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1. Desenho Técnico
1 Objetivo
Neste capitulo serão apresentados os requisitos básicos para a leitura e interpretação de
desenho técnico. Os elementos apresentados estão obedecendo às orientações
normativas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
2 Definição
O desenho técnico é considerando de modo geral o desenho da construção civil, de
eletrotécnica, de carpintaria e de topografia. No passado este desenho foi regulamento
pela norma ABNT NB-8.
O desenho técnico mecânico é considerado de modo particular o desenho para a indústria
mecânica. No passado este desenho foi regulamento pela norma ABNT NB-13.
3 Normalização
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas, a ABNT, atualmente temos
as seguintes normas para execução de desenho técnico:
ABNT NBR 8196 – Desenho Técnico – Emprego de escalas
4 Noções de Geometria
6 Linhas
7 Dimensionamento
8 Perspectiva
O desenho, para transmitir uma mesma idéia, precisa recorrer a um modo a
representação gráfica chamada ‘perspectiva’. Nessa representação gráfica as três
dimensões de um objeto são representadas em um único plano, de maneira a transmitir a
idéia de profundidade e relevo.
Existem diferentes tipos de perspectiva como mostra a figura 16 e cada tipo de
perspectiva mostra o objeto de um maneira. Comparando as três formas de
representação, nota-se que a perspectiva isométrica (‘ISO’ quer dizer mesma; ‘MÉTRICA’
quer dizer medida) é a que dá a idéia menos deformada do objeto.
Figura 16 - Perspectivas
As posições relativas das vistas, no 1º diedro, não mudam: a vista frontal, que é a vista
principal da peça, determina as posições das demais vistas; a vista superior aparece
sempre representada abaixo da vista frontal; a vista lateral esquerda aparece sempre
representada à direita da vista frontal.
O rebatimento dos planos de projeção permite representar, com precisão o, um modelo
de três dimensões (o prisma retangular) numa superfície de duas dimensões (folha de
papel). Além disso, o conjunto das vistas representa o modelo em verdadeira grandeza,
possibilitando interpretar suas formas com exatidão.
9 Escalas
A escala é a relação dimensional entre a representação de um objeto no desenho e suas
dimensões reais. É uma forma de representação que mantém as proporções das medidas
lineares do objeto representado. A escala permite representar, no papel, peças de
qualquer tamanho real.
Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real ou são mantidas, ou então
são aumentadas ou reduzidas proporcionalmente, mantendo inalteradas as formas e as
dimensões angulares dos objetos.
Normalização: ABNT NBR 8196
Existem três tipos de escalas:
Escala natural: É aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho
real da peça.
10 Apresentação do desenho
Normalização: ABNT NBR 10068
a) Papel: Os desenhos devem ser executados em papéis transparentes ou opacos, de
resistência e durabilidade apropriadas. A escolha do tipo de papel deve ser feita em
função dos objetivos, do tipo do projeto e das facilidades de reprodução.
11 Carimbos
Normalização: ABNT NBR 10068
O espaço inferior direito das folhas de desenho deve ser reservado ao carimbo destinado
à legenda de titulação e numeração dos desenhos. Na Legenda devem constar, no
mínimo, as seguintes informações:
Identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
Identificação do cliente, nome do projeto ou do empreendimento;
Título do desenho;
Indicação seqüencial do projeto (número e/ou letras);
Escalas
Autoria do desenho e do projeto
Indicação da revisão
Data
13 Projeto de Arquitetura
a) Planta de situação
A planta de situação compreende dos elementos arquitetônicos como um todo, em seus
múltiplos aspectos. Pode conter informações específicas em função do tipo e do porte do
projeto, assim como para a sua finalidade. Para aprovação em órgãos oficiais, tais como
CREA, prefeituras, IBAMA, dentre outros, a planta de situação deve apresentar
informações claras e completas sobre a localização do terreno.
c) Planta Baixa
A planta de edificação apresenta a vista superior do plano secante horizontal, localizado
a, aproximadamente, 1,50m do piso de referência. A altura desse plano pode ser variável
para cada projeto de maneira a representar todos os elementos considerados necessários
na documentação. As plantas de edificação podem apresentar os detalhes do térreo,
subsolo, jirau, andar-tipo, sótão, cobertura e os demais detalhes da construção.
d) Cortes
O corte em um desenho arquitetônico apresenta o plano secante vertical e divide a
edificação em duas partes, seja no sentido longitudinal ou no transversal. O corte, ou
cortes, deve ser disposto de forma que o desenho mostre o máximo de detalhes
construtivos (escadas, pisos, desníveis, portas, janelas, passagens internas e externas,
etc). Nos cortes transversais, podem ser marcados os cortes longitudinais e vice-versa.
Figura 3 - Corte
e) Fachada
A fachada é a representação gráfica (desenho) dos planos externos da edificação,
podendo ser as vistas frontal, laterais e posteriores da edificação. Os cortes transversais e
longitudinais também podem ser marcados nas fachadas.
f) Elevações
As elevações são as representações gráficas dos planos internos da edificação ou de
algum, ou alguns, elemento que a constitui. Os planos apresentam os detalhes como as
escadas, porões, sótãos, desníveis de ambientes, soleiras, dentre outros.
14 Normalização
Da Petrobras-CONTEC
N-57 - Projeto Mecânico de Tubulações
B 31.4 - Pipeline Transportation Systems for Liquid Hidrocarbons and Other Liquids
Desenhos Isométricos
Listas de Linhas
Índices de Isométricos
Memorial Descritivo
Isométricos
Lista de Linhas
Memória de Cálculo
Memorial Descritivo
Isométricos
Memória de Cálculo
Memorial Descritivo
PDS – Intergraph
PDMS – Aveva
20 Fluxogramas de Engenharia
Com relação ao conteúdo:
Os fluxogramas de engenharia devem conter, no mínimo, as seguintes informações:
Todos os equipamentos principais de caldeiraria, tais como: tanques, torres, vasos,
reatores, caldeiras, fornos e permutadores de calor, com sua identificação e
características básicas;
Todos os equipamentos principais de máquinas, tais como: bombas, compressores,
ventiladores, sopradores e ejetores, com sua identificação e características básicas;
Todos os equipamentos secundários (filtros, purgadores, “figuras 8”) que tenham
alguma função no processo, manutenção, operação ou montagem;
Indicação de qualquer exigência de serviço em relação aos equipamentos
(exemplos: equipamentos que devam ficar próximos; elevações relativas que devam
ser mantidas);
Todas as tubulações principais, de utilidades e auxiliares, com suas identificações,
sentido de fluxo e condições especiais de serviço (declividade constante, fluxo por
gravidade ou termossifão, inexistência de pontos altos ou baixos, obrigatoriedade de
traçado retilíneo, exigência de mínima perda de carga, exigência de arranjo simétrico
ou especial, existência de dupla fase de escoamento; existência de vibrações) se
existirem;
Todas as válvulas consideradas indispensáveis para o processo;
21 Planta de Tubulação
Com relação ao conteúdo:
As plantas de tubulação devem conter, no mínimo, as seguintes informações:
Indicação do norte de projeto;
Distâncias entre linhas de centro de tubos paralelos e todas as cotas dos pontos de
mudança de direção;
Todas as válvulas e acessórios de tubulação (exceto luvas ou uniões que funcionam
como ligações entre varas de tubos) representados em escala conforme simbologia
própria;
Coordenadas e identificação das colunas de referência (exemplo: ponte de
tubulação);
Identificação de todos os equipamentos estáticos e dinâmicos pertencentes ao
sistema de tubulações, apresentando seu contorno, coordenadas e elevação de linha
de centro ou linhas de tangência superior e inferior;
Locação e identificação dos bocais dos equipamentos: identificação do bocal,
orientação, diâmetro nominal, classe de pressão, tipo de conexão e elevação;
Identificação, dimensões gerais, elevação e locação de plataformas, passarelas e
escadas
Os tubos de diâmetro nominal até 12” devem ser representados por traço único na
sua linha de centro; os tubos de diâmetros maiores devem ser representados (em
escala) por 2 traços paralelos, com sua linha de centro indicada e utilizada com
referência para as cotas e identificação.
Devem ser indicadas as posições das hastes das válvulas.
Centro de Tecnologias do Gás - CTGÁS 20
Desenho Técnico de Tubulações Industriais
pequenas setas.
22 Isométricos
Com relação ao conteúdo:
Os desenhos isométricos devem conter, no mínimo, as seguintes informações:
Identificação de todas as tubulações e seu sentido de fluxo;
Elevação de todos os tubos a partir da linha de centro; nos trechos em que se tornar
indispensável, indicar a elevação de fundo de tubo;
Todas as cotas e dimensões necessárias para a fabricação e montagem das
tubulações (de trechos retos, angulares, raios de curvatura, acessórios, válvulas e
outros acidentes);
Representação de todas as válvulas e acessórios de tubulação, inclusive os
secundários, como drenos, respiros, conexões para instrumentação, tomadas de
amostras, purgadores;
Orientação (norte de projeto);
Devem ser indicados com linhas tracejadas, os trechos dos tubos que continuam em
outro desenho isométrico, devendo ser também indicados os números dos desenhos
isométricos ou plantas de continuação.
23 Especificação de Tubulação
Normalização: PETROBRAS N-76 e PETROBRAS ET-200-03
• FLUIDO
• PRESSÃO DE PROJETO
• TEMPERATURA DE SPEC
PROJETO
• MATERIAL BASE
• NORMA BÁSICA
Facilidades:
• PADRONIZAÇÃO DE MATERIAIS
• CÓDIGO PARA OS FLUIDOS
• CÓDIGO PARA AS CLASSES DE PRESSÃO
• TAG PARA OS MATERIAIS
Observações:
a) Individual para cada cliente.
b) PETROBRAS, COPENE, LEVER, etc…
24 Classes de Pressão
• Segundo a Norma ASME B 16.5 (Até o diâmetro de 24”)
150# 150 psi 150 lbf/in2
300# 300 psi 300 lbf/in2
600# 600 psi 600 lbf/in2
900# 900 psi 900 lbf/in2
1500# 1500 psi 1500 lbf/in2
2500# 2500 psi 2500 lbf/in2
Os instrumentos são identificados por letras, sendo estas provenientes da língua inglesa e
a primeira letra definindo a variável de processo.
27 Identificação de equipamentos
Para identificação de um equipamento utilizamos letras individuais ou conjunto de letras
que definem o tipo do equipamento, normalmente a primeira letra do respectivo
equipamento, seguido de um número seqüencial, que pode também incluir a área onde o
equipamento está localizado, além do número sequancial. A este conjunto de letra e
número chamamos de “TAG”.
O TAG de um equipamento depende de cada cliente, especificamente de sua
normalização interna. Na PETROBRAS, temos a norma N-1521, que possui uma lista de
equipamentos mais utilizados pela mesma e que pode ser utilizada como referência.
Exemplos:
TAG Equipamento Área e/ou Número Sequencial
FT-001 Filtro de Linha 001
TQ-4000 Tanque 4000
C-100 Compressor 100
28 Identificação de tubulação
Para identificação de uma tubulação devemos utilizamos o critério definido na
ESPECIFICAÇÃO DE TUBULAÇÃO, SPEC, que varia de acordo com cada cliente.
Na PETROBRAS, temos a norma N-1522, que define os critérios para identificação de
uma tubulação.
Exemplo:
4”-G20-6270-001-Eh
4” – Diâmetro nominal
G20 – Gás natural a uma pressão de 20 kgf/cm 2 (Fluido)
6270 – Área de localização (Área)
001 – Número seqüencial
Eh – SPEC de tubulação, no caso, 600#, FJA
3. Bibliografia
TELLES, Pedro Carlos da Silva. Tubulações Industriais: materiais, projeto e desenho.
6. Ed. rev. e ampliada. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora SA,
1982.
Anexo V
PÁGINA EM BRANCO