórmula molecular
C2H6O:

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Teoria VSEPR

- Teoria de repulsão dos pares de elétrons no nível de valência ou VALENCE SHELL


ELECTRON PAIR REPULSION é uma regra para determinar a geometria molecular.

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Teoria VSEPR

- Teoria de repulsão dos pares de elétrons no nível de valência ou VALENCE SHELL


ELECTRON PAIR REPULSION é uma regra para determinar a geometria molecular.

- Desenvolvida por Ronald Gillespie, estabelece que a geometria


de uma molécula é uma consequência da sua conformação
eletrônica de valência.

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Teoria VSEPR

- Teoria de repulsão dos pares de elétrons no nível de valência ou VALENCE SHELL


ELECTRON PAIR REPULSION é uma regra para determinar a geometria molecular.

- Desenvolvida por Ronald Gillespie, estabelece que a geometria


de uma molécula é uma consequência da sua conformação
eletrônica de valência.

- As estruturas de Lewis mostram como os átomos estão unidos


nas moléculas e nos íons poliatômicos. Entretanto, elas não
mostram a geometria tridimensional
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Teoria VSEPR

As moléculas têm formas espaciais e tamanhos definidos pelos ângulos e pelas


distâncias entre os núcleos de seus átomos constituintes.

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Teoria VSEPR

As moléculas têm formas espaciais e tamanhos definidos pelos ângulos e pelas


distâncias entre os núcleos de seus átomos constituintes.

Definimos o arranjo eletrônico pelas posições no espaço tridimensional de


todos pares de elétrons (ligantes ou não ligantes).

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Teoria VSEPR

As moléculas têm formas espaciais e tamanhos definidos pelos ângulos e pelas


distâncias entre os núcleos de seus átomos constituintes.

Definimos o arranjo eletrônico pelas posições no espaço tridimensional de


todos pares de elétrons (ligantes ou não ligantes).

Os elétrons assumem um arranjo no espaço para minimizar a repulsão


elétron-elétron.

81
Para determinar a geometria de uma molécula, o modelo da repulsão dos pares
eletrônicos da camada de valência propõe uma sequência de passos que leva em
conta as ideias que acabamos de expor:

82
Para determinar a geometria de uma molécula, o modelo da repulsão dos pares
eletrônicos da camada de valência propõe uma sequência de passos que leva em
conta as ideias que acabamos de expor:

Ex: SnCl4

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Para determinar a geometria de uma molécula, o modelo da repulsão dos pares
eletrônicos da camada de valência propõe uma sequência de passos que leva em
conta as ideias que acabamos de expor:

Ex: SnCl4
1°- Determinar o número de elétrons que cada elemento apresenta na camada de
valência (CV):
Sn (Z=50) nº de elétrons na CV = 4
Cl (Z=17) nº de elétrons na CV =28

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Para determinar a geometria de uma molécula, o modelo da repulsão dos pares
eletrônicos da camada de valência propõe uma sequência de passos que leva em
conta as ideias que acabamos de expor:

Ex: SnCl4
1°- Determinar o número de elétrons que cada elemento apresenta na camada de
valência (CV):
• Sn (Z=50) nº de elétrons na CV = 4
• Cl (Z=17) nº de elétrons na CV = 28

Sn = [Kr] 5s2 4d10 5p2


Cl = [Ne] 3s2 3p5
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2°- Somar o total de elétrons de valência de todos os átomos que formarão a
estrutura:
1 Sn e 4 Cl
• Sn: 1 átomo x 4 e- = 4 e- 32 elétrons
• Cl: 4 átomos x 7 e- = 28 e-

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2°- Somar o total de elétrons de valência de todos os átomos que formarão a
estrutura:
1 Sn e 4 Cl
• Sn: 1 átomo x 4 e- = 4 e- 32 elétrons
• Cl: 4 átomos x 7 e- = 28 e-

3°- Determinar a quantidade de pares de elétrons que farão parte da


representação de Lewis:
• como são 32 e-, tem-se 16 pares de elétrons

87
4°- Identificar o átomo central (aquele que terá ao seu redor os outros átomos).
Não existe uma teoria que predefina o átomo central, porém:
• Tamanho maior para acomodar os outros átomos ao redor;
• Pode formar várias ligações;

88
4°- Identificar o átomo central (aquele que terá ao seu redor os outros átomos).
Não existe uma teoria que predefina o átomo central, porém:
• Em geral tem atomicidade 1;
• Tamanho maior para acomodar os outros átomos ao redor;

• Pode formar várias ligações; Sn

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4°- Identificar o átomo central (aquele que terá ao seu redor os outros átomos).
Não existe uma teoria que predefina o átomo central, porém:
• Em geral tem atomicidade 1;
• Tamanho maior para acomodar os outros átomos ao redor;

• Pode formar várias ligações; Sn

5°- Distribuir os pares de elétrons ao redor dos átomos que estão em volta do
átomo central, respeitando o número máximo de elétrons mais externos possível
permitido para cada um dos átomos.

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5°- Distribuir os pares de elétrons ao redor dos átomos que estão em volta do
átomo central, respeitando o número máximo de elétrons mais externos possível
permitido para cada um dos átomos.

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5°- Distribuir os pares de elétrons ao redor dos átomos que estão em volta do
átomo central, respeitando o número máximo de elétrons mais externos possível
permitido para cada um dos átomos.

Cada traço = 2 e- = 8 e-
32 – 8 = 24 e-

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5°- Distribuir os pares de elétrons ao redor dos átomos que estão em volta do
átomo central, respeitando o número máximo de elétrons mais externos possível
permitido para cada um dos átomos.

Cada traço = 2 e- = 8 e-
32 – 8 = 28 e-

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5°- Distribuir os pares de elétrons ao redor dos átomos que estão em volta do
átomo central, respeitando o número máximo de elétrons mais externos possível
permitido para cada um dos átomos.

Cada traço = 2 e- = 8 e-
Tetraédrica
32 – 8 = 28 e-

94
- Se sobrarem pares de elétrons, eles devem ser colocados no átomo central.

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- Se sobrarem pares de elétrons, eles devem ser colocados no átomo central.

Exemplo: determinação da estrutura de Lewis da amônia: NH3


N: 5 elétrons de valência = 5 e-
H: 1 elétron de valência = 1 e-

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- Se sobrarem pares de elétrons, eles devem ser colocados no átomo central.

Exemplo: determinação da estrutura de Lewis da amônia: NH3


N: 5 elétrons de valência = 5 e-
H: 1 elétron de valência = 1 e-

1 N = 5 e-
3 H = 3 e-

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- Se sobrarem pares de elétrons, eles devem ser colocados no átomo central.

Exemplo: determinação da estrutura de Lewis da amônia: NH3


N: 5 elétrons de valência = 5 e-
H: 1 elétron de valência = 1 e-

1 N = 5 e-
8 e- = 4 pares de elétrons
3 H = 3 e-

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- Se sobrarem pares de elétrons, eles devem ser colocados no átomo central.

Exemplo: determinação da estrutura de Lewis da amônia: NH3


8 e- = 4 pares de elétrons

Pirâmide trigonal
Cada traço = 2 e- = 6 e-
8 – 6 = 2 e-

99
- Moléculas com ligações múltiplas

Quando distribuem-se os pares de elétrons em torno dos átomos que estão em


volta do átomo central e este fica com um número de elétrons inferior ao número
máximo que ele poderia ter isso indica a formação de ligações múltiplas.

100
- Moléculas com ligações múltiplas
Quando distribuem-se os pares de elétrons em torno dos átomos que estão em
volta do átomo central e este fica com um número de elétrons inferior ao número
máximo que ele poderia ter isso indica a formação de ligações múltiplas.

Exemplo: determinação da geometria do CO2


C = 4 elétrons de valência = 4 e-
O = 6 elétrons de valência = 6 e-

101
- Moléculas com ligações múltiplas
Quando distribuem-se os pares de elétrons em torno dos átomos que estão em
volta do átomo central e este fica com um número de elétrons inferior ao número
máximo que ele poderia ter isso indica a formação de ligações múltiplas.

Exemplo: determinação da geometria do CO2


C = 4 elétrons de valência = 4 e-
O = 6 elétrons de valência = 6 e-

1 C = 4 e-
2 O = 12 e-
102
- Moléculas com ligações múltiplas
Quando distribuem-se os pares de elétrons em torno dos átomos que estão em
volta do átomo central e este fica com um número de elétrons inferior ao número
máximo que ele poderia ter isso indica a formação de ligações múltiplas.

Exemplo: determinação da geometria do CO2


C = 4 elétrons de valência = 4 e-
O = 6 elétrons de valência = 6 e-

1 C = 4 e-
16 e- = 8 pares de elétrons
2 O = 12 e-
103
- Moléculas com ligações múltiplas
Exemplo: determinação da geometria do CO2

Cada traço = 2 e- = 4 e-
16 – 4 = 12 e-

104
- Moléculas com ligações múltiplas
Exemplo: determinação da geometria do CO2

Cada traço = 2 e- = 4 e-
16 – 4 = 12 e-

Cada traço = 2 e- = 4 e-
12 – 4 = 8 e-

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- Moléculas com ligações múltiplas
Exemplo: determinação da geometria do CO2

Cada traço = 2 e- = 4 e-
16 – 4 = 12 e-

Linear

Cada traço = 2 e- = 4 e-
12 – 4 = 8 e-

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Bibliografia
- ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o meio Ambiente. 3ªEd. São
Paulo: Bookman,2006.
- BROWN,T.L.; LEMAY, H.E.; BURSTEN,B.E.; Química a Ciência Central. 9ªEd. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
2005.
- HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Física. 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1995. vol. 4.
- HARVEY, B.G. Química Nuclear. São Paulo: EDUSP, 1969.
- MAHAN, B.H. Química: um curso universitário. 2ªed. São Paulo: Editora Edgard Blücher ltda, 1978.
- MAIA, D.J.; BIANCHI,J.C.de A. Química Geral: fundamentos. 1ªEd. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
- MASTERTON, W.L.; SLOWINSKI,E.J.;STANITSKI,C.L. Princípios de Química. 6ªed. Rio de Janeiro: Editora
Guanabara, 1990.
- TIPLER, Paul A.; LLEWELLYN, Ralph A. Física moderna. Rio de Janeiro: LTC, 2001.
- http://astro.if.ufrgs.br/rad/espec/espec.htm (acessado em 29/08/2011)
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