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Curso de Registros Akáshicos

Karma – O Agente Irreversível do Equilíbrio

Desde muito cedo, se o nosso campo interagir com o conceito de espiritualidade, somos confrontados com a lei
férrea do karma. Segundo é passado de boca para boca, o karma é um polícia inflexível que executa todos
aqueles que se afastam da lei de Moisés e se manifestam no “pecado” ou contrariam a lei da divindade. Moisés
à data terá dito: “olho por olho, dente por dente”, ou, segundo a sabedoria popular, “com ferros matas, com
ferros morres”. Isto leva-nos a uma ideia de fatalidade irreversível daquilo que traduzimos como uma anomalia
ao natural equilíbrio, o que, só por si, um paradoxo. Segundo o príncipio da entropia, o segundo da
termodinâmica, nada tende ao caos total, nada tende à ordem total. Todos os corpos são ordem no caos e todos
os corpos são caos na ordem e isto depende da perspectiva do observador o que nos traz uma abordagem
quântica ao karma. Seguindo um raciocínio lógico, então, se um corpo se encaminha para a ordem, qual o
sentido do acontecimento que o retorne para o caos? Por outras palavras, se estamos no nosso caminho de
desenvolvimento pessoal e não necessitamos de um acontecimento para nos colocar no caminho, ele vai
acontecer mesmo que seja de causa palingênica? Aqui todas as culturas espiritualistas são concordantes: o
karma serve para que aprendamos determinada lição, que adquiramos algo que nos falta, que cumpramos uma
função que se encontra em desiquilibrio perante a “lei”. Podemos então aferir, que na lógica, se estivermos
dentro do nosso propósito e equilíbrio, nenhum karma tem de acontecer.

A fórmula é simples, saber qual o propósito, colocarmo-nos em equilíbrio e dispensar o agente. Como falamos
em CQM, o nosso propósito é reconhecido quando limpamos crenças limitantes, padrões degenerativos e
aumentamos o nosso campo com referências de alta frequência, ou seja, boa informação. E quando falamos em
“limpar” o karma, falamos disso mesmo.

Vamos buscar a terceira lei de Newton que também é usada muitas vezes para ilustrar o tema, para explicar o
processo. Esta lei, conhecida como lei da ação e reação, afirma que, para toda força de ação que é aplicada a
um corpo, surge uma força de reação em um corpo diferente. Essa força de reação tem a mesma intensidade
da força de ação e atua na mesma direção, mas com sentido oposto, e podemos observar isso na figura abaixo.

. Ponto 0

O objeto encontra-se em equilíbrio neste momento, pois as forças


exercidas sobre ele tem movimentos contrários e intensidades iguais,
mantendo o objeto inerte.

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equilíbrio
desequilíbrio

. Ponto 0
Mas se colocarmos uma outra intensidade numa direção diferente, é
gerado um desiquilíbrio pois o objeto sai do ponto 0 que é o seu original.
Para que volte ao equilíbrio, teremos, novamente, que exercer uma
força contrária à que tirou o objeto do equilíbrio e com a mesma
intensidade para que volte para o ponto 0.

O que acontece com os agentes do equilíbrio é o mesmo processo e isto é transversal a eventos, situações, locais
ou quadros patológicos, em resumo, todos os eventos que colocam o indivíduo ou o coletivo em esforço, fora
do seu fluxo normal, é um processo palingenico ou um agente de equilíbrio.

Sabendo isto, temos matéria para cruzar com o que conhecemos da aula anterior no que respeita a campo
morfogenético, mórfico e akáshico e poder facilitar o nosso prórpio equilíbrio e o dos nossos consulentes. Para
fazermos isso, vamos ter em conta todos os corpos sutis que já falámos e vamos aprofundar, os campos e a
leitura.

Adentrando no conceito de campos mórficos

O Autor da teoria dos Campos Mórficos é Rupert Sheldrake, conceituado professor e


cientista, que leccionou Ciências Naturais no Clare College, Cambridge, foi bolsista na
Universidade de Harvard, onde estudou filosofia e história da ciência, foi doutorado
em Bioquímica na Universidade de Cambridge, de 1967 a 1973 foi professor
catedrático do Clare College e director de estudos em Bioquímica e Biologia Celular,
como pesquisador com bolsa Rosenheim da Royal Society levou a cabo uma pesquisa
em Cambridge sobre o desenvolvimento das plantas e o envelhecimento das células.

A sua primeira obra, “A Nova Ciência da Vida: a Hipótese da Causação Formativa”,


em 1981 desencadeou uma acesa polémica entre os meios conservadores e
progressistas da ciência:

“O melhor candidato para a fogueira que já apareceu em muito tempo” Revista Nature (Inlaterra)

“É totalmente claro que estamos diante de uma importante investigação científica sobre a natureza da realidade
biológica e da realidade física” (...) “… uma hipótese imensamente desafiadora e estimulante, sobriamente
apresentada, que propõe um enfoque não ortodoxo da evolução” Arthur Koestler, in New Scientist

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A teoria dos Campos Mórficos foi proposta pela primeira vez pelo psicólogo de Harvard, William McDougall, na
década de 1920, como resultado de experiências levadas a cabo na Universidade de Harvard para determinar
em que medida a inteligência dos ratos era hereditária. A inteligência era medida pela habilidade dos roedores
em percorrer um pequeno labirinto. Os ratos “inteligentes”, aqueles que resolviam rapidamente o labirinto,
eram acasalados com os “inteligentes” e os “tropos” com os “tropos”. Vinte e duas gerações mais tarde, em vez
de serem os ratos “inteligentes” os mais rápidos, todos os ratos resultaram possuir uma maior inteligência
quando tinham que resolver o percurso do labirinto. Os ratos “menos inteligentes” percorriam o labirinto dez
vezes mais rápido que qualquer rato da primeira geração.

Estas experiências criaram um forte cepticismo nalguns meios científicos. Um dos cépticos, que procurou refutar
as experiências de McDougall, foi Crew, que ao realizar a mesma experiência no outro extremo do planeta, na
Escócia, verificou que os ratos já possuíam a informação de como resolver o labirinto. O conhecimento dos ratos
utilizados por Crew arrancava do mesmo ponto de onde haviam concluído as experiências desenvolvidas por
McDougall. Destas experiências surge o conceito de campo morfogenético, postulado por embriologistas e
biólogos para explicar o desenvolvimento de plantas e animais. Este conceito é hoje adoptado por biólogos
desenvolvimentistas, sendo empregue para explicar como, por exemplo, os nossos braços e pernas, embora
constituídos pelos mesmos genes e proteínas, apresentam formas diferentes. Esta ideia, no entanto apresenta
uma limitação em relação aos campos mórficos de Sheldrake, pois pensava-se que ao morrer o organismo esse
campo se dissolvia, os campos mórficos, que de alguma forma incluem os primeiros, mantém-se na natureza
evoluindo e modificando-se com a mesma.

O que são, então, os campos mórficos?

Morfo vem da palavra grega “morphe” e que significa forma. Os campos mórficos são campos de forma.

Campos Mórficos são estruturas organizadoras invisíveis que moldam ou dão forma a todos os seres, como
animais, plantas e cristais e também tem um efeito organizativo sobre o comportamento.

A fim de compreender-se um pouco melhor o que são estes Campos, poder-se-á fazer uma analogia com os
campos magnéticos, que têm forma, embora sejam invisíveis. Como na experiência sobejamente conhecida, e
que provavelmente todos nós a realizámos nos tempos da escola, em que um imane colocado debaixo de uma
folha de papel organiza as limalhas de ferro colocadas sobre esta. Através dos padrões criados por estas limalhas
podemos observar a forma do campo magnético do imane. Os Campos Mórficos, através da sua própria
estrutura moldam células, tecidos e organismos, assim como a estrutura dos nossos corpos sutis.

Nas palavras de Sheldrake, “Como os campos conhecidos pela Física, eles conectam coisas semelhantes através
do espaço, embora, aparentemente, não haja nada entre elas; mas, além disso, eles conectam coisas através
do tempo. A ideia é que os Campos Mórfogenéticos que dão forma a uma planta ou animal em crescimento
surgiram das formas dos organismos anteriores da mesma espécie. É como se um embrião se “sintonizasse”

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com as formas dos membros anteriores da espécie. O processo, através do qual isso acontece, é denominado
ressonância mórfica”.

Os campos mórficos relacionam-se com a formação das estruturas


mas também com a experiência ou aprendizagem das espécies. É uma
memória, em que as capacidades individuais de aprendizagem
actuam em relação com uma memória colectiva herdada pela
ressonância mórfica dos membros anteriores da espécie

Num esquema apresentado por Sheldrake no seu livro “Sete experiência que podem mudar o mundo”, ele
explica que existe uma inter-penetração de níveis sucessivos de organização de sistemas auto-organizativos,
dependendo cada um deles de um campo mórfico característico.

Por exemplo (esquema A), no caso dos animais sociais, o circulo exterior representa
o campo mórfico do grupo social, os círculos interiores os indivíduos que o formam e
os círculos mais internos os órgãos destes animais.

O esquema B representa a forma como se expande o campo


mórfico de um grupo social quando um ou mais membros se separa
do grupo, como um cordão elástico invisível.

Poderíamos então pensar no universo como uma vasta rede de partículas de interacção e de ligações
participantes de um único sistema holístico.

Estes princípios seriam aplicáveis às conexões existentes entre um animal de estimação e o seu dono, como os
casos em que alguns animais à distância apercebem-se de perigos que os donos estão a correr reagindo com
sinais de alarme e aflição e outros reagindo antecipadamente quando os donos vão ter um ataque cardíaco, de
epilepsia ou de diabetes, avisos estes que muitas vezes salvaram vidas, assim como os casos de animais que
percorrem centenas ou mesmo milhares de quilómetros através de territórios desconhecidos para encontrarem
os seus donos. Outros apercebem-se quando os seus donos se vão ausentar de casa por um período de tempo,
mesmo antes de poderem ver as malas de viagem, assim como aqueles que pressentem antecipadamente a
chegada dos seus donos a casa, ou o caso da ligação dos pombos-correios e o pombal ao qual pertencem e cujas

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justificações tradicionais para o facto, como a orientação pelo sol, pelos ventos, magnetismo, etc., Sheldrake
procurou descartar através da experiência de pombais itinerantes, que estavam em constante deslocamento,
mas aos quais os pombos sempre regressavam.

São os Campos Mórficos que fazem com que um sistema seja um sistema, isto é, uma totalidade articulada e
não um mero amontoado de partes. Exemplo disso é o processo de diferenciação e especialização celular que
caracteriza o desenvolvimento embrionário. Como explicar que um aglomerado de células absolutamente
iguais, as células estaminais, dotadas do mesmo património genético, dê origem a um organismo complexo, no
qual órgãos diferentes e especializados se formam no lugar certo e no momento adequado.

Sheldrake explica que o DNA codifica a sequência dos aminoácidos que formam a proteína, mas são os Campos
Mórficos que dão a forma e a organização das células, tecidos, órgãos e organismos como um todo, campos
estes que não são herdados quimicamente mas são determinados directamente pela ressonância mórfica de
organismos anteriores da mesma espécie.

Numa conferência realizada nos EUA em 1984, relatada por Ralph H. Hannon no American Theosophist, de
Dezembro de 1984, Sheldrake ilustra esta ideia estabelecendo uma analogia com uma televisão. Imaginando um
homem que não conhecesse nada de electricidade e a quem fosse mostrado pela primeira vez um aparelho de
televisão, ele poderia pensar que o aparelho continha pequenas pessoas cujas imagens apareciam no ecrã. Mas,
depois de inspeccionar o aparelho e só ver fios e transístores, ele provavelmente diria que as imagens são
resultado de alguma forma complexa de interacções entre os componentes do aparelho. Esta teoria pareceria
bastante válida, pois as imagens tornar-se-iam distorcidas, ou desapareceriam, quando os componentes eram
removidos. Se então lhe fosse sugerido que, na realidade, as imagens dependem de influências invisíveis vindas
de muito longe e que entram no aparelho, ele provavelmente rejeitaria a ideia. Provavelmente apoiaria a sua
teoria com o facto de que o aparelho tem o mesmo peso quando está ligado ou desligado.

Este exemplo pode ser semelhante à visão tradicional da Biologia, em que os fios, transístores, etc.,
correspondem ao DNA, proteínas, moléculas, etc. Sheldrake concorda que as mudanças genéticas podem
afectar a herança da forma ou do instinto pelas alterações que causa na “sintonia” ou pela distorção que pode
provocar na “recepção”. Mas os factores genéticos não podem ser totalmente responsáveis pela herança da
forma ou instinto, assim como as imagens que aparecem no ecrã de televisão não podem ser explicadas apenas
pelas conexões de fios e transístores do aparelho.

Os campos mórficos não têm natureza fixa, evoluem, possuem uma espécie de memória interna, que depende
dos processos de ressonância mórfica, ou seja, a influência do igual sobre o igual ao longo do tempo e do espaço.

“A minha hipótese actua não somente em organismos vivos, mas também em moléculas e cristais. Penso que
ambos possuem alguma espécie de memória. E isto gera consequências verificáveis.” (in entrevista a Rupert
Sheldrake). Esta afirmação leva-nos inevitavelmente aos extraordinários estudos sobre a “Mensagem da Água”
desenvolvidos por Masaru Emotto que, através de várias experiências, demonstrou a influência de vibrações
circundantes, como palavras, pensamentos, músicas, etc. Que ficando registadas e influem no modo de

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Pronunciando-se a palavra Água da fonte Água contaminada de


Pronunciando-se as palavras
obrigado de Lurdes (França) Fujiwara Dam (Japão)
Amor e apreço

500 pessoas com Música de Mozart Música de Bach Sílaba sagrada “OM” Impossibilidade de
sentimentos de formar cristais com a
amor música heavy metal

cristalização dos clusteres de água. Também uma experiência realizada em 1982 em França, conhecida como
“Aspect”, demonstrou que duas partículas quânticas que tenham estado ligadas entre si, quando separadas e
mantidas a grandes distâncias permanecem de alguma forma ligadas, pois se uma delas era alterada
imediatamente também a outra se alterava. Esta “transmissão” processada a uma velocidade superior à da luz
não conseguiu ser explicada pelos meios científicos, atrevendo-se alguns a levantar a hipótese de ocorrerem por
meio de “dimensões mais elevadas” e traduziu o que conhecemos por emaranhamento ou entrelaçamento
quântico.

O prémio Nobel da Medicina em 2008, o Dr. Luc Montagnier também pesquisou a água e afirma, sem restrições
que a água possui uma memória. No documentário A Memória da Água o Dr. Montagnier informa (transcrição
traduzida da introdução do documentário): “A vida surgiu na água dos oceanos. Nós seres humanos iniciamos
nossa vida dentro do líquido amniótico, que possui 99% de água. A água está presente em grande parte da nossa
vida, da nossa existência. Podemos permanecer algum tempo sem comer, mas não sem ingerir água. Água é
vida. Este elemento que pensamos conhecer muito bem, tem propriedades desconhecidas e inesperadas, e exerce
um papel muito mais importante em nossa biologia do que podemos imaginar.”

Na teoria da memória da água, a água seria capaz de reproduzir os efeitos de uma substância que tivesse um
contato prévio com ela, mesmo quando esta substância já não mais se encontra presente. Segundo esta teoria,
portanto, a água teria a capacidade de guardar em sua memória as propriedades das moléculas o que nos abre

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o caminho para outra das investigações CQM, acerca da água como medicamento, sujeita a determinadas ondas
de oscilação de frequência.

Os Campos Mórficos e as Filosofias Espiritualistas

Nas palavras do próprio Sheldrake, num artigo editado na revista “The American Theosophist em 1982, podemos
encontrar interessantes relações entre a teoria dos Campos Mórficos e as tradições esotéricas:

“Alguns aspectos da hipótese da causação formativa lembram elementos de vários sistemas tradicionais e
ocultos: por exemplo, o conceito de corpo etérico, a existência de almas grupais de espécies animais, e a doutrina
da gravação nos chamados arquivos do akasha. Entretanto, isto é colocado como sendo estritamente uma
hipótese de trabalho e, como tal, deverá ser julgada por testes empíricos. Mas se a evidência experimental vier
a comprovar esta hipótese, então ela dará bases para uma nova ciência da vida que irá muito além da biologia
limitada e mecânica de hoje em dia.”

W. Q. Judge, esoterista do século XIX, escreve no seu livro “Ecos do Oriente”:

“Provavelmente, em todo o campo do estudo teosófico não haja nada mais interessante do que a luz astral. Entre
os hindus ela é conhecida como Akasha, o que também pode ser traduzido por Éter. Eles dizem que todos os
fenómenos maravilhosos dos yoguis orientais são realizados pelo conhecimento das suas propriedades. Dizem
também que a clarividência, a mediunidade, a vidência tal como é conhecida no mundo ocidental só são possíveis
pelo seu intermédio. Ela é o registo das nossas acções e pensamentos, o grande depósito de imagens da terra…”
e mais à frente diz que “é o grande agente final, ou dinamizador básico, cosmicamente falando, que não só faz
crescer uma planta mas também mantém os movimentos de sístole e diástole do coração humano.”

“Corpo Forma”

Não existe suficiente informação codificada no DNA para constituir o plano genético básico do corpo. “O modo
como é tecida uma estrutura tão elaborada e altamente organizada transformando-se em uma unidade,
constitui um longo e persistente enigma” - Tom Alexander, editor de ciência da revista Fortune

Dois cientistas de Yale, Harold Saxton Burr e S. C. Northrop, descobriram que todos os corpos possuem aquilo
que denominaram “arquitecto eléctrico”. Após quatro anos de estudos sobre o desenvolvimento de
salamandras e ratos apresentaram os resultados na Academia de ciências dos Estados Unidos. Num texto
publicado no New York Times (25 de Abril de 1939) podemos encontrar um interessante resumo dessas
conclusões:

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“Existe no corpo das coisas vivas um arquitecto eléctrico que molda e dá forma aos indivíduos conforme um
modelo específico e predeterminado, e que permanece dentro do corpo desde o estágio pré-embrionário até à
morte… O indivíduo só morre depois que o arquitecto eléctrico dentro dele deixa de funcionar.”

“…Cada espécie animal, e muito provavelmente também os indivíduos dentro de cada espécie, tem o seu campo
eléctrico definido do mesmo modo que as linhas de força de um íman.

Esse campo eléctrico, então, possuindo a sua própria forma, modela segundo a sua imagem todo o barro
protoplasmático da vida que cai dentro da sua esfera de influência, materializando-se assim no corpo do ser vivo
como um escultor materializa a sua ideia na pedra.”

É bastante interessante a denominação de “arquitecto eléctrico” dado a esta força-forma, fazendo recordar as
definições dos corpos sutis como sendo “eléctricos e magnéticos (eletromagnéticos)”

O corpo búdico, que é onde se encontra a informação que nos molda o Ser (ver curso de Anatomia Quântica), é
um molde para o corpo físico que fica ativo desde o momento da concepção, não se encontra separado dele,
mas o interpenetra e sustenta. Sem este corpo-molde o corpo físico não pode conservar a sua coesão, conforme
observamos nas citações:

“Toda a solução da controvérsia entre a ciência profana e a ciência esotérica gira em torno da crença e da prova
da existência de um corpo astral dentro do corpo físico, sendo que o primeiro independente do segundo”

“A alma interna da célula física – o ‘plasma espiritual’ que domina o plasma germinal – é a chave que deve abrir
um dias as portas daquela terra incógnita do biólogo, até agora considerada o mistério obscuro da Embriologia”

“O nascimento do corpo astral antes do corpo físico, sendo o primeiro um modelo do segundo” - HPB, D.S. Vol.
III

“O corpo astral é feito de uma matéria muito subtil na sua textura, quando comparado com o corpo visível, e
tem uma grande elasticidade, de modo que muda pouco durante o período de uma vida, enquanto o físico
altera-se a cada momento… |O astral é flexível, maleável, dilatável e forte. A matéria que o compõe é
essencialmente eléctrica e magnética…” - W. Q. Judge, “O Oceano da Teosofia”

A Evidência nos Membros Fantasma

Quando alguém sofre a amputação de um membro, normalmente não perde o sentido da sua presença, sente-
o como se ele realmente estivesse lá. Além de sentirem a forma, posição e movimento tem geralmente
sensações internas desse “membro fantasma” como calor, torção, formigueiros, etc., além de acompanharem
os movimentos de coordenação ou repouso do corpo. As sensações “fantasmas” são também experimentadas
pelos tetraplégicos, não o sendo no entanto nos casos de falta de algum membro por defeito congénito (de
formação do feto) ou em casos resultantes de doenças progressivas como a lepra.

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Todas as teorias cientificas convencionais para explicar o fenómeno baseiam-se no paradigma da mente
contraída, isto é, as sensações, as imagens e as partes “fantasmas” do corpo estão no cérebro, tendo várias
experiências e observações provado a ineficácia desta explicação tal como por exemplo nos casos de
seccionamento das comunicações nervosas ao cérebro. No entanto, se falarmos de uma mente prolongada ou
expandida dentro e fora do corpo, como veremos mais à frente, não há necessidade de confinar a imagem do
corpo ao cérebro ou ao tecido nervoso, pois pode existir simplesmente onde parece existir.

O corpo é organizado e preservado por campos electromagnéticos, gravitacionais, quantum da matéria e


morfogenéticos que dão forma e permitem o seu desenvolvimento. Sheldrake relaciona esta sensação do
“membro fantasma” com a presença desse campo de forças ou Campo Mórfico, molde ou estruturação da
matéria física.

“Todos os que sofreram uma amputação, e todos que trabalham com eles, sabem que o membro-fantasma é
essencial para que se possa usar um membro artificial”. Citando um paciente, descreve como tem que “acordar”
o “seu fantasma” pela manhã: “inicialmente ele flexiona o toco da perna para perto de si mesmo, e depois bate
nele rapidamente e com força – “como no traseiro de um bebé” – várias vezes. Na quinta ou sexta palmada o
fantasma subitamente desperta, reanimado, iluminado pelos estímulos periféricos. Só então ele pode colocar a
sua prótese e caminhar”

Dr. Oliver Sacks, neurologista (autor do livro “O Homem Que Confundiu a Sua Esposa Com Um Chapéu”)

O “toque terapêutico” nos membros fantasma é actualmente praticado por milhares de enfermeiros nos Estados
Unidos e ensinado em muitos programas de cuidados básicos. Os pacientes relatam a redução de sensações de
dor após esta “massagem fantasma”. Várias experiências mostraram também como pessoas com membros
amputados podem, sem o ver, sentir o toque de outras pessoas no seu “membro fantasma” ou também como
podemos sentir em nós o toque dado por um “membro fantasma”.

“O membro astral não foi amputado e, consequentemente, o homem sente como se ele ainda estivesse
presente, pois facas e ácidos não ferem o modelo astral…”

W. Q. Judge, “O Oceano da Teosofia”

Meditação – Um veículo de Leitura

A preocupação profissional, financeira, social ou familiar, entre tantas circunstâncias da vida moderna, cria um
ritmo mental acelerado e uma constante tensão emocional e física. O stress ou o vazio existencial chega e tudo
à volta começa a se desarmonizar. A meditação é uma das técnicas mais simples para equilibrar e entrar em
contacto com as dimensões que permitem uma leitura clara. Ela faz com que o cérebro trabalhe em uma onda
elétrica sutil denominada alfa, que proporciona um estado mental mais sereno mas em que o praticante se
encontra em estado “consciente”.

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Algumas pesquisas científicas recentes têm indicado que a prática diária da meditação melhora a disposição,
desenvolve a capacidade mental e, principalmente, nos faz consciente de nossa vida e do meio ambiente. A
eficácia da meditação é tão séria que a Sociedade Americana de Cardiologia (Estados Unidos) recomenda o
ensino da resposta de relaxamento – nome científico da meditação – no tratamento da hipertensão arterial.

Originária (historicamente) da Índia, a meditação está intimamente ligada com as práticas de ioga e, também,
se encontra inserida em várias crenças orientais, como o taoismo e o budismo. No entanto, cada religião possui
uma forma particular de praticá-la, algumas estão inclinadas ao universo espiritual, outras à saúde ou ao bem-
estar. As formas para se atingir os objetivos vão desde olhar fixamente para o vazio e relaxar os músculos do
corpo até a execução de sons específicos (mantras), posições com o corpo (asanas) ou apenas a visualização de
situações benéficas. Muito do que se chama de “meditação” no Ocidente é um relaxamento corporal ou a
autoindução para equilibrar a ansiedade e, com isso, atingir um estado psicológico mais propício ao que se
deseja. Até as religiões cristãs e evangélicas aderiram à palavra “meditação” para se referir ao ato de fé em uma
oração ou quando se faz um retiro espiritual. Não mero acaso, ela se encontra inserida em todo o esoterismo
como uma das técnicas mais conhecidas para o autoconhecimento e a autocura. Também é amplamente
utilizada nas terapias holísticas como um veículo para se aplicar elementos necessários à cura. Dessa forma,
meditar tornou-se sinônimo de concentração, capacidade de autoanálise, relaxamento do corpo, equilíbrio
emocional, oração, magia, autocura, autoajuda.

Ressaltada como sendo uma técnica espiritual, o relaxamento ou a meditação possui fundamentação científica
fundamentada e comprovada. Com a criação do eletroencefalograma descobriram-se diferentes frequências
elétricas geradas pelo cérebro e que se encontram divididas em quatro faixas distintas, cada uma corresponde
a um determinado estado de consciência. Observou-se que quando estamos conversando, a frequência cerebral
oscila entre 13 e 30 Hz. Procuraram saber o que ocorria nas pessoas em coma e descobriu-se que o registro era
de 0,5 Hz. Por regra, determinaram: quanto mais tenso, mais respirações são necessárias, maiores serão as
ondas cerebrais; quanto mais calmo, melhor será o ritmo cardiorrespiratório, menores as frequências elétricas.
Podemos então definir as tabelas (grifados a amarelo os que vamos usar na técnica):

Onda Cerebral Frequência Estado


Beta 13 a 30Hz Estado de Vigília
Alfa 8 a 13Hz Descanso, Hipnose, Acesso
Consciente
Teta 4 a 7Hz Sonolência, Acesso Dimensional
Delta 0,5 a 4Hz Sono Profundo, sonhos

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Funções Orgânicas em Vigília e em Sonho Consciente

Função Onda Beta (Vigília) Onda Alfa (Sonho Consciente)


Ritmo Cardíaco Aumenta Diminui
Sangue nos Músculos Aumenta Diminui
Sangue na Pele Aumenta Diminui
Sangue nos Orgãos Diminui Aumenta
Utilização de Oxigênio Aumenta Diminui
Produção de Cortisona Aumenta Diminui
Energia, Impulsividade Diminui Aumenta
Pressão Sanguínea Aumenta Diminui
Tensão Muscular Aumenta Diminui

Agora, permita-se descobrir a sensação prazerosa que a meditação produz e perceba a importância de se dedicar
alguns minutos diários. Tenha a certeza de que isso tornará os dias mais produtivos e a mente muito mais
tranquila. Se você nunca fez um relaxamento siga as seguintes instruções:

Primeiro, aprenda a respirar:

1. Fique em pé ou sentado, como desejar, e olhe fixamente para algum ponto do horizonte, um quadro na
parede, uma planta, uma árvore, qualquer objeto imóvel. Escolhida a posição e o ponto de visão, inspire
profunda e lentamente pelo nariz e, durante a inspiração, sinta a região torácica e abdominal se expandindo,
como uma bexiga se enchendo de ar.

2. Ainda com os olhos abertos e fixados no objeto escolhido, expire pela boca no mesmo ritmo que inspirou e,
durante a expiração, esvazie o máximo que puder o pulmão e contraia suavemente a região abdominal, como
uma bexiga se esvaziando, até retirar o máximo de ar que puder.

Segundo, aprenda a relaxar:

3. Continuando o ritmo da técnica anterior, no momento em que soltar todo o ar, descontraia os músculos do
corpo, relaxe e libere as tensões, principalmente, as das faces, depois dos ombros, dos braços, do abdomen e
das pernas.

4. Agora, feche os olhos. Respire lenta e suavemente – inspire e expire – com total atenção ao corpo. Repita a
operação da descontração muscular verificando onde se localizam os pontos de tensão, e relaxe-os um a um.

5. Ainda com os olhos fechados e depois de relaxar todos os músculos, execute uma série de dez respirações
bem suaves, lentas e profundas. Para facilitar, enumere mentalmente uma sequência respiratória de 1 a 10 para
relaxar cada vez mais; e, logo em seguida, para voltar ao estado normal, conte de 3 a 1. Abra os olhos, pronto.

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Você pode usar esse procedimento, por exemplo, antes de dormir; mas também pode empregá-lo durante um
imenso congestionamento no trânsito, no banco de um jardim, no trabalho, na escola, na praia. Não, não tenha
a ideia de que a meditação faz dormir. Ela serve para recuperar a capacidade orgânica e mental, seja para o
repouso absoluto ou para encarar um dia inteiro de trabalho. Com o uso frequente da prática de relaxamento,
pode ocorrer de só algumas respirações serem o suficiente para recarregar a energia e a disposição. Saiba que
a utilização da meditação reduz a ansiedade, torna a respiração tranquila, melhorando a oxigenação do sangue
e, consequentemente, a atividade cerebral; equilibra, também, a frequência cardíaca e a pressão sanguínea que,
por sua vez, melhora as condições metabólicas de todos os órgãos.

Viu como um simples ato pode ajudar a equilibrar todos os planos? Além disso, ela melhora o sono, auxilia a
digestão alimentar e qualquer processo de saúde. No campo psíquico, a prática da meditação mantém a pessoa
em um ritmo de equilíbrio que a impede de entrar em conflitos emocionais. Existe, por parte de quem a utiliza,
muito mais clareza mental, objetividade, paciência, compreensão e justiça. Agora que está terminando de ler
sobre as instruções iniciais da prática de relaxamento, sugiro que faça rapidamente uma primeira vez, só para
assimilar as etapas, e uma segunda, para um primeiro teste pessoal. E para avaliar possíveis benefícios em um
prazo maior, imagine o que ocorreria com o seu corpo se usufruísse do relaxamento durante uma semana, por
exemplo? No mínimo, haveria um melhor condicionamento do corpo físico e do corpo emocional.

Técnica básica

Aprendemos a importância do relaxamento, da respiração e seus benefícios; contudo, a meditação é um campo


inesgotável de possibilidades de uso. Durante nosso curso, em diversas aulas, serão apresentados vários
tratamentos holísticos que necessitam de um relaxamento para o benefício eficaz. Grave o conceito: a
meditação e o relaxamento terão três fases distintas (iniciar/proceder/encerrar), pois necessitamos entrar em
estado alfa para podermos estimular a terapia e a autocura. A partir do modelo apresentado, você estará apto
a transformá-lo nas diversas técnicas meditativas ou incluí-lo nas inúmeras possibilidades terapêuticas. Vejamos
passo a passo:

INICIAR – PROCEDER – ENCERRAR

1. INICIANDO O RELAXAMENTO. O local ideal para se fazer um relaxamento completo deve ser tranquilo, com
telefones e celulares desligados, preferencialmente em um quarto arejado e fresco. Contudo, algumas técnicas
meditativas podem ser executadas na praia, na cachoeira, no jardim; tudo dependerá de seu desejo e
necessidade. Depois de escolher e se acomodar em um local adequado, deite-se ou sente-se e feche os olhos.
Inspire e expire com total atenção ao corpo. Sempre respirando calmamente, verifique onde estão os pontos de
tensão e relaxe-os, um a um. Para tal, focalize os pés, as pernas, os quadris, o tronco, as mãos, os braços, o
pescoço, as faces, a cabeça, sempre nessa sequência. Estando relaxado, faça uma série de dez respirações bem
calmas, lentas e profundas; para facilitar, conte mentalmente a sequência respiratória de 1 a 10.

2. PROCEDIMENTO. Nessa fase podemos intercalar vários tipos de meditação, tanto visuais quanto sonoras –
sons, cores, símbolos, imagens –, todas as sugeridas neste curso, nas próximas etapas, como em outros livros

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do gênero. Cada qual possui seu próprio estímulo e benefício; em todo caso, o simples fato de entrar em
relaxamento e executar as respirações compassadas já estimula o equilíbrio mental e espiritual.

3. ENCERRANDO O RELAXAMENTO. Depois de terminado o procedimento técnico escolhido; conte mentalmente


a sequência respiratória de 3 a 1. Abra os olhos.

Mentes Contraídas e Mentes Expandidas

Praticamente em todos os conhecimentos tradicionais do mundo vamos encontrar uma concepção da alma que
não está confinada a habitar a cabeça, mas sim que anima e inter conecta-se com todo o corpo e com o seu
entorno. “Está vinculada com os antepassados; conectada com a vida dos animais, das plantas, da Terra e dos
Céus; pode sair do corpo em sonhos, em transe e na morte; e pode comunicar-se com um vasto reino de espíritos
– dos antepassados, dos animais, dos espíritos da natureza, seres tais como os gnomos e as fadas, seres
elementais, demónios, deuses e deusas, anjos e santos.” (“Sete experiências que podem mudar o mundo”, de
Rupert Sheldrake).

Em contraste, a visão moderna, dominante no Ocidente, e iniciada por René Descartes no século XVII, nega a
antiga ideia da mente como parte de uma alma mais extensa, que anima todo o corpo, para afirmar o corpo
como uma máquina inanimada, como igualmente o são as plantas, os animais e todo o universo. Com esta
perspectiva a alma se foi contraindo: da natureza para o homem e daí se contraiu a uma dimensão ainda mais
pequena, a do cérebro. Esta mente contraída, que confina a alma ao cérebro, a vê como um produto da
mecânica cerebral. Todas as teorias científicas convencionais inserem-se no paradigma da mente contraída,
afirma Sheldrake.

É interessante o conceito oposto, por exemplo da filosofia e medicina chinesa que confere uma relação entre os
estados anímicos e os órgãos; o fígado à cólera, o coração à alegria, o estômago ao pensamento obsessivo, os
pulmões à tristeza e os rins ao medo. Assim, como expressões que ainda hoje utilizamos, que relacionam a alma
com as suas conexões do corpo: “de todo o coração”, “não tens coração”, “ter maus fígados”, “tens que ter as
orelhas vermelhas, pois estávamos a falar de ti”, etc.

É interessante verificarmos, segundo estudos de Jean Piaget sobre o desenvolvimento mental das crianças
europeias, e que é por volta dos dez ou onze anos que “aprendem o ponto de vista correcto”, isto é, que os
pensamentos se situam dentro da cabeça. Em contrapartida, antes desta idade, as crianças crêem que em
sonhos viajam fora do corpo, que não estão separados do mundo vivente que os rodeia, mas sim que participam
dele, que as palavras e pensamentos podem ter efeitos mágicos à distância. Estas crianças mostram um espírito
animista, muito semelhante ao das culturas tradicionais de todo o mundo e que predominaram na nossa cultura
até à revolução mecanicista e que ainda podemos encontrar nas tradições e ritos populares.

Jung foi, muito provavelmente, um dos maiores psicólogos modernos que melhor soube interpretar e descrever
a alma. Ao falar-nos do inconsciente colectivo mostra a psique não confinada em mentes individuais, mas sim

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partilhada por todo o mundo. Esta concepção inclui uma espécie de memória colectiva na qual participam
inconscientemente os indivíduos.

No seio de várias culturas e povos vamos encontrar esta relação do homem com a alma da natureza. Através do
efeito de drogas, práticas chamanicas e técnicas de meditação o homem sempre procurou levar a sua alma a
estados de conexão com a natureza ou outras entidades, animais, espíritos, etc.

Sheldrake realizou várias experiências controladas de um fenómeno, pelo qual certamente todos nós já
passamos, o de sentirmos que somos observados pelas costas. Alternando entre momentos em que a pessoa
era observada e momentos em que não o era, o indivíduo sujeito à experiência levantava o braço quando estava
a ser observado. Os resultados foram surpreendentes. Com esta experiencia Sheldrake procurou contribuir para
a compreensão dessa mente expansiva que pode conectar-se com o meio circundante.

A Telepatia e os Campos Mórficos

Sheldrake, que tem vindo a realizar várias experiências relacionadas com a telepatia, tanto com humanos como
no mundo animal e entre ambos, afirma a este propósito o seguinte: “Acredito que a telepatia é normal e natural
entre os grupos sociais de seres viventes. Ela permite-lhes manterem-se “conectados” mesmo à distância… Eu
desenvolvi muitas pesquisas sobre cães que conseguem captar os pensamentos e intenções dos seus donos
telepaticamente”. Também várias experiências realizadas mostraram a capacidade de uma pessoa antecipar a
percepção de um telefonema de uma pessoa que lhe esteja intimamente ligada, antes que mesmo que o
telefone toque.

Sobre o fenómeno telepático, Judge, na obra já citada, diz o seguinte: “É correcto admitir-se que o pensamento
pode ser transmitido de um cérebro a outro directamente, sem qualquer palavra, mas como é que essa
transferência pode ser realizada sem um instrumento? Esse instrumento é a própria luz astral (Éter). No mesmo
momento em que o pensamento toma forma no cérebro ele é representado nessa luz astral, e dali poderá ser
recebido por um outro cérebro que seja suficientemente sensível para recebê-lo intacto…” e acrescenta: “pode
dizer-se que a luz astral está por toda a parte, interpenetrando todas as coisas, que possui um poder fotográfico
que capta imagens de pensamentos, acções, eventos, tons, sons, cores, e todas as coisas…”

INFLUÊNCIA SOBRE A EDUCAÇÃO E A APRENDIZAGEM

Entre várias experiências realizadas por Sheldrake, neste âmbito, destacaria duas bastante contundentes: Uma
foi dar a um grupo de pessoas duas canções japonesas para aprenderem, uma tradicional, que todas as crianças
conhecem e cantam desde tenra idade e outra totalmente nova, criada para o efeito, o resultado foi inequívoco,
a canção tradicional foi aprendida por essas pessoas, que nada conheciam de japonês, muito mais rapidamente.
Outra experiência foi realizada com base no código morse, universalmente conhecido, e um código reinventado

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com a mesma base de traços e pontos. Também neste caso o código morse verdadeiro foi aprendido muito mais
rapidamente. Com estas experiências, Sheldrake, procurou provar o quanto a experiência de um grupo, neste
caso humano, contribui para o desenvolvimento dos indivíduos que o compõem e desta forma talvez tenha
aportado elementos que levam à melhor compreensão, por exemplo, da precoce apetência, nos nossos dias,
das crianças para a informática e novas tecnologias, isto se tivermos em conta que hoje são um instrumento
com o qual praticamente toda a humanidade trabalha e convive permanentemente. O modo da aprendizagem
seria então uma espécie de herança básica da espécie, algo “relembrado” de modo mais ou menos automático.
Não se tratando de algo localizado no cérebro, mas obtido directamente de uma estrutura da espécie por meio
da ressonância mórfica. As experiências acumuladas da humanidade fariam assim parte do inconsciente
colectivo descrito por Jung.

Diz Sheldrake: “A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou mau, por
isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina. Pois as nossas acções podem influenciar os outros e
serem repetidas”. Judge, falando sobre as propriedades do Éter diz: “Esta luz pode, portanto, ser impressa com
imagens boas ou más, e elas ficam reflectidas na mente subconsciente de cada ser humano. Se nós enchemos a
luz astral com imagens más… elas serão o nosso demónio destruidor, mas se, pelo exemplo de até mesmo alguns
poucos homens e mulheres de bom coração, um tipo novo e mais puro de acontecimentos for gravado nesta
tela eterna, a luz astral nos elevará ao nível do que é divino.”

Sheldrake afirma que é possível a existência de muitos tipos diferentes de campos por descobrir, em que as
conexões existentes entre os animais de companhia e os seus donos, entre os pombos e as suas casas, os
membros fantasmas, a extensão da mente, etc. poderão ser fenómenos diferentes e não ter nada em comum.
Poderia depender cada um deles de um novo tipo de campo ou de conexão física capaz de actuar à distância.

Os Campos Mórficos comprometem-nos sobre o poder e influência de cada parte do universo, em que nenhum
indivíduo é tão insignificante que não possa dar o seu contributo. Este novo paradigma implica novos valores: o
humanismo, uma atitude e compromisso ecológico, uma visão transcendente do mundo e da vida e o apoio
humanitário no seu aspecto mais amplo, que é o de criar condições para o desenvolvimento do poder da
individualidade que fará crescer a humanidade como um todo.

As conclusões finais são uma síntese dos caminhos que o próprio Sheldrake aponta como desafio a um novo
olhar científico sobre a Vida:

- A investigação destes novos paradigmas poderiam ajudar a ciência a abrir-se tanto no campo teórico como
prático.

- Um maior sentido de vinculação entre toda a humanidade e o mundo que nos rodeia, mudando a perspectiva
de que o ser humano tem o direito de conquistar e explorar indiscriminadamente a natureza, sem outra
preocupação que não a dos seus interesses. Isto implicaria naturalmente grandes mudanças educacionais.

- Entender os poderes dos animais e dos humanos e os vínculos profundos que existem entre todos.

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- Derrubar a convencional separação entre a mente e o corpo e entre o sujeito e o objecto, com grandes
implicações profundas a nível psicológico, médico, cultural e filosófico.

Bibliografia:

- “Sete Experiências que Podem Mudar o Mundo”, de Rupert Sheldrake

- “Helena Blavatsky”, de Sylvia Cranston

- “A Memória da Água” de Masaru Emotto

[Documentário] A Memória da Água com Dr Luc Montagnier (3) Water Memory (2014 Documentary about Nobel
Prize laureate Luc Montagnier) - YouTube

A Primeira Leitura: Os Chakras e os Corpos Sutis

Para produzirmos uma leitura de campo de excelência temos de começar pelo complexo sistema que é o
conjunto de corpos sutis, chakras e meridianos que depois se interlaçam pelo sistema nervoso central, pelas
glândulas, concluindo o seu trajeto no sangue, e nos orgãos e se quisermos ser mais específicos, por todas as
células do corpo. Esta leitura vai permitir que, antes de partirmos para uma leitura palingênica, se faça uma
triagem da anomalia naquilo que nos está mais próximo e vamos usar as tabelas seguintes.

Chakras

Chakra Glândula Caracteristica Sintomas


Raiz Adrenais Manifestação, Equilíbrio perseverança, autoestima, vivacidade,
Materialização, reconhecimento da identidade pessoal e
Ancoragem social, busca da segurança pessoal, do
trabalho como sobrevivência, da
satisfação de forma honrada, da
construção da vida material, foco.
Anomalia hostilidade, raiva, possessividade, gula,
fobia, desajuste social, compulsão
sexual, vícios em geral; queda de cabelo,
ossos e dentes fracos, infecção óssea ou
nos órgãos excretores.
Obstrução preguiça, apatia, impotência, frigidez,
insegurança; falta de apetite, inflamação
nos órgãos excretores ou nos ossos.
Sexual Gônadas Sexualidade, Equilíbrio autoestima, serenidade, segurança
Criatividade, emocional e mental, bons pensamentos,
Prazer, Apetite, sociabilidade, integração familiar,

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compartilhamento coragem e motivação na realização dos


íntimo ou social desejos de forma honesta e justa.
Anomalia ciúme, vingança, vaidade, lascívia,
compulsão sexual, alcoolismo,
ansiedade, desespero; sudorese, cistite,
diarreia; infecção do sistema urinário, no
intestino grosso, nos ovários ou na
próstata.
Obstrução incerteza, receio, vergonha, medo, culpa,
reclusão, tristeza, inquietação, sensação
de inadequação social, autorrepressão
sexual, falta de libido; cólica, flatulência,
eructação, deficiência de produção de
leite materno, coágulos sanguíneos nos
membros inferiores (má circulação).
Solar Pancreática conectado ao corpo Equilíbrio autoconfiança, flexibilidade,
mental inferior compreensão, dedução, organização,
(razão, ideais, expressão sincera dos desejos,
planejamento), conhecimento da exata proporção da
interação social, própria realidade, planejamento do
equilíbrio vital futuro de forma racional às necessidades
pessoais.
Anomalia perfeccionismo, impaciência,
intolerância, irritabilidade, ambição,
ganância, moralismo, preconceito,
arrogância, falta de concentração,
dispersão, esquecimento; compulsão
alimentar, úlcera, gastrite, cirrose,
diabetes, colesterolemia.
Obstrução obsessão, devaneio, utopia, inveja,
orgulho, indecisão, hesitação, ilusão,
distorção dos fatos, mentiras, estresse,
insônia; má digestão, perda do apetite,
problemas digestivos, hipoglicemia.
Cardíaco Timo Tradução de Equilíbrio amor-próprio, esperança, compaixão,
frequências de perdão, felicidade, fraternidade,
campo, tolerância, alegria de viver,
organização da compreensão, ajuda ao próximo,
somatização pelo devoção, fé, coerência

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organismo e se Anomalia amargura, revolta, ódio, rancor, medo de


encontra integrado amar, desespero, vergonha,
ao amor, à paz e à autopiedade, angústia, incoerência;
coerência taquicardia, palpitações, hipertensão,
frequencial infecção do sistema respiratório inferior
ou do circulatório.
Obstrução nostalgia, carência, mágoa, melancolia,
desalento, vazio interior, lamentação,
ressentimento, frustração,
arrependimento, perda da fé; dor ou
pressão no peito, falta de ar, hipotensão,
coágulos sanguíneos na parte superior
do corpo, enfarte, deficiência
imunológica
Laríngeo Tiroide acumulador da Equilíbrio plena comunicação verbal do plano
energia vital, mental e sentimental, boa interação
distribuída para familiar e social, direção dos objetivos,
todo o complexo criatividade, autocontrole, polidez,
meridional, educação
comunicação Anomalia tagarelice, criticidade, sarcasmo,
ansiedade, irritabilidade, inquietação,
nervosismo, egoísmo, intolerância,
mudanças de humor; crescimento
irregular de uma parte do corpo ou
órgão, infecção do sistema nervoso,
garganta ou ouvidos
Obstrução gagueira, serviçalismo, retração,
introspecção, hesitação; afonia, atrofia
de qualquer membro ou órgão,
inflamação do sistema nervoso, garganta
ou ouvidos
Frontal Hipófise relacionado com a Equilíbrio autoconhecimento, propósito,
intuição, compreensão do universo cósmico e
percepção, a telúrico, encontro com o “eu superior”,
sensibilidade e a intuição, percepção, sabedoria e clareza
evolução Anomalia irracionalidade, alucinação, incoerência,
fanatismo, utopia, paranoia, psicose;
desequilíbrio endócrino, alergia
respiratória, infecção do sistema nervoso
simpático, das fossas nasais e olhos.

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Obstrução negativismo, depressão, fatalismo, baixa


autoestima, perda da memória, letargia,
esquizofrenia, hipocondria; rinite,
sinusite, catarata, inflamação do sistema
nervoso simpático, das fossas nasais e
olhos
Coronário Pineal elo entre o ser Equilíbrio transpessoalidade, autoconhecimento,
humano e o akasha amor incondicional, compreensão de
propósito, acesso claro ao akasha
Anomalia degeneração celular, deformidade
orgânica ou mental evoluída no ventre
materno; a desarmonia com o mundo
humano existe por razões palingênicas,:
síndrome de Down, autismo,
esquizofrenia, hermafroditismo,
xifopagia.
Obstrução degeneração celular, deformidade
orgânica ou mental evoluída durante a
existência. A obstrução sempre estará
conectada com outro chacra, por
exemplo: loucura (frontal); câncer
(cardíaco); diabetes (plexo solar); artrite
(umbilical); osteoporose (base)
Corpos Sutis

Corpo Sutil Chakras Associados Característica Núcleo Emissor Sintoma


Físico Raiz, Sexual, Solar, Somatizador SNC, Sistema Somatização
Cardíaco, Laríngeo, Frontal. Reprodutor
Coronário
Etérico Raiz, Sexual, Solar, Cardíaco Defensivo, Sistema Sistema Imunitário
Transmutador Linfático
Emocional Sexual, Solar, Cardíaco, Processador Sistemas Transtornos
Laríngeo Emocional Cardiovasular, Emocionais
Respiratório e
Sensorial
Mental Raiz, Solar, Laríngeo, Processador Ideias Sistema Procrastinação e
Inferior Frontal Concretas, Tomada Tegumentar, má/falta tomada de
de Decisão Sistemas decisão
Esquelético

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Mental Sexual, Solar, Laríngeo Processador Ideias Sistema Dificuldade de


Superior Abstractas, Muscular, processamento de
Criatividade Sistema ideias abstratas
Digestivo
Akáshico Cardíaco, Laríngeo, Arquivo de Timo, Pineal Ideia de não
Coronário memórias pertencimento
akáshicas
Átmico Cardíaco, Coronário Eu Superior - Falha genérica
emocional e mental
Nesta análise, que será puramente consciente, vamos identificar quais os chakras e corpos que vamos usar para
serem o nosso foco na leitura. Isto vai permitir que encontremos uma âncora, cruzando estes dados com a tabela
que falaremos na próxima aula que nos vai mostrar onde cada chakra e cada corpo se manifesta na Matriz
Morfogenética ®.

Bibliografia Aconselhada

CALAIS-GERMAIN, Blandine. Respiração: anatomia, ato respiratório. São Paulo: Manole, 2005

GAWAIN, Shakti. Visualização criativa. São Paulo: Pensamento, 2003.

LEVEY, Joel e Michelle. O poder da meditação. Rio de Janeiro: Nova Era, 2001.

BARASCH, Marc Ian. O caminho da cura. Rio de Janeiro: Nova Era, 1997.

CHOPRA, Deepak. A cura quântica. Rio de Janeiro: BestSeller, 1989.

COLLINGE, William. Energia sutil. Rio de Janeiro: Nova Era, 2000.

GERBER, Richard. Medicina vibracional. São Paulo: Pensamento, 1999.

GOSWAMI, Amit. O médico quântico. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 2006.

MARTIN, Zak. Como desenvolver sua percepção extra-sensorial. Rio de Janeiro: Nova Era, 1990.

POWELL, Arthur Edward. Corpo astral. São Paulo: Pensamento, 1991.

REYO, Zulma. Alquimia interior. São Paulo: Ground, 1995.

BAGINSKI, Bodo J.; Sharamon, Shalila. Chakras: mandalas de vitalidade e poder. São Paulo: Pensamento, 2005.

KARAGULLA, Shafica. Os chakras e os campos de energia humana. São Paulo: Pensamento, 1991.

MOTOYAMA, Hiroshi. Teoria dos chakras. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 1993.

PROPHET, Elizabeth Clare. Os sete centros de energia. Rio de Janeiro: Nova Era, 2006.

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Exercício de Aula

Este exercício serva para que possa avaliar o seu ponto de leitura akáshica neste ponto do nosso Curso através
do que já acessa a partir do conhecimento e referências que já obteve. A leitura não é uma leitura mística e sim
uma leitura pautada por conhecimentos dos componentes do nosso campo akáshico na dimensão em que são
manifestados, o nosso aqui e agora, entre a terceira e quarta dimensões. Neste exercício deve fazer a opção
entre a técnica de respiração holotrópica que foi falada na aula passada ou o exercício meditativo que facilitámos
hoje. Depois de entrar em coerência com um dos exercícios, com o seu campo de percepção bem antenado em
ondas theta e alfa, vai deixar fluir a sua leitura dos chakras e dos corpos sutis do colega que faz o exercício com
você. Depois disso, fará uma pequena entrevista onde o colega vai falar da sua história pessoal e comprovar a
sua leitura. Para auxiliar no exercício, deve preencher a seguinte tabela:

Chakra Equilíbrio Anomalia Obstrução


Raiz
Sexual
Solar
Cardíaco
Laríngeo
Frontal
Coronário
Corpo
Físico
Etérico
Emocional
Mental Inferior
Mental Superior
Akáshico
Átmico

Agora faça aqui o resumo da conversa com o seu colega

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