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Instituto Politécnico Privado Industrial Evolução

DESENHO TÉCNICO

Professor: Wilson Lamego da Silva


DESENHO TÉCNICO

CONTEÚDO PROGAMÁTICO
1º TRIMESTRE

1
1. Introdução ao Desenho Técnico
2. Normalização do Desenho Técnico
3. Instrumentos e Materiais de Construção
4. Princípios Geométricos
5. Projecções
2º TRIMESTRE
6. Cotagem
7. Perspectivas
8. Cortes, Secções e Planificação
9. Elementos de Ligação

3º TRIMESTRE
10.CAD (Desenho Assistido por Computador)

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INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO

Generalização
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Desenho técnico é a Forma de expressão gráfica que tem por finalidade a representação de forma,
dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades requeridas pelas diversas áreas da
técnica (engenharia e arquitetura).

Utiliza-se de um conjunto constituído por linhas, números símbolos e indicações escritas


normalizadas números, símbolos e indicações escritas normalizadas internacionalmente.

Linguagem gráfica universal da engenharia e da arquitetura.

O desenho técnico, tal como nós o entendemos hoje, foi desenvolvido graças ao matemático francês
Gaspar Monge (1746-1818). Os métodos de representação gráfica que existiam até aquela época não
possibilitavam transmitir a ideia dos objetos de forma completa, correta e precisa.

Monge criou um método que permite representar, com precisão, os objetos que têm três dimensões
(comprimento, largura e altura) em superfícies planas, como, por exemplo, uma folha de papel, que tem
apenas duas dimensões (comprimento e largura).

Diferenças entre o desenho técnico e o desenho artístico


Artístico

Os artistas transmitiram suas ideias e seus sentimentos de maneira pessoal. Um artista não tem o
compromisso de retratar fielmente a realidade. O desenho artístico reflete o gosto e a sensibilidade do artista
que o criou.

Figura 1- Desenho Realista ( Retrato ) Figura 2- Estilo Urbano ( Grafites)

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Figura 3- Pinturas Rupestres Figura 4- Desenho Realista

Técnico

O desenho técnico é um tipo de representação gráfica utilizado por profissionais de uma mesma área,
como, por exemplo, na mecânica, na Construção, na eletricidade, etc. Assim, ao contrário do artístico, deve
transmitir com exatidão todas as características do objecto que representa. Para conseguir isso, o projectista
deve seguir regras estabelecidas previamente, chamadas de normas técnicas. Assim, todos os elementos do
desenho técnico obedecem a normas técnicas, ou seja, são normalizados. Cada área ocupacional tem seu
próprio desenho técnico, de acordo com normas específicas.

O desenho técnico, como citado anteriormente, é uma linguagem gráfica utilizada na indústria. Para que
está linguagem seja entendida no mundo inteiro, existe uma série de regras internacionais que compõem as
normas gerais de desenho técnico. O desenho técnico é um desenho operativo, ou seja, após sua confecção
segue-se uma operação de fabricação ou montagem. Desta forma, para fabricarmos ou montarmos qualquer
tipo de equipamento ou construção civil, mecânica, eletricidade e em todas as áreas da indústria sempre
precisaremos de um desenho técnico.

Figura 6- Projecto de uma peça mecânica

Figura 5- Projecto Arquitectónico (Planta Baixa)

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Tipos de desenhos técnicos


Desenhos Projectivos

Os desenhos projetivos compreendem-se na maior parte dos desenhos feitos nas indústrias. Desenho
projetivo são os desenhos resultantes de projeções do objeto em um ou mais planos de projecção e
correspondem às vistas ortográficas e às perspectivas. São exemplos de desenho projectivos:
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- Desenho Mecânico;

- Desenho de Máquinas;

-Desenho de Estruturas;

- Desenho Arquitectônico;

- Desenho Elétrico/Eletrônico;

- Desenho de Tubulações, etc.

Desenhos Não Projectivos

Desenho não projectivo na maioria dos casos corresponde a desenhos resultantes dos cálculos
algébricos e compreendem os cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos, diagramas etc.
Os desenhos não-projetivos são utilizados para representação das diversas formas de gráficos, diagramas,
esquemas, ábacos, fluxogramas, organogramas etc.

Figura 7- Projecto de uma lâmpada Figura 8- Fluxograma ( desenho não projectivo) Figura 9- Organograma ( desenho não projectivo)
( desenho projectivo )

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Formas de elaboração e apresentação do desenho técnico

É comum associar-se o Desenho Técnico apenas à execução precisa por meio de instrumentos
(régua, compasso, esquadros, etc.), mas ele pode, também ser executado à mão livre ou por meio de
5 computadores. Cada uma dessas modalidades difere apenas quanto à maneira de execução, sendo idênticos
os seus princípios fundamentais. Actualmente, na maioria dos casos, os desenhos são elaborados por
computadores, pois existem vários softwares que facilitam a elaboração e apresentação de desenhos
técnicos. Os desenhos definitivos são completos, elaborados de acordo com a normalização envolvida, e
contêm todas as informações necessárias à execução do projecto.

O usos de ferramentas de CAD (Computed Aided Design – desenho auxiliado por computador)
tornou obsoleto o uso de pranchetas e salas de desenhos nas empresas. Um dos programas mais conhecidos é
o AutoCAD, criado pela empresa Autodesk, bastante difundido no mercado.

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NORMALIZAÇÃO DO DESENHOS TÉCNICO

Conceitos Gerais
Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi necessário padronizar seus
procedimentos de representação gráfica. Essa padronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e
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respeitadas internacionalmente.

É uma especificação técnica ou um outro documento do domínio público. É aprovada por um


organismo juridicamente qualificado, quer a nível regional, nacional ou internacional. São regras de uso
comum, tanto nas áreas do desenho técnico, como nos outros domínios da actividade humana. As normas
são todas impressas em formato A4. Além do número e do ano de publicação, têm um título e um subtítulo
que explicitam o assunto de que tratam.

Principais entidades de normalização


ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas

ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American Society of Mechanical Engeering);

ASTM - Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society for Testing and Materials);

BS – Normas Britânicas (British Standards);

DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für Normung);

ISO – Organização Internacional para Normalização (International Organization for Standardization);

JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards);

SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva ( Society of Automotive Engeering.

No Brasil há uma série de normas, as NBRs, que estão de acordo com a ISO (International
Organization for Standardization) regem a linguagem do desenho técnico em seus mais diversos parâmetros,
logo aplicaremos como base nos nossos estudos.

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Principais normas brasileiras para o desenho técnico

NBR 10067 – princípios gerais de representação em desenho técnico. A NBR 10067 (ABNT, 1995)
fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. Normaliza o método de projeção ortográfica,
7 que pode ser no 1º diedro ou no 3º diedro, a denominação das vistas, a escolha das vistas, vistas especiais,
cortes e seções, e generalidades;

NBR 10068 – Folha de desenho Lay-out e dimensões – objetiva padronizar as dimensões das folhas
na execução de desenhos técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens e legenda;

NBR 10582 – apresentação da folha para desenho técnico – normaliza a distribuição do espaço da
folha de desenho, definindo a área para texto, o espaço para desenho, etc.;

NBR 13142 – desenho técnico – dobramento de cópias. Fixa a forma de dobramento de todos os
formatos de folhas de desenho para facilitar a fixação em pastas;

NBR 8402 – execução de caracteres para escrita em desenhos técnicos;

NBR 8403 – aplicação de linhas em desenhos – tipos de linhas – larguras das linhas;

NBR 8196 – desenho técnico – emprego de escalas;

NBR 12298 – representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico;

NBR10126 – cotagem em desenho técnico;

NBR 8404 – indicação do estado de superfície em desenhos técnicos;

NBR 6158 – sistema de tolerâncias e ajustes;

NBR 8993 – representação convencional de partes roscadas em desenho técnico;

NBR 6402 – Execução de desenhos técnicos de máquinas e estruturas metálicas.

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Formatos padrões das folhas


Os desenhos devem ser apresentados tendo como suporte folhas de formato da série A. Para melhor
ilustração desse formato é só observar a figura abaixo, cada folha é a subdivisão da anterior, ou seja, se
subdividimos o A0 resulta em duas folhas de A1, se subdividimos o A1, resulta em duas folhas de A2, e
assim sucessivamente. Os formatos das folhas que o desenho técnico deve utilizar foram fixados pela norma
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(NBR 10068 _ISO216) e o seu formato base é representado por (A0), cuja área é de 1 m2.

Figura 10- Divisão da folha A0 (841×1189 mm) e suas subdivisões

Tabela 1- Dimensões das folhas de série A e suas margens

Quando da necessidade de utilização de formatos fora dos padrões estabelecidos, recomenda-se a escolha destes de
tal forma que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou submúltiplo do formato padrão.

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Margem e Esquadria
Numa folha da série A à área reservada à execução de desenhos é limitada ao interior da esquadria. A
Esquadria é o rectângulo a traço continuo grosso, de espessura mínima de 0,5 mm (ISO 5457) conforme
ilustra a figura abaixo. As margens são o espaço compreendido entre a esquadria e os limites da folha de
9 desenho, zona proibida de desenhar, as dimensões das margens são normalizadas.

Figura 11- Exemplo da margem e limite da folha

A margem para furação deve ter um mínimo de 25 mm e localiza-se na margem esquerda da legenda

Legenda
A legenda é uma zona delimitada onde se registam os elementos que caracterizam o desenho e os que
identificam os seus responsáveis, bem como o destino a dar-lhe. A legenda localiza-se sempre encostada ao
canto inferior direito dos formatos junto à margem, não deve ter dimensões superiores a 185 mm, para que
fique sempre na frente da folha dobrado.

Figura 12- Exemplo da posição da legenda

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A legenda não informa somente detalhes do desenho, mas também o nome da empresa, dos
projetistas, data, logomarca, arquivo, etc. É na legenda que o projetista assina seu projeto e marca revisões.
Em folhas grandes, quando se dobra o desenho, a legenda sempre deve estar visível, para facilitar a procura
em arquivo sem necessidade de desdobrá-lo.

Conteúdo e dimensões da legenda


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Os espaços assinalados nas legendas tem a seguinte utilização:

Espaço 1 - designação ou título do objecto representado;

Espaço 2 - destino do desenho Pessoa ou empresa que encomendou o desenho;

Espaço 3 - responsáveis e executantes do desenho: projectista, desenhador, fotocopista e verificador;

Espaço 4 - entidade que executa ou promove a sua execução; Espaço 4a - entidade co-proprietário
do desenho, quando o desenho não se destinar à entidade executante

Espaço 5 - número de registo do desenho: é o número com que o desenho foi registado por quem o
executou, é o numero de identificação no arquivo;

Espaço 6 - referência de alterações ou reedição do desenho. As alterações são indicadas através de


números ou letras maiúsculas;

Espaço 7 - indicação do número do desenho que o presente substitui;

Espaço 8 - indicação do número do desenho que o veio substituir;

Espaço 9 - escala ou escalas em que o desenho está efectuado. Quando houver mais do que uma
escala, a 1ª linha é para a escala principal as restantes são inseridas nas linhas abaixo e em letra minúscula;

Espaço 10 - especificação das tolerâncias Só se indicam quando o desenho não as expressar.

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Dobragem da Folha de Desenho


Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma recomendada de dobragem. Esta forma visa
que o desenho seja armazenado em uma pasta, que possa ser consultada com facilidade sem necessidade de
retirá-la da pasta, e que a legenda esteja visível com o desenho dobrado. As ilustrações a seguir mostram a
ordem das dobras. Primeiro dobra-se na horizontal (em “sanfona”), depois na vertical (para trás), terminando
a dobra com a parte da legenda na frente.

A dobra no canto superior esquerdo é para evitar de furar a folha na dobra traseira, possibilitando
11 desdobrar o desenho sem retirar do arquivo. Normalmente, o desenho, depois de dobrado, deve ter as
dimensões do formato A4, ficando a legenda exposta na frente e no canto inferior direito.

As Figuras 13, 14, 15, 16 e 17 apresentam as marcas de dobragem de cada folha conforme orientação
da norma.

Figura 13- Dobragem da Folha AO

Figura 14- Dobragem da Folha A1

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Figura 15- Dobragem da Folha A2 Figura 16- Dobragem da Folha A3

Figura 17- Dobragem das Folhas A0, A1, A2 e A3

Escrita
O texto a inserir nas legendas, os comentários ou as cotas (dimensões) devem ser executadas com
letra normalizada. Define-se como Caligrafia Técnica aos caracteres usados para escrever em desenho. A
caligrafia deve ser legível e facilmente desenhável. A caligrafia técnica normalizada são letras e algarismos
inclinados para a direita, formando um ângulo de 75˚ com a linha horizontal. A norma estabelece dois tipos
de letra: a redonda ou vertical e cursiva ou inclinada.

A maneira de segurar o lápis ou lapiseira é o primeiro requisito para o traçado das letras. A pressão
deve ser firme, mas não deve criar sulcos no papel. A distância da ponta do lápis até os dedos deve ser 1/3
do comprimento do lápis, aproximadamente. Na execução das letras e algarismos podem ser usadas pautas
traçadas levemente, com lápis H bem apontado ou lapiseira 0,3mm com grafite H. Estas pautas são
constituídas de quatro linhas conforme Figura 12. As distâncias entre estas linhas e entre as letras são
apresentadas na Figura 18 e 19 e tabela 2 a seguir.

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Figura 18- Exemplo de pautas para escrita em Desenho Técnico

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Figura 19- Características da forma de escrita Fonte: NBR 8402 (ABNT, 199

Tabela 2 – Proporções e dimensões de símbolos gráficos NBR 8402 (ABNT, 1994)

Figura 20- Forma da escrita vertical Fonte: NBR 8402 (ABNT, 1994) Figura 21 – Forma da escrita inclinada Fonte: NBR 8402 (ABNT, 1994)

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Convenções de Linhas
O desenho técnico utiliza vários tipos de linhas e atribui-lhes significados diferentes e fáceis de
interpretar pelo leitor de desenho. Nos desenhos técnicos utilizam-se traços de diversos tipos e espessuras.
Os diferentes elementos do desenho devem apresentar diferentes tipos de linha, com vista a um pleno
reconhecimento do objecto representado. Na prática as espessuras mais usadas são as 0,7 mm; 0,5 mm e 0,3
mm.

Os tipos de linhas, sua utilização e espessura seguem a orientação da NBR 8403 conforme
14 apresentado na Tabela 3.

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Se existem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.

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Figura 22 – Demonstração de alguns tipos de linhas

Escala
Deve-se sempre que possível, procurar fazer o desenho nas medidas reais da peça, para transmitir
uma ideia melhor de sua grandeza. Para componentes que são demasiadamente pequenos, precisamos fazer
ampliações que permitam a representação de todos os detalhes conforme norma. No caso inverso, isto é,
para peças de grande tamanho, o desenho deve ter proporções menores, sendo possível assim a sua execução
dentro dos formatos padronizados.

A Norma NBR 8196, define que a designação completa de uma escala deve consistir da palavra
"ESCALA", seguida da indicação da relação como segue na figura abaixo:

Figura 23 – Escalas padronizadas para desenhos técnico

ESCALA é uma relação que se estabelece entre as dimensões de um objeto em verdadeira grandeza
e aquelas que ele possui em um desenho.

Observações: independente do uso de escalas reduzidas ou ampliadas, a cotagem sempre é feita com
as medidas reais da peça. A escala utilizada sempre deve ser escrita na legenda. A escala a ser escolhida para
um desenho depende da complexidade do objecto a ser representado e da finalidade da representação. Em
todos os casos, a escala selecionada deve ser suficientemente grande para permitir uma interpretação fácil e
clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto em questão deverão decidir o formato da
folha. Exemplos de peças em escala:

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a) Escala de redução: o desenho tem as dimensões menores do que as dimensões do objeto


desenhado.

a) Escala natural ou real: o desenho tem as mesmas dimensões do objeto desenhado.


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b) Escala de ampliação: o desenho tem as dimensões maiores do que as dimensões do objeto


desenhado. Neste caso as dimensões da peça real são ampliadas para representá-la no desenho.
Neste caso a representação correta é: 10:1 ou 10/1 (cada dez unidades no desenho correspondem
a uma unidade na peça real).

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INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE DESENHOS TÉCNICO

17 Prancheta

Pranchetas (mesas para desenho) – construídas com tampo de madeira macia e revestidas com plástico
apropriado, comumente verde, por produzir excelente efeito para o descanso dos olhos. Onde são fixados os
papéis para a execução dos desenhos. Rectângulo de madeira apoiado sobre um cavalete onde os 4 lados
devem estar no esquadro. A superfície deve ser lisa. Deve-se ter cuidado com a iluminação para não formar
sombra sobre o desenho.

Para cobrir as pranchetas, pode-se usar o seguinte:

1. Coberturas de vinil, que fornecem uma superfície de desenho suave e uniforme. Furos de
alinhamento e cortes ficam naturalmente encobertos;

2. Revestimento em fórmica ou material resistente similar, sem imperfeições de superfície.

Figura 24 – Pranchetas (Mesa de desenho)

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Régua Paralela
Destinada ao traçado de linhas horizontais paralelas entre si no sentido do comprimento da prancheta,
e a servir de base para o apoio dos esquadros para traçar linhas verticais ou com determinadas inclinações. O
comprimento da régua paralela deve ser um pouco menor do que o da prancheta. A régua paralela, de certo
modo, substituiu a régua “T”, que era utilizada com a mesma função. As Réguas paralelas são mais caras e
menos portáteis que réguas T, mas nos permitem desenhar com maior velocidade e precisão.

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Figura 25 – Régua Paralela fixa sobre uma prancheta

Régua T
Réguas T são réguas que têm uma barra transversal em uma de suas extremidades. Esta cabeça desliza
ao longo da borda de uma prancheta como um guia, para estabelecer e desenhar linhas retas paralelas. As
réguas T são relativamente baratas e portáteis, mas exigem uma borda reta e nivelada na qual suas cabeças
possam deslizar. As Réguas T estão disponíveis nas dimensões de 80, 100, 120 cm, etc. As réguas T de 100
ou 120 cm são as mais úteis.

Figura 26 – Régua T

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Esquadro
É o conjunto de duas peças de formato triangular-retangular, uma com ângulos de 45º e outra com
ângulos de 30º e 60º (obviamente, além do outro ângulo reto – 90º). São denominados Jogo de Esquadros
quando são de dimensões compatíveis, ou seja, o cateto maior do esquadro de 30/60 tem a mesma dimensão
da hipotenusa do esquadro de 45. Utilizados para o traçado de linhas verticais, horizontais e inclinadas,
sendo muito utilizado em combinação com a régua paralela ou régua T.

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Figura 27 – Esquadros (45º e 30º/60º)

Com a combinação destes esquadros torna-se possível traçar linhas com outros ângulos conhecidos.

Figura 28 – Diferentes combinações dos Esquadros (45º e 30º/60º) para obter novos ângulos

Transferidor
Transferidor é o Instrumento usado para
medir ou marcar ângulos. Normalmente
são fabricados modelos de 180º e 360º.

Figura 29- Transferidor

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Compasso
É o instrumento que serve para traçar circunferências ou arcos de circunferência. O compasso serve
para o traçado de círculos de quaisquer raios, possuindo vários modelos (cada qual com a sua função),
alguns possuindo acessórios como tira-linhas e alongador para círculos maiores. O compasso tradicional
possui uma ponta seca e uma ponta com grafite, com alguns modelos com cabeças intercambiáveis para
canetas de nanquim ou tira-linhas.
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Usa-se o compasso da seguinte forma: aberto com o raio desejado, fixa-se a ponta seca no centro da
circunferência a traçar e, segurando-se o compasso pela parte superior com os dedos indicador e polegar,
imprime-se um movimento de rotação até completar a circunferência.

Figura 30- Compasso

Escalímetro
Conjunto de réguas com várias escalas usadas em engenharia. Seu uso elimina o uso de cálculos para
converter medidas, reduzindo o tempo de execução do projeto. O tipo de escalímetro mais usado é o
triangular, com escalas típicas de arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125. A escala 1:100
corresponde a 1 m = 1 cm, e pode ser usado como uma régua comum (1:1). O Escalímetro utiliza-se
unicamente para medir, não para traçar.

Figura 31- Escalímetro

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Gabarito
São chapas em plástico ou acrílico, com elementos diversos, que possibilitam a reprodução destes nos
desenhos. Os gabaritos têm aberturas para guiar o traçado de formas prede terminadas. Os gabaritos de
círculos oferecem uma série graduada de círculos geralmente baseada em frações ou múltiplos de uma
polegada. Gabaritos com dimensões no sistema métrico também estão disponíveis.

O tamanho real de uma abertura se diferencia do tamanho do desenho em virtude da espessura da


ponta da lapiseira ou caneta. Alguns gabaritos têm recortes para afastá-los da superfície de desenho quando
21 se usa uma caneta e, fornecidos em diversos tamanhos e modelos para as mais diversas formas (círculos,
elipses, específicos para desenhos de engenharia civil, elétrica, etc.

Figura 32- Gabaritos

Borracha

Uma das vantagens do desenho a lápis é a facilidade de apagar suas marcas. Sempre use a borracha
Branca mais macia compatível com o instrumento e a superfície
de desenho. Evite usar borrachas abrasivas para tinta. Borrachas
de vinil ou de plástico PVC não são abrasivas e não borram nem
danificam a superfície de desenho. Algumas borrachas são
saturadas com um fluido apagador para remover linhas de tinta
de papel em geral e do papel vegetal especial. Um fluído
apagador líquido remove marcações a lápis e tinta do papel
vegetal especial.

Figura 33- Borracha

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Lápis ou Porta-Mina

A lapiseira mecânica ou comumente chamada de Porta-mina utiliza uma mina de grafite, que não
necessita ser apontada. Ela é utilizada para o traçado de linhas nítidas e finas se girada suficientemente
durante o traçado. Para linhas relativamente espessas e fortes, recomenda-se utilizar uma série de linhas, ou
uma lapiseira com minas de grafite mais espessas. Estão disponíveis lapiseiras que utilizam minas de 0,3
mm, 0,5mm, 0,7mm e 0,9mm, principalmente. O ideal é que a lapiseira tenha uma pontaleta de aço, com a
função de proteger o grafite da quebra quando pressionado ao esquadro no momento da graficação.
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Figura 34- Lapiseira mecânica (Porta-mina)

O lápis comum de madeira e grafite também pode ser usado para desenho. O lápis dever ser
apontado, afiado com uma lixa pequena e, em seguida, ser limpo com algodão, pano ou papel. De maneira
geral, costuma se classificar o lápis através de letras, números, ou ambos, de acordo com o grau de dureza
do grafite (também chamado de “mina”).

A dureza de um grafite para desenho depende dos seguintes fatores:

a) O grau do grafite, que varia de 9H (extremamente duro) a 6B (extremamente macio), ou Nº 1


(macio) a Nº 3 (duro), conforme classificação;
b) Tipo e acabamento do papel (grau de aspereza): quanto mais áspero um papel, mais duro deve ser
o grafite;
c) A superfície de desenho: quanto mais dura a superfície, mais macio parece o grafite;
d) Umidade: condições de alta umidade tendem a aumentar a dureza aparente do grafite.

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Classificação pelo número

Nº 1 – macio, geralmente usado para esboçar e para destacar traços que devem sobressair;
Nº 2 – médio, é o mais usado para qualquer traçado e para a escrita em geral;
Nº 3 – duro, usado em desenho geométrico e técnico.

Classificação pelo letra


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H-lápis de mina dura utilizados para o traçado de linhas finas, geralmente usadas para gráficos de
computação, diagramas, linhas de eixo, cotas, etc.;

HB ou F- lápis de mina média são usados para representação de objectos e, em geral o mais usado
para o desenho técnico;

B- lápis de mina branda utilizadas para o traçado de linhas grossas de traço escuro, são usados para
croaquis, eesboços técnicos, cabeças de flexas, etc. São muitos usados deesenhos artístico e para detalhes em
grande escala nos desenhos arquitectónicos.

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