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FÍSICA QUÂNTICA E ESPIRITUALIDADE

ESTUDO SOBRE FÍSICA QUÂNTICA AULA 01

CONCEITO
A física quântica é um ramo da física que estuda a quantização da energia,
uma vez que permite uma descrição do comportamento e interação da matéria
e da energia à escala das partículas subatômicas, a temperaturas muito baixas.
O ambiente quântico é onde ocorre a ação da partícula (pode ser, momento
angular), a poucas ordens de magnitude de uma constante incrivelmente
pequena chamada de constante de Planck.

Momento angular

O momento angular intrínseco de uma partícula é chamado spin da partícula,


em distinção ao momento angular ligado ao movimento da partícula no espaço,
que é denominado momento angular orbital.

Constante de Planck

A constante de Planck é uma das mais importantes constantes no mundo


quântico, pois ela é fundamental para o entendimento de vários conceitos e
interpretações físicas e químicas. É utilizada para determinar a energia e a
frequência dos fótons e das ondas eletromagnéticas. É representada pela letra
h, e utilizada em cálculos que descrevem fenômenos relacionados ao
comportamento corpuscular e ondulatório de objetos cujas dimensões
aproximam-se da escala dos átomos e seus constituintes. Ela descreve que a
radiação é absorvida ou emitida por um corpo aquecido não sob a forma de
ondas, mas por meio de pequenos “pacotes” de energia", denominados por
Werner Planck como Quantum, e hoje conhecido como Fóton.

Spin da partícula

O spin é uma propriedade que não se compara com nada que existe à nossa
volta. Ele está associado com a maneira como os elétrons ocupam os níveis de
energia no átomo. O spin é um número quântico que pode assumir apenas dois
valores: -1/2 ou +1/2, indicando as orientações que o vetor spin de uma
partícula pode assumir. Um elétron pode ter o spin “up” (para cima) ou “down”
(para baixo).

MODELO ATÔMICO DE SCHRÖDINGER

A partir do modelo atômico de Rutherford-Bohr, começaram a surgir


questionamentos a respeito das partículas subatômicas, principalmente sobre o
comportamento dos elétrons e a delimitação da eletrosfera. Foi então
enunciado por Werner Heisenberg o Princípio da Incerteza. De acordo com
esse princípio, era impossível determinar posição e velocidade de uma
partícula subatômica. À luz dessa afirmação, não tendo como estipular dados
exatos sobre a localização dos elétrons, Schrödinger, por meio de infinitos
cálculos matemáticos, determinou uma região de maior probabilidade de se
encontrar um elétron. Foi então definido que a eletrosfera teria um formato de
nuvem, uma “nuvem de elétrons”.
As espécies atômicas são identificadas pelo número de prótons. Não existem
átomos de diferentes espécies com o mesmo número de prótons.

Os prótons e nêutrons são responsáveis por aproximadamente 99,94% de toda


a massa do átomo, que é dada em u (unidade de massa atômica).

ÁTOMO
O átomo é a partícula microscópica que é a base para a formação de toda e
qualquer substância. Por muito tempo, acreditou-se ser ele a menor parte da
matéria, sendo, portanto, indivisível. Daí a origem grega da palavra átomo, que
significa aquilo que não se parte. No entanto, hoje sabemos que existem
partículas subatômicas que o compõem. De acordo com a mais recente teoria
aceita, que é o modelo atômico de Schrödinger, a estrutura atômica é formada
por um núcleo, composto por prótons (partículas positivas) e nêutrons
(partículas sem carga), circundado por uma nuvem de elétrons denominada de
eletrosfera (partículas negativas), que permanece ligada ao núcleo através de
uma força eletromagnética. A eletrosfera é composta por 7 níveis de energia
(K,L,M,N,O,P,Q) que apresentam por sua vez subníveis de energia (s,p,d,f)
onde podemos encontrar os orbitais atômicos, que é a região de maior
probabilidade de se encontrar um elétron. Cada subnível apresenta uma
quantidade diferente de orbitais: s (1 orbital), p (3 orbitais), d (5 orbitais) e f (7
orbitais) e cada orbital pode conter até 2 elétrons, sendo esses de spins
contrários.
Existem ainda as partículas fundamentais chamadas quarks, que compõem os
prótons e nêutrons. Essas partículas fundamentais organizam-se formando
outras partículas maiores. O próton é formado por dois quarks (up) e um quark
(down), além dos glúons, que é outro de tipo de partícula subatômica e
mediador das forças que unem os quarks. O nêutron, por sua vez, é formado
por um quark (up) e dois quarks (down) mais os glúons.
Para se ter uma noção da dimensão de um átomo, para cada gota de água
(H2O), há dois mil trilhões de átomos de oxigênio mais quatro mil trilhões de
átomos de hidrogênio.

O átomo de hidrogênio, representado na tabela periódica pelo elemento H


possui um único próton em seu núcleo, não possuindo nenhum nêutron. Já o
átomo de oxigênio possui número atômico igual a 8, havendo 8 prótons e 8
nêutrons no interior do seu núcleo, bem como 8 elétrons em seus níveis
eletrônicos. O número atômico pode ser definido como o número de cargas
positivas (prótons) existentes no núcleo dos átomos.

Então, pressupõe-se existir hoje 31 partículas elementares, sendo 12 do tipo


férmions (partículas de massa), que por sua vez se subdividem em 6 léptons e
6 quarks, 12 antipartículas, além de glúon, fóton, z-bóson, w-bóson, bóson de
Higgs, gráviton, s-partícula.

Quarks: são classificados em seis tipos, todavia, apenas dois fazem parte da
composição dos prótons e dos nêutrons. Os outros quatro tipos de quarks
existiram apenas durante os primeiros momentos da criação do Universo e, só
é possível recriá-los através de aceleradores de partículas. As partículas
elétrons, prótons, néutrons e quarks estão sob o Princípio da Exclusão de
Pauli, o qual determina que duas partículas do mesmo tipo não podem ocupar
o mesmo estado quântico, isso quer dizer que dois ou mais quarks do mesmo
sabor (tipo) não podem ocupar o mesmo estado. Como resultado disso, um
físico chamado Oscar Greenberg sugeriu que os quarks possuíam uma outra
propriedade, análoga à carga elétrica, mas com três variedades ao invés de
duas (positiva e negativa). Essa propriedade foi chamada de cor, tendo suas
três variedades chamadas de vermelho, verde e azul.

Neutrino: é a forma de matéria mais leve que existe, interage tão pouco com
as outras coisas que é chamado de partícula fantasma. Ele surge dentro do
núcleo atômico, quando um próton se transforma em nêutron (ou vice-versa).
Mas ele não vem do nada, claro. Sempre sobra alguma energia quando essas
transformações acontecem. Essa força, segundo Einstein, se converte em
massa, e o processo dá origem, entre outras coisas, a um novo e
levíssimo neutrino.

Glúon: é a força que une os quarks dentro do núcleo, também conhecida como
força nuclear forte, sendo a mais poderosa do Universo, quase infinitamente
mais forte que a gravidade que nos une ao solo. É chamada de força nuclear
forte e mantém o núcleo do átomo unido. Mas às vezes quebra e o núcleo do
átomo colapsa. Esse processo é chamado de fissão nuclear, quando o átomo
se divide em dois e libera uma grande quantidade de energia. É o que
acontece na bomba nuclear.

Fóton: surge quando um elétron de um átomo que recebeu certa quantidade


de energia, e passou de uma camada mais interna para uma mais externa
retorna ao seu estado inicial, emitindo a energia correspondente a essa
diferença.

Bólson: é composto pelos bósons W-, W+ e Z, todos pesando mais de 86


vezes o peso de um próton inteiro. É chamada de força nuclear fraca e
acontece quando ocorre o decaimento radioativo, quando pedaços do núcleo
atômico se quebram e se espalham. Tal efeito é observado na radiação.

Bólson de Higgs: também conhecido como “partícula de Deus”, é uma


partícula fundamental da física responsável por atribuir massa a partículas que
não deveriam ter massa ou que deveriam ter massas menores que as que têm.
Sem massa, as partículas não formariam átomos e, sem átomos não teríamos
matéria. É uma força ou campo capaz de condensar energia em forma de
massa, sendo uma das teorias aceitas para explicar a composição material do
Universo.
Graviton: é uma partícula elementar hipotética que seria a responsável pela
transmissão da força da gravidade na maioria dos modelos da teoria quântica
de campos.

TEORIA DAS CORDAS

De acordo com a teoria das cordas, cada tipo de partícula fundamental


corresponde a um diferente modo vibração de uma corda fundamental (cordas
são padrões vibracionais).

Podemos traçar aqui um paralelo com o que nos diz a doutrina espírita, pois as
supercordas seriam a menor subdivisão da matéria, que corresponderia ao
fluido cósmico universal.

PRINCIPAIS EXPERIMENTOS E POSTULADOS DA MECÂNICA QUÂNTICA

O interessante é que, na física quântica, todos os objetos deixam de ser


representados por coisas determinadas, onde se sabe massa, velocidade e
momento e são interpretados como ondas de infinitas possibilidades.
Entretanto, algo estranho ocorre quando medimos ou observamos as
possibilidades, que deixam de ser possibilidades e se tornam um evento real.
Este é o efeito do observador ou da consciência sobre as partículas
subatômicas. Vamos esclarecer como os cientistas chegaram a essas
conclusões, entendendo os principais experimentos e suposições.

EXPERIMENTO DA DUPLA FENDA

Realizada pela primeira vez em 1805, por Thomas Young. Imagine que uma
onda incida sobre um anteparo opaco onde haja duas fendas. Quando a onda
atinge o anteparo, passa através das duas fendas. Cada uma das fendas
passa, então, a ser fonte de um novo movimento ondulatório, ou seja, surge
uma nova onda em cada fenda. Essas duas novas ondas se encontram e
interferem entre si. Em algumas regiões elas se somam e em outras elas se
anulam mutuamente, o que se explica pelo fenômeno de interferência de
ondas. Colocando-se agora um segundo anteparo, distante do primeiro, aonde
iremos detectar a intensidade da onda que o atinge, observa-se como resultado
uma figura que alterna franjas com máximos e mínimos da intensidade da
onda. Esta é a chamada figura ou padrão de interferência.

Vamos agora repetir a mesma experiência com a diferença que, ao invés de


ondas, incidimos partículas sobre o primeiro anteparo. Como se estivéssemos
emitindo bolas de gude sobre o anteparo. O que ocorre nesta nova situação é a
presença de duas concentrações distintas de partículas atingindo o segundo
anteparo.

Este seria o resultado esperado pela física clássica. Entretanto, quando esta
experiência é feita com partículas como elétrons ou fótons (objetos quânticos),
ocorre o inesperado: forma-se no segundo anteparo uma figura de interferência
de ondas.

Ainda mais estranha é a repetição desta mesma experiência com apenas uma
partícula. Ela passa pelo primeiro anteparo e atinge o segundo em apenas um
ponto. Vamos, então, repetir esta mesma experiência um número enorme de
vezes. O resultado é que, em cada experimento o ponto de detecção no
segundo anteparo é diferente.

Entretanto, sobrepondo todos os resultados obtidos nos segundos anteparos


da cada experiência obtêm-se, novamente, a mesma figura de interferência da
figura anterior! Assim, mesmo falando de apenas uma partícula, nos vemos
obrigados a associá-la a uma onda para que possamos dar conta de
característica ondulatória presente no nosso exemplo.

Por outro lado, devemos relacionar esta onda à probabilidade de se encontrar


a partícula em um determinado ponto do espaço para podermos entender os
resultados de uma única experiência de apenas uma partícula. Esse
experimento já foi realizado usando-se, em vezes de partículas subatômicas,
cem moléculas (objetos bem maiores) e o resultado foi o mesmo. Outro fato
intrigante ocorre quando tentamos determinar por qual fenda a partícula
passou. Para resolver esta questão podemos proceder fechando uma das
fendas para ter certeza que ela passou pela outra fenda. Outra surpresa: a
figura de interferência é destruída dando lugar a apenas uma concentração
bem localizada de partículas, a daquelas que passam pela fenda aberta.
Portanto, ao montarmos um experimento que evidencia o caráter corpuscular
da matéria, destruímos completamente o seu caráter ondulatório, ou seja, o
oposto ao caso com as duas fendas abertas. Este fato define o princípio da
complementaridade.
Isto acontece porque as naturezas ondulatórias e corpusculares do elétron não
podem ser simultaneamente determinadas. A tentativa de determinar uma
inviabiliza a determinação da outra.

Dependendo de como são examinadas (ou observadas), as partículas podem


se comportar como partículas ou como ondas. Uma partícula é um objeto
independente, sólido, com uma localização específica no espaço. As ondas,
por outro lado, não são sólidas e não estão num determinado local, mas
espalhadas.

No estado de onda, elétrons e fótons (partículas de luz) não têm localização


precisa, existem como “ondas de probabilidade”.

Os resultados desta experiência definiram o princípio básico da física quântica,


o princípio da dualidade onda- partícula, que determina que partículas atômicas
possam comportar-se tanto como corpos materiais, quanto como ondas.

No estado de partícula, essa onda “colapsa” produzindo um objeto sólido,


localizado no espaço e no tempo. Assim, a diferença está na observação ou
mensuração.

Elétrons que não são medidos ou observados comportam-se como ondas.


Submetidos à observação, “colapsam” na forma de partículas e podem ser
observados. Ondas de elétrons são ondas de probabilidade. O aspecto de
onda de um único objeto quântico é transcendente, por isso nunca o vemos
manifesto. Quando localizamos o elétron, ao descobrir através de qual fenda
ele passou, revelamos-lhe o aspecto de partícula. Nos casos sem que não o
localizamos, ignorando a fenda pela qual ele passou, revelamos-lhe o aspecto
de onda. Assim, um elétron passa por ambas as fendas ao mesmo tempo!
Mesmo quando o fóton já passou pelo primeiro anteparo, antes que seja
registrado como passou (se partícula ou onda) e faça-se uma mudança na (s)
fenda(s), ele refletirá o estado final da(s) fenda(s). Isso é o que se chamou de
experimento de escolha retardada. (proposta por John Wheeler). Os fótons
respondem instantânea e retroativamente até a nossa opção retardada.

O fóton se comporta como queremos, mesmo que já tenha passado pela(s)


fenda(s). Isso significa que a consciência do observador está entrelaçada à
consciência do fóton. Isso mesmo, o fóton também tem consciência!

PRINCÍPIO DA INCERTEZA DE HEISENBERG

Na Física Clássica, está implícita a ideia de que qualquer grandeza de


movimento de uma partícula pode ser medida e descrita de modo exato. Por
exemplo, podemos medir simultaneamente a posição e a velocidade de uma
partícula sem perturbar o seu movimento. De acordo com a Física Quântica, o
ato de medir perturba a partícula e modifica o seu movimento.

Este fato constitui um exemplo particular de aplicação do princípio de incerteza


de Heisenberg, cujo enunciado pode ser o seguinte: não podemos determinar
simultaneamente, com precisão arbitrária, a posição e o momentum
(velocidade + energia) de uma partícula. Logo, não podemos determinar
simultaneamente, de forma precisa, a energia de uma partícula e o instante de
tempo no qual ela tem essa energia.

O Princípio da Incerteza de Heinsenberg afirma que além de o elétron não ser


apenas uma partícula, seu comportamento não obedece ao determinismo da
física clássica. Assim, não é possível precisar simultaneamente a velocidade e
a posição de um elétron. Seu estudo só pode ser feito por uma abordagem
probabilística.

O GATO DE SCHRÖDINGER

O Gato de Schrödinger é uma experiência mental, frequentemente descrita


como um paradoxo, desenvolvida pelo físico austríaco Erwin Schrödinger, em
1935. A experiência procura ilustrar a interpretação de Copenhague da
mecânica quântica, imaginando-a aplicada a objetos do dia-a-dia. No
experimento, imagina-se um gato dentro de uma caixa, juntamente com um
elemento radioativo, de forma que se houver o decaimento energético do
elemento o gato estaria morto e se mantivesse sua energia o gato
permaneceria vivo. Todavia até o momento da abertura da caixa o gato não
estaria nem vivo, nem morto, mas sim em um estado de sobreposição desses
dois estados.

EMARANHAMENTO QUÂNTICO

O entrelaçamento quântico (ou emaranhamento quântico, como é mais


conhecido na comunidade científica) é um fenômeno da mecânica quântica que
permite que dois ou mais objetos estejam de alguma forma tão ligados que um
objeto não possa ser corretamente descrito sem que a sua contra parte seja
mencionada, mesmo que os objetos possam estar espacialmente separados
por milhões de anos luz. Isso leva a correlações muito fortes entre as
propriedades físicas observáveis das diversas partículas subatômicas. O
entrelaçamento quântico foi chamado de "ação fantasmagórica à distância" por
Albert Einstein, que acreditava ser um evento impossível, sob as leis da
mecânica quântica ortodoxa.
Essas fortes correlações fazem com que as medidas realizadas numa delas
pareçam estar a influenciar instantaneamente à outra com a qual ficou
entrelaçada, e sugerem que alguma influência estaria a propagar-se
instantaneamente, apesar da separação entre elas.

EFEITO ZENÃO QUÂNTICO

A física quântica utiliza o efeito quântico Zenão (EZQ), também conhecido


como o paradoxo de Turing, para reforçar a ideia do observador, ou seja, cada
vez que nós observamos um sistema ou o medimos, ocorre o colapso da onda
quântica. O sistema paralisa. O efeito Zenão é o ato de observar/pensar/focar
constantemente naquilo que desejamos, paralisando/congelando, dessa forma,
o processo de materialização.

O ÁTOMO DE BOHR E O SALTO QUÂNTICO

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