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MATERIAIS

ELÉTRICOS
Avaliações

• Prova 1 - 5,0
• Prova 2 – 4,0
• Atividade (Ligas metálicas)- 1,0
Ementa
• Capítulo 01 – Estruturas da Matérias
• Capítulo 02 – Materiais Magnéticos
• Capítulo 03 –Materiais condutores
• Capítulo 04 – Materiais Isolantes
• Capítulo 05 – Materiais Semicondutores
Matéria

• Conceito é tudo que possui massa e


ocupa lugar no espaço.
Propriedades Gerais das Matérias
• Inércia: É a tendência do corpo de manter-se em repouso ou em movimento, se não
existirem forças atuando sobre ele.
• Massa: É a propriedade relacionada com a quantidade de matéria existentes em um
corpo.
• Extensão: É a propriedade da matéria de ocupar um lugar no espaço, que é medido
pelo seu volume.
• Impenetrabilidade: Dois corpos não podem ocupar um mesmo lugar no espaço ao
mesmo tempo.
• Divisibilidade: Toda matéria pode ser dividida em partes cada vez menores, até
certo limite.
• Compressibilidade e elasticidade (expansibilidade): A
propriedade da matéria de ser comprimida, isto é, ter seu
volume reduzido pela ação de uma força, é chamada
compressibilidade. Quando a força que provocou a
compressão deixa de ser aplicada, a matéria volta ao seu
volume inicial graças à propriedade chamada elasticidade. A
compressibilidade e a elasticidade geralmente são
imperceptíveis em corpos nos estados sólido e líquido.

• Descontinuidade: Toda matéria é descontínua, por mais


compacta que pareça, devido à existência de espaços vazios
entre as menores partículas que caracterizam a matéria.
Exemplo
Modelos Atômicos
Modelos Atômicos
Modelos Atômicos

Rutherford
ZOOM
Modelos Atômicos
• Modelo de Rutherford:
Modelos Atômicos

Bohr
Estrutura do Átomo
Massa atômica: Número atômico

• É a massa do É o número de prótons e


Elemento; elétrons de um átomo;
• Prótons e
Nêutrons.

• Modelo atômico mais aceito atualmente – Rutherford-Bohr;


• Composto de:
• Elétron ( - ); - Carga negativa fundamental
• Prótons ( + ) – carga positiva fundamental;
• Nêutron.
• Camadas de valência;
• Mobilidade dos elétrons.
Tabela Periódica
Parâmetro diretamente relacionado
às ligações químicas
• Eletronegatividade: aceitam elétrons facilmente
• Eletropositividade: cedem elétrons facilmente
Interações Interatômicas
Mecanismos para adquirir configuração estável:
• Receber elétrons;
• Perder elétrons;
• Compartilhar elétrons.

Tipos de ligações:
• Iônica;
• Covalente;
• Metálica.
• Íons são átomos que perderam ou ganharam elétrons em
razão de reações, eles se classificam ânions e cátions:
• Ânion: átomo que recebeem elétrons e fica carregado
negativamente. Exemplos: N-3, Cl-, F-1, O-2.
• Cátion: átomo que perde elétrons e adquire carga positiva.
Ligação iônica

• Este tipo de ligação resulta da atração mutua de entre íons


positivos e negativos.
Interações Interatômicas
• Ligação Covalente
Neste tipo de ligação os átomos compartilham
elétrons com a finalidade de estabilidade.
Exemplos
Interações Interatômicas

• Ocorre preferencialmente nos metais;


• Íons positivos (cátions) e elétrons livres;
• Ligação forte entre átomos;
• Elevada condutividade elétrica e térmica;
• Elétrons livres absorvem energia luminosa
(opacos).

Cobre
Ligação Metálica
EXERCÍCIO
1- Um átomo genérico X apresenta a
seguinte estrutura ao lado:

Determine o número de massa desse átomo.


2- O átomo mais abundante do alumínio é o Al27. Quais são os números de prótons,
13

nêutrons e elétrons do íon Al3+ deste isótopo são, respectivamente:


3- Um átomo do elemento químico X é isótopo de
41 e isóbaro de 44. Com base nessas informações, podemos concluir que o
20 A 22 B
átomo do elemento X possui ?
4- O átomo de telúrio (Te) possui 52 elétrons e 75 nêutrons. Determine o seu número
atômico, número de massa e número de elétrons da camada de valência.
5- Quando se compara o átomo neutro do enxofre com o íon sulfeto (S2–), verifica-se que o
segundo possui:
a) Um elétron a mais e mesmo número de nêutrons.
b) Dois nêutrons a mais e mesmo número de elétrons.
c) Um elétron a mais e mesmo número de prótons.
d) Dois elétrons a mais e mesmo número de prótons.
e) Dois prótons a mais e mesmo número de elétrons.

6- O bromo, único halogênios que nas condições ambiente se encontra no estado líquido,
formado por átomos representados por 35Br80, apresenta:

a) 25 elétrons na camada de valência.


b) 2 elétrons na camada de valência.
c) 7 elétrons na camada de valência.
d) 35 partículas nucleares.
e) 45 partículas nucleares.
7- Preencha as lacunas da seguinte tabela:
Estruturas Moleculares
Moléculas
Número limitado de átomos fortemente ligados entre si, mas, de
forma que, as forças de atração entre uma molécula e as
demais sejam relativamente fracas.
• Pontos de ebulição e de fusão baixos;

• Sólidos moleculares são moles;

• Idênticas na forma líquida ou na forma gasosa.


Estruturas Moleculares
Estruturas diferentes de moléculas que tem a mesma
composição;
Isômero
Exemplos:
s Grafite e Diamante.
Estruturas Moleculares
Moléculas Poliméricas

•Polímero é uma grande molécula que é constituída por


pequenas unidades que se repetem, os meros;
•Os plásticos são exemplos de polímeros.

Fases

•É uma parte estruturalmente homogênea de um


sistema material, possuindo seu próprio arranjo
atômico;
 Fase cristalina;
 Fase amorfa;
 Fase gasosa;
 Fase líquida.
Estruturas Cristalinas
Materiais Cristalinos
São aqueles nos quais os átomos se repetem num arranjo em
largas distâncias atômicas.
Estruturas Cristalinas
Materiais Cristalinos

Grupos especiais
de cristais

Polimorfismo:

• Dois cristais são polimorfos quando


possuem estruturas cristalinas
diferentes, mas a mesma
composição.
Estruturas não cristalinas
(amorfas)
São aqueles nos quais os átomos não se repetem num arranjo
em largas distâncias atômicas.
Propriedades Elétricas
Resistência
Resistência elétrica é a capacidade de um corpo qualquer se
opor à passagem de corrente elétrica mesmo quando existe
uma diferença de potencial aplicada.

Seu cálculo é dado pela Primeira Lei de Ohm, e, segundo o


Sistema Internacional de Unidades, é medida em ohms.
Propriedades Elétricas
Resistividade
É uma medida da oposição de um material ao fluxo de corrente
eléctrica. Quanto mais baixa for a resistividade mais facilmente o
material permite a passagem de uma carga eléctrica.

Unidade:
Propriedades Elétricas
Condutância:
É facilidade que uma corrente tem em passar por um
condutor submetido à determinada tensão, ou seja, este é
igual ao inverso da resistência.

Condutividade:

Expressa a capacidade de um determinado material conduzir


corrente elétrica

σ = 1/ρ
σ – condutividade
ρ - resistividade

Unidade: s.m/mm²
Propriedades Elétricas
Constante Dielétrica:
• É uma propriedade dos materiais isolantes;

• Usada para determinar a capacitância de um capacitor:

Q = carga em coulombs;
V = potencial em volts;
C = capacitância em farads;
Propriedades Elétricas
Rigidez Dielétrica:

A resistividade pode ser definida pelo grau de oposição que o material


oferece à passagem de corrente elétrica, enquanto rigidez dielétrica é a
propriedade do material se opor à descarga elétrica através de sua
estrutura.
A diferença entre resistividade e rigidez dielétrica é que na primeira o
material permanece intacto, pois há apenas uma simples passagem
de uma corrente elétrica, enquanto na segunda há uma descarga
elétrica que prejudica a integridade estrutural da peça.
Propriedades Elétricas
Condução nos Sólidos
• Devida aos elétrons livres na estrutura;

• Em virtude da agitação térmica, os elétrons se deslocam na


estrutura com velocidades altas, da ordem de 100 km/s;

• Na presença de um campo externo, os elétrons são acelerados


na direção do campo com velocidade na ordem de cm/s.
Propriedades Elétricas
Condução nos Líquidos
• Devida aos íons positivos e negativos;

• Na presença de um campo externo ocorre circulação de


cargas em ambos os sentidos;

• A condutividade iônica aumenta com o aumento da


temperatura.
Propriedades Elétricas
Condução nos Gases
• A pressão atmosférica um gás é um bom isolante;

• Sob ação de um campo externo pode se tornar condutor;

• Ionização é o processo de retirar elétrons dos átomos, ficando estes com


carga positiva (íons), através de um externo.
Magnetismo

• O magnetismo, o fenômeno segundo o


qual os materiais impõem uma força ou
influência atrativa ou repulsiva sobre
outros materiais.
Conceitos Básicos
• Dipolo Magnético:
podem ser tomados como pequenos ímãs de barra compostos por pólos
norte e sul, em vez de uma carga elétrica positiva e uma negativa.
Campo Magnético
Se o campo magnético for gerado
através de uma bobina cilíndrica (ou
solenoide) :
Indução magnética, ou densidade
do fluxo magnético
• Indicada por B
• Representa a magnitude da força do campo interno no
interior de uma substância que é submetida a um campo H.
• Unidade: T (Tesla)
Permeabilidade

• É uma propriedade do meio específico


através do qual o campo H passa e onde
B é medido
• Vários parâmetros podem ser usados para descrever as
propriedades magnéticas dos sólidos. Um desses parâmetros é a
razão entre a permeabilidade em um material e a permeabilidade
no vácuo, ou seja

• onde mi r é conhecido por permeabilidade relativa, que é um


parâmetro adimensional. A permeabilidade ou permeabilidade
relativa de um material é uma medida do grau segundo o qual o
material pode ser magnetizado, ou da facilidade com a qual um
campo B pode ser induzido na presença de um campo H externo.
Magnetização
• É proporcional a um campo aplicado;

• Xm é chamado de susceptibilidade magnética


Exercício
1ª) Uma bobina de arame com 0,25m de comprimento e que
possui 400 voltas carrega uma corrente de 15A.
(a)Qual a magnitude da força do campo magnético H?
(b)Calcule a densidade do fluxo, B, se a bobina encontra-se no
vácuo.
(c)Calcule a densidade de fluxo dentro de uma barra de cromo
que está posicionada no interior da bobina. A susceptibilidade do
cromo é 3,13x10-4.
(d)Calcule a magnitude de magnetização, M.
2ª) Uma bobina com 0,20 m de comprimento e que possui 200
espiras conduz uma corrente de 10 A.
(a) Qual é a magnitude da intensidade do campo magnético?
(b) Calcule a densidade do fluxo B se a bobina estiver no
vácuo.
(c) Calcule a densidade do fluxo dentro de uma barra de titânio,
que está posicionada no interior da bobina. Suscetibilidade
magnética = 1,81 x 10-4.
(d) Calcule a magnitude da magnetização M.
• É uma grandeza vetorial que determina a intensidade da força
que um imã pode exercer sobre uma corrente elétrica.
• Influencia diretamente na intensidade do campo magnético.
Grupos magnéticos
Grupos magnéticos
• Diamagnetismo
• Paramagnetismo
• Ferromagnetismo
Diamagnetismo
Diamagnetismo
Paramagnetismo
Ferromagnetismo
Ferromagnetismo
Materiais condutores
Materiais condutores
• Os materiais condutores são classificados de
acordo com as seguintes grandezas:

• Condutividade ou resistividade elétrica,


coeficiente de temperatura, condutividade
térmica, potencial de contato e força termo
elétrica , comportamento mecânico.
• Essas grandezas são sobre tudo
importantes, na escolha adequada dos
materiais, uma vez que das mesmas vai
depender se estes são capazes ou não de
realiza a função atribuída
Resistividade Elétrica
Resistividade Elétrica
• Por outro lado , sendo N o números de elétrons
livres por unidade de volume de material, se do
que esses elétrons se deslocam a uma
determinada velocidade “Vd” através de uma
secção “A”, e sendo “e” a carga de um elétron,
a corrente elétrica será:
Resistividade Elétrica
• Se por outro lado um condutor de comprimento “l” está sob ação de
uma diferença de potencial, a intensidade de campo elétrico “E” será:
Resistividade Elétrica
Coeficiente de temperatura
• A resistência elétrica , relaciona correntes que circulam num
determinado material condutor sob um potencial aplicado,
serve indiretamente de medida da quantidade de energia
absorvida por imperfeições cristalinas e outros fatores.
• Aumentando-se lentamente a temperatura, as partículas
vibram interferindo nos movimentos dos elétrons. Essa
vibração gera perdas nos deslocamentos dos elétrons, e
consequentemente, aquecimento do corpo condutor.
• A tabela abaixo indica valores característicos de Devemos
observar que o valor de depende da escolha inicial da
temperatura de referência. Como metais puros apresentam
uma estrutura cristalina perfeita, apresentam
uma resistividade menor.
• Um aumento da resistividade
ocorre também numa liga de
dois metais. Assim, dois metais
que apresentam valores
próprios de resistividade,
quando formam uma liga
apresentam uma resistividade
maior que a dos seus
componentes.
Exemplo Prático
• Determine a resistência de um cabo de cobre de 600m com
área de secção transversal 12mm² quando instalado em um
ambiente com temperatura de 70ºC.
• O tungstênio tem coeficiente de temperatura de 0,0045 ºC-¹
e é extensivamente usado em filamentos de lâmpadas
incandescentes e eletrodos não consumíveis ( para solda
tipo TIG) devido apresentar um ponto de fusão muito
elevado poder ser transformado em fios muito finos.
Material Isolante
Dielétricos e suas propriedades
• Conceito:
Isolante elétrico que, sob a atuação de um
campo elétrico exterior a cima de sua rigidez
dielétrico, permite o fluxo da corrente elétrica.
• O valor da rigidez dielétrica depende de :
Temperatura
Tempo de aplicação da ddp.
Para um gás, pressão é um fator
importante
Comportamento do Dielétrico no
Campo elétrico
• Polarização de suas partículas elementares na
direção do campo elétrico externo aplicado.
• Cada par de cargas opostas age como um
dipolo; Uma carga positiva e outra negativa,
separadas por uma distância d.
Formas de Polarização

• Através da ação de um campo elétrico externo


(polarização eletrônica). Esse tipo de
polarização apresenta em todos os tipos de
isolantes de forma reversível e independente
de perdas de energia.
Tipos

• Constituídos por moléculas polares


• Constituídos por moléculas não polares
• Molécula polares:

Normalmente esses dipolos encontram-se


dispostos aleatoriamente no interior do material e
se alinham na direção de um campo elétrico
externamente aplicado
Constituídos por moléculas não polares
• Este arranjo em dipolos não existe em condições
naturais, não sendo possível identificar os centros de
cargas nas suas moléculas. Somente com a aplicação
de um campo elétrico é que as cargas positivas e
negativas se deslocam buscando um alinhamento na
direção das linhas de força do campo , em uma
formação dipolar orientada.
Observação
• É interessante observar que as moléculas
polares já constituem dipolos mesmo sem a
aplicação de um campo elétrico, só que
desorientadas. Já as moléculas não polares só
constituem dipolos orientados enquanto durar a
ação do campo elétrico aplicado.
Exercício
1ª)Defina dielétrico.
2ª) Como ocorre a formação de um dielétrico?
3ª)quais os principais fatores que interferem na rigidez
dielétrica?
4ª) Oque é rigidez dielétrica?
5ª) Cite exemplos de dielétricos utilizados na área de
eletrotécnica.
6ª) Quais os tipos de polarização que podem ocorrer?
Semicondutores

• Possuem propriedades elétricas que são


intermediárias entre aquelas apresentadas
pelos condutores elétricos e pelos
isolantes.
Alguns materiais como silício e o germânio, têm uma estrutura interna de forma
geométrica bem definida, as quais chamamos de estruturas cristalinas. Qualquer
material que seja composto apenas de estruturas cristalinas repetidas é chamado de
monocristal. Os materiais semicondutores de aplicação prática no campo da
eletrônica possuem essa característica de monocristal, e além disso, a periodicidade
da estrutura não muda significativamente com a adição de impurezas no processo de
dopagem.
Os monocristais silício e germânio apresentam, na sua camada de valência, quatro
elétrons que estão "presos" à estrutura por uma ligação covalente. Com um certo
acréscimo de energia, contudo, os elétrons da banda de valência podem passar para
a banda de condução.
A visualização da diferença entre as bandas de energia entre condutor, semicondutor
e isolante ajudam a compreensão do exposto :
SEMICONDUTOR TIPO P E
TIPO N
• Semicondutor tipo N :
O tipo n é feito com elementos de impureza que possuem cinco
elétrons na camada de valência ( impureza pentavalente ), tais como
antimônio, arsênio e fósforo. Dos cinco átomos da impureza, quatro
ficam ligados por ligação covalente, e um quinto elétron fica
desassociado de qualquer ligação, permanecendo relativamente livre
dentro da estrutura. A figura abaixo ilustra na estrutura, a influência da
impureza de antimônio em um material tipo n:
• Semicondutor tipo P :
O material tipo p é formado pela dopagem de um cristal puro de germânio ou
silício, com átomos de impurezas com três elétrons de valência ( tetravalentes
). Os elementos mais utilizados para este fim são o boro, o gálio e o índio.
Agora, como o elemento de impureza possui somente três elétrons, há um
número insuficiente de elétrons para completar as ligações covalentes. A vaga
resultante é chamada lacuna . Como a vaga resultante aceita facilmente um
elétron "livre", as impurezas acrescentadas são chamadas de átomos
receptores. A figura abaixo ilustra uma impureza em um cristal de silício :
• As impurezas no material tipo p, assim como no tipo n,
alteram as características do material semicondutor.
Convencionaremos que no material tipo p , as lacunas serão
chamadas de portadores majoritários ( por estarem em maior
número que os elétrons ) e os elétrons de portadores
minoritários, enquanto que nos materiais tipo n , os elétrons
serão chamados de portadores majoritários e as lacunas
minoritários.
• Os materiais tipo n e tipo p constituem, na verdade, o bloco
básico dos dispositivos semicondutores.

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