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Centro Universitário Adventista de São Paulo

Engenharia Civil

DESENHO TÉCNICO

AULA 01

Engº Fábio Albino de Souza


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DESENHO TÉCNICO

DESENHO TÉCNICO
Ementa
Noções fundamentais do desenho técnico: histórico, definições, equipamentos. Escalas:
numérica e gráfica. Caligrafia e dimensionamento. Teoria das projeções ortogonais.
Perspectivas: cônica, cavaleira e isométrica. Aplicação dos conceitos nos desenhos de
engenharia civil. Normas e Leis..

Bibliografia Básica
MONTENEGRO, G. A. Desenho Arquitetônico. 4ª ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2001.
MONTENEGRO, G. A. Geometria Descritiva. – Volume 1. São Paulo: Edgard Blucher, 2001
NEIZEL, Ernst. Desenho Técnico para a Construção Civil – Volume 1. São Paulo. Editora
EDUSP, 1974.
Notas de aula – Prof. Jean Claude Gagliardo – Desenho técnico, 2009.

Bibliografia Complementar
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126: Cotagem em desenho
ténico, .Rio de Janeiro, 1987. 13 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: Representação de
projetos de arquitetura .Rio de Janeiro, 1994. 27 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196: Desenho técnico –
Emprego de escalas , .Rio de Janeiro, 1999. 2 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: Princípios gerais de
representação em desenho técnico , .Rio de Janeiro, 1995. 14p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068: Folha de desenho –
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Leiaute e dimensões , .Rio de Janeiro, 1987. 4p.
DESENHO TÉCNICO

HISTÓRICO

Desde os tempos da existência dos


primeiros Hominídeos a natureza
dispunha para os seres vivos
abrigos para a defesa das espécies
contra as intempéries. Eras as
grutas ou cavernas, cavidades
naturais geralmente em rochas
carbonatadas.
Após serem lambidas certo tempo por labaredas de fogo com alta
temperatura, o carbonato do calcário se transformava em óxido de cálcio
(cal). As pedras desmoronavam e necessitavam de substituição por novos
blocos. Essa ocorrência deixava como resíduo o pó branco da cal virgem que,
ao ser retirado da lareira, se transformava em cal hidratada ou extinta, por
influência da permanente umidade do ar da gruta.
O pó branco chamou a atenção dos cavernícolas, que instintivamente
acabaram achando utilidade para aquele material em suas marcações e
pinturas.
DESENHO TÉCNICO

HISTÓRICO

O desenho começou a ser utilizado


como meio preferencial de
representação do projeto arquitetônico
a partir do Renascimento. Apesar
disso, ainda não havia conhecimentos
sistematizados de geometria descritiva,
o que tornava o processo mais livre e
sem nenhuma normalização.

Com a Revolução Industrial, os


projetos das máquinas passaram a
necessitar de maior rigor e os diversos
projetistas necessitaram de um meio
comum para se comunicar. Desta forma,
instituíram-se a partir do século XIX as
primeiras normas técnicas de
representação gráfica de projetos.
DESENHO TÉCNICO

HISTÓRICO

Brasil (1976)
• Projeto
Revolução
Arte Rupestre Renascimento • Execução
Industrial (século
(pré-história) (século XV) • Produção
XIX) • Controle
• Uso e manutenção

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DESENHO TÉCNICO

DESENHO TÉCNICO E A ENGENHARIA

Todo o processo de desenvolvimento e criação dentro da engenharia está


intimamente ligado à expressão gráfica. O desenho técnico é uma
ferramenta que pode ser utilizada não só para apresentar resultados como
também para soluções gráficas que podem substituir cálculos complexos.

Apesar da evolução tecnológica e dos meios disponíveis pela computação


gráfica, o ensino de Desenho Técnico ainda é imprescindível na formação de
qualquer modalidade de engenheiro, pois, além do aspecto da linguagem
gráfica que permite que as idéias concebidas por alguém sejam executadas
por terceiros, o desenho técnico desenvolve o raciocínio, o senso de rigor
geométrico, o espírito de iniciativa e de organização.

Assim, o aprendizado ou o exercício de qualquer modalidade de engenharia


irá depender, de uma forma ou de outra, do desenho técnico.

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DESENHO TÉCNICO

TIPOS DE DESENHO TÉCNICO

O desenho técnico é dividido em dois grandes grupos:

• Desenho projetivo – são os desenhos resultantes de projeções do objeto


em um ou mais planos de projeção e correspondem às vistas ortográficas e às
perspectivas.

• Desenho não-projetivo – na maioria dos casos corresponde a desenhos


resultantes dos cálculos algébricos e compreendem os desenhos de gráficos,
diagramas, fluxogramas, etc..

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DESENHO TÉCNICO

TIPOS DE DESENHO TÉCNICO

Os desenhos projetivos compreendem a maior parte dos desenhos feitos


nas indústrias e alguns exemplos de utilização são:

• Projeto e fabricação de máquinas, equipamentos e de estruturas nas


indústrias de processo e de manufatura (indústrias mecânicas, aeroespaciais,
químicas, farmacêuticas, petroquímicas, alimentícias,etc.).

• Projeto e construção de edificações com todos os seus detalhamentos


elétricos, hidráulicos, elevadores etc..

• Projeto e construção de rodovias e ferrovias mostrando detalhes de corte,


aterro, drenagem, pontes, viadutos etc..

• Projeto e montagem de unidades de processos, tubulações industriais,


sistemas de tratamento e distribuição de água, sistema de coleta e tratamento
de resíduos.

• Representação de relevos topográficos e cartas náuticas. 8


DESENHO TÉCNICO

TIPOS DE DESENHO TÉCNICO

Pelos exemplos apresentados pode-se concluir que o desenho projetivo é


utilizado em todas as modalidades da engenharia e pela arquitetura.
Como resultado das especificidades das diferentes modalidades de
engenharia, o desenho projetivo aparece com vários nomes que
correspondem a alguma utilização específica:

• Desenho Mecânico

• Desenho de Máquinas

• Desenho de Estruturas

• Desenho Arquitetônico

• Desenho Elétrico/Eletrônico

• Desenho de Tubulações
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DESENHO TÉCNICO

NORMALIZAÇÃO

O sistema de padronização é a base para garantir a


qualidade de um projeto. Para facilitar a compreensão
do projeto em nível nacional, todos os componentes que
envolvem o desenho de arquitetura e engenharia são
padronizados e normalizados em todo o país.

Para isto existem normas específicas para cada


elemento de projeto, assim como : caligrafia, formatos
dos papéis e outros. O objetivo é conseguir melhores
resultados a partir do uso de padrões que supostamente
descrevem o projeto de maneira mais adequada e
permitem a sua compreensão e execução por
profissionais diferentes independente da presença
daquele que o concebeu.

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DESENHO TÉCNICO

NORMALIZAÇÃO

Como instrumento, as normas técnicas contribuem em vários aspectos,


entre eles:

-Qualidade: fixando padrões que levam em conta as necessidades e os


desejos dos usuários.

-Produtividade: padronizando produtos, processos e procedimentos.

-Tecnologia: consolidando, difundindo e estabelecendo parâmetros


consensuais entre produtores, consumidores e especialistas, colocando os
resultados à disposição da sociedade.

-Marketing: regulando de forma equilibrada as relações de compra e


venda.

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DESENHO TÉCNICO

TERMINOLOGIA – DESENHO TÉCNICO

Quanto ao grau de elaboração

Esboço
Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de
elaboração de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação
de elementos existentes ou à execução de obras.

Desenho preliminar
Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração
do projeto, sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto.

Croqui
Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão
livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade.

Desenho definitivo
Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos
necessários à sua compreensão. 12
DESENHO TÉCNICO

TERMINOLOGIA – DESENHO TÉCNICO

Quanto ao grau de pormenorização

Desenho de componente
Desenho de um ou vários componentes representados separadamente.

Desenho de conjunto
Desenho mostrando reunidos componentes, que se associam para formar um
todo.

Detalhe
Vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo.

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DESENHO TÉCNICO

TERMINOLOGIA – DESENHO TÉCNICO

Quanto ao material empregado


Desenho executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material adequado.

Quanto à técnica de execução


Desenho executado manualmente (à mão livre ou com instrumento) ou à
máquina (computador).

Quanto ao modo de obtenção


Original
Desenho matriz que serve para reprodução.

Reprodução
Desenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, compreendendo:
a) cópia - reprodução na mesma escala do original;
b) ampliação - reprodução maior que o original;
c) redução - reprodução menor que o original.

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DESENHO TÉCNICO

Bibliografia
Bibliografia Básica
MONTENEGRO, G. A. Desenho Arquitetônico. 4ª ed. São Paulo: Edgard Blucher,
2001.
MONTENEGRO, G. A. Geometria Descritiva. – Volume 1. São Paulo: Edgard
Blucher, 2001
NEIZEL, Ernst. Desenho Técnico para a Construção Civil – Volume 1. São Paulo.
Editora EDUSP, 1974.
Notas de aula – Prof. Jean Claude Gagliardo – Desenho técnico, 2009.

Bibliografia Complementar
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126: Cotagem em
desenho ténico, .Rio de Janeiro, 1987. 13 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6492: Representação
de projetos de arquitetura .Rio de Janeiro, 1994. 27 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8196: Desenho
técnico – Emprego de escalas , .Rio de Janeiro, 1999. 2 p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: Princípios
gerais de representação em desenho técnico , .Rio de Janeiro, 1995. 14p.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10068: Folha de
desenho – Leiaute e dimensões , .Rio de Janeiro, 1987. 4p. 15

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