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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Centro de Ciências da Matemática e da Natureza


Instituo de Química
Aluno: João Henrique Ozon Cunha
Matrícula: 21114070011
Matéria: Química II – Experimental

1. O átomo

a) Evolução do modelo atômico: Do modelo atômico da “bola de bilhar” (matéria


indivisível) proposto por Dalton ao modelo do “pudim de passas” (elétrons imersos
em cargas positivas no interior do átomo) de Thomson. Este modelo foi formulado a
partir de experimento com raios catódios emitidos num ambiente à vácuo, sofrendo
desvio sob ação de campo elétrico. O conhecimento dessas forças resultantes
possibilitou que Thomson chegasse ao valor de 1,76 x 10 8 C (coulombs) por grama
para a razão entre a carga elétrica e a massa do elétron.

b) Elétron: através do experimento de Robert Milikan (experimento da gota de óleo)


foi possível aferir a carga do elétron, medindo sua massa (1,602 x 10 -19 g) em razão
do valor de Thomson (coulomb por grama).

c) Experimento de Rutheford: Emissão de partículas “alpha” através de um folha


muito fina de metal, observando pequeno número de desvios impressos em uma tela
fluorescente usada como cobertura interna. A partir deste experimento, Rutheford
concluiu que toda a carga positiva do átomo se concentrava num espaço muito
pequeno e extremamente denso, denominado núcleo. Rutheford postulou ainda que
o átomo é formado em sua maior parte por espaços vazios, onde os elétrons se
movem ao redor do núcleo (eletrosfera).

d) Prótons e nêutrons: também definidos como núcleons, descobertos em


experimentos subsequentes. Como prótons e nêutrons possuem massa muito
semelhantes e a massa do elétron é muito pequena, quase toda a massa do átomo
deve-se a seu núcleo. O número Z de um elemento químico representa o número de
prótons em seu núcleo atômico.

2. Radiação eletromagnética

a) Definição: campos elétricos e magnéticos oscilantes que atravessam o vácuo à


velocidade da luz (c~= 3,00 x 108 m.s-1).

b) Espectroscopia: análise da luz emitida ou absorvida por determinadas


substâncias.

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c) Comprimento e frequência de onda: a cor da luz depende da frequência e do


comprimento de onda. A radiação de grande comprimento de onda tem frequência
menor que a radiação de pequeno comprimento de onda. Logo:

d) Espectros: é a emissão de ondas eletromagnéticas, em forma de cores, quando


um átomo recebe ou libera energia. Espectro discreto pode ser definido como emissão
de ondas quando elétron está em seu nível mais baixo de energia, já o contínuo as
emissões de ondas eletromagnéticas ocorrem no seu estado de mais alta energia
absorvida.

e) Radiação de corpo negro: emissão de luz de objetos quentes.

f) Efeito fotoelétrico: emissão de elétrons por superfície metálica onde a luz incide.

g) Quantização de energia (E) e constante de Planck (h): E=hv, onde v é a frequência


de onda produzida pelo elétron.

3. Espectros de Linha e o Modelo de Bohr

a) Espectro: produzido quando a radiação emitida é separada conforme o comprimento


de ondas que a constitui. O espectro contínuo consiste numa faixa contínua de cores
que contém luz com todos os comprimentos de onda. O espectro de linha é formado
por radiação com apenas alguns comprimentos de onda específicos.

b) Equação de Rydberg: permite os cálculos de comprimento de onda das linhas


espectrais do hidrogênio.

c) Modelo de Bohr: assumiu que os elétrons, nos átomos de hidrogênio, descrevem


trajetórias circulares em torno do núcleo. Porém, ao imprimir trajetória circular, uma
partícula carregada perde energia continuamente, devendo espirilar ao núcleo
carregado positivamente (mecânica clássica). Diante desse fato, Bohr postulou seu
modelo em:

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ci) Apenas órbitas com certos raios, correspondentes as energias


específicas, são permitidas ao elétron em um átomo de hidrogênio.
cii) Um elétron em tais órbitas encontra-se em um estado de energia
permitido. Um elétron em um estado de energia permitido não irradia energia, e
por isso não espirala para o núcleo atômico.
ciii) A energia é emitida ou absorvida pelo elétron apenas quando o
elétron muda de um estado de energia permitido para o outro. Essa energia é
emitida ou absorvida na forma de um fóton com energia dada em E=hv.

Observações: o modelo formulado por Bohr possui algumas limitações. O modelo não
explica com exatidão os espectros dos átomos polieletrônicos e nem porquê o elétron
(carga negativa) não se choca com o núcleo. Porém, foi um grande passo para o
desenvolvimento de um modelo mais abrangente. Sua importância é que ele introduz
alguns conceitos incorporados ao modelo atual:

• Os elétrons são encontrados em apenas certos níveis discretos de energia,


descritos por números quânticos;
• Existe energia envolvida na transição de um elétron de um nível para o
outro.

d) Louis de Brouglie e a dualidade onda-partícula: os elétrons e a matéria em geral


possuem propriedades de ondas e partículas. Sugeriu que o elétron que se movimenta
em torno do núcleo atômico apresenta o comportamento de uma onda, e portanto tem
um comprimento associado ao seu movimento.

4. Orbitais atômicos e mecânica quântica

a) Equação de Schröedinger: calcula a função de onda de uma partícula. A densidade


de probabilidade de uma partícula estar em uma determinada posição é proporcional
ao quadrado da função nesse ponto. Cada autofunção corresponde a um determinado
autovalor. Os autovalores correspondem aos possíveis valores de energia do átomo.

b) Átomo de hidrogênio: os níveis de energia de um átomo de hidrogênio são definidos


pelo número quântico principal, n=1,2,3..., e formam uma série convergente. Alguns
átomos que possuem 1 elétron em sua distribuição eletrônica, como He + e Li2+ são
chamados átomos hidrogenoides.

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c) A distribuição de um elétron em um átomo é descrita por uma função de onda


definida como orbital atômico.

d) Interpretação probabilística: não podemos definir com exatidão as propriedades de


um sistema quântico, mas somente a probabilidade de que esta propriedade tenha um
determinado valor.

e) Funções de distribuição radial de probabilidade: A probabilidade de encontrar o


elétron na superfície de uma esfera de raio r, ou seja, a probabilidade de encontrar o
elétron a uma distancia r do núcleo independentemente dos ângulos θ,φ. A figura
abaixo mostra as funções de distribuição radial de probabilidade para o orbital 1s (a)
para o orbital 2s (b).

f) Os orbitais atômicos são representados por números quânticos (número inteiro que
caracteriza uma função de onda e especifica o valor de uma propriedade) n, l e ml, e
se dividem em camadas e subcamadas. Os conjuntos de orbitais com o mesmo valor
de n são chamados de camada eletrônica. O número quântico do momento angular
(medida da velocidade de rotação) é representado pela letra l, definindo o formato do
orbital, onde o seu valor é designado pelas letras s, p, d e f. Os números quânticos
magnéticos, ml e ms, descrevem respectivamente a orientação do orbital no espaço e a

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direção do spin (ms=+1/2). O conjunto de orbitais com o mesmo valor de n e l é


chamado de subcamadas.

*Um exemplo disso são os orbitais que possuem os números quânticos n=3 e l=2, que
são chamados de orbitais 3d e estão na subcamada 3d.

**Um aspecto importante do átomo de hidrogênio é que todos os orbitais de uma


mesma camada têm a mesma energia, independente do valor do momento angular,
sendo os orbitais de uma camada de um átomo de hidrogênio são chamados de
degenerados (tem a mesma energia).

***Quando o elétron ocupa o orbital de menor energia falamos que ele se encontra em
seu estado fundamental. Quando ocupa qualquer outro orbital, dizemos que ele está
no seu estado excitado.

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g) Representação do orbital s: possui simetria esférica. Distância do núcleo é sempre


igual. Comparando as distribuições de probabilidade radial dos orbitais 1s, 2s e 3s,
podemos observar que para um orbital ns o número de picos é igual a n, e o pico mais
externo é maior que os internos. Outra característica é que o número de nós é igual a
n-1. A medida que n aumenta, a densidade eletrônica torna-se mais espalhada,
existindo maior probabilidade de localizar o elétron mais distante do núcleo.

h) Representação do orbital p: possui dois lobos. Sua densidade eletrônica


concentrada em duas regiões do lado do núcleo, separada por um nó localizado no
núcleo. Assim como os orbitais s, os orbitais p aumentam de tamanho à medida que
vamos de 2p para 3p, do 3p para 4p e assim por diante.

i) Representação do orbital d e f: possuem formas de trevo de quatro folhas, sendo o f


com lobos de maior densidade eletrônica.

5. Átomos Polieletrônicos

a) Em um átomo polieletrônico, para um dado valor de n, a energia de um orbital


aumenta com o aumento do valor de l. Seus orbitais de qualquer subcamada são
degenerados (tem a mesma energia). As energias de suas subcamadas seguem a
seguinte ordem, segundo seu grau:

ns < np < nd < nf

*Cada elétron é blindado pelos demais contra a atração total do núcleo. A carga nuclear
efetiva, Zef, sentida pelo elétron, é sempre menor do que a carga nuclear real, Z e,
porque as repulsões entre os elétrons trabalham contra a atração do núcleo. Os
elétrons não bloqueiam a atração do núcleo, eles simplesmente criam uma interação
repulsiva coulombiana adicional que corrige parcialmente a atração do núcleo sobre os
elétrons.

b) Spin eletrônico (ms): propriedade intrínseca de cada elétron presente em um


orbital, fazendo com que se comportem como uma pequena esfera que gira em torno
do seu próprio eixo.

c) Princípio de exclusão de Pauli: nenhum par de elétrons em um átomo pode ter o


mesmo conjunto de quatro números quânticos n, l, ml e ms. Para um dado orbital, seus
valores são fixos. Um orbital pode ter no máximo dois elétrons, que devem ter spins
opostos.

d) Configuração eletrônica: forma como os elétrons estão distribuídos nos orbitais


(configuração do átomo no seu estado fundamental). Baseando-se no Princípio de
Exclusão de Linus Pauli, os orbitais são ocupados em ordem crescente de energia,

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com no máximo dois elétrons por orbital.

e) Diagrama de orbital: indicado por uma caixinha. A seta apontada para cima
representa o elétron de spin magnético com um número quântico positivo (+1/2),
enquanto a seta apontada para baixo representa o elétron de spin magnético com um
número quântico negativo (-1/2). Representa as direções dos campos magnéticos.
Elétrons emparelhados são aqueles que se encontram num mesmo orbital com spins
contrários. No átomo de lítio, por exemplo, os dois elétrons no orbital 1s estão
emparelhados e o elétron no orbital 2s está desemparelhado.

f) Regra de Hund: para orbitais degenerados, a menor energia é alcançada quando o


número de elétrons que tem o mesmo número de spins é maximizado. Esta regra é
baseada, em partes, pelo fato dos elétrons se repelirem e ao ocuparem orbitais
diferentes eles ficam o mais longe possível uns dos outros, diminuindo a força de
repulsão entre os mesmos (spins paralelos).

g) Configuração eletrônica por subcamadas:

1s 2s 3s 3p 4s 3d 4p 5s 4d 5p 6s 4f 6p 7s 6d 5f 7p

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h) Princípio da construção: configuração do estado fundamental de um elemento com o


número atômico Z e seus Z elétrons. Então:

• Adicione Z elétrons, um após o outro, aos orbitais conforme a figura abaixo,


porém não coloque mais de dois elétrons em um mesmo orbital.
• Se mais de um orbital em uma subcamada estiver disponível, adicione elétrons
com spins paralelos aos diferentes orbitais daquela subcamada até completa-la,
antes de emparelhar dois elétrons em um dos orbitais.

Esse procedimento configura o átomo conforme a sua energia total mais baixa, levando
em consideração a atração dos elétrons pelo núcleo atômico e a repulsão entre os
mesmos.

i) Camada de valência: é a camada ocupada com o maior valor de n. Por sua vez,
elétrons de valência são os que estão presentes na camada mais externa (maior valor
de n).

*Exemplos: Ao elaborar a configuração eletrônica condensada dos elemento químicos


abaixo (Nitrogênio, Oxigênio e Flúor), a configuração eletrônica do gás nobre mais
próximo de menor número atômico é representada por seu símbolo químico entre
colchetes.

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j) Metais de transição: representam os elementos dos Grupos 3 a 11 da Tabela


Periódica, entre os metais muito reativos do bloco s e os pouco reativos do bloco p.
Depois do orbital 4s, o próximo orbital a ser preenchido é da subcamada 3d, até que
esteja completamente preenchido ([n-1]d). Assim que todos estiverem preenchidos, os
orbitais 4p começam a ser ocupados até que o octeto completo dos elétrons mais
externos (4s2 4p6) seja atingido com o gás nobre criptônio, de Z=36. O rubídio marca o
início do quinto período, e assim seguem a mesma regra do anterior, exceto pelo fato
de que o valor é um pouco maior.

k) Lantanídeos e actinídeos (metais de transição internos): início de um novo


conjunto de orbitais, o 4f para os lantanídeos (terras raras) e o 5f para os actinídeos.
Estes últimos são radioativos e raramente são encontrados na natureza.

*Um metal conduz eletricidade, tem brilho, é maleável e dúctil. Um não metal não
conduz eletricidade e não é maleável nem dúctil. Um metaloide (semimetais) tem
a aparência e algumas propriedades dos metais, mas se comporta quimicamente
como um não metal, dependendo das condições.

l) Tabela periódica: desenvolvida a partir das propriedades físicas e químicas do


elementos. Os seus blocos (Grupos) são nomeados segundo o último orbital ocupado

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de acordo com o princípio da construção. Os Períodos são numerados de de acordo


com o número quântico principal da camada de valência. Os blocos s e p formam os
grupos principais. Sobre os períodos:

• O Período 1 inclui somente os elementos H e He, nos quais o orbital 1s da


camada n=1 é preenchido com até dois elétrons;

• O Período 2 contém oito elementos, do Li ao Ne, nos quais um orbital 2s e três


orbitais 2p são progressivamente preenchidos com mais 8 elétrons;

• No Período 3 (do Na ao Ar), os orbitais 3s e 3p vão sendo ocupados por mais 8


elétrons;

• No Período 4, os 8 elétrons dos orbitais 4s e 4p são adicionados e, também , os


10 elétrons dos orbitais 3d. Existem, então, 18 elementos do Período 4;

• Os elementos do Período 5 adicionam outros 18 elétrons, com o preenchimento


dos orbitais 5s, 4d e 5p.

• No Período 6, um total de 32 elétrons é adicionado, porque também é preciso


incluir os 14 elétrons nos sete orbitais 4f.

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m) Configurações eletrônicas anômalas: quando a configuração eletrônica de certos


elementos violam o princípio da construção. É o caso do cobre e cromo, por exemplo.
Isso acontece quando existe a proximidade das energias dos orbitais 3d e 4s,
ocorrendo frequentemente quando há elétrons suficientes para formar conjuntos
semipreenchidos de orbitais degenerados (cromo) ou uma subcamada d
completamente preenchida (cobre). Em alguns casos semelhantes, como nos metais
de transição mais pesados e entre os metais do bloco f.

n) Termos Espectroscópicos: ver apostila (Guia Termos Espectroscópicos) e Aula 11 do


material da UFRJ de QI.

6. Periodicidade dos Elementos

a) Massa atômica: estabelecida por Dalton a primeira escala de massa atômica, tendo
a massa atômica do hidrogênio como relação aos demais elementos (m H=1). Escala
descaracterizada pois o hidrogênio não combina tão facilmente com os demais
elementos. Berzelius propôs a a massa atômica do oxigênio como padrão, tendo em
vista que o elemento reage com quase todos os demais para formarem óxidos (m H=16),

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porém diferentes pesquisadores acabavam obtendo diversos valores para o mesmo


elemento químico.

*Teoria de Gay-Lussac: concluiu que numa reação química entre gases, eles se
combinam em proporções simples de seus respectivos volumes. Além disso, os
resultados de seus experimentos indicavam que iguais volumes de gases, nas mesmas
condições de temperatura e pressão, teriam de conter o mesmo número de partículas
ou um múltiplo inteiro do número de partículas.

**Hipótese de Avogrado: volumes iguais de gases, nas mesmas condições de


temperatura e pressão, contém o mesmo número de moléculas. Número de avogrado
(NA = 6,022 x 1023).

***Padrão isótopo C12: estabelecida a unificação de padrão de massa atômica.

****Conceito de Mol(n): unidade utilizada para medir a quantidade de substância em


um fenômeno químico.

N=n x NA

Onde N é o número de átomos, n é quantidade de matéria em mol e NA é a Constante


de Avogrado.

*****Massa molar (g x mol-1): a massa molar de um elemento é a massa por mol de


seus átomos. A massa molar de um composto molecular é a massa por mol de suas
moléculas. A massa molar de um composto iônico é a massa por mol de suas fórmulas
unitárias.

Assim temos:

m=n x M

Onde m é a massa da amostra (g), n é a quantidade de matéria (mol) e M é a massa


molar (g x mol-1). A massa por mol de átomos é a massa de um átomo multiplicada pela
Constante de Avogrado, ou seja:

M=mátomo x NA

******Massa média do átomo (g x mol-1): Grande parte dos elementos ocorre na


natureza como uma mistura de seus isótopos. Logo, a massa média de um átomo é
calculada por:

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Sendo calculada através da média ponderada, a soma dos produtos da massa de cada
isótopo, multiplicada pela sua abundância relativa em uma amostra natural. Assim, sua
massa molecular correspondente é:

M=mátomo,média x NA

b) Raio atômico: não é possível medir o raio exato de um átomo, pois os elétrons não
possuem fronteiras definidas. O raio atômico de um elemento é a metade das
distância entre os núcleos dos átomos vizinhos. No casos dos metais, seu raio é a
metade da distância entre os centros de átomos vizinhos em uma amostra sólida.
Quando o elemento é um metaloide ou não metal, usamos a distância entre os núcleos
de átomos unidos por uma ligação química, também chamado de raio covalente. Sendo
o elemento um gás nobre, trata-se da metade da distância entre os centros dos átomos
vinhos em uma amostra de gás solidificado.

*O raio atômico geralmente diminui da esquerda para a direita ao longo de um


período e aumenta com o valor de n em cada grupo. Isto se dá pelo fato do
aumento do numero atômico efetivo, crescendo em cada grupo quando camadas
sucessivas são ocupadas.

b) Raio iônico: é sua parte da distância entre os íons vizinhos em um sólido iônico,ou
seja, a distância entre os centros de um cátion e um ânion vizinhos é a soma dos dois
raios iônicos. Os raios iônicos geralmente crescem com o valor de n em um grupo
e decrescem da esquerda para a direita em um período. Os cátions são menores
que os átomos de origem, enquanto os ânions são maiores.

*Átomos e íons isoletrônicos: possuem o mesmo número de elétrons, sendo de


elementos químicos distintos. Seus raios são diferentes porquê eles tem carga nuclear
diferentes. Ex: Na+, Mg2+, Ne, O2- e F-. Ambos possuem 10 elétrons. Em ordem
crescente em relação ao raio:

Mg2+ < Na+< Ne < F-< O2-

c) Energia de ionização: energia mínima necessária para remover um elétron de um


átomo ou íon gasoso isolado em seu estado fundamental. A primeira energia de
ionização é à energia necessária para remover o primeiro elétron de um átomo neutro.

Cu(g) ----------> Cu+(g) + e-(g) I1=(7,73 eV, 746 KJ x mol-1)

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A segunda energia de ionização é a energia necessária para remover o segundo


elétron, e assim por diante, para remoções sucessivas de elétrons.

Cu+(g) ----------> Cu2+(g) + e-(g) I1=(20,29 eV, 1958 KJ x mol-1)

*A primeira energia de ionização é maior para os elementos próximos ao He e menor


para os que estão próximos ao césio. A segunda energia de ionização é maior do que
a primeira energia de ionização (do mesmo elemento) e a diferença é muito maior se o
segundo elétron tiver de ser retirado de uma camada fechada. Os metais são
encontrados na parte inferior, à esquerda da Tabela Periódica, porque esses elementos
têm baixa energia de ionização e podem perder elétrons com mais facilidade.

d) Afinidade Eletrônica (Eae): é a energia liberada quando um elétron se liga a um


átomo na fase de gás. As afinidades eletrônicas são maiores à direita da Tabela
Periódica. Eae positivas: energia liberada quando elétron se liga ao átomo. E ae positivas:
é necessário fornecer energia para fazer um elétron se ligar a um átomo. Os
elementos dos Grupos 16 e 17 são os que têm afinidades eletrônicas mais altas.

e) Par inerte: é a tendência de formar íons de carga duas unidades a menos do que o
esperado para o número do grupo. O fenômeno ocorre devido às energias relativas dos
elétrons de valência s e p, sendo que nos períodos mais tardios da Tabela Periódica os
elétrons da valência s tem energia muito baixa por causa de sua boa penetração e da
baixa capacidade de blindagem dos elétrons da valência d. Com isso, os elétrons de
valência s podem ficar ligados ao átomo durante a formação do íon.

7. Propriedades Gerais dos Elementos

a) Relações diagonais: são semelhanças de propriedades entre vizinhos diagonais nos


grupos principais da Tabela Periódica. Os pares de elementos com relação diagonal
mostram, com frequência, propriedades químicas semelhantes.

*Um elemento do bloco s tem baixa energia de ionização, pois seus elétrons da
camada mais externa podem ser perdidos com mais facilidade. Muito provavelmente
um elemento do bloco s será um metal reativo com todas as características que um
metal envolve, conforme a tabela abaixo. Produzem gás hidrogênio quando reagem
com a água.

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**Césio e Bário por serem pesados reagem mais vigorosamente que os demais
elementos do bloco s e devem ser guardados fora do contato com o ar e a água.

***Os elementos a esquerda do bloco p possuem energias de ionização


suficientemente baixas para ter algumas das propriedades de metais dos membros do
bloco s. Porém, as energias de ionização dos metais do bloco p são muito mais altas e
por isso eles são menos reativos do que os do bloco s.

****Com exceção dos gases nobres aos quais possuem camadas completas e são
pouco reativos, os elementos a direita do bloco p possuem afinidades eletrônicas
caracteristicamente altas, ou seja, eles tendem a ganhar elétrons para completar a
camada. Os Grupos 16 e 17 são formados por não metais, exceto o Telúrio e Polônio.

*****Todos os elementos do bloco d são metais e muitas vezes chamados de “metais


do boco d”. Suas propriedades intermediárias entre os elementos dos blocos s e p
explicam seu nome como metais de transição (exceto os elementos do Grupo 12).
Quando formam cátions, perdem primeiramente elétrons mais externos (s). Porém,
muitos formam íons com estados de oxidação diferentes devido ao fato que os elétrons
d possuem energias semelhantes e um número variável deles pode se perder ao
formar compostos. A disponibilidade dos orbitais d e a semelhança dos raios iônicos
dos elementos deste grupo são em grande parte responsáveis pela formação de
compostos que formam catalisadores (aceleram a velocidade das reações químicas,
muito utilizados na indústria química) e também pela capacidade em formarem

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misturas metálicas conhecidas como Ligas, respectivamente.

Todos os elementos do bloco s são metais reativos que formam óxidos básicos.
Os elementos do bloco p tendem a ganhar elétrons para completar camadas; eles
vão de metais a metaloides e não metais. Todos os elementos do bloco d são
metais com propriedades intermediárias entre as dos metais do bloco s e as dos
metais do bloco p. Muitos elementos do bloco d formam cátions com mais de um
estado de oxidação.

b) As dificuldades em separar e isolar os lantanídeos retardaram o seu uso tecnológico.


Atualmente são amplamente estudados, pois os materiais supercondutores com
frequência contém lantanídeos.

c) Todos os actinídeos são radioativos. Nenhum dos elementos, após o Plutônio,


possuem abundância natural significativa no nosso planeta. Como eles são produzidos
em reatores nucleares ou em aceleradores de partículas, só estão disponíveis em
pequenas quantidades.

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