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Capítulo 1.

Estrutura do átomo
Introdução
Tipos de forças na natureza
Segundo o entendimento científco actual, todos os fenómenos físicos observados são originados de quatro
forças fundamentais: força gravitacional, força electromagnética, força nuclear fraca e força nuclear forte.
Gravitacional – força que os corpos com massa exercem uns sobre os outros. Como é muito fraca é
necessário ter pelo menos uma massa muito grande, como a de um planeta, para que se possa detectar o seu
efeito.
Electromagnética – força eléctrica, que as cargas elétricas exercem umas sobre as outras; - força magnética,
que as correntes eléctricas ou ímanes exercem uns sobre os outros.
Força nuclear fraca – responsável pela transformação de certos núcleos em que um neutrão se transforma
num protão, ou vice-versa, e, com isso a emissao de electroes. Física atômica é o ramo da física que estuda
as camadas eletrônicas dos átomos, formada por um conjunto de orbitais, no qual há uma maior
possibilidade de se encontrar os electrões.
Força nuclear forte – responsável pela estabilidade nuclear, ou seja, a força que une protões e neutrões no
interior do núcleo.
O alcance da forçanuclear forte é de cerca de 10-15 metros e o da força fraca é de 10-17 metros. Em contraste,
as interações eletromagnética e gravitacional são forças de longo alcance, sendo a sua intensidade
inversamente proporcional ao quadrado da distância. Em princípio, a força gravitacional entre duas massas,
ou a força eletromagnética entre duas partículas carregadas electricamente, não se reduz completamente a
zero até que a separação entre as massas ou as partículas se torne infinita. A gravitação é a mais fraca das
forças em termos de intensidade. As intensidades relativas dessas interações são dadas por: Nuclear Forte
~1; Eletromagnética ~10-2; Nuclear Fraca ~10-14; Gravitacional ~10-37. No entanto, devido ao curto alcance
da força nuclear e à tendência da matéria, em escalas macroscópicas, ser elétricamente neutra, é a gravitação
a força que governa o movimento de corpos celestes como planetas, estrelas e galáxias.
Portanto, a Física Nuclear é o ramo da Física que trata da estrutura do núcleo atómico e da radiação emitida
por núcleos instáveis. Cerca de 10.000 vezes menor que o átomo, as partículas constituintes do núcleo,
protões e neutrões, atraem-se tão fortemente pelas forças nucleares que as energias nucleares são
aproximadamente 1.000.000 vezes maiores do que as energias atómicas típicas.

Modelos atómicos
Modelo atómico de Dalton
Embora o conceito de átomo remonte às idéias de Demócrito, o meteorologista e químico inglês John
Dalton formulou a primeira descrição moderna como o bloco de construção fundamental das estruturas
químicas. A teoria apresentada pela primeira vez por John Dalton em 1803. Ela envolve os seguintes
postulados: (1) Os elementos consistem em pequenas partículas indivisíveis (átomos). Para Dalton, o átomo
seria uma bolinha extremamente pequena, maciça e indivisível (2) Todos os átomos do mesmo elemento
são idênticos; diferentes elementos têm diferentes tipos de átomo, em massa e tamanho. (3) Os átomos não
podem ser criados nem destruídos.

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Figura 1. Modelo atómico de Dalton.
Modelo Atômico de Thomson
No modelo de J. J. Thomson, proposto em 1904, o átomo era considerado como um tipo de fluido, com
uma distribuição esférica contínua de carga positiva onde se incrustavam os electrões, com carga negativa,
em número suficiente para neutralizar a carga positiva (Fig.1).

Figura 2. Modelo atómico de Thomson


Segundo esse modelo, deveriam existir configurações estáveis para os electrões e estes deveriam oscilar ao
redor delas. Contudo, bem ao contrário, a Teoria Eletromagnética Clássica garantia que não poderia existir
qualquer configuração estável num sistema de partículas carregadas, se a única interação entre elas é de
carácter eletromagnético. De qualquer modo, o modelo atômico de Thomson foi abandonado devido
principalmente aos resultados do experimento de Rutherford, que eram consistentes com um modelo
atómico em que a carga positiva do átomo se concentrava em uma pequena região do espaço que, além
disso, continha praticamente toda a massa do átomo, com os electrões espalhados ao redor dessa pequena
região. Portanto, para Thomson, o átomo seria formado por uma pasta positiva, recheada pelos electrões
de carga negativa, mantendo assim a neutralidade do átomo. Este modelo ficou conhecido como “pudim de
passas.
Experimento de Rutherford
No experimento de Rutherford (Fig.3), uma fonte radioactiva emite partículas α (carga positiva), que são
colimadas, formando um feixe paralelo e estreito, que incide sobre uma folha metálica muito pouco espessa.
Para que seja possível construir essa folha, a maleabilidade do metal deve ser grande e, por isso, usa-se
normalmente o ouro. A folha é tão fina que as partículas a atravessam completamente com apenas uma
pequena diminuição no módulo da velocidade. Ao atravessar a folha, entretanto, cada partícula α
experimenta muitos desvios na sua trajetória devido à sua interação eletrostática com as partículas
carregadas constituintes dos átomos da folha.

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Figura 3. Configuração da experiencia de Rutherford.
Por que um alvo fino? Para ter certeza de que o projétil interage com apenas um núcleo.
E quanto aos elétrons? Os elétrons não afetam a trajetória do projétil que é muito mais pesado
Por que no vácuo? No ar, a desaceleração do feixe das partículas α emitidas fazem a análise ser mais
complicada e pode até parar as partículas α antes de alcançar o placa de ouro.
No experimento original, as partículas espalhadas eram detectadas por um microscópio com uma tela de
sulfeto de zinco (ZnS). A tela de sulfeto de zinco cintila no local onde incide uma partícula α. O microscópio
permitia identificar a cintilação de cada partícula α individualmente. Os resultados experimentais de Geiger
e Marsden (Fig.3(a)) mostraram que o número de partículas α que eram desviadas com ângulos com mais
de 90º era muito maior que o esperado pelo modelo de Thomson (Fig.3(b)).

Em 1911, E. Rutherford mostrou que os dados de Geiger e Marsden eram consistentes com um modelo
atómico em que a carga positiva do átomo se concentrava em uma pequena região do espaço que, além
disso, continha praticamente toda a massa do átomo, com os electroes espalhados ao redor dessa pequena
região (que, hoje, é chamada de núcleo atómico).
Entretanto, no ano de 1913, o dinamarquês especialista em física atómica Niels Bohr (1885-1962)
estabeleceu o modelo atómico sistema planetário que é usado atualmente. Bohr chegou a esse modelo
baseando-se no dilema do átomo estável. Ele acreditava na existência de princípios físicos que
descrevessem os electroes existentes nos átomos. Esses princípios ainda eram desconhecidos e graças a
esse físico passaram a ser usados.
Bohr iniciou seus experimentos admitindo que um gás emitia luz quando uma corrente eléctrica passava
nele. Isso se explica pelo facto de que os electrões, em seus átomos, absorvem energia eléctrica e depois a
libertam na forma de luz. Sendo assim, ele deduziu que um átomo tem um conjunto de energia disponível
para seus electrões, isto é, a energia de um electrão em um átomo é quantizada. Esse conjunto de energias
quantizadas mais tarde foi chamado de níveis de energia. Com essas conclusões Bohr aperfeiçoou o modelo
atómico de Rutherford e chegou ao modelo do átomo como sistema planetário, onde os electroes se
organizam na eletrosfera na forma de camadas.
Deste modo, o átomo pode ser definido como a unidade básica da estrutura dos materiais. Portanto, o
modelo atómico de Bohr consiste em um pequeno núcleo composto por protões e neutrões envolvidos por

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electrões em movimento. O raio de um núcleo típico é cerca de dez mil vezes menor que o raio do átomo
ao qual pertence, mas contém mais de 99,9% da massa desse átomo.

Partícula Símbolo Carga Massa


Protão P +e 1,67262x10-27Kg
Neutrão N 0 1,67493 x10-27Kg
electrão e- -e 9,10939 x10-31Kg

Os electrões em um átomo de hidrogênio devem estar em um dos níveis de energia permitidos. Se um


electrao está no primeiro nível de energia, ele deve ter exatamente -13,6 eV de energia. Se estiver no
segundo nível de energia, deve ter -3,4 eV de energia. Um electrao em um átomo de hidrogénio não pode
ter -9 eV, -8 eV ou qualquer outro valor intermediário.
Digamos que se um electrão queira saltar do primeiro nível de energia, n = 1, para o segundo nível de
energia n = 2. O segundo nível de energia tem energia mais alta que o primeiro, então, para passar de n = 1
para n = 2, o electrão precisa ganhar energia. Ele precisa ganhar (-3,4 eV) - (-13,6 eV) = 10,2 eV de energia
para chegar ao segundo nível de energia.
O electrão pode ganhar a energia de que precisa absorvendo luz. Se o electrão pula do segundo nível de
energia para o primeiro nível de energia, ele deve libertar alguma energia ao emitir luz. O átomo absorve
ou emite luz em pacotes distintos chamados fotoes, e cada fotao tem uma energia definida. Apenas um
fotao com uma energia de exactamente 10,2 eV pode ser absorvido ou emitido quando o electrão salta
entre os níveis de energia n = 1 e n = 2.
A energia que um fotao carrega depende de seu comprimento de onda. Como os fotoes absorvidos ou
emitidos pelos electroes que saltam entre os níveis de energia n = 1 e n = 2 devem ter exatamente 10,2 eV

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de energia, a luz absorvida ou emitida deve ter um comprimento de onda definido. Este comprimento de
onda pode ser encontrado na equação.
E = hc/ λ
onde E é a energia do fotao (em eV), h é a constante de Planck (4,14 x 10-15 eV s) e c é a velocidade da luz
(3 x 108 m/s). Reorganizar esta equação para encontrar o comprimento de onda vem:
λ = hc/E
Um fotao com energia de 10,2 eV tem comprimento de onda de 1,21 x 10-7 m, e está localizado na parte
ultravioleta do espectro. Portanto, quando um elétron deseja saltar de n = 1 para n = 2, ele deve absorver
um fotao de luz ultravioleta. Quando um electrao sai de n = 2 para n = 1, ele emite um fotao de luz
ultravioleta.

Figura 6. Espectro electromagnético

Ultravioleta no vácuo (VUV, 120–185 nm)


Ultravioleta (UV, 185–400 nm)
Visível (VIS, 400–700 nm)
Próximo ao infravermelho (NIR, 700–850 nm)
Equação de Rydberg
A equaçao de Rydberg é uma fórmula matemática usada para prever o comprimento de onda da luz
resultante do movimento de um electrão entre os níveis de energia de um átomo. Quando um electrão muda
de um orbital atómico para outro, a energia do electrão muda. Quando o electrão muda de uma orbital com
alta energia para um estado de energia mais baixo, um fotão de luz é emitido. Quando o electrão passa de
um estado de baixa energia para um de alta energia, um fotão de luz é absorvido pelo átomo.

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Johannes Rydberg foi um físico sueco que tentou encontrar uma relação matemática entre uma linha
espectral e a energia dos fotoes. Ele finalmente descobriu que havia uma relação inteira entre os números
de onda de linhas sucessivas. Suas descobertas foram combinadas com o modelo do átomo de Bohr para
criar esta fórmula:
1 / λ = RZ 2 (1 / n 1 2 - 1 / n 2 2 )
Onde: λ é o comprimento de onda do fotao.
R = constante de Rydberg (1,0973731568539 (55) x 10 7 m -1 )
Z = número atómico do átomo
n 1 e n 2 são inteiros onde n 2 > n 1 .
Esta fórmula funciona muito bem para transições entre níveis de energia de um átomo de hidrogénio com
apenas um electrao. Para átomos com vários electroes, essa fórmula começa a se decompor e a dar
resultados incorretos.
A fórmula de Rydberg pode ser aplicada ao hidrogênio para obter suas linhas espectrais. Definir n 1 a 1 e
executar n 2 a partir de 2 até ao infinito produz a série de Lyman. Outras séries espectrais também podem
ser determinadas:

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Exemplo de problema resolvido com a fórmula de Rydberg
1. Encontre o comprimento de onda da radiação electromagnética emitida por um elétron que
transita de n = 3 para n = 1. Agora insira os valores, onde n1 é 1 e n 2 é 3. Onde é constante de
Rydberg 1,9074 x 10 7 m -1
1 / λ = (1,0974 x 10 7 ) (1/1 2 - 1/3 2 )
1 / λ = (1,0974 x 10 7 ) (1 - 1/9)
1 / λ = 9754666,67 m -1
1 = (9754666,67 m -1 ) λ
1 / 9754666,67 m -1 = λ
λ = 1,025 x 10 -7 m =102nm
Há emissao de um fotao ultravioleta
2. Calcule o comprimento de onda da luz correspondente a energia emitida quando um electrao que
desce do nível 6 para o nível 2 no átomo de hidrogénio. Onde está localizado o fotao no espectro
electromagnético ?
Usando a fórmula de Balmer vem:

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A linha espectral deste comprimento de onda está porçao violeta do espectro. Portanto, está no
espectro da luz visível.
Exercícios
1. Encontre o comprimento de onda de um fotao emitido quando um elétron do átomo de hidrogénio
salta do nível de energia n = 3 para o nível de energia n = 2. Onde está localizado este fotao no
espectro eletromagnético?

Isótopos, Isóbaros e isótonos


A Caracterização do elemento químico é feita a partir do número atómico (Z) que indica o número de
protões no átomo. Para um átomo eletricamente neutro o número atómico é igual ao número de electrões.
O número de massa, A, corresponde a soma do número de protões e do número de neutrões (A = Z + N).
O número de protões é sempre o mesmo para todos os átomos de um mesmo elemento, mas o número
neutrões pode variar produzindo elementos com diferentes números de massa.
Isótopos são átomos que pertencem ao mesmo elemento químico, ou seja, possuem o mesmo número de
protões (Z), mas os números de neutrões são diferentes, portanto, têm diferentes números de massa (A).
Um dado elemento químico pode ter vários isótopos, que diferem uns dos outros pelo número de neutrões
contidos no núcleo. Exemplos: Isótopos do elemento oxigénio são: 8O16, 8O17 e 8O18 Isótopos do elemento
potássio: 19K39 , 19K40, 19K41
Isóbaros são átomos de diferentes elementos (de números atómicos diferentes), mas que apresentam o
mesmo número de massa. Exemplos: Argon (Ar): 18Ar40 (A = 40, Z = 18, n = 22) Cálcio (C): 20Ca40
(A = 40, Z = 20, n = 20).
Isótonos são átomos com o mesmo número de neutrões (N). Possuem o mesmo número de neutrões, mas
diferente número de protões e, portanto, número de massa. Ex: Exemplos: Boro: 5B11 (A = 11, P = 5, N =
6) e Carbono: 6C12 (A = 12, P= 6, N = 6).
Isoelectrónicos: são átomos ou iões que possuem o mesmo número de electrões.

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Por exemplo, note os casos a seguir: 20
10𝑁𝑒 ,
20
11𝑁𝑎
+
e 168𝑂2−

Exercícios
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1. No núcleo de 42 Mo, o número de nucleões é
(a) 42 (b) 54
(c) 96 (d) 138
2. Dois nucleões A e B são isotónos com números de massa 15 e 16, respectivamente. Se A contém 7
protões, então o número de protões em B seria:

(a) 7 (b) 8
(c) 9 (d) 10

76
2.1. 36𝐺𝑒 é isotóno com:
(a) 77
32𝐺𝑒
(b) 78
33𝐴𝑠
(c) 78
32𝐺𝑒
(d) 77
33𝐴𝑠

3. Qual é a relação entre 2713𝐴𝑙


3+
e 23
11𝑁𝑎
+

(a) eles são isótopos (b) eles são isóbaros


(c) são isótonos (d) são isoeletrônicos
94
4. Um átomo de 36 𝐾𝑟 contém:
(a) 36 protões, 36 electrões e 36 neutrões (b) 94 protões, 94 electrões e 94 neutrões
(c) 36 protões, 58 electrões e 36 neutrões (d) 36 protões, 36 electrões e 58 neutrões
5. Os radioisótopos são hoje largamente utilizados na medicina para diagnóstico, estudo e tratamento de
doenças. Por exemplo, o cobalto – 60 ( 60 27𝐶𝑜) é usado para destruir e impedir o crescimento de células
cancerosas. O número de protões, de neutrões e de electrões no nuclídeo quando é um catião trivalente,
são, respectivamente:
a) 33, 27 e 24
b) 27, 60 e 24
c) 60, 33 e 27
d) 27, 33 e 27
e) 27, 33 e 24.

6. Sabendo-se que dois elementos químicos e são isóbaros 6x+ 8 3x+ 20


3x+ 3A e 2x+ 8B, é correcto afirmar que
o número de neutroes de A e o número de protões de B são, respectivamente:
a) 15 e 32
b) 32 e 16
c) 15 e 17
d) 20 e 18
e) 17 e 16

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Raio Nuclear
densidade da matéria nuclear é quase uma constante valor por toda parte o núcleo, exceto para uma “pele”
em a superfície, e é o mesmo para todos os núcleos Volume Nuclear. A matéria nuclear age como um
fluido incompressível.
O raio médio de um núcleo
r (fm) = 1,2 A1 / 3
Onde A = número de massa.
Obs. fentômetro (fm): 10−15 metros
Representando o núcleo como uma esfera, tendo em vista que o volume de uma esfera é dado por V =
4πR3/3, o volume do núcleo pode ser escrito na forma:
V = 4πR3/3 = V = 4πAr03/3
Onde r0 é um coeficiente empírico (r0 = 1,2 fm).
Então o volume do núcleo é aproximado a V = 11,488Afm3
Massas Nucleares em Unidade de Massa Atómica
As massas nucleares são expressas em unidades de massa atômica (uma). Uma unidade de massa atômica
é definida, como vimos, como: 1 uma = (1/12) da massa de um átomo de carbono 12. A massa de um átomo
de carbono 12 corresponde portanto a exatamente 12 uma, tal que 1 uma = 1,6605 x10-27kg. Em termos da
unidade de massa atômica, as massas do protão e do neutrão são, respectivamente: mp = 1,007276 uma; mn
= 1.008664 uma. Ademais, 1uma c2 = 931,4815 MeV e portanto, mec2 = 0,5110 MeV; mpc2 = 938,3 MeV;
mnc2 = 939,6 MeV.
Exercícios
1. Determine os raios dos núcleos 16O e 208Pb
2. Calcule o raio de um núcleo de ferro-56.
3. Calcule sua densidade aproximada em kg/m3, aproximando a massa de 56 Fe de 56u.
Encontrar o raio de 56Fe é uma aplicação direta da equação r = r0A1/3, dado A = 56. Para encontrar a
densidade aproximada, assumimos que o núcleo é esférico (este realmente é), calculamos seu volume
usando o raio encontrado na Parte 1, e então encontramos sua densidade de ρ = m / V. Finalmente,
precisaremos converter a densidade de unidades de u / fm3 para kg / m3.

Solução 1
O raio de um núcleo é dado por r = r0A1/3. Substituir os valores de r0 e A vem:
r=(1.2 fm)(56)1/3=(1.2 fm)(3.83) =4.6 fm

Solução 2

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Energia de ligação
De acordo com experimentos com partículas nucleares, a massa total de um núcleo (m nuc) é menor que a
soma das massas de seus núcleons constituintes (prótons e nêutrons). Para um núcleo com prótons Z e o
número de massa A, a diferença de massa ou defeito de massa é dado por :
Δm= Zmp + (A−Z)mn − mnuc
nde Zmp é a massa total dos prótons, (A − Z) mn é a massa total dos nêutrons, e mnuc é a massa do núcleo.
De acordo com a teoria da relatividade especial de Einstein, a massa é uma medida da energia total de um
sistema (E = mc2). A energia equivalente ao defeito de massa é toda a energia ligação do núcleo (Elig).
Elig = [Zmp + (A−Z)mn − mnuc] c2
A energia de ligação é igual à quantidade de energia liberada na formação do núcleo.

Energia de ligação por nucleão


Em Física nuclear, uma das quantidades experimentais mais importantes é a energia de ligação por nucleão
que é definida como a energia de ligação de um núcleo dividida pelo número de núcleos que ele contém,
ou seja, dividida pelo número de massa A. Figura mostra a variação da energia de ligação média por nucleão
em função do número de massa A. Alguns dos características são:
1. Para baixo número atômico, BE por nucleon é muito baixo e aumenta à medida que A aumenta. O
pico em A = 4 corresponde ao núcleo 4He2 excepcionalmente estável, que é a partícula alfa.
2. Os valores típicos variam de 6–10 MeV, com um valor médio de cerca de 8 MeV.

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3. Há um máximo de cerca de 8,8 MeV por núcleo para núcleos de número de massa A = 56 (Núcleo
de Fe). O valor de pico sugere que o núcleo de ferro é o núcleo mais estável da natureza.
4. Além de A = 60, a curva diminui lentamente com o aumento de A e atinge 7,6 MeV por nucleão
em A = 238.
Exercícios
1. Calcule o defeito de massa e a energia de ligação do deutério. A massa do
Deutério atómica é mD=3.34359×10−27kg or 2.014102u.

Solução
Para o deutério Z = 1 e A = 2. O defeito de massa para o deutério é
Δm = mp + mn − mD
Δm = 1,008665 u + 1,007825 u- 2,014102u = 0,002388u
A energia de ligação do deutério é então:
Elig = Δm c2
= Δm × 931,5 MeV / u = 2,224MeV.

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