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Química

Estudo da eletrosfera

Teoria

O modelo atômico de Bohr


O fato de os elementos químicos apresentarem espectros na forma de linhas, descontínuos,
forneceu uma pista importante para a compreensão da estrutura dos átomos.

Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), baseando-se no modelo de átomo de


Rutherford, na teoria quântica da energia de Max Planck e nos espectros de linhas dos elementos
(principalmente do hidrogênio), raciocinou que, se os átomos só emitem radiações de certos
comprimentos de onda ou de certas frequências bem determinadas, e não de quaisquer valores,
então os átomos só se apresentam em certos estados de energia bem determinados, que diferem
uns dos outros por quantidades de energia múltiplas de um quantum. Esse raciocínio levou Bohr a
propor os seguintes postulados:
● O elétron move-se em órbitas circulares em torno de um núcleo atômico central. Para cada
elétron de um átomo existe uma órbita específica, em que ele apresenta uma energia bem
definida – um nível de energia – que não varia enquanto o elétron estiver nessa órbita.
● Os espectros dos elementos são descontínuos porque os níveis de energia são quantizados,
ou seja, só são permitidas certas quantidades de energia para o elétron cujos valores são
múltiplos inteiros do fóton (quantum de energia).

Só é permitido ao elétron ocupar níveis energéticos nos quais ele se apresenta com valores de
energia múltiplos inteiros de um fóton.

Com base nesses postulados, Bohr determinou as energias possíveis para o elétron do hidrogênio,
bem como o raio das órbitas circulares associadas a cada uma dessas energias. Ele concluiu que
o conjunto núcleo/elétron será mais estável (mais coeso) quanto mais próxima for a órbita
permitida do elétron em relação ao núcleo. Assim, se atribuirmos a cada nível de energia “n” valores
inteiros que vão de 1 até infinito, a energia do elétron que se move no nível n = 1 é menor que a
energia do elétron que se move no nível n = 2, e assim por diante.
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Seguindo esse raciocínio em relação ao átomo de hidrogênio, o estado de menor energia ou estado
fundamental para o seu único elétron é aquele em que n = 1. Todas as demais energias permitidas
(demais valores de n) representam estados menos estáveis, que chamamos de estados ativados
ou excitados. As conclusões mais importantes do trabalho de Bohr foram:
● O átomo está no seu estado fundamental (mais estável) quando todos os seus elétrons
estiverem se movimentando em seus respectivos níveis de menor energia.
● Se um elétron no estado fundamental absorve um fóton (quantum de energia), ele “salta” para
o nível de energia imediatamente superior e entra num estado ativado (logo, numa situação de
instabilidade).
● Quando um elétron passa de um estado de energia elevada para um estado de energia menor,
o elétron emite certa quantidade de energia radiante, sob forma de um fóton de comprimento
de onda específico, relacionado com uma das linhas do espectro desse elemento. O modelo
atômico de Bohr explicava satisfatoriamente o átomo de hidrogênio, que possui apenas 1
elétron ao redor do núcleo, mas falhava ao explicar os átomos dos demais elementos.

O modelo atômico de Schrödinger


Trata-se do modelo atômico atual. No entanto, é o menos citado devido a sua complexidade. Erwin
Schrödinger formulou uma teoria abrangente sobre o comportamento dos elétrons nos átomos,
conhecido como mecânica quântica. Por isso, recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1933.

A equação de Schrödinger possibilitou calcular a energia do elétron com base em seu


comportamento ondulatório. Essa equação considera o comportamento corpuscular, em termos de
massa m, como o comportamento ondulatório, em termos da função de onda. O orbital (ψ) é uma
função de onda e não tem significado físico, e o quadrado dessa função de onda (ψ2) indica a
probabilidade de encontrar o elétron em uma pequena região do espaço.

O orbital atômico é descrito pela sua função de onda. Quando um elétron tem uma função de onda
específica, dizemos que ele “ocupa” um determinado orbital com uma energia específica. Esses
orbitais são descritos pelos números quânticos.

Distribuição eletrônica
Para facilitar a distribuição eletrônica, um diagrama prático de distribuição eletrônica foi proposto.
Nele, os elétrons são distribuídos em ordem crescente de energia, em níveis e subníveis na
eletrosfera do átomo.

Neste ponto é importante notar que os elétrons dos átomos conhecidos até hoje se distribuem em
até 7 níveis de energia, e cada nível contém um determinado número de subníveis. Além disso, todo
átomo tem um certo número de elétrons, que devem ser preenchidos seguindo o Diagrama.

Os níveis vão apresentam uma quantidade máxima de elétrons que ele pode suportar.
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Nível Número máximo de elétrons
K 2
L 8
M 18
N 32
O 32
P 18
Q 8

E os subníveis também. O subnível s comporta o máximo de 2 elétrons; o p, 6; o d, 10; e o f, 14.

Subnível Número máximo de elétrons


s 2
p 6
d 10
f 14

Com essas informações é possível construir o diagrama de Linus Pauling. Veja o Diagrama de
energia (popularmente conhecido como Diagrama de Linus Pauling) na figura abaixo, e perceba a
ordem de preenchimento expressa nas setas.

Veja o preenchimento de um átomo de Bário que possui 56 elétrons como exemplo:

1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2

O preenchimento da eletrosfera pelos elétrons em subníveis obedece à ordem crescente de energia


definida pelo diagrama. Sendo assim, no exemplo acima, o subnível mais energético é o 6s2.

ATENÇÃO! O elétron diferenciador é o último elétron a entrar no subnível mais


energético. No Bário o elétron diferenciador é o segundo elétron do subnível 6s 2.
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Para saber o número de elétrons a preencher em um átomo neutro, lembre-se de que o número de
prótons é igual ao número de elétrons. Portanto, o número atômico indicará o número de elétrons.
No caso de íons, deve-se adicionar ou remover elétrons à quantidade de elétrons no átomo neutro;
mas muito cuidado, alguns podem gerar pequenas confusões.

Em cátions: Faz-se o preenchimento do átomo em seu estado neutro e, depois, retira(m)-se o(s)
elétron(s) da camada de valência (a mais externa).
• Fe: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
• Fe2+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6 (2 elétrons removidos da camada de valência, que nesse caso é a
4).
• Fe3+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5 (removeu-se o terceiro elétron do subnível 3d, pois a camada 3
passou a ser a camada de valência).

Em ânions: Faz-se o preenchimento do átomo em seu estado neutro e, depois, adiciona(m)-se o(s)
elétron(s) na camada de valência (a mais externa).
• S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4
• S2–: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 (2 elétrons adicionados à camada de valência, que nesse caso é a 3).

Distribuição por camadas e por subníveis


Camadas serão representadas por letras ou números (de 1 a 7 ou de K a Q) e suportam um número
definido de elétrons:

Camada 1 ou K = 2;
Camada 2 ou L = 8;
Camada 3 ou M = 18;
Camada 4 ou N = 32;
Camada 5 ou O = 32;
Camada 6 ou P = 18;
Camada 7 ou Q = 8.

Perceba a diferença entre os tipos de preenchimento pelo exemplo do enxofre (S). Em uma das
distribuições mostram-se os subníveis, enquanto em outra mostram-se apenas as camadas
preenchidas.
• S: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p4 → (por subníveis)
• S: K = 2; L = 8; M = 6 → (por níveis ou camadas)

A camada de valência é o nível mais afastado do núcleo, que corresponde sempre ao maior valor
em suas camadas, e não necessariamente é a última da sequência, mas sim aquela que se encontra
na camada mais externa; no caso do Enxofre (S), acima, a camada 3 ou M, e no Fe é a camada 4 ou
N.
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Números quânticos
Os Números quânticos são definidos como códigos associados à quantidade de energia de cada
elétron. Através desses números podemos caracterizar um átomo. Existem quatro números
quânticos: principal (n), secundário (ℓ), magnético (m ou mℓ) e spin (s ou ms).

O número quântico principal (n) indica o nível de energia em que o elétron está localizado. Esse
número quântico vai de 1 a 7, assim como os níveis.

O Número quântico secundário (ℓ ou mℓ) indica o subnível de energia que aquele elétron pertence.

Subnível Número quântico secundário (ℓ)


s 0
p 1
d 2
f 3

O número quântico magnético (m) indica o orbital em que o elétron está. Os valores desse número
quântico vão de –ℓ a +ℓ (lembre-se que o “ℓ” representa o número quântico secundário). Ao
trabalhar com números quânticos, é comum utilizar diagramas de orbitais em caixas, nos quais
cada orbital é representado por uma caixa, como na imagem a seguir.

Descomplica ©

Número quântico magnético.

Repare que cada subnível tem uma quantidade de orbitais (representados por caixas). Essa
quantidade é metade do número máximo de elétrons possíveis naquele subnível, visto que cada
orbital pode ter até dois elétrons. Essas informações foram resumidas na tabela abaixo.

Número
Número quântico Número quântico Número
Subnível máximo de
secundário (ℓ) magnético (m) de orbitais
elétrons
s 0 0 2 1
p 1 +1, 0, –1 6 3
d 2 +2, +1, 0, –1, –2 10 5
+3, +2, +1, 0, –1, –2,
f 3 14 7
–3
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O número quântico de spin (s ou ms), indica a rotação do elétron. Convenciona-se que, quando o
elétron é representado com a seta para cima (rotação no sentido anti-horário), o spin será +½,
enquanto a representação com a seta para baixo (rotação no sentido horário) terá o spin igual a -½.

Descomplica ©
Representação dos spins.

Princípio da construção
A estrutura eletrônica determina as propriedades químicas de um átomo e, por isso, é fundamental
que sejamos capazes de descrevê-la. Os elétrons em um átomo no estado fundamental ocupam os
orbitais de maneira que a energia total seja a menor possível. Para isso, devemos seguir o princípio
da exclusão de Pauli e a regra de Hund.

• Princípio da exclusão de Pauli: Um orbital pode ser ocupado por, no máximo, dois elétrons com
spins contrários.

Princípio da exclusão de Pauli: somente a terceira representação está correta.

Na imagem acima, as duas primeiras representações colocaram dois elétrons com spins paralelos
(↑↑ ou ↓↓) em um mesmo orbital, o que está incorreto. Dois elétrons só podem ocupar o mesmo
orbital emparelhados, ou seja, com spins contrários (↑↓).

• Regra de Hund: Os orbitais deverão se proceder de maneira a manter-se, sempre que possível,
maior número de elétrons desemparelhados (elétrons ímpares, sozinhos em um orbital) e com o
mesmo spin. Resumidamente, os elétrons devem ser colocados primeiro em orbitais diferentes
e com spins paralelos (elétrons desemparelhados), para depois ocuparem o mesmo orbital com
spins contrários.

Representação da utilizando o diagrama de orbitais em caixas para um subnível p 4, com e sem seguir a regra de Hund.

Para o exemplo acima, a primeira distribuição apresenta energia maior que a segunda. O átomo no
estado fundamental terá a distribuição seguindo a regra de Hund, pois essa será a distribuição de
menor energia total.
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Exemplo: Para encontrar os 4 números quânticos para o nitrogênio, devemos nos basear em seu
elétron diferenciador, ou seja, o último elétron a ser colocado no subnível mais energético. Como
o número atômico do nitrogênio é 7, esse átomo também terá 7 elétrons. Ou seja, 7N: 1s2 2s2 2p3.
Para determinar os números quânticos, nos basearemos no terceiro elétron colocado no subnível
2p3, pois esse é o elétron diferenciador.
• Número quântico principal (n): 2 (“2” do 2p)
• Número quântico secundário (ℓ): 1 (subnível p)
• Número quântico magnético (m): +1 (orbital em que foi colocado o elétron diferenciador)

• Número quântico de spin (s): +½ (elétron diferenciador representado pela seta para cima ↑)
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Exercícios de fixação

1. As propriedades das substâncias químicas podem ser previstas a partir das configurações
eletrônicas dos seus elementos. Sabendo o número atômico, pode-se fazer a distribuição
eletrônica e localizar a posição de um elemento na tabela periódica. Sabendo que o Magnésio
apresenta número atômico igual a 12. Faça a sua distribuição eletrônica.

2. Para que as pessoas hipertensas (pressão alta) possam levar uma vida normal, além da
medicação, os médicos costumam prescrever dietas com baixo teor de sódio. Na verdade,
essa recomendação médica refere-se aos íons sódio (Na+ ) que são ingeridos quando se
consome principalmente sal de cozinha (Na+ Cl− ) e não ao consumo de sódio. Apesar de o
átomo (Na) e de o íon (Na+ ) apresentarem nomes e símbolos semelhantes, eles apresentam
comportamentos químicos muitos diferentes.
Qual a distribuição eletrônica do cátion Na+ presente no sal de cozinha?
Dado: Na Z = 11.
(A) 1 s2 2 s2 2 p6 .

(B) 1 s2 2 s2 2 p6 3 s 2.

(C) 1 s2 2 s2 2 p6 3 s 2 3 p6 .

(D) 1 s2 2 s2 2 p6 3 s 2 3 p6 4 s 2.

(E) 1 s2 2 s2 2 p6 3 s 2 3 p6 4 s 2 4 p2.

3. A distribuição eletrônica do átomo de cálcio no seu estado fundamental por nível e subnível
é:
Dado: Ca (Z=20).

4. O átomo de bismuto (83Bi) no seu estado fundamental, conforme o diagrama de Linus Pauling,
apresenta a seguinte distribuição eletrônica, _________________________________. Pode-se
afirmar que seu subnível mais energético é ________________ e a camada de valência é a
___________.
(A) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d5; 5d5 e 5ª camada.
(B) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d9; 5d9 e 6ª camada.
(C) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10, 6s2 e 6ª camada.
(D) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p5, 6p5 e 5ª camada.
(E) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p3, 6p³ e 6ª camada.
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5. Considere as espécies químicas listadas na tabela a seguir e assinale o que for correto:
Cálcio Enxofre Estrôncio Crômo

(01) A distribuição eletrônica do 20Ca2+ é 1s22s22p63s23p6.


(02) A distribuição eletrônica do 16S2– é 1s22s22p63s23p4.
(04) A distribuição eletrônica do 38Sr2+ é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2.
(08) A distribuição eletrônica do 24Cr3+ é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d3.
Soma: ( )
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Exercícios de vestibulares

1. (EsPCEx, 2018) Quando um átomo, ou um grupo de átomos, perde a neutralidade elétrica,


passa a ser denominado de íon. Sendo assim, o íon é formado quando o átomo (ou grupo de
átomos) ganha ou perde elétrons. Logicamente, esse fato interfere na distribuição eletrônica
da espécie química. Todavia, várias espécies químicas podem possuir a mesma distribuição
eletrônica.
Considere as espécies químicas listadas na tabela a seguir:
I II III IV V VI

A distribuição eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 (segundo o Diagrama de Linus Pauling) pode
corresponder, apenas, à distribuição eletrônica das espécies.
(A) I, II, III e VI.
(B) II, III, IV e V.
(C) III, IV e V.
(D) I, II e IV.
(E) I, V e VI.

2. (UFPR, 2017) As propriedades das substâncias químicas podem ser previstas a partir das
configurações eletrônicas dos seus elementos. De posse do número atômico, pode-se fazer
a distribuição eletrônica e localizar a posição de um elemento na tabela periódica, ou mesmo
prever as configurações dos seus íons.
Sendo o cálcio pertencente ao grupo dos alcalinos terrosos e possuindo número atômico
Z=20 a configuração eletrônica do seu cátion bivalente é:
(A) 1s2 2s2 2p6 3s2.
(B) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6.
(C) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2.
(D) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2.
(E) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 4p2.
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3. (UFJF, 2021) A figura abaixo mostra uma representação do átomo de um elemento químico,
segundo o modelo de Bohr. Qual das opções representa o símbolo e o nome desse elemento,
respectivamente, de acordo com a figura?

(A) Na, sódio.


(B) Ca, cálcio.
(C) Mn, manganês.
(D) K, potássio.
(E) Mg, magnésio.

4. (PUC-RS, 2023 – adaptada) Uma célula nervosa transmite um sinal elétrico por meio de um
mecanismo de transporte de íons sódio para fora da membrana celular e de íons potássio
para dentro da membrana celular. As configurações eletrônicas para os íons Na+ e K+ são,
respectivamente, __________________.
(A) 1s2 2s2 2p6 e 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6.

(B) 1s2 2s2 2p6 3s2 e 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6.

(C) 1s2 2s2 2p6 3s1 e 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s1.

(D) 1s2 2s2 2p6 3s2 e 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2.

(E) 1s2 2s2 2p6 e 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2.
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5. (Udesc, 2012) O último elétron de um átomo neutro apresenta o seguinte conjunto de números
quânticos: n = 3; ℓ = 1; m = 0; s = +1/2. Convencionando-se que o primeiro elétron a ocupar um
orbital possui número quântico de spin igual a +½, o número atômico desse átomo é igual a:
(A) 15.
(B) 14.
(C) 13.
(D) 17.
(E) 16.

6. (CESGRANRIO, 2011) O ferro é bastante utilizado pelo homem em todo o mundo. Foram
identificados artefatos de ferro produzidos em torno de 4000 a 3500 a.C. Nos dias atuais, o
ferro pode ser obtido por intermédio da redução de óxidos ou hidróxidos, por um fluxo gasoso
de hidrogênio molecular (H2) ou monóxido de carbono. O Brasil é atualmente o segundo maior
produtor mundial de minério de ferro. Na natureza, o ferro ocorre, principalmente, em
compostos, tais como: hematita (Fe2O3), magnetita (Fe3O4), siderita (FeCO3), limonita (Fe2O3 ∙
H2O) e pirita (FeS2), sendo a hematita o seu principal mineral.
Assim, segundo o diagrama de Linus Pauling, a distribuição eletrônica para o íon ferro (+3),
nesse mineral, é representada da seguinte maneira:
(A) 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 3d5.
(B) 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 4s² 3d6.
(C) 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 4s² 3d9.
(D) 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 4s² 3d3.
(E) 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 3s².

7. (IFSul, 2018) O elemento X é o metal mais abundante da crosta terrestre. À temperatura


ambiente, é sólido e classificado como representativo e seu subnível mais energético é 3p 1.
Sua leveza, condutividade elétrica e resistência à corrosão lhe conferem uma multiplicidade
de aplicações.
Esse elemento é o
(A) Al.

(B) C.

(C) Fe.

(D) Na.
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8. (UEL, 2022) Na tabela periódica, os elementos Na e K são metais alcalinos que pertencem à
família IA, e F e I são halogênios da família VIIA; todos exercem diferentes funções no
organismo humano. O consumo de sal (NaCℓ) em excesso pode causar maior incidência de
pressão alta em mulheres grávidas. Uma das opções de sais para diminuir a quantidade de
sódio ingerida é o sal light (50% de NaCℓ + 50% de KCℓ). Tanto o sal light quanto o sal de
cozinha comum possuem o micronutriente iodo (I), importante para prevenir o bócio, uma
alteração na glândula tireoide. Estudos também inferem que a presença de flúor (F) na água
potável pode levar a casos de tireoide subativa, especialmente nas mulheres, diminuindo a
absorção do iodo pelo organismo.
Em relação aos conhecimentos sobre classificação periódica e estrutura atômica dos
elementos Na, K, F e I, considere as afirmativas a seguir.
Dados: Número atômico de Na = 11, K = 19, F = 9, I = 53
I. Na+ e K+ possuem configuração isoeletrônica.
II. Se o número de massa atômica do K+ é 39, então o número de prótons, nêutrons e elétrons
é de 19, 21 e 20, respectivamente.
III. Ao representar a configuração eletrônica do átomo de I em ordem de preenchimento
energético, atinge-se o subnível 5p.
IV. Os 3 números quânticos que caracterizam o elétron mais energético do íon flúor (F−) são
n = 2, ℓ= 1 e mℓ = +1.
Assinale a alternativa correta.
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas.
(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.

9. (UNAERP, 2016) O fenômeno da supercondução de eletricidade, descoberto em 1911, voltou


a ser objeto da atenção do mundo científico com a constatação de Bednorz e Müller de que
materiais cerâmicos podem exibir esse tipo de comportamento, valendo um prêmio Nobel a
esses dois físicos em 1987. Um dos elementos químicos mais importantes na formulação da
cerâmica supercondutora é o ítrio:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d1. O número de camadas e o número de elétrons mais
energéticos para o ítrio, serão, respectivamente:
(A) 4 e 1.

(B) 5 e 1.

(C) 4 e 2.

(D) 5 e 3.

(E) 4 e 3.
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10. (IFCE, 2019 – adaptada) O ferro (26Fe) é um dos elementos mais abundantes no universo e
tem sido historicamente importante, visto que pode ser utilizado para a produção de aço, de
ligas metálicas, como elemento estrutural de pontes e edifícios e uma infinidade de outras
aplicações. O átomo de ferro, ao ser energizado, pode formar dois cátions com números
diferentes de elétrons: o ferroso e o férrico.
A respeito do ferro e das suas formas iônicas, é correto afirmar-se que o cátion
(A) férrico (Fe+3) tem a distribuição eletrônica 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 3d5
(B) férrico (Fe+3) tem a distribuição eletrônica 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 4s² 3d³
(C) ferroso (Fe+2) tem a distribuição eletrônica 1s² 2s² 2p6 3s² 3p6 4s² 3d4
(D) férrico (Fe+3) tem menos prótons que o átomo de ferro.
(E) ferroso (Fe+2) tem menos elétrons na sua eletrosfera que o cátion férrico.

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Gabaritos

Exercícios de fixação

1. Configuração eletrônica do magnésio:


1 s2 2 s 2 2 p6 3 s 2

2. A
Distribuição eletrônica do Na Z = 11:
1 s2 2 s 2 2 p6 3 s1
É um cátion monovalente, ou seja, perdeu um elétron, portanto:
1 s2 2 s 2 2 p6

3. Distribuição eletrônica completa do cálcio por nível e subnível.


2 2 6 2 6 2
20 Ca = 1s 2s 2p 3s 3p 4s
K = 2; L = 8; M = 8; N = 2.

4. E
83Bi: 1s 2 2s 2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s 2 4f 14 5d10 6p3
Camada de valência: 6s 2 6p3 (n = 6) → sexto período.

O átomo de bismuto (83Bi) no seu estado fundamental, conforme o diagrama de Linus Pauling,
apresenta a seguinte distribuição eletrônica:

1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s 2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f 14 5d10 6p3. Pode-se afirmar que seu
subnível mais energético é 6p³ e o período é o 6º.

5. 01 + 08 = 09
(01) A distribuição eletrônica do 20Ca2+ é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
(02) A distribuição eletrônica do 16S 2− é 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
(04) A distribuição eletrônica do 38Sr 2+ é 1s 2 2s2 2p6 3s 2 3p6 4s2 3d10 4p6
(08) A distribuição eletrônica do 24Cr 3+ é 1s 2 2s2 2p6 3s 2 3p6 3d3 .

Exercícios de vestibulares

1. D
(I) 20 Ca: 1s 2 2s 2 2p6 3s2 3p6 4s2 → 20 Ca
2+
: 1s 2 2s 2 2p6 3s2 3p6
2
(II) 16 S: 1s 2s 2 2p6 3s2 3p4 → 16 S
2−
: 1s 2 2s 2 2p6 3s2 3p6
(III) F: 1s 2 2s2 2p5 → 9 F1− ∶ 1s 2 2s2 2p6
2
(IV) 17 Cl: 1s 2s2 2p6 3s 2 3p5 → 1− 2 2 6 2
17 Cl : 1s 2s 2p 3s 3p
6

(V) 38 Sr: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s 2 → 38 Sr 2+ : 1s 2 2s2 2p6 3s 2 3p6 4s2 3d10 4p6
(VI)24 Cr: 1s 2 2s2 2p6 3s 2 3p6 4s2 3d4 ⇒24 Cr: 1s 2 2s2 2p6 3s 2 3p6 4s1 3d5 →
3+ 2 2 6 2 6 3
24 Cr : 1s 2s 2p 3s 3p 3d
Química
2. B
Configuração eletrônica do cátion bivalente do cálcio:
20Ca: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 20Ca2+ : 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s0
20Ca2+ : 1s 2 2s2 2p6 3s 2 3p6

3. B
A partir da figura, percebemos que há 2 elétrons na primeira camada, 8 elétrons na segunda, 8
elétrons na terceira e 2 elétrons na quarta, totalizando 20 elétrons. Logo, esse átomo também
contém 20 prótons, sendo, portanto, o Ca.

4. A
2 2 6 1
11Na: 1s 2s 2p 3s
+ 2 2 6
11Na : 1s 2s 2p
2 2 6 2 6 1
19K: 1s 2s 2p 3s 3p 4s
+ 2 2 6 2 6
19K : 1s 2s 2p 3s 3p

5. B
Como n = 3 e ℓ = 1, o subnível é o 3p.
Para m = 0 e s = + ½, temos:
Logo, há 2 elétrons no subnível 3p (3p2).
Fazendo a distribuição até o último elétron 3p2: 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p2 (14 elétrons, número
atômico 14).

6. A
A distribuição eletrônica do ferro atômico é:
1s 2 2s2 2p6 3s 2 3p6 4s2 3d6 ; retirando 3 elétrons, teremos(Fe3+ ):
1s 2 2s2 2p6 3s 2 3p6 3d5 .

7. A
Distribuição eletrônica até o subnível mais energético 3p1: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1. Há 13 elétrons
no total, logo, o número atômico do elemento é 13. Consultando a tabela periódica, esse
elemento corresponde ao alumínio (Al).
Química
8. C
I. Incorreta. Na+ e K+ possuem configurações eletrônicas diferentes.
Na+: 1s2 2s2 2p6
K+: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6
II. Incorreta. Se o número de massa atômica do K+ é 39, então o número de prótons, nêutrons
e elétrons é de 19, 20 e 18, respectivamente.
III. Correta. Ao representar a configuração eletrônica do átomo de I em ordem de
preenchimento energético, atinge-se o subnível 5p.
2 2 6 2 6 2 10
53I: 1s 2s 2p 3s 3p 4s 3d 5p6
IV. Correta. Os 3 números quânticos que caracterizam o elétron mais energético do íon flúor
(F−) são n = 2, ℓ= 1 e mℓ = +1.
– 2 2 6
9F : 1s 2s 2p
n = 2; ℓ = 1

9. B
Pela distribuição eletrônica:1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d1.
Note que os elétrons foram distribuídos até a camada 5 (5s2). Visto que essa distribuição já
está na ordem energética crescente, o subnível mais energético é o 4d, que possui 1 elétron.

10. A
Distribuição do ferro (Fe): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
Distribuição do íon ferroso (Fe2+): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d6
Distribuição do íon férrico (Fe3+): 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 3d5
Não há alteração no número de prótons do ferro na formação de íons, e o cátion férrico
apresenta menos elétrons que o cátion ferroso.

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