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Ciências e tecnologia dos

materiais

Profª Mc.S Danielly Cristina Gripa De Paula


Plano de ensino
 EMENTA DA DISCIPLINA: Conhecimento
da macro e micro estrutura, das propriedades
e características físicas dos agregados, dos
aglomerantes, dos metais e dos materiais
fibrosos.
 OBJETIVO GERAL: Desenvolver o
conhecimento de macro e micro estrutura;
Conhecer a características físicas dos
agregados, metais e dos materiais fibrosos.
Plano de ensino

 CONTEÚDOS: UNIDADE I -
Microestrutura dos materiais.
Ligações atômicas e moleculares; Sólido
cristalino e sólido amorfo; Fator de
empacotamento; Densidade teórica;
Polimofismo; Direção cristalográfica;
Materiais monocristalinos, policristalinos.
Plano de ensino
 UNIDADE II - Propriedades mecânica, térmicas e
elétricas dos materiais.
As deformações dos materiais: deformação plástica e elástica;
as características dos materiais frágeis e dúcteis, fortes e
moles; e a ruptura nos diferentes tipos de materiais.
As propriedades mecânicas dos materiais: ductilidade,
maleabilidade, tenacidade, resiliência, módulo da elasticidade,
limite de resistência a tração, limite de resistência a ruptura,
resistência à compressão, resistência à flexão, fluência e
fadiga.
As propriedades térmicas dos materiais: técnicas de
aquecimento e resfriamento capacidade térmica, dilatação
térmica, condutividade térmica e difusividade térmica.
Diagramas e regra da alavanca
Plano de ensino

 UNIDADE III - Materiais metálicos,


poliméricos e cerâmicos.
Composição e fabricação dos diferentes
tipos de materiais; aplicação dos
diferentes tipos de materiais; e a
importância dessas classes de materiais;
Plano de ensino

 UNIDADE IV - Materiais
compósitos e biomateriais.
Composição e fabricação dos diferentes
tipos de materiais; aplicação dos
diferentes tipos de materiais; e a
importância dessas classes de materiais;
Plano de ensino
 AVALIAÇÕES:
1ºBimestre:
12/09/19 – Teste 1 em dupla em sala no valor de 3,0 pontos.
19/09/19 – Prova 1 individual no valor 7,0 pontos.

2º Bimestre:
14/11/19 – Teste 2 em dupla em sala no valor de 3,0 pontos.
21/11/19 – Prova 2 individual no valor de 7,0 pontos

26/11/19 – Prova substitutiva


03/12/19 – Prova Final
Plano de ensino

 BIBLIOGRAFIAS
 CALLISTER Jr., William D. Ciência e
engenharia de materiais. 5 ed., Rio
de Janeiro: LTC, 2002.
 MAHAN, Bruce M. Química: um curso
universitário. 4 ed. São Paulo: Edgard
Blücher, 2011
Introdução

 Para que serve ciências e tecnologia dos


materiais?
Introdução

 Critério no estudo da estrutura de


um material:
 Estrutura atômica
 Estrutura cristalina
 Microestrutura
 Macroestrutura
Introdução

 Como se relaciona a estrutura,


propriedades, processamento e
desempenho em serviço de um
material?
Introdução

 Um material pode mudar de


propriedades?
Tipos de materiais

Metais Cerâmicos

Polímeros Compositos
UNIDADE I -
Microestrutura dos
materiais.
REVISAO DE QUIMICA
TECNOLOGICA
Ligação atômica nos sólidos
Energias e Forças de Ligação
 A compreensão das propriedades físicas dos materiais
dependem das forças interatômicas, que mantêm os
átomos unidos.

 Em um material no estado sólido, os átomos exibem um


constante movimento vibratório, ao redor de suas
posições de equilíbrio. A intensidade de tal vibração
depende da temperatura em que se encontra o material.
Ligação atômica nos sólidos

Energias e Forças de Ligação


 Os princípios das ligações atômicas podem ser melhor
ilustrados considerando-se a interação entre dois átomos
isolados à medida que eles são colocados em proximidade
desde uma separação infinita.

 A grandes distâncias, as interações entre eles são


desprezíveis; no entanto, à medida que os átomos se
aproximam, cada um exerce forças sobre o outro,
REPULSIVA ou ATRATIVA.
Ligação atômica nos sólidos

Ligações Interatômicas Primárias

 Basicamente, os átomos podem atingir uma configuração denominada de


estável a partir de três maneiras, quais sejam: ganho de elétrons, perda
de elétrons ou compartilhamento de elétrons.

 Tais características atômicas resultam na existência de três tipos de


ligações atômicas, denominadas como primárias ou fortes.
 Ligação iônica

 Ligação metálica

 Ligação covalente
Ligação atômica nos sólidos
Ligações Iônicas

 Metais e não-metais

 Elementos metálicos perdem elétrons de valência, ao passo que os não-


metálicos ganham esses elétrons (ligação entre íons).

 São não direcionais.

 Tipo de ligação que predomina nos materiais cerâmicos.

 Energias de ligação são relativamente altas (Tf elevada).

 São materiais duros e frágeis e isolantes térmicos e elétricos.


Ligação atômica nos sólidos
Ex. NaCl (sal de cozinha)
Na Cl

Antes da
Reação

Após a
Reação Na+ Cl-

(a) (b)
Ligação iônica resultante da doação de um elétron do sódio (cátion) para o cloro (anion). (a)
Distribuição dos elétrons antes e após a reação; (b) Distribuição espacial dos íons sódio e
cloro.
Ligação atômica nos sólidos
Ligações Covalentes
 Ocorre quando dois elementos eletronegativos, de caráter não metálico, reagem
entre si, ambos os átomos têm facilidade em receber elétrons.

 A configuração estável dos dois elementos ocorre por COMPARTILHAMENTO DE


ELÉTRONS.

 São direcionais (ocorre entre átomos específicos).

 Podem ser muito fortes como é o caso do diamante “compostos covalentes” (alta
dureza, alta Tf >3550 °C ou muito fracas “ligações secundárias” como no gelo Tf 
0 °C).

 Os polímeros são formados por esta ligação, cuja, estrutura molecular básica são
longas cadeias de átomos de carbono.

 É possível ter ligações interatômicas que são parcialmente iônicas e covalentes.


Ligação atômica nos sólidos
Ex. Ligações covalente fracas: Molécula de Cloro (Cl2)

Diagrama esquemático da ligação covalente entre átomos de cloro.


Ligação atômica nos sólidos
Ligações Metálicas

 Encontradas nos metais e suas ligas.

 A ligação metálica é resultado da ação entre elétrons livres


(nuvem eletrônica) e “íons positivos”.

 Estes elétrons livres são originários da última camada


(valência), fracamente presos ao átomo e que estão livres dentro
da estrutura metálica.

 Através dos elétrons, podem-se explicar as altas


condutibilidades elétrica e térmica dos metais.
Ligação atômica nos sólidos

Ligações Metálicas

 Outro fato que resulta dessa nuvem de elétrons é a opacidade dos


metais, pois quando a luz atinge um metal, seus elétrons livres
absorvem a energia incidente, em seguida, refletindo-a.

 As ligações metálicas não são direcionais como as iônicas.

 Tais características resultam em um empacotamento atômico


altamente compacto.

 A resistência mecânica está relacionada com a presença da nuvem de


elétrons.
Ligação atômica nos sólidos

Ligações Metálicas

Ligações metálicas (nuvem de elétrons) encontradas nos metais.


Ligação atômica nos sólidos

 Um mesmo material pode exibir uma combinação destes tipos, formando


materiais com ligações mistas.

 Um exemplo é o NaNO3 (nitrato de sódio), que apresenta ligações


covalente no radical nitrato NO3- e ligações iônicas entre os íons Na+ e
NO3-.
Ligação Intermoleculares

Ligações Secundárias - intermoleculares


Dipolo induzido - Van der Waals
 Denominadas ligações fracas ou secundárias.

 Estas ligações levam à atração eletrostática entre moléculas


formadas a partir de ligações covalentes ou iônicas.

 Essas forças de atração entre moléculas são classificadas


como forças de van der Walls.
Ligação Intermoleculares

 Tal classe de ligações permite explicar a condensação dos gases nobres


(He, Ne, Ar, Kr, Xe e Ra).

 Estes elementos apresentam orbitais perfeitamente completos e dessa


forma tais átomos deveriam permanecer monoatômicos em qualquer
temperatura.

 Entretanto, em temperaturas extremamente baixas, a existência das forças


de van der Waals pode provocar a união dos elementos nobres.
Ligação Intermoleculares

 O efeito de dispersão ocorre em moléculas simétricas (apolares)


(distribuição espacial dos elétrons é simétrica em relação ao núcleo
carregado positivamente).

 Todos os átomos experimentam constantes movimentos vibracionais,


que podem causar instantâneas distorções nesta simetria.

 Isso gera um dipolo elétrico, que seria responsável pela ligação


química.
Ligação Intermoleculares
Ligação Intermoleculares

Ligações Secundárias Através dos Dipolos Permanentes

 Surgem quando moléculas assimétricas (polares) têm seus elétrons


compartilhados atraídos em direção ao átomo com maior número atômico
(e com a maior quantidade de prótons).

 Um exemplo desse fenômeno é observado na molécula do ácido clorídrico


(HCl).

 O par eletrônico (um do hidrogênio e outro do cloro) são deslocados em


direção do Cl, formando um dipolo elétrico. As ligações surgem quando
vários dipolos interagem entre si.
Ligação Intermoleculares
Ligações Secundárias Através dos Dipolos Permanentes

Ilustração da ligação secundária do tipo dipolo permanente.


Ligação Intermoleculares

Ligações Secundárias Através das Pontes de Hidrogênio

 Também forma dipolos elétricos.

 O dipolo é formado por moléculas contendo o elemento hidrogênio e


elementos com alta eletronegatividade.

 O núcleo dos átomos de hidrogênio de uma molécula são atraídos por


elétrons não compartilhados de um outra molécula dando origem à
ligação.

 A mais forte das ligações secundárias.


Ligação Intermoleculares

Ex. Água (ligações covalentes nas moléculas)

Pontes de hidrogênio entre moléculas de água.


Exercícios
1) As propriedades exibidas por um certo material podem ser
explicadas pelo tipo de ligação química presente entre
suas unidades formadoras. Em uma análise laboratorial,
um químico identificou para um certo material as
seguintes propriedades:
• Alta temperatura de fusão e ebulição
• Boa condutividade elétrica em solução aquosa
• Mau condutor de eletricidade no estado sólido
A partir das propriedades exibidas por esse material, assinale
a alternativa que indica o tipo de ligação predominante no
mesmo:

a) metálica b) covalente c) dipolo induzido d) iônica


Exercícios
2) Na série de compostos: NaCl, CO2, H2O e CaCl2,
predominam, respectivamente, os seguintes tipos de ligação
química:
iônica, covalente polar, covalente polar e iônica
B) iônica, covalente apolar, covalente coordenada e iônica
C) iônica, covalente apolar, covalente polar e covalente
coordenada
D) iônica, covalente polar, covalente coordenada e covalente
polar
E) iônica, covalente coordenada, covalente polar e iônica
Exercícios

3) Foram apresentadas a um estudante as fórmulas de quatro


pares de substâncias. Foi pedido a ele que, considerando os
modelos de ligações químicas e de interações intermoleculares
apropriados a cada caso, indicasse, em cada par, a substância
que tivesse a temperatura de fusão mais baixa. O estudante
propôs o seguinte:

Quais foram os acertos e quais os erros do estudante?


Estruturas Cristalinas

Conceitos Fundamentais

 Em engenharia vários materiais se cristalizam após a solidificação


(metais, cerâmicos e alguns polímeros).

 Materiais que não se cristalizam carecem de um arranjo atômico


regular e sistemático ao longo de distâncias atômicas
relativamente grandes.
Estruturas Cristalinas
Células Unitárias:

Ordenamento atômico em sólidos cristalinos.

Padrão repetitivo.

Pequenas unidades repetitivas chamadas células


unitárias.

A célula unitária é a unidade estrutural básica


da estrutura cristalina.
Estruturas Cristalinas
Sistemas cristalinos

 Como há diferentes possibilidades de estruturas


cristalinas, às vezes, é conveniente dividir em
grupos segundo as configurações das células
unitárias e/ou arranjos atômicos.

 Um destes esquemas é baseado na geometria da


célula unitária, que é a forma apropriada de um
paralelepípedo.
Estruturas Cristalinas
z
Sistemas cristalinos


 y
c

a

b
x

Esses parâmetros são conhecidos como parâmetros de rede (o reticulado).


A combinação desses parâmetros produz sete diferentes possibilidades de
sistemas cristalinos.
Estruturas Cristalinas

Sistemas cristalinos
Geometrias das células unitárias
para sete sistemas cristalinos.
Sistema Relações Axiais Ângulos
Cristalino Interaxiais
Cúbico A=b=c  =  =  = 90°

Hexagonal a=b≠c  =  = 90°,


 = 120°
Tetragonal a=b≠c  =  =  = 90°

Romboédrico a=b=c  =  =  ≠ 90°

Ortorrômbico a≠b≠c  =  =  = 90°

Monoclínico a≠b≠c  =  = 90° ≠ 

Triclínico a≠b≠c  ≠  ≠  ≠ 90°


Estruturas Cristalinas

Sistemas cristalinos

Estruturas encontradas para a maioria dos metais


mais comuns

Cúbica de faces centradas


Cúbica de corpo centrado
Hexagonal Compacta
Estruturas Cristalinas

Estrutura cristalina CFC: (Pb, Au, Al, Cu, Fe-, etc.)


Estruturas Cristalinas
Estrutura cristalina CFC

O nº de átomos por célula unitária é (8/8) + (6/2) = 4 átomos por célula.


O número de coordenação é 12.
O fator de empacotamento é 0,74.
Estruturas Cristalinas
CFC – Determinação do Fator de Empacotamento Atômico:
Volume total de esferas VE
FEA  
volume total da ce´lula unita´ria VC

4 16
VE  (4)  R3   R3
3 3

VC  a 3  (2 R 2)3  16 R 3 2

Portanto: 4R
 16  3
R
VE  3 
FEA    0, 74 a
VC 16 R3 2
Estruturas Cristalinas

Estrutura cristalina CCC: (Cr, Mo, W, Fe-α, etc.)


Estruturas Cristalinas Metais

Estrutura cristalina CCC

4R
a
3

O nº de átomos por célula unitária é: (8/8) + 1 = 2 átomos.


O número de coordenação é 8.
O fator de empacotamento é 0,68.

Calcular o FE para esta estrutura


Estruturas Cristalinas Metais

Estrutura cristalina HC: (Mg, Cd, Zn, etc.)

O nº de átomos por célula unitária é:


(6/6)+(1/2)+(6/6)+(1/2)+3=6 átomos.
Estruturas Cristalinas Metais

Estrutura cristalina HC

O nº de coordenação e fator de empacotamento para o HC são os


mesmos que para o CFC: 12 e 0,74 respectivamente.
Principais estruturas Cristalinas Cerâmicas
 ESTRUTURAS MX
Estrutura de sal de rocha: razão entre raios entre 0,4 e 0,74 (6,6)

 Estrutura blenda de zinco: razão entre raios menor que 0,4 (4,4)

 Estrutura do cloreto de césio: possui razão entre raios maior que


0,73. (8,8).
Principais estruturas Cristalinas Cerâmicas
ESTRUTURAS M2X
Estrutura do fluoreto de cálcio (CaF2) possui razão entre raios maior
que 0,73 (8:4)

 Estrutura do rutilo (cúbica distorcida) razão entre raios menor que


0,73 (6:3).
Estruturas covalente
Macromoléculas estruturas com altos pontos de fusão

Solidificação por ligações intermoleculares estruturas com baixos pontos de fusão


Estruturas Cristalinas

Cálculos da densidade (ρ)

 O conhecimento da estrutura cristalina de um sólido metálico


permite o cálculo de sua densidade teórica ρ através da relação:
nA
Onde: 
Vc N A
 n = número de átomos associados com cada célula unitária;
 A= peso atômico (g/mol);
 Vc= volume da célula unitária;
 NA= nº de Avogadro (6,023x1023 átomos, íons ou moléculas / mol).
Ex. Cálculo da densidade do alumínio (CFC)
RAIO:1,4326X10-10m; PM: 26,98
Estruturas Cristalinas
Polimorfismo e Alotropia

 Alguns metais, assim como não-metais, podem ter mais de


uma estrutura cristalina.

 Um exemplo familiar é o carbono: a grafita é um


polimorfo estável nas condições ambientais, entretanto o
diamante é formado em condições de altas temperaturas e
pressões.

 O Ferro puro possui uma estrutura cristalina CCC à


temperatura ambiente (Fe-), que se altera para uma
estrutura CFC à temperatura de 912°C.
Estruturas Cristalinas

Planos e direções cristalográficas

Por que estudá-los?

 Existem planos e direções características para cada estrutura. Estes


influem no comportamento do material (deformação).

 Deformação - ocorre segundo determinadas direções e planos


particulares para cada estrutura. Existe uma maior densidade de
átomos em determinadas direções, gerando planos de escorregamento
capazes de serem acionados durante o processo de deformação
plástica.
Estruturas Cristalinas

Direções cristalinas
Etapas para determinação dos três índices
 1. Posicionamento do vetor;
 2. Projeção do vetor sobre cada um dos três eixos; em
termos de das dimensões da célula unitária, a, b e c;
 3. Redução;
 4. Fechamento: [uvw].
Estruturas Cristalinas

Direções cristalográficas – Exemplo


z

x y z
Projeções a/2 b 0c
Projeções (em termos de a, b e c) 1/2 1 0
c y
Redução 1 2 0
a
Fechamento [120]
b
x

Esboce a direção [110]


Estruturas Cristalinas

Direções cristalográficas – Exemplo


_
Esboce uma direção [ 110] dentro de uma célula unitária simples.
z

y y

a
_
Direção [ 110 ]
a
x
Estruturas Cristalinas
Planos cristalográficos Índices de Miller (hkl)
x y z
Interseções a b c/2
z
Interseções (em termos de a, b e c)  1 1/2
Recíprocos 0 1 2
Reduções
Fechamento (012)
c y

x
• Fazer o plano (011)
Estruturas Cristalinas
Planos cristalográficos

Representações de uma série de planos cristalográficos cada um equivalente a (a) (001),


(b) (110), e (c) (111).
Estruturas Cristalinas

Planos cristalográficos

Várias planos diferentes para um sistema cristalino hexagonal.


Estruturas Cristalinas

Empacotamento atômico (densidade) linear e planar

 Direções cristalográficas que são equivalentes possuem o mesmo


empacotamento atômico linear.
 Planos cristalográficas que são equivalentes possuem o mesmo
empacotamento atômico planar.

 EAL = a fração do comprimento da linha que é interceptada por


átomos, durante a passagem do vetor direção através do centro dos
mesmos.

 EAP = a fração da área cristalográfica planar total que está


ocupada pelos átomos.
Estruturas Cristalinas
Empacotamento atômico de uma direção [100] em
um cristal CCC

4R
Ll  a 
[100] 3 Lc
FEL   0,866
Ll
Lc  2 R
Estruturas Cristalinas

Empacotamento atômico de um plano (110) em


um cristal CFC
R

Ac  (2) R 2 Ac
FEP   0,555
Ap  (4 R)(2 R 2) Ap
Estruturas Cristalinas
Empacotamento atômico de um plano (111) em um
cristal CFC
R

Ac  (2) R 2
Ac
Ap  4R 2 3 FEP   0,907
Ap
Estruturas Cristalinas

Empacotamento atômico de um plano (111) em um


cristal CCC
R

0,75R

R R

Ac  (19 /18) R2
Ac
Pp  8R2 / 3 FEP   0, 718
Ap
Estruturas Cristalinas
Estruturas cristalinas compactas

 Tanto a estrutura cúbica de faces centradas como a estrutura hexagonal


compacta possuem fatores de empacotamento atômico iguais a 0,74, que
consiste na forma de empacotamento mais eficiente que é possível de ser
obtida com átomos de mesmo tamanho.

 Além das representações das células unitárias, essas duas estruturas


cristalinas podem ser descritas em termos de planos compactos de
átomos.

 A diferença entre as duas estruturas (CFC e HC) reside na seqüência de


empilhamento.
Estruturas Cristalinas
Estruturas cristalinas compactas

(a) Seqüência de empilhamento de planos compactos para a estrutura cúbica de


faces centradas. (b) Um vértice foi removido para mostrar a relação entre o
empilhamento de planos atômicos compactos e a estrutura cristalina CFC; o
triangulo em destaque delineia um plano (111).
Estruturas Cristalinas

Estruturas cristalinas compactas

Seqüência de empilhamento de planos compactos para a estrutura hexagonal


compacta.
Estruturas Cristalinas

O que acontece quando eu tenho dois ou mais


diferentes tipos de átomos?

Como átomos de tamanho diferente se empacotam ?

É muito usual termos dois ou mais átomos diferentes. O


empacotamento é determinado pelos átomos maiores – os átomos
menores tem que se encaixar nos espaços existentes. Este é o caso de
muitos sais, tal como o cloreto de lítio (LiCl).
Estruturas Cristalinas

 O lítio é o menor dos átomos (entre todos os átomos,


com exceção do hidrogênio). O "grande" cloro se
empacota em uma estrutura compacta, deixando o
lítio comprimido nos espaços.

CLORETO DE LÍTIO
Estruturas Cristalinas
 No caso do sal de cozinha ou cloreto de sódio (NaCl) os átomos de
sódio são maiores e podem exercer maior influência do que os
"pequenos" lítios apresentado no exemplo anterior. A estrutura do
cloreto de sódio pode ser relacionada com um empacotamento cúbico
de átomos, praticamente de mesmo tamanho.

Sal de cozinha ou cloreto de sódio


Estruturas Cristalinas

Monocristais

Monocristais: Para um sólido


cristalino, quando um arranjo
periódico e repetido de átomos se
estende, perfeitamente, por toda a
amostra sem interrupção, o resultado
é um monocristal.
Estruturas Cristalinas
Materiais policristalinos
A maioria dos sólidos cristalinos é composta de uma coleção de vários
pequenos cristais ou grãos; tais materiais são denominados de
policristalinos.

Diagramas esquemáticos dos vários estágios na solidificação de um material policristalino.


Estruturas Cristalinas

Anisotropia

Algumas propriedades físicas dos monocristais de várias substâncias


dependem da direção cristalográfica na qual as medições são tomadas.
Por exemplo, o módulo de elasticidade, a condutividade elétrica e o índice
de refração podem ter diferentes valores nas direções [100] e [111]. Essa
direcionalidade das propriedades é denominada anisotropia.

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