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Desenho Técnico de Tubulações Industriais

1. Desenho Técnico
1 Objetivo
Neste capitulo serão apresentados os requisitos básicos para a leitura e interpretação de
desenho técnico. Os elementos apresentados estão obedecendo às orientações
normativas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

2 Definição
O desenho técnico é considerando de modo geral o desenho da construção civil, de
eletrotécnica, de carpintaria e de topografia. No passado este desenho foi regulamento
pela norma ABNT NB-8.
O desenho técnico mecânico é considerado de modo particular o desenho para a indústria
mecânica. No passado este desenho foi regulamento pela norma ABNT NB-13.

3 Normalização
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, atualmente temos
as seguintes normas para execução de desenho técnico:
 ABNT NBR 8196 – Desenho Técnico – Emprego de escalas

 ABNT NBR 8402 – Execução de caracter para escrita em desenho técnico

 ABNT NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenho

 ABNT NBR 8404 – Indicação do estado de superfície em desenho técnico

 ABNT NBR 8993 – Representação convencional de partes roscadas

 ABNT NBR 10067 – Princípios gerais de representação em desenho técnico

 ABNT NBR 10068 – Folha de desenho – leiaute e dimensões

 ABNT NBR 10126 – Cotagem em desenho

 ABNT NBR 10582 – Apresentação da folha para desenho técnico

 ABNT NBR ISO 10209-2 – Desenho Técnico

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4 Noções de Geometria

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5 Representação de uma peça

6 Linhas

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7 Dimensionamento

Figura 19 - Exemplos de cotagens

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8 Perspectiva
O desenho, para transmitir uma mesma idéia, precisa recorrer a um modo a
representação gráfica chamada ‘perspectiva’. Nessa representação gráfica as três
dimensões de um objeto são representadas em um único plano, de maneira a transmitir a
idéia de profundidade e relevo.
Existem diferentes tipos de perspectiva como mostra a figura 16 e cada tipo de
perspectiva mostra o objeto de um maneira. Comparando as três formas de
representação, nota-se que a perspectiva isométrica (‘ISO’ quer dizer mesma; ‘MÉTRICA’
quer dizer medida) é a que dá a idéia menos deformada do objeto.

Figura 16 - Perspectivas

A perspectiva isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da largura e


da altura do objeto representado.
Em desenho técnico pode-se representar a perspectiva isométrica pelas suas vistas
ortográficas.

Figura 17 - Vistas Ortográficas de um prisma de base quadrada

 A projeção A, representada no plano vertical vertical, chama-se projeção vertical ou


vista frontal frontal;
 A projeção B, representada no plano horizontal horizontal, chama-se projeção
horizontal ou vista superior superior;
 A projeção C, que se encontra no plano lateral, chama-se projeção lateral ou vista
lateral esquerda.

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As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal, que é a vista
principal da peça, determina as posições das demais vistas; a vista superior aparece
sempre representada abaixo da vista frontal; a vista lateral esquerda aparece sempre
representada à direita da vista frontal.
O rebatimento dos planos de projeção permite representar, com precisão o, um modelo
de três dimensões (o prisma retangular) numa superfície de duas dimensões (folha de
papel). Além disso, o conjunto das vistas representa o modelo em verdadeira grandeza,
possibilitando interpretar suas formas com exatidão.

Figura 18 - Exemplos de vistas ortográficas

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9 Escalas
A escala é a relação dimensional entre a representação de um objeto no desenho e suas
dimensões reais. É uma forma de representação que mantém as proporções das medidas
lineares do objeto representado. A escala permite representar, no papel, peças de
qualquer tamanho real.
Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas, ou então
são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente, mantendo inalteradas as formas e as
dimensões angulares dos objetos.
Normalização: ABNT NBR 8196
Existem três tipos de escalas:
 Escala natural: É aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho
real da peça.

Figura 7 - Desenho em escala natural

 Escala de redução: É aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o


tamanho real da peça.

Figura 8 – Desenho em escala de redução

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 Escala de ampliação: É aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que


o tamanho real da peça.

Figura 9 - Desenho em escala de ampliação

Quando se aplicam fatores de escala em desenhos com detalhes angulares observa-se


que esses detalhes não sofrem alterações.

Figura 10 - Desenho com detalhes angulares submetidos


a um fator de escala

Figura 11 - Escalas recomendadas

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10 Apresentação do desenho
Normalização: ABNT NBR 10068
a) Papel: Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de
resistência e durabilidade apropriadas. A escolha do tipo de papel deve ser feita em
função dos objetivos, do tipo do projeto e das facilidades de reprodução.

b) Formatos: Devem ser utilizados os formatos de papel da série A, conforme


NBR10.068 (Folha de desenho – Leiaute e dimensões – Padronização), formato A0 como
máximo e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e arquivamento.

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Figura 12 - Formatos especificados segundo a ABNT NBR 10068
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11 Carimbos
Normalização: ABNT NBR 10068
O espaço inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo destinado
à legenda de titulação e numeração dos desenhos. Na Legenda devem constar, no
mínimo, as seguintes informações:
 Identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
 Identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento;
 Título do desenho;
 Indicação seqüencial do projeto (número e/ou letras);
 Escalas
 Autoria do desenho e do projeto
 Indicação da revisão
 Data

Outras informações que devem localizar-se próximas do carimbo são:


 Planta Chave
 Escalas gráficas
 Notas gerais
 Descrição da revisão
 Legenda e simbologia
 Documentos de referência
 Indicação do norte verdadeiro e de projeto
 Regime dos ventos

12 Projeto e Desenho por Computador


Com o avanço da informática, surgiu um novo termo para auxílio à Engenharia.
CAD-Computer Aided Design
CAE-Computer Aided Engineering
CAM-Computer Aided Manufacturing

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13 Projeto de Arquitetura
a) Planta de situação
A planta de situação compreende dos elementos arquitetônicos como um todo, em seus
múltiplos aspectos. Pode conter informações específicas em função do tipo e do porte do
projeto, assim como para a sua finalidade. Para aprovação em órgãos oficiais, tais como
CREA, prefeituras, IBAMA, dentre outros, a planta de situação deve apresentar
informações claras e completas sobre a localização do terreno.

Figura 1 - Planta de Situação

b) Planta de locação (ou implantação)

A planta de locação, denominada também de implantação, compreende o projeto como


um todo, contendo, além do projeto de arquitetura, as informações necessárias dos
projetos complementares (movimento de terra, arruamento, redes hidráulica, elétrica e de
drenagem, entre outros). A locação das edificações, assim como a das eventuais
construções complementares são indicadas nesta planta.

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c) Planta Baixa
A planta de edificação apresenta a vista superior do plano secante horizontal, localizado
a, aproximadamente, 1,50m do piso de referência. A altura desse plano pode ser variável
para cada projeto de maneira a representar todos os elementos considerados necessários
na documentação. As plantas de edificação podem apresentar os detalhes do térreo,
subsolo, jirau, andar-tipo, sótão, cobertura e os demais detalhes da construção.

Figura 2 - Planta de edificação

d) Cortes
O corte em um desenho arquitetônico apresenta o plano secante vertical e divide a
edificação em duas partes, seja no sentido longitudinal ou no transversal. O corte, ou
cortes, deve ser disposto de forma que o desenho mostre o máximo de detalhes
construtivos (escadas, pisos, desníveis, portas, janelas, passagens internas e externas,
etc). Nos cortes transversais, podem ser marcados os cortes longitudinais e vice-versa.

Figura 3 - Corte

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e) Fachada
A fachada é a representação gráfica (desenho) dos planos externos da edificação,
podendo ser as vistas frontal, laterais e posteriores da edificação. Os cortes transversais e
longitudinais também podem ser marcados nas fachadas.

Figura 5 - Desenho de fachada

f) Elevações
As elevações são as representações gráficas dos planos internos da edificação ou de
algum, ou alguns, elemento que a constitui. Os planos apresentam os detalhes como as
escadas, porões, sótãos, desníveis de ambientes, soleiras, dentre outros.

g) Detalhes (ou ampliações) e Escalas


É a representação gráfica de todos os elementos com dimensões reduzidas ou elementos
cujas funcionalidades ou localizações se apresentem de maneira que dificulte a
interpretação no desenho como um todo. São apresentados em escala adequada para
alcançar um perfeito entendimento do projeto e para possibilitar a correta execução.

Figura 6 - Desenho de detalhe

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2. Projeto e Desenho de Tubulações


O projeto e o desenho de tubulações tratam de simbologia e critérios específicos para
instalações que possuam sistemas de tubulações, sejam elas para finalidade de
processo, utilidades ou outras.
A grande maioria das industria e comercio possuem tubulações, independente do
tamanho da indústria e do comércio.
Neste tipo de projeto utilizaremos os conceitos das normas de desenho técnico, seja de
vistas, cortes, elevações, escala, formatos, linhas, etc, adicionando uma simbologia
específica para tubulações, acessórios, válvulas e conexões.

14 Normalização
Da Petrobras-CONTEC
 N-57 - Projeto Mecânico de Tubulações

 N-58 - Símbolos Gráficos para Fluxogramas de Processo e de Engenharia

 N-59 - Símbolos Gráficos para Desenhos de Tubulação

 N-75 - Abreviaturas para os Projetos Industriais

 N-1521 - Identificação de Equipamentos Industriais

 N-1522 - Identificação de Tubulações Industriais

 N-1692 - Apresentação de Projetos de Detalhamento de Tubulações

Da ISA-Instrumentation Society of American


 RP 5.1 - Instrumentation Symbols and Identification
Obs.: a PETROBRAS já possuiu uma norma para simbologia de instrumentação, a N-901,
que foi cancelada.

Da ASME-American Society of Mechanical Engineers


 Y32.2.3 - Graphic Symbols For Pipe Fittings, Valves And Piping

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15 Normalização para projetos na indústria de Petróleo e Gás


Da ASME-American Society of Mechanical Engineers
 B 31.3 - Process Piping

 B 31.4 - Pipeline Transportation Systems for Liquid Hidrocarbons and Other Liquids

 B 31.8 - Gas Transmission and Distribuition Piping Systems

Da ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas


 NBR 12712 - Projeto de Sistemas de Transmissão e Distribuição de Gas
Combustível

16 Documentos que constituem um Projeto de Tubulação


 Fluxogramas de Engenharia

 Desenhos Índices de plantas de Tubulação

 Desenhos de Plantas de Tubulação

 Desenhos de Suportes, Apoios e Restrições Metálicos de Tubulação

 Desenhos de Diagramas de Cargas Sobre Suportes de Tubulação

 Desenhos de Detalhes de Tubulação

 Desenhos Isométricos

 Listas de Linhas

 Índices de Isométricos

 Listas de Material de Tubulação

 Resumo de Material de Tubulação

 Requisições de Material de Tubulação

 Padronizações de Material de Tubulação

 Listas de Suportes de Tubulação

 Memória de Cálculo-Dimensionamento Mecânico

 Memória de Cálculo-Análise de Tensões e Flexibilidade

 Especificações Técnicas de Soldagem, Fabricação e Montagem

 Listas dos Documentos de Projeto de Tubulação

 Memorial Descritivo

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17 Principais e mais usuais documentos de um projeto de tubulação


 Fluxograma de Engenharia

 Planta de Tubulação e Suportes

 Isométricos

 Desenho de Suportes, Apoios e Restrições Metálicas

 Desenho de Detalhes de Tubulação

 Lista de Linhas

 Lista de Material de Tubulação

 Padronização de Material de Tubulação

 Memória de Cálculo

 Memorial Descritivo

 Especificações Técnicas de Soldagem, Fabricação e Montagem

18 Documentos de um projeto de tubulação de pequeno porte


 Fluxograma de Engenharia e Processo

 Planta de Tubulação e Suportes

 Isométricos

 Lista de Material de Tubulação

 Memória de Cálculo

 Memorial Descritivo

 Especificações Técnicas de Soldagem, Fabricação e Montagem

19 Softwares para Projetos de tubulação


 Plant Space Design Series – Bentley systems

 PDS – Intergraph

 PDMS – Aveva

 CAPIPE – AEC Design Group

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20 Fluxogramas de Engenharia
Com relação ao conteúdo:
Os fluxogramas de engenharia devem conter, no mínimo, as seguintes informações:
 Todos os equipamentos principais de caldeiraria, tais como: tanques, torres, vasos,
reatores, caldeiras, fornos e permutadores de calor, com sua identificação e
características básicas;
 Todos os equipamentos principais de máquinas, tais como: bombas, compressores,
ventiladores, sopradores e ejetores, com sua identificação e características básicas;
 Todos os equipamentos secundários (filtros, purgadores, “figuras 8”) que tenham
alguma função no processo, manutenção, operação ou montagem;
 Indicação de qualquer exigência de serviço em relação aos equipamentos
(exemplos: equipamentos que devam ficar próximos; elevações relativas que devam
ser mantidas);
 Todas as tubulações principais, de utilidades e auxiliares, com suas identificações,
sentido de fluxo e condições especiais de serviço (declividade constante, fluxo por
gravidade ou termossifão, inexistência de pontos altos ou baixos, obrigatoriedade de
traçado retilíneo, exigência de mínima perda de carga, exigência de arranjo simétrico
ou especial, existência de dupla fase de escoamento; existência de vibrações) se
existirem;
 Todas as válvulas consideradas indispensáveis para o processo;

 Todos os instrumentos com suas identificações, estações de controle e sistema de


acionamento dos atuadores de controle;
 Indicação de isolamento térmico e/ou sistema de aquecimento (a vapor ou elétrico)
para tubulações e equipamentos;
 Pontos onde haja mudança de padronização de material de tubulação;

 Linhas de drenos e suspiros, considerados indispensáveis ao processo.

Com relação ao traçado:


 A simbologia deve estar de acordo com as normas;

 Deve ser seguida uma ordem racional na disposição das tubulações e


equipamentos, visando maior clareza de informação, independentemente da
verdadeira disposição física destes elementos na instalação industrial.

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 Todas as tubulações devem ser representadas por linhas horizontais e verticais,


sendo que as horizontais devem ser contínuas e as verticais interrompidas nos
cruzamentos. Na maioria dos casos, as tubulações principais devem ser desenhadas
em traços mais fortes, sendo que as linhas mais finas devem ser reservadas para
equipamentos, instrumentação, chamadas para notas e símbolos ou convenções de
numeração ou continuação.
 Devem ser colocadas setas indicativas da direção de fluxo de forma a garantir a
compreensão do fluxograma. O sentido geral do fluxo das tubulações principais deve
ser da esquerda para a direita e o espaçamento entre as tubulações, no desenho, deve
ser, no mínimo, de 6 mm.
 Devem constar em linha cheia todos os internos dos equipamentos que tenham
significado para o projeto mecânico, tais como: sucção flutuante de tanques. As bocas
de visita e o tipo de suporte do equipamento não devem ser indicados.
 Os dados técnicos básicos para os equipamentos devem aparecer em forma de
tabela na parte inferior do desenho; no corpo do fluxograma, os equipamentos devem
ser só identificados.
 As linhas tracejadas devem ser utilizadas apenas para indicar sinais elétricos.

 As linhas traço-ponto devem ser utilizadas para a indicação do limite de bateria de


equipamentos do tipo pacote ou para indicação da previsão de instalações futuras.
 Os trechos de saída do desenho devem ser indicados por retângulos onde aparecem
uma ou mais das seguintes informações, conforme o caso:
 identificação da unidade (de ou para) que interliga a linha ou grupo de linhas;
 número do fluxograma continuação, se houver;
 identificação do novo número de cada linha no fluxograma continuação em outra
unidade;
 identificação do equipamento de origem ou de destino da tubulação.

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21 Planta de Tubulação
Com relação ao conteúdo:
As plantas de tubulação devem conter, no mínimo, as seguintes informações:
 Indicação do norte de projeto;

 Coordenadas e cotas, de importantes linhas de referência, tais como: limites de área


e desenho, linha de centro de ruas ou acessos e seus contornos, travessia de ruas,
canaletas de drenagem, diques, prédios, casas de controle e outras edificações,
contorno das bases principais, plantas de continuação;
 Identificação de todos os tubos e seu sentido de fluxo;

 Elevações de todos os tubos (elevação de fundo, preferencialmente);

 Identificação dos caimentos através dos pontos de trabalho;

 Distâncias entre linhas de centro de tubos paralelos e todas as cotas dos pontos de
mudança de direção;
 Todas as válvulas e acessórios de tubulação (exceto luvas ou uniões que funcionam
como ligações entre varas de tubos) representados em escala conforme simbologia
própria;
 Coordenadas e identificação das colunas de referência (exemplo: ponte de
tubulação);
 Identificação de todos os equipamentos estáticos e dinâmicos pertencentes ao
sistema de tubulações, apresentando seu contorno, coordenadas e elevação de linha
de centro ou linhas de tangência superior e inferior;
 Locação e identificação dos bocais dos equipamentos: identificação do bocal,
orientação, diâmetro nominal, classe de pressão, tipo de conexão e elevação;
 Identificação, dimensões gerais, elevação e locação de plataformas, passarelas e
escadas

Com relação ao traçado:


 A simbologia deve estar de acordo com as normas.

 Os tubos de diâmetro nominal até 12” devem ser representados por traço único na
sua linha de centro; os tubos de diâmetros maiores devem ser representados (em
escala) por 2 traços paralelos, com sua linha de centro indicada e utilizada com
referência para as cotas e identificação.
 Devem ser indicadas as posições das hastes das válvulas.
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 As válvulas instaladas em tubulações verticais devem ter sua elevação indicada.

 O contorno de edificações, equipamentos, canaletas de drenagem, vias e acessos,


rota de fuga, devem ser traçados com linha fina.
 Os limites obrigatórios de desenho devem ser traçados em linha grossa,
interrompida por 2 traços curtos (traço longo, traço curto, traço curto, traço longo).
 Devem ser indicados os sentidos de sobe/desce, de escadas e rampas através de

 pequenas setas.

 Devem ser indicadas e identificadas as plantas de continuação.

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22 Isométricos
Com relação ao conteúdo:
Os desenhos isométricos devem conter, no mínimo, as seguintes informações:
 Identificação de todas as tubulações e seu sentido de fluxo;

 Elevação de todos os tubos a partir da linha de centro; nos trechos em que se tornar
indispensável, indicar a elevação de fundo de tubo;
 Todas as cotas e dimensões necessárias para a fabricação e montagem das
tubulações (de trechos retos, angulares, raios de curvatura, acessórios, válvulas e
outros acidentes);
 Representação de todas as válvulas e acessórios de tubulação, inclusive os
secundários, como drenos, respiros, conexões para instrumentação, tomadas de
amostras, purgadores;
 Orientação (norte de projeto);

 Identificação, posição de linha de centro e bocais de interligação de equipamentos


(vasos, bombas, compressores);
 Lista dos materiais referentes ao isométrico;

 Plantas de tubulação de referência, com indicação das suas revisões;

 Relação das linhas detalhadas nos desenhos isométricos;

 Indicação se as linhas são isoladas ou aquecidas;

 Indicação de condições especiais (tratamento térmico, revestimento, utilização de


materiais alternativos);
 Indicação das condições de operação, projeto e teste de cada linha;

 Indicação das abreviaturas utilizadas;


Observações:
a) Cada desenho isométrico deve conter apenas uma linha; somente em casos especiais,
tais como: sucção de bombas A e B ou similares, podem ser admitidas 2 linhas em um
mesmo isométrico; em nenhum caso um mesmo isométrico pode incluir linhas de
padronização de material diferentes;
b) Tomadas tamponadas para ligações futuras, cujo comprimento não ultrapasse de 1000
mm devem fazer parte do isométrico da linha tronco;
c) Todos os suportes soldados à tubulação devem ser indicados no isométrico.

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Com relação ao traçado:


 A simbologia deve estar de acordo com as normas.

 As linhas verticais são representadas por traços verticais e as horizontais nas


direções ortogonais devem ser representadas por traços inclinados de 30° sobre a
horizontal (para a direita ou para a esquerda); linhas com direções diferentes das 3
direções ortogonais devem ser representadas por traços inclinados com ângulos
diferentes de 30° e devem ter indicados nos desenhos os ângulos verdadeiros de suas
inclinações com as 3 direções ortogonais básicas, bem como o paralelogramo ou
prisma, onde a direção inclinada seja uma diagonal (neste caso, usar linhas finas para
representar o paralelogramo ou o prisma). Sempre que facilitar a visualização, deve ser
hachurado o plano que contém a linha e sua projeção no plano horizontal.
 Todos os tubos devem ser representados por traço único (independentemente do
diâmetro) na posição de sua linha de centro, utilizando-se linha grossa.
 Devem ser indicados os raios de curvatura dos trechos de tubos curvados.

 Devem ser indicados com linhas tracejadas, os trechos dos tubos que continuam em
outro desenho isométrico, devendo ser também indicados os números dos desenhos
isométricos ou plantas de continuação.

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23 Especificação de Tubulação
Normalização: PETROBRAS N-76 e PETROBRAS ET-200-03

• FLUIDO
• PRESSÃO DE PROJETO
• TEMPERATURA DE SPEC
PROJETO
• MATERIAL BASE
• NORMA BÁSICA

Facilidades:
• PADRONIZAÇÃO DE MATERIAIS
• CÓDIGO PARA OS FLUIDOS
• CÓDIGO PARA AS CLASSES DE PRESSÃO
• TAG PARA OS MATERIAIS

Observações:
a) Individual para cada cliente.
b) PETROBRAS, COPENE, LEVER, etc…

24 Classes de Pressão
• Segundo a Norma ASME B 16.5 (Até o diâmetro de 24”)
150# 150 psi 150 lbf/in2
300# 300 psi 300 lbf/in2
600# 600 psi 600 lbf/in2
900# 900 psi 900 lbf/in2
1500# 1500 psi 1500 lbf/in2
2500# 2500 psi 2500 lbf/in2

• Segundo a Norma DIN EN 1092-1


PN 10 - 10 kgf/cm2
PN 16 - 16 kgf/cm2
PN 25 - 25 kgf/cm2

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25 Identificação e simbologia de instrumentos


Normalização: ISA RP 5.1

Os instrumentos são identificados por letras, sendo estas provenientes da língua inglesa e
a primeira letra definindo a variável de processo.

As variáveis de processo mais comuns são:

Variável Descricpition Descrição


P Pressure Pressão
T Temperature Temperatura
F Flow Vazão
L Level Nível

Mais usuais em uma instalação de Gás:


PI Pressure Indicator (Manômetro)
PCV Pressure Control Valve
PSV Pressure Safety Valve
TI Temperature Indicator (Termômetro)
TE Temperature Element
FQIT Flow Quantometer Indicating Transmitter
ESDV Emergency Shut Down Valve

26 Linguagem e Abreviaturas em Projetos de Tubulação


Em desenhos de tubulação, sejam plantas, cortes, detalhes e isométricos temos uma
linguagem própria para leitura e interpretação do desenho.
Na PETROBRAS a norma N-75 resume uma grande parte destas abreviaturas que devem
ser utilizadas nos projetos executados para ela.

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27 Identificação de equipamentos
Para identificação de um equipamento utilizamos letras individuais ou conjunto de letras
que definem o tipo do equipamento, normalmente a primeira letra do respectivo
equipamento, seguido de um número seqüencial, que pode também incluir a área onde o
equipamento está localizado, além do número sequancial. A este conjunto de letra e
número chamamos de “TAG”.
O TAG de um equipamento depende de cada cliente, especificamente de sua
normalização interna. Na PETROBRAS, temos a norma N-1521, que possui uma lista de
equipamentos mais utilizados pela mesma e que pode ser utilizada como referência.
Exemplos:
TAG Equipamento Área e/ou Número Sequencial
FT-001 Filtro de Linha 001
TQ-4000 Tanque 4000
C-100 Compressor 100

28 Identificação de tubulação
Para identificação de uma tubulação devemos utilizamos o critério definido na
ESPECIFICAÇÃO DE TUBULAÇÃO, SPEC, que varia de acordo com cada cliente.
Na PETROBRAS, temos a norma N-1522, que define os critérios para identificação de
uma tubulação.
Exemplo:

4”-G20-6270-001-Eh
4” – Diâmetro nominal
G20 – Gás natural a uma pressão de 20 kgf/cm 2 (Fluido)
6270 – Área de localização (Área)
001 – Número seqüencial
Eh – SPEC de tubulação, no caso, 600#, FJA

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Desenho Técnico de Tubulações Industriais

3. Bibliografia
TELLES, Pedro Carlos da Silva. Tubulações Industriais: materiais, projeto e desenho.
6. Ed. rev. e ampliada. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora SA,
1982.

PETROBRAS SA – Petróleo Brasileiro. Símbolos Gráficos para Fluxogramas de


Processo e de Engenharia.
N-58, fev../1999

PETROBRAS SA – Petróleo Brasileiro. Símbolos Gráficos para Desenhos de


Tubulação.
N-59, abr./2004

PETROBRAS SA – Petróleo Brasileiro. Abreviaturas para os Projetos Industriais


N-75, mai./2002

PETROBRAS SA – Petróleo Brasileiro. Materiais de Tubulação para Instalações de


Refino e Transporte.
N-76, nov./2007

PETROBRAS SA – Petróleo Brasileiro. Apresentação de Projetos de Detalhamento de


Tubulações.
N-1692, fev./2004

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Anexo V

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PÁGINA EM BRANCO

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