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Materiais Não Metálicos

Carga Horária – 8h
Lucas da Costa dos Passos
e-mail: lucas.petrobras@hotmail.com
Lucas da Costa dos Passos
Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Pleno
Graduando em Engenharia Mecânica
Técnico em Eletromecânica
Inspetor de Líquido Penetrante Nível II
Inspetor de Ultra-Som Nível I
Mecânico de Automóveis
Conteúdo
Estrutura interna dos materiais:
Composição dos Átomos;
Distribuição Eletrônica;
Interações Atômicas;
Ligações Químicas;
Estruturação dos sólidos.
Materiais Cerâmicos:
Classificação das estruturas cerâmicas;
Estruturação interna dos materiais cerâmicos;
Imperfeições nas cerâmicas;
Propriedades Físico-químicas;
Propriedades Térmicas;
Propriedades Mecânicas;
Propriedades Elétricas.
Materiais Poliméricos:
Estruturação interna dos materiais poliméricos;
Classificação dos materiais poliméricos;
Polimerização;
Estruturação interna x aplicações;
Principais propriedades;
Processamento dos materiais poliméricos.
Materiais Compósitos:
Classificação;
Aplicações;
Propriedade dos compósitos;
Evolução da utilização dos materiais;
Compósitos poliméricos
Bibliografia:
Livros:
 
VAN VLACK, Lawrence H.___Princípios de Ciência e
Tecnologia dos Materiais;
CALLISTER, William D. Jr.___Ciências e Engenharia dos
Materiais: Uma Introdução.
SILVA TELLES, Pedro C.___Materiais Para Equipamentos
de Processo;
SMITH, William F.___Princípios de Ciência e Engenharia dos
Materiais;

Sites: 
www.matweb.com
Estrutura Interna dos Materiais
Composição dos Átomos
Núcleo: Prótons e Nêutrons unidos
por uma força extremamente
intensa.
Eletrosfera: Elétrons girando em
órbitas, e em altíssima velocidade,
formando uma espécie de nuvem.

OBS: Para o estudos dos fenômenos eletromagnéticos existentes entres os


elementos químicos foi feita a seguinte conversão.
•Nêutrons: Carga elétrica nula;
•Prótons: Carga elétrica positiva (+);
•Elétrons: Carga elétrica negativa (-).
Estrutura Interna dos Materiais

Distribuição Eletrônica
Para cada próton (+) existente no núcleo
atômico de um elemento químico, existe um
elétron (-) distribuído na eletrosfera;
Quanto maior o número de prótons de
elemento químico, maior será seu núcleo, sua
eletrosfera, e consequentemente maior será
seu tamanho e massa;
Esta distribuição é feita através de
sucessivas camadas, sempre das camadas
mais internas para as camadas mais externas;
Cada camada suporta um determinado
número máximo de elétrons;
Estrutura Interna dos Materiais

Distribuição Eletrônica
A camada mais externa (Camada de Valência) é sempre a camada mais
instável, e conseqüentemente a mais reativa;
Os únicos elementos estáveis, ou seja, que tem a camada de valência
totalmente preenchidas, são os gases nobres.
Todos os átomos querem “se estabilizar” como um gás nobre, ou seja,
querem completar sua camada de valência. Para que isso ocorra estes
elementos instáveis doam ou recebem elétrons.
Para conseguirem a estabilidade eletrônica os elementos químicos devem
conter a camada de valência preenchida com oito elétrons. (Regra do
Octeto)
Estrutura Interna dos Materiais

Interações Atômicas
Forças e Energia de União dos Átomos
A magnitude das forças de união dos átomos é função da distância
estabelecida entre os átomos.
Quanto menor a distância interatômica maior a intensidade das forças
atrativas e repulsivas;
A magnitude das forças atrativas depende do tipo específico de ligação
química existente entre os dois átomos (iônica, covalente, metálica,....);
A forças repulsivas passam a se intensificar quando as camadas eletrônicas
mais externas dos átomos passam a se sobrepor, ocorrendo a aproximação dos
núcleos;
Existe uma ponto de equilíbrio, que ocorre quando as forças atrativas e
repulsivas se igualam estabilizando uma determinada distância interatômica.
Estrutura Interna dos Materiais
Ligações Químicas
Entidades responsáveis pela união dos átomos, determinando as
propriedades de resistência,
resistência elétricas e térmicas;
térmicas
Ex: Ligações fortes propiciam pontos de fusão elevados, distâncias
interatômicas pequenas, baixos coeficientes de dilatação térmica, e
módulos de elasticidade bem elevados.
São as entidades responsáveis por unir todos os elementos químicos
existentes no universo, formando diversos tipos de compostos;
Podem ser classificadas em ligações primárias e secundárias;
secundárias
Estrutura Interna dos Materiais
Classificação das Ligações Químicas
Ligações Primárias: São a ligações mais fortes e representativas para o
estudo dos materiais sólidos.
Ligação Iônica;
Ligação Covalente;
Ligação Metálica.
Obs: Em grande parte das substâncias ocorre claramente a predominância
de um tipo de ligação sobre as outras.
Ligações Secundárias:
Ligação de Van der Walls.
São a ligações menos intensas;
Existem entre todos os átomos e moléculas;
Ocorrem devido a polarização causada pelo desequilíbrio eletrônico
São melhores observadas nos gases nobres, devido a ausência de ligações
primárias.
São subdivididas em dipolo permanente e dipolo flutuante, que ocorrem
devido a assimetria na distribuição eletrônica das moléculas e dos átomos
respectivamente.
Estrutura Interna dos Materiais
Ligação Iônica
São Ligações químicas baseadas na atração eletrostática entre dois íons
carregados com cargas opostas, devido a doação ou recebimento de elétrons (Lei de
Coulomb);
Sempre encontrada na ligação de elementos metálicos e não metálicos, ou seja,
entre os elementos que estão posicionados nas extremidades da tabela na posição
horizontal, e possuem um maior diferencial de potencial eletrônico;
Neste tipo de ligação os elementos adquirem configurações estáveis (a regra do
octeto é atendida) e uma carga elétrica transformando-se em íons (cátions e
ânions);
As energias desse tipo ligação são relativamente altas, o que é refletido nos
elevados pontos de fusão dos materiais que assim são ligados;
Os materiais que estabelecem este tipo de ligação, são maus condutores de calor e
eletricidade, fatos relacionados com a intensidade da interação dos elétrons com
seus respectivos núcleos.
Estrutura Interna dos Materiais

Lei de Coulomb, lei que governa a interação eletrostática entre


duas cargas pontuais. Entre as muitas manifestações da
eletricidade, encontramos o fenômeno da atração ou repulsão
entre dois ou mais corpos eletricamente carregados que se
encontram em repouso.
A lei de Coulomb afirma que a intensidade da força F entre
duas cargas pontuais Q1 e Q2 é diretamente proporcional ao
produto das cargas, e inversamente proporcional ao quadrado
da distância R que as separa.
Estrutura Interna dos Materiais
Ligação Covalente:
Ocorre o compartilhamento de elétrons entre os átomos adjacentes;
È uma ligação que ocorre preferencialmente em uma certa direção (ligação
direcional);
Ocorre expressivamente nos polímeros, podendo compor também parte das
ligações de alguns materiais cerâmicos;
Quanto mais próximos estiverem os átomos na tabela periódica (menor
diferença de eletronegatividade), maiores serão os índices de ocorrência da
ligação covalente;
Exemplos: H2, H2O, NH3, CH4, HF, CL2, F2, HNO3...
Estrutura Interna dos Materiais
Estruturação Molecular dos Materiais sólidos
A estrutura interna dos materiais sólidos podem ser classificadas de acordo com a
regularidade na qual os átomos estão arranjados uns em relação aos outros.
Estrutura Amorfa: Estruturas carentes de um arranjo atômico
regular e sistemático ao longo de distâncias atômicas relativamente
grandes.

Estrutura Cristalina: É aquela na qual os átomos estão


organizados na forma de um arranjo atômico, regular e periódico ao longo
de grandes distâncias atômicas.
Todos os materiais metálicos, boa parte dos cerâmicos e alguns polímeros
apresentam-se de forma cristalina quando estão no estado sólido.
Materiais Cerâmicos
Definição
Cerâmica vem da palavra grega “keramus”, originada do latim, que
significa coisa queimada;
São materiais formados geralmente pela junção de elementos químicos
metálicos e não-metálicos;
• Metais: Na, Mg, Ti, Cr, Fe, Ni, Zn, Al, K, ...
• Não-metais: N, O, H, B, P, S, C, Si, Ge, F, Cl,.....
Materiais Cerâmicos
Classificação das Estruturas Cerâmicas
Podem ser subdivididas em duas classes principais:
Cerâmicas Convencionais ou Tradicionais:
 Cerâmicas obtidas desde os períodos pré-históricos, mantendo-se como
classe representante das cerâmicas até a metade do século XX;
 Tem como principal matéria-prima a argila (Al2O3.SiO2.H2O),a sílica
(SiO2) e o feldspato(K2O.Al2O3.6SiO2);
Custos de produção e obtenção relativamente baixos;
Ex: Louça, porcelana, tijolos, telhas, azulejos, tijolos refratários,
cimentos, vidros, ...
Materiais Cerâmicos
Classificação das Estruturas Cerâmicas
Podem ser subdivididas em duas classes principais:
Cerâmicas Avançadas:
Criadas devido as exigências do mundo moderno, acompanhado aos
desenvolvimentos de novas tecnologias na obtenção e processamento dos
materiais;
São compostos formados geralmente por compostos puros ou quase puros de
óxidos, carbonetos ou nitretos; (Al2O3, ZrO2, SiC, Si3N4,...)
Ex: Componentes eletrônicos, biomateriais (implantes dentários,
ortopédicos), hélices de turbinas, ferramentas de corte, brocas de
perfuração, peças automotivas, indústria aero espacial,.....
Materiais Cerâmicos
Ligações Químicas
As ligações químicas presentes nesses materiais variam desde puramente
iônica até totalmente covalente, ocorrendo na maior parte dos casos uma
composição deste dois tipos de ligações. Este potencial pode ser quantificado
através da seguinte formulação matemática. Percentual de caráter
iônico de alguns
% caráter iônico = {1-exp[-(0,25).(Xa – Xb)²]} . 100 materiais cerâmicos:
CaF2__________89%
Onde Xa e Xb, são as eletronegatividades dos respectivos elementos MgO__________73%
NaCl__________67%
Al2O3_________63%
SiO2__________51%
X SiN4__________30%
ZnS___________18%
SiC___________12%

Estes percentuais estão diretamente relacionados com a diferença de


eletronegatividade existentes entre os elementos que formam o composto.
Quanto maior for esta diferença maior será o percentual de ligações iônicas
presentes, e consequentemente teremos uma estrutura predominantemente
composta por íons carregados eletricamente (Cátions e Ânions);
Materiais Cerâmicos
Estruturação Interna dos Materiais Cerâmicos
Estas estruturas são compostas por dois ou mais elementos químicos e
apresentam organização interna bastante complexa, quando comparadas
com as ligas metálicas;
De acordo com as quantidades de cátions e ânions presentes na sua fórmula
básica assumem a seguinte classificação: AX, AmXp com m e/ou p  1 e AmBnXp
Ex: AX =>NaCl, MgO, FeO,...
AmXp => CaF2, Al2O3, Si3O4,...
AmBnXp=> MgAl2O4, FeAl2O4,...

Podem ocorrer tanto no modo cristalino, quanto no modo amorfo;


Materiais Cerâmicos
Estruturação Interna dos Materiais Cerâmicos
 O número de Coordenação (número de ânions vizinhos mais
próximos para um cátion) está relacionado com a razão:
Onde:
RC/RA RC: Raio do Cátion
RA: Raio do Ânion
RC/RA < 0,155: N° de Coordenação 2 =>Cátion
(muito pequeno) ligado a dois ânions de forma linear;
0,155 < RC/RA < 0,225: N° de Coordenação 3 =>
Cátions envolvido por três ânions na forma de um
triângulo eqüilátero planar
0,225 < RC/RA < 0,414: N° de Coordenação 4 =>
Cátion no centro de um tetraedro
0,414 < RC/RA < 0,732: N° de Coordenação 6 =>
Cátion no centro de um octaedro
0,732 < RC/RA < 1,0: N° de Coordenação 8 =>
Ânions localizados em todos os vértices de um cubo
e um cátion no centro
RC/RA > 1,0: N° de Coordenação 12
Materiais Cerâmicos
Estruturação Interna dos Materiais Cerâmicos
Resumo de algumas estruturas das cerâmicas mais comuns:
Por se tratar de estruturas bastante complexas, normalmente estas são
classificadas de acordo com os materiais que usualmente contém aquela
estrutura.

Nome da estrutura Tipo de estrutura Compactação do ânion Exemplos

Sal-gema AX CFC NaCl, MgO e FeO

Cloreto de Césio AX Cúbica simples CsCl

Blenda de Zinco AX CFC ZnS e SiC

Fluorita AX2 Cúbica simples CaF2 UO2 ThO2

Espinélio AB2X4 CFC MgAl2O4 FeAl2O4


Materiais Cerâmicos
Estruturação Interna dos Materiais Cerâmicos
Resumo de algumas estruturas das cerâmicas mais comuns:
ESTRUTURA DO CLORETO DE SÓDIO (AX)
Mesma estrutura: MgO, MnS, LiF, FeO

ESTRUTURA DO CLORETO DE CÉSIO (AX)


Estrutura cúbica simples;
N° de Coordenação 8;

ESTRUTURA DO TITANATO DE BÁRIO (AmBnXp)


 Dois tipos de cátions (A e B);
Estrutura cristalina cúbica;
Materiais Cerâmicos
Imperfeições nas Cerâmicas
Defeitos Pontuais:
 Assim como as ligas metálicas, podem ocorrer defeitos na estrutura dos
átomos hospedeiros. Os principais defeitos presentes são os de lacuna e os
insteristicíais;
Uma particularidade dos materiais cerâmicos é o fato da ocorrência de íons
ao invés de átomos estáveis. Por apresentarem características distintas os
cátions e os ânions provocarão defeitos específicos;
Ânion: Provocam geralmente apenas os defeitos de lacuna, devido o seu
tamanho.
Cátion: Provocam ambos os defeitos
Materiais Cerâmicos
Imperfeições nas Cerâmicas
Defeitos Pontuais:
A ocorrência de um defeito não pode ocorrer de forma isolada, pois a
“eletroneutralidade” do composto deverá ser mantida. Para garantia deste
equilíbrio observa-se geralmente a ocorrência de outro defeito simultâneo de
modo a anular o efeito provocado pela imperfeição anterior. A este fenômeno
damos o nome de “estrutura de defeitos”.

Estas estruturas podem ser classificadas como:


Defeito de Frenkel: Envolve um par composto
por uma lacuna de cátion e um ânion interisticial;

Defeito de Schottky: Par que é composto por


uma lacuna de cátion e uma lacuna de ânion;
Materiais Cerâmicos
Imperfeições nas Cerâmicas
Impurezas:
Átomos de impurezas podem formar soluções sólidas em materiais
cerâmicos da mesma forma como ocorrem com os metais;
A ocorrência deste tipo de imperfeição vai depender basicamente dos
tamanhos atômicos e eletronegatividades dos átomos envolvidos, assim como
a densidade de vazios presentes;
Materiais Cerâmicos
Propriedades Físico-químicas
 Apresentam boa estabilidade química quando submetidos a ambientes
agressivos. Este fato se dá basicamente devido as elevadas energias de
ligação estabelecidas pelas ligações iônicas e covalentes presentes no
interior destes materiais;
 Menos susceptível a oxidação em altas temperaturas que metais e
polímeros.
 São menos densas que a maioria dos metais e suas ligas, conferindo uma
maior leveza aos componentes compostos deste tipo de material. Fato
explicado pela baixa compactação molecular, estabelecida devido a
ocorrência de forças repulsivas estabelecidas entre os íons carregados
eletricamente; Composição (% em peso)

SiO2 Al2O3 K2O MgO CaO Outros

Sílica refractária 96 4

Tijolo refractário 50-70 45-25 5

Mulita refractária 28 72 ----

Porcelana eléctrica 61 32 6 1

Porcelana steatite 64 5 30 1

Cimento Portland 25 9 64 2
Materiais Cerâmicos átomos

Propriedades Térmicas
 Maus condutores de calor; Ligação Química
 São mais resistêntes à altas temperaturas e à ambientes severos que
metais e polímeros;
 A dilatação térmica é baixa comparada com metais e polímeros;
 Baixa condutividade térmica;
 Alto ponto de fusão Material Capacidade Coeficiente linear de Condutivida
calorífica expansão térmica de térmica
(J/Kg.K) ((°C)-1x10-6) (W/m.K)
Alumínio 900 23,6 247

Cobre 386 16,5 398

Alumina (Al2O3) 775 8,8 30,1

Sílica fundida 740 0,5 2,0


(SiO2)
Vidro de cal de 840 9,0 1,7
soda
Polietileno 2100 60-220 0,38

Poliestireno 1360 50-85 0,13


Materiais Cerâmicos
Propriedades Térmicas
Uma interessante aplicação, que leva em conta as propriedades
térmicas das cerâmicas, é o seu uso na indústria aeroespacial.
* Temperaturas de subida (°C)
Revestimento exterior
com fibra amorfas de
sílica de alta pureza.
Espessura: 1,27-
8,89cm
Materiais Cerâmicos
Propriedades Mecânicas
 Apresentam baixa resistência ao choque (baixa tenacidade);
 Apresentam elevados módulos de elasticidade ~ 45.500kgf/mm2 (aço:
20.000 kgf/mm2)
 São resistentes em relação à compressão (relação média de 1:10, no que
se refere aos esforços de tração)
 Têm alta dureza, alta resistência ao desgaste e alta fragilidade;
 A extrema fragilidade e dureza dos cerâmicos vem da natureza das suas
ligações atômicas iônicas ou covalentes (alta intensidade de interação,
organização pouco compacta, ....)
 Pouco endurecíveis por precipitação;
 Não encruáveis nem maleáveis, pois não permitem deformação por
escorregamento de planos, tornando a propagação de discordâncias
quase impossível ;
Materiais Cerâmicos
Propriedades Mecânicas
COMPORTAMENTO MECÂNICO
COMPORTAMENTO FRÁGIL
Característica típica dos cerâmicos: melhor resistência em compressão que
em tração;
Comportamento semelhante ao dos ferro fundidos;
 Para caracterização das propriedades dos materiais cerâmicos utiliza-se
normalmente o ensaio de flexão ao invés do ensaio de tração de ensaio de tração,
visto a dificuldade de garantir a repetitividade do ensaio diante da dispersão dos
resultados provenientes dos esforços de tração aplicados;
Materiais Cerâmicos
Propriedades Elétricas
As propriedades elétricas dos materiais cerâmicos são muito
variadas, podendo ser:

 Isolantes: Alumina, vidro de sílica (SiO2)


 Semicondutores: SiC, B4C, Ge, GaAs, InSb, GaN, CdTe

Supercondutores: (La, Sr)2CuO4, TiBa2Ca3Cu4O11

InP
Materiais Cerâmicos
Composição Básica e Algumas Propriedades
Nome comum Comp. Utilização
Alumina, alumina refractária Al2O3 Isolamento térmico e eléctrico
Magnésia, magnésia refractária MgO Resistência ao desgaste
Spinel MgO.Al2O3 Idem
Óxido de Crómio Cr2O3 Revestimentos para resist. ao desgaste
Dióxido de urânio UO2 Combustível em reactores nucleares
Zircónia (parcial.) estabilizada ZrO2 Isolamento térmico (estab. com 10%CaO)
Titanato de Bário BaTiO3 Componentes electrónicos
Ferrite de Níquel NiFe2O4 Componentes “magnéticos”

Nome comum Comp Utilização


Carboneto de Silício SiC Abrasivos
Nitreto de Silício Si3N4 Resistência ao desgaste
Carboneto de Titânio TiC Resistência ao desgaste
Carboneto de Tântalo TaC Resistência ao desgaste
Carboneto de Tungsténio WC Ferramentas de corte
Carboneto de Boro B4C Abrasivos
Nitreto de Boro BN Isolamento
Materiais Cerâmicos
Vidros

SiO2 B2O3 Al2O3 Na2O CaO MgO K2O ZnO PbO Utilização

Sílica vítrea 100 Vidro alta pureza(*)

Borosilicato 76 13 4 5 1 Vidro p/ química

Vidro (janelas) 72 1 14 8 4

Vidro (conten.) 73 2 14 10

Fibra vidro E 54 8 15 22 Fibras p/ compósitos

Verniz 60 16 7 11 6

Enamel 34 3 4 17 42 Revestimento p/ metais


Materiais Cerâmicos
Processamento dos Vidros
 Inicialmente aplica-se elevadas temperaturas até o atingimento do pontos
de fusão das mátérias-primas, garantido assim um nível de viscosidade
adequada, para a possibilidade da ocorrência da deformação plástica
(aumento da fluidez);
 Posteriormente aplica-se um dos quatro principais métodos de
conformação indicados abaixo:
Prensagem: Utilizada para fabricação de peças com elevadas espessuras de parede.
A peça é inserida em um molde, o qual permitirá a definição da forma desejada,
através da aplicação de pressão.

Insuflação: Utilizado na fabricação de garrafas, jarras, lampadas; A peça é inserida em


um molde inicial, onde passa por uma prensagem mecânica, e posteriormente é
transferida para um molde de acabamento por onde passará pelo processo de insuflação
por uma jato de ar comprimido e atingirá a sua forma final.
Materiais Cerâmicos
Processamento dos Vidros

Estiramento: A massa fundida de vidro é submetida a


passagem por diversos orifícios presentes na base de uma
câmara aquecida formando diversas fibras, que são
posteriormentes estiradas e armazenadas por um sistema
mecânico de rolos.

Laminação a quente: A massa fluída após aquecida é submetida a passagem por rolos
laminadores que comprimem e estiram as chapas de vidro de modo a conformá-las.
Este processo é aplicado principalmente na fabricação de longas peças de vidro como
barras, perfis e fibras, as quais apresentam como principal característica uma seção
reta constante;
Materiais Cerâmicos
Tratamentos Térmicos dos Vidros
Recozimento:
Tratamento térmico que visa a redução das tensões térmicas impostas
pelo resfriamento do vidro em um de suas etapas de processamento.
Consiste na aplicação de temperatura até atingir o ponto de recozimento
(500 à 1100°C, a depender da composição do vidro) e posterior controle
de sua taxa de resfriamento, buscando a menor velocidade de
resfriamento possível;
Materiais Cerâmicos
Tratamentos Térmicos dos Vidros
Têmpera de Vidros
A finalidade da têmpera é estabelecer tensões elevadas de compressão
nas zonas superficiais do vidro, e correspondentes altas tensões de tração
no centro do mesmo.
Este fenômeno ocorre devido as diferentes taxas de resfriamento
impostas na peça, fazendo com que as superfícies resfriem primeiro
dificultando a contração e consequentemente gerando tensão e residuais
de compressão na superfície do material.
O vidro é colocado no forno, submetido a uma temperatura entre 600 e
850°C, a depender da composição química do composto, até atingir a
homogeneidade de aquecimento, e posteriormente recebe um resfriamento
brusco através de jatos de ar ou banho de óleo, o que vai gera o estado de
tensão citado.
Este tratamento é aplicado para vidros que são submetidos a elevados
esforços mecânicos (Para-brisas, Portas grandes, Estantes, etc...
Materiais Poliméricos
Características Gerais
 Materiais poliméricos são geralmente compostos orgânicos constituídos
de carbono, hidrogênio e outros elementos não-metálicos;
Quanto a sua ocorrência podem ser classificados:
Naturais: São obtidos na natureza extraídos de plantas e animais.
Ex: Madeira, borracha (latéx), algodão, lã, couro, seda,....
Artificiais ou Sintéticos: Processados a partir do Petróleo e do Gás
Natural.
São produzidos com baixos custos e suas propriedades podem ser
administradas atingindo altos níveis de qualidade;
Ex: Policarbonatos, Polietileno, Polipropileno, Poliestireno, Fluorocarbonos,
Poliamida (Nylon), Poliéster (PET), Epóxi, etc..
Materiais Poliméricos
Estruturação Interna dos Materiais Poliméricos
São formados em sua grande maioria por macromoléculas (longas
cadeias de moléculas) de hidrocarbonetos repetidas, com intensas
ligações covalentes intramoleculares, que são classificadas como:
Saturadas: Ocorre quando cada átomo contribui com um
elétron para compartilhamento;
Insaturadas: Para esta classe de ligação o compartilhamento
ocorre com a contribuição de dois ou três elétrons por cada
átomo;
Entre as moléculas predominam ligações fracas de Van der Waals
do tipo dipolo permanente formando as cadeias;
Entre as cadeias podem ocorrer ligações covalentes (Termofixos)
ou secundárias (termoplásticos).
Materiais Poliméricos
Estruturação Interna dos Materiais Poliméricos
Moléculas dos Polímeros:
As moléculas dos polímeros são gigantescas cadeias compostas de
pequenas moléculas de hidrocarbonetos;
Essas macromoléculas são compostas por entidades estruturais que se
repetem sucessivamente ao longo de toda cadeia, a esta entidade damos o
nome de mero ou monômero.
Poli (vários, diversos) + meros (partes) = diversas partes.
Materiais Poliméricos
Classificação dos Materiais Poliméricos
Quanto aos elementos formadores de cadeia:
 Homopolímeros: Polímero que é formado por um único tipo de unidade
monomérica.
 Copolímeros: Cadeia polimérica formada por dois ou mais tipos de
monômeros.

Quanto as características de deformação:


Elastômeros (Borrachas): Material que, em temperatura ambiente,
pode ser consideravelmente deformado na forma elástica, através da
aplicação de uma baixa tensão.(Ex: Borrachas de estireno-butadieno,
Borrachas de nitrilo, Policloropreno (neopreno), Borrachas de silicone).
Materiais Poliméricos
Classificação dos Materiais Poliméricos
Quanto as características de deformação:
Plásticos: Apresentam predominantemente o modo de deformação
plástica.
Termoplásticos:
Necessitam de calor para serem deformados;
Podem ser redeformados diversas vezes através da aplicação de
temperatura, permitindo-se a aplicação de reciclagem;
Ex:Polietileno, Policloreto de vinila, Polipropileno, Poliestireno
(Aplicações Gerais) / Poliamidas (nylons), Poliacetal, Policarbonato,
Poliésteres saturados (Aplicações Estruturais)
Termoendurecíveis:
Uma vez deformados e endurecidos por calor ou reação quimica, assumem
condição estável, não podendo ser refundido, redeformados ou reciclado;
Quando submetidos a altas temperaturas se degradam ou se decompõem,
devido a alta densidade da ligação covalente presente na composição destas
estruturas;
Ex:Compostos Fenólicos, Poliésteres Insaturados, Melaninas,
Materiais Poliméricos
Polimerização
A produção dos polímeros ocorrem através dos processos de
polimerização, que consiste na agregação de diversos meros;
Um dos principais métodos de polimerização é o de adição, que consiste
em sucessivas adições de monômeros. As substâncias utilizadas na produção
desses polímeros apresentam obrigatoriamente pelo menos uma ligação
dupla entre carbonos.
Durante a polimerização, ocorre a ruptura da ligação dupla e a formação
de duas novas ligações simples, como mostra o esquema:

O nome dado a cada composto é estabelecido da seguinte forma:


Polí + (Nome da menor entidade química que se repete).
Ex: Polietileno, Policloreto de vinilo, Polipropileno, Poliestireno,
Poliacrilonitrilo, Poliacetato de vinilo;
Materiais Poliméricos
Estruturação Interna x Aplicações
Polietileno (PE)
 O polietileno é um dos polímeros mais
comuns, de uso diário devido ao seu
baixo custo.
 Ele é obtido pela reação entre as
moléculas do eteno (etileno), que pode
ser representada por:
Polietileno de cadeia reta
Material rígido de alta densidade (HDPE), utilizado na fabricação de garrafas,
brinquedos e outros objetos.

Polietileno de cadeia ramificada


Material macio e flexível, conhecido por polietileno de baixa densidade
(LDPE),utilizado para produzir sacos plásticos, revestimento de fios e embalagens
maleáveis.
Materiais Poliméricos
Estruturação Interna x Aplicações
Polipropileno (PP)
 É utilizado para produzir objetos moldados, fibras para roupas, cordas,
tapetes, material solante, bandejas, prateleiras e pára-choques de
automóveis, dentre outros.

Poliestireno (PS)
É utilizado na produção de objetos moldados, como pratos, copos, xícaras,
seringas, material de laboratório e outros materiais rígidos transparentes;
Quando sofre expansão provocada por gases, origina um material
conhecido por isopor,
Materiais Poliméricos
Estruturação Interna x Aplicações
Policloreto de Vinila (PVC)
Uma de suas principais características é o fato de que ele evita a
propagação de chamas, sendo usado como isolante elétrico.
É utilizado para produzir tubulações, discos fonográficos, pisos e capas
de chuva, couro sintético,....

Teflon (PTFE)
É um polímero excepcionalmente inerte, não-combustível e bastante
resistente.É utilizado para produzir fitas de vedação, para evitar
vazamentos de água, revestimentos antiaderentes de panelas e frigideiras,...
Materiais Poliméricos
Estruturação Interna x Aplicações
Poliacrilonitrila ou Policianeto de Vinila
 Essas fibras podem sofrer processos de fiação com algodão, lã ou seda,
originando vários produtos, como cobertores, mantas, tapetes, carpetes e
tecidos para roupas de inverno.

Poliacetato de Vinila (PVA)


 Grande parte do PVA produzido atualmente é utilizada para a produção de
tintas, adesivos e goma de mascar.
Materiais Poliméricos
Estruturação Interna x Aplicações
Polimeta-acrilato de metila (PMMA)
É utilizado para produzir lentes de contato, painéis transparentes,
lanternas de carro, painéis de propaganda, semáforos, tabelas de basquete,
....
Materiais Poliméricos
Estruturação Interna x Aplicações
Borrachas Sintéticas
 As matérias-primas mais comuns para a produção de borrachas sintéticas são o eritreno e o cloropreno;
 Suas polimerizações podem ser representadas por:

 As borrachas sintéticas, quando comparadas às naturais,


são mais resistentes às variações de temperatura e ao
ataque de produtos químicos, sendo utilizadas para a
produção de mangueiras, correias e artigos para vedação.

Uma importante classe de borrachas sintéticas é a formada pela


copolimerização do eritreno com o estireno, cuja principal aplicação é a
fabricação de pneus.
Materiais Poliméricos
Principais Propriedades
Facilidade de processamento aliado a eliminação de operações de acabamento
Baixos custo de processamento e de matéria-prima;
Baixa densidade (leveza);
Propriedades de isolamento elétrico (Encapamento de fios,...);
Boa estabilidade química em contato com diversos ambiente (Tintas,
revestimentos,...);
Transparência (Opacidade dada pela adição de cargas);
Baixo coeficiente de atrito;
Boa estabilidade dimensional (Retentores, Oring´s, ...)
Baixa temperatura de fusão ou de decomposição;
Microestrutura amorfa ou pouco cristalina;
Baixa rigidez;
Maus condutores de calor;
Bons absorvedores de impactos e vibrações (Bases de máquinas,....);
Alta flexibilidade
Materiais Poliméricos
Processamento dos Materiais Poliméricos
Moldagem por injeção: Processo de
moldagem no qual o material plástico é
aquecido e amolecido é forçado, por um
cilindro roscado do tipo parafuso, a entrar
numa cavidade do molde relativamente fria,
adquirindo o plástico a forma pretendida;

Moldagem por sopro: Método de fabricação de plásticos, no qual um tubo


oco é forçado a adquirir a forma da cavidade do molde, através da aplicação
de ar sobre pressão em seu interior;
Materiais Poliméricos
Processamento dos Materiais Poliméricos
Extrusão: Processo no qual um material plástico
amolecido é forçado a passar por um orifício (matriz)
através da aplicação de pressão, formando um produto
contínuo com a forma da seção transversal da matriz;
Moldagem por compressão: processo de moldagem de
termo endurecíveis no qual uma mistura para moldagem
(geralmente aquecida) é colocada em um molde, e
posteriormente comprimida a altas pressões e aquecidas até
que ocorra a cura.
Moldagem por transferência: processo de moldagem de
termoendurecíveis, no qual uma mistura para moldagem é
inicialmente amolecida, por adição de calor numa câmara
de transferência e, em seguida, forçada, devido aplicação de
uma pressão elevada, a entrar em uma ou mais cavidades do
molde onde se dá a cura final.
Materiais Compósitos
Definição
Muitas de nossas tecnologias modernas exigem materiais com
combinações incomuns que não podem ser atendidas satisfatoriamente pelas
ligas metálicas, cerâmicas e materiais poliméricos convencionais (aplicações
aeroespaciais, subaquáticas e de transporte de alto desempenho);
Ex: Aplicação aeronáutica: materiais com baixa densidade + elevada
tenacidade + resistência a corrosão + resistência a tração + resistência a
fadiga +......

Painéis Propulso
solares de res
satélites
Materiais Compósitos
Definição
O QUE É UM MATERIAL COMPÓSITO?
American Society for testing and Materials (ASTM)
Mistura física de dois ou mais materiais, combinados para formar um novo
material de engenharia útil, com propriedades diferentes aos componentes
puros, podendo ser obtidos por combinação de metais, cerâmicas ou
polímeros.
Materiais Compósitos
Definição
O QUE É UM MATERIAL COMPÓSITO?
Materiais “desenhados” para apresentarem a combinação das melhores
características de cada material constituinte;
Mistura ou combinação de dois ou mais micro ou macroconstituintes, que
diferem na forma e na composição química, e que na sua essência são
insolúveis entre si.
São materiais multifásicos produzidos artificialmente, que possuem uma
combinação desejável das melhores propriedades de suas fases constituíntes.
É um material multifásico que apresenta propriedades perceptíveis de ambas as
fases;
Ex: concreto armado (cerâmica reforçada por metal), madeira (dois polímeros,
celulose e lignina), fibra de vidro (numa matriz polimérica), vídia (WC + Co) e isopor
(poliestireno + CO2) são exemplos típicos
Materiais Compósitos
Classificação
Os compósitos podem ser subdivididos em:

Reforçados por partículas:


partículas
Este tipo de reforço é geralmente mais utilizado na composição de compósitos de
matrizes cerâmicas e metálicas, conseguindo-se consideráveis aumentos da dureza no
caso das matrizes metálicas e da tenacidade à fratura nos casos das matrizes cerâmicas.

Para matrizes poliméricas a introdução de partículas não leva a um aumento


substancial das propriedades mecânicas do polímero, visto a dificuldade de transferir
tensões da matriz polimérica para entidades esféricas dotadas de pequena área
superficial.
São subdivididos em reforço por partículas grandes e reforço por dispersão;
Este tipo de reforço também podem atuar como nucleadores de trincas.

Ex: Concreto (Areia + Brita + Cimento + Água), Cermeto (WC ou TiC +


Matriz metálica “Co ou Ní”)
Materiais Compósitos
Classificação
Reforçados por fibras;
Normalmente, as fibras são as cargas de reforço mais eficientes, pois
possuem uma maior resistência especifica e maior módulo de
elasticidade específica;
As fibras são usadas como agente sustentador de tensões e visam
conferir elevadas propriedades mecânicas aos compósitos;
 A características de resistência e elasticidade dependem, diretamente
do tamanho das fibras (curta ou longa), do nível de agregação das fibras
com a matriz e da disposição das fibras na matriz (alinhada ou aleatória);
As fibras tipicamente usadas em compósitos em matrizes
poliméricas são: fibras de vidro, carbono, boro, fibras de Kevlar e
fibras naturais.
Materiais Compósitos
Classificação
Reforçados por fibras:
Os compósitos reforçados com fibras podem ser divididos em:
Compósitos com fibras contínuas:
• As tensões aplicadas são preferencialmente suportadas pelas fibras;
• A matriz atua como agente de união e transferidor de tensões.

Compósitos com fibras descontínuas:


• Não oferecem níveis de reforço similares aos das fibras contínuas;
• Apresentam uma maior versatilidade de processamento .
Materiais Compósitos
Propriedades de Resistência do Compósitos
Reforçados por Fibras
As propriedades mecânicas dos compósitos reforçados com
fibras dependem de alguns fatores, tais como:
 orientação das fibras;
 comprimento;
 distribuição;
 composição química da matriz e das fibras, etc.
Materiais Compósitos
Mecanismos de Falha em Compósitos Reforçados
por Fibras
1. Arrancamento das fibras;
2. Ponte de fibras (fiber bridging): as superfícies de uma trinca
são interligadas por fibras;
3. Deslizamento interfacial matriz/fibras, seguido da ruptura das
fibras;
4. Ruptura de fibras;
5. Trincamento da matriz.
Materiais Compósitos
Classificação
Estruturais: São estruturas compostas tanto por materiais homogêneos, quanto
por materiais compósitos, cuja as propriedades dependem não somente dos materiais
constituintes, mas também do projeto geométrico dos vários elementos estruturais. Os
compósitos estruturais mais comuns são os laminares e os painéis de sanduíche.
Compósitos Laminares: São compostos por folhas ou painéis
bidimensionais que possuem uma direção preferencial de alta resistência. As
camadas são empilhadas e subsequentemente unidas umas às outras através
de uma resina polimérica, de modo a variar o posicionamento das direções
preferenciais de cada camada, buscando uma homogeneidade das
propriedades do compósito em todas as direções.
Ex: Folhas de compensado, Cockpit F1, Ski
Materiais Compósitos
Classificação
Quanto ao modo construtivo:
Painéis em Sanduíche: Consistem em duas folhas externas mais
resistentes, ou faces que se encontram separadas por uma camada de
material menos denso, ou recheio, que por sua vez possui menor rigidez e
menor resistência. Este princípio concilia leveza e rigidez à estrutura
final.
Face: Suportam a maior parte das tensões de flexão transversais,
podendo ser construídas em ligas metálicas, plásticos reforçados
com fibra, madeira compensada, entre outros.
Recheio: Serve para separar as faces, e suportam
predominantemente os carregamentos aplicados transversalmente ao
plano da face.
Materiais Compósitos
Classificação

Painéis em Sanduíche:
Materiais Compósitos
Aplicações
Surgiu inicialmente na indústria aeronáutica devido à necessidade de
diminuição de peso, preservando a robustez dos componentes estruturais
e substituindo os materiais metálicos;

Aviões: Fuselagem, spoilers, portas


internas, portas de trem de pouso,...

Helicópteros: Pás da hélice principal, hélice


traseira, árvore de transmissão,
fuselagem,....
Materiais Compósitos
Aplicações
Indústria Automobilística:
Teto, capô, cárter de óleo, colunas de
direção, árvores de transmissão, molas
laminadas, painéis, etc.,
Esportes:
Raquetes de tênis, tacos de golf,
pranchas de surf, barcos de competição,
skis,....
Indústria aeroespacial

Painéis solares Propulsores


de satélites
EVOLUÇÃO DA UTLIZAÇÃO DOS MATERIAIS

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