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LIGAÇÕES PRIMÁRIAS

 A força motriz da formação de ligações entre


átomos é que qualquer um deles procura se
fixar em seu estado mais estável ou de
menor energia.
 Por meio das ligações com outros átomos, a
energia potencial de cada átomo
participante da ligação é diminuída,
resultando em um estado mais estável. Estas
são chamadas de ligações primárias e se
caracterizam por possuir força interatômica
intensa.
LIGAÇÕES PRIMÁRIAS
 O comportamento e as características de um
átomo (por exemplo, tamanho atômico,
energia de ionização e afinidade eletrônica)
dependem de sua estrutura eletrônica e das
forças de atração entre o núcleo e os
elétrons, bem como da existência de forças
de repulsão entre estes.
 O comportamento e as propriedades de uma
substância também dependem diretamente
do tipo e da intensidade das ligações entre
os átomos.
LIGAÇÕES PRIMÁRIAS
 Os elementos na tabela periódica podem ser
classificados como metais e não metais. Os
metalóides (semi-metais) podem se comportar
como metais ou como um não metal.
LIGAÇÕES PRIMÁRIAS
 Há três combinações possíveis de ligações
primárias entre os dois tipos de átomos:
 1) metal – não metal;
 2) não metal – não metal;
 3) metal - metal.
LIGAÇÕES IÔNICAS
 Os metais e não metais se ligam por meio da
transferência de elétrons e de ligações
iônicas, que são observadas entre átomos
com grande diferença de eletronegatividade
Ex. metais reativos do grupo 1A e 2A com
não metais reativos dos grupos 6A e 7A).
 Os átomos de um elemento metálico perdem,
com facilidade, seus elétrons de valência
para os átomos de elementos não metálicos.
Nesse processo, todos os átomos adquirem
configurações estáveis ou de gás inerte e,
além disso, uma carga elétrica, tornando-se
íons.
LIGAÇÕES IÔNICAS
LIGAÇÕES IÔNICAS
LIGAÇÕES IÔNICAS
 O sal de cozinha, NaCl, é um material iônico
clássico. O átomo de sódio pode assumir a
estrutura do neônio (e uma carga resultante
+1) pela transferência de seu único elétron
de valência 3s para um átomo de cloro. Após
essa transferência, o íon cloro adquire uma
carga resultante negativa e uma
configuração eletrônica idêntica àquela do
argônio. No cloreto de sódio, todo o sódio e
todo o cloro existem como íons.
LIGAÇÕES IÔNICAS
 As forças de ligação atrativas são de Coulomb,
isto é, os íons positivos e negativos, em virtude
de suas cargas elétricas resultantes, atraem-se
uns aos outros.
 A ligação iônica é denominada não direcional,
isto é, a magnitude da ligação é igual em todas
as direções ao redor do íon. Como
consequência disso, para que os materiais
iônicos sejam estáveis em um arranjo
tridimensional, todos os íons positivos devem
possuir como vizinhos mais próximos íons
carregados negativamente e vice-versa.
LIGAÇÕES IÔNICAS
LIGAÇÕES IÔNICAS
 A ligação predominante nos materiais
cerâmicos é a iônica.
 As energias de ligação, que variam
geralmente entre 600 e 1500 KJ/mol, são
relativamente grandes, o que reflete em
temperaturas de fusão elevadas. Os
materiais iônicos são, caracteristicamente,
duros e frágeis e, além disso, isolantes
elétricos e térmicos.
LIGAÇÕES IÔNICAS
LIGAÇÕES COVALENTES
 Ligações covalentes são tipicamente
observadas entre átomos com pequenas
diferenças nas suas eletronegatividades e,
sobretudo, entre não metais, cujos átomos se
ligam pelo compartilhamento localizado de
elétrons e ligações covalentes. As ligações
covalentes são o tipo mais comum de ligação
na natureza, abrangendo desde o hidrogênio
diatômico aos materiais biológicos e
macromoléculas sintéticas.
 Do mesmo modo que as ligações iônicas, as
ligações covalentes são também muito fortes.
LIGAÇÕES COVALENTES
 Seja a ligação covalente entre dois átomos de
hidrogênio. Inicialmente, o núcleo de um átomo de
H atrai a nuvem eletrônica do outro átomo; os
átomos, então, se aproximam. Nesse movimento, as
duas nuvens eletrônicas interagem e ambos os
átomos começam a se apoderar dos elétrons
(e compartilhá-los). Os átomos continuam a se
aproximar até atingirem o ponto de equilíbrio no
qual esses dois átomos de H formarão uma ligação
pelo compartilhamento de elétrons, ao mesmo
tempo completando sua estrutura eletrônica mais
externa e atingindo o estado de energia mais baixa.
LIGAÇÕES COVALENTES
LIGAÇÕES COVALENTES
 Os átomos formarão tanto pares compartilhados
quantos necessários para completar sua
estrutura eletrônica mais externa (oito elétrons
no total).
 A robustez da ligação covalente depende da
magnitude da força de atração entre os núcleos
do número de pares compartilhados de elétrons.
 Os elétrons que se ligam covalentemente não
permanecem em uma posição fixa entre os
átomos. Todavia, há uma probabilidade maior de
se encontrá-los na região entre os átomos
ligados. As ligações covalentes são direcionais.
LIGAÇÕES COVALENTES
 São numerosos os materiais que consistem de
ligações covalentes: gases, líquidos e sólidos de
baixo ponto de fusão. Esses materiais têm em
comum o fato de serem moleculares (ligação
entre as moléculas é fraca).
 As ligações covalentes entre os átomos são muito
fortes e difíceis de serem rompidas; por outro
lado, a ligação entre moléculas é fraca e pode
ser rompida facilmente.
LIGAÇÕES COVALENTES
 Dois exemplos de sólidos covalentes são o
quartzo e o diamante. As propriedades do
quartzo refletem a força das ligações covalentes
em seu interior (Si e O).
 O quartzo é muito duro e se funde à
temperatura de 1.550oC.
 Os materiais que se originam de ligações
covalentes são maus condutores de eletricidade.
Isso ocorre porque os elétrons estão firmamente
ligados em pares compartilhados e não há íons
disponíveis para o transporte de carga.
LIGAÇÕES COVALENTES
 Dois exemplos de sólidos covalentes são o
quartzo e o diamante. As propriedades do
quartzo refletem a força das ligações covalentes
em seu interior (Si e O).
 O quartzo é muito duro e se funde à
temperatura de 1.550oC.
 Os materiais que se originam de ligações
covalentes são maus condutores de eletricidade.
Isso ocorre porque os elétrons estão firmamente
ligados em pares compartilhados e não há íons
disponíveis para o transporte de carga.
LIGAÇÕES COVALENTES
LIGAÇÃO METÁLICA
 Embora dois átomos metálicos possam formar
entre si fortes ligações covalentes (Na2), o
material resultante será gasoso, isto é, a ligação
moléculas de Na2 fraca.
 QUAL TIPO DE LIGAÇÃO MANTÉM JUNTOS OS
ÁTOMOS DO METAL SÓLIDO?
 Durante a solidificação de um metal (e ligas
metálicas) fundido, os seus átomos se arranjam em
um denso empacotamento, de maneira organizada
e repetitiva, a fim de diminuir a energia e chegar
a um estado mais estável na forma de um sólido,
assim criando ligações metálicas.
LIGAÇÃO METÁLICA
 Os materiais metálicos possuem um, dois ou, no
máximo, três elétrons de valência.
 No modelo que melhor representa este tipo de
ligação, esses elétrons de valência não estão
ligados a qualquer átomo em particular no sólido e
estão mais ou menos livres para se movimentar ao
longo de todo o metal. Eles podem ser
considerados como sendo pertencentes ao metal
como um todo, como se formassem um “mar de
elétrons” ou uma “nuvem de elétrons”.
LIGAÇÃO METÁLICA
 Os elétrons restantes (os que não são de valência),
juntamente com os núcleos atômicos, formam o
que é denominado como núcleos iônicos, os quais
possuem uma carga resultante positiva com
magnitude equivalente à carga dos elétrons de
valência por átomo.
 Os elétrons livres protegem os núcleos iônicos
carregados positivamente das forças eletrostáticas
mutuamente repulsivas que os núcleos iriam, de
outra forma, exercer uns sobre os outros;
consequentemente, a ligação metálica exibe uma
natureza não direcional.
LIGAÇÃO METÁLICA
LIGAÇÃO METÁLICA
LIGAÇÃO METÁLICA
 Os elétrons livres atuam como um adesivo que
mantém unidos os núcleos iônicos.
 A ligação metálica é encontrada na tabela
periódica para os grupos 1A e 2A.
 Os metais são bons condutores tanto de calor
como de eletricidade, como uma consequência
de seus elétrons livres.
 A grande maioria dos metais falha de uma
maneira dúctil, isto é, a fratura ocorre após os
materiais apresentarem níveis significativos de
deformação permanente.
LIGAÇÃO METÁLICA
LIGAÇÕES X TEMPERATURA DE FUSÃO
LIGAÇÕES X TEMPERATURA DE FUSÃO
LIGAÇÕES PRIMÁRIAS
LIGAÇÕES MISTAS
 A ligação química de átomos ou íons pode
envolver mais de um tipo de ligação
primária, e pode também envolver ligações
secundárias de dipolos. Com respeito às
ligações primárias, podem ocorrer as
seguintes ligações mistas: (1) iônicas-
covalentes; (2) metálicas-covalentes; (3)
metálicas-iônicas e (4) iônicas-covalentes-
metálicas.
LIGAÇÕES MISTAS
 Ligações mistas iônicas-covalentes. A
maioria das moléculas ligadas
covalentemente possui ligações iônicas e
vice-versa.
 A natureza parcialmente iônica das ligações
covalentes pode ser explicada em termos Da
escala de eletronegatividade. Quanto maior
a diferença de eletronegatividade entre os
elementos, maior o grau do caráter iônico da
ligação. Encontradas em muitos compostos
semicondutores.
LIGAÇÕES MISTAS
 Ligações mistas metálicas-covalentes. São
frequentes. Os metais de transição existem
ligações mistas metálicas-covalentes; por isso
apresentam pontos de fusão mais elevados.
 Ligações mistas metálicas-iônicas. Se houver
uma diferença significativa na
eletronegatividade dos elementos que formam
um composto intermetálico, pode ocorrer uma
transferência significativa de elétrons
(ligamento iônico) no composto.
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
 As ligações secundárias e Van der Waals, ou
físicas são ligações fracas quando comparadas às
ligações primárias ou químicas. São da ordem de
apenas 10 KJ/mol.
 A ligação secundária fica evidente nos gases
inertes, que possuem estruturas eletrônicas
estáveis e, ainda, entre as moléculas em
estruturas moleculares que são ligadas
covalentemente.
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
 As forças de ligação secundárias surgem a partir
de dipolos atômicos ou moleculares. Um dipolo
elétrico existe sempre que há alguma separação
entre as partes positiva e negativa de um átomo
ou molécula.
 A ligação resulta da atração de Coulomb entre a
extremidade positiva de um dipolo e a região
negativa de um dipolo adjacente.
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS

 A ligação de hidrogênio é encontrada em


algumas moléculas que possuem hidrogênio
como um de seus átomos constutuintes e é
uma ligação secundária mais forte.
 Ocorre quando as ligações O-H, N-H
interagem com os átomos eletronegativos O,
N, F ou Cl.
LIGAÇÕES SECUNDÁRIAS
LIGAÇÕES QUÍMICAS
TIPO DE MATERIAIS

 A maioria dos materiais que o engenheiro usa


pode ser classificada em três tipos: metais,
plásticos (polímeros) e materiais cerâmicos.
 Considerando os metais como sendo
compostos por elementos, cujos átomos
perdem elétrons com facilidade, a fim de se
formar uma ligação metálica e se ter uma
condutividade elétrica alta.
TIPO DE MATERIAIS

 Elementos não-metálicos que compartilham


elétrons formam os materiais orgânicos que
constituem os plásticos; portanto, as ligações
covalentes são predominantes.
 Materiais cerâmicos contêm compostos de
elementos metálicos e não-metálicos como,
por exemplo, MgO, BaTiO3, SiO2, SiC, vidros,
etc. Tais compostos apresentam tanto
ligações iônicas como covalentes.
TIPO DE MATERIAIS

 Embora tenhamos indicado as três principais


categorias de materiais, devemos reconhecer que
essas três categorias não são nitidamente
delineadas. Ao contrário, encontramos certos
materiais (por exemplo, as siliconas - as siliconas
de condensação são muito utilizadas pela
facilidade de manipulação e técnica de
moldagem. A reação química que causa a
formação do elastômero se dá entre o polímero
de silicona e um silicato alquílico formando uma
rede tridimensional), cuja natureza é
intermediária entre os polímeros e os cerâmicos.
TIPO DE MATERIAIS

 Materiais como o GaAs (um semicondutor)


podem ser classificados quer como um metal
quer como um material cerâmico.
 Finalmente, o grafite é um material que não
se encaixa em nenhuma das três categorias,
já que apresenta propriedades comuns com
as três.
LIGAÇÕES X MATERIAIS
LIGAÇÕES X MATERIAIS – AULA 1

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