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Lei de Coulomb
Força de atração entre partículas de cargas opostas, ou seja, entre o núcleo e o eletrão.
Q – Carga da partícula
r – Distância entre cargas
Ɛ0 – Permitividade do vácuo (8,854x10-12 Fm-1)
A aceleração afastas as cargas, quando estas são do mesmo sinal. A força é positiva e
repulsiva.
A aceleração aproxima as cargas de sinais opostos. A força negativa é atrativa.
Radiação eletromagnética
A luz visível é constituída por ondas eletromagnéticas.
A radiação eletromagnética é a emissão e transmissão de energia na forma de ondas
eletromagnéticas.
Propriedades das ondas
• Amplitude A – altura da onda no seu máximo
até ao nível central.
• Comprimento de onda, λ – é a distância entre
dois máximos sucessivos.
• Frequência, υ – número de ciclos completos
por unidade de tempo.
• Intensidade, I -quadrado da amplitude.
• Período, T – tempo que um ciclo leva a ficar
completo.
C = λ x υ , c = 2,998x108 ms-1
Corpo negro
Por definição, um corpo negro é um corpo que absorve toda a radiação que nele incide.
Energia
Planck descobriu que a energia de cada átomo (oscilador eletromagnético) é
quantificada.
E – Energia (J)
n – número inteiro
h – constante de Plank (6,626x1034 Js-1)
υ – frequência de oscilação (Hz)
Planck deu o nome de quantum, à mais pequena quantidade de energia que pode ser
emitida (ou absorvida) na forma de radiação eletromagnética.
Efeito fotoelétrico – ejeção de eletrões por um metal quando a sua superfície é exposta a
radiação ultravioleta.
A interpretação do efeito fotoelétrico foi feita por Einstein que propôs que a radiação
eletromagnética fosse composta por partículas ou fotões.
A energia de cada fotão está relacionada com a frequência da radiação pela expressão de
Planck.
Se um feixe de luz incidir numa placa de potássio com uma energia de 2,1 eV, qual a
energia cinétia dos eletrões ejetados? (Potássio=2,29 eV)
Como 2,1 ˂ 2,9 , nenhum eletrão será ejetado.
Nodos de Orbitais
Orbitais p não são esferas simétricas.
• As orbitais p são caracterizadas por dois lóbulos separados por um plano nodal.
• A probabilidade de encontrar um eletrão no núcleo é zero.
• Planos nodais surgem dos nodos angulares da função de onda.
• Nodos angulares são valores de e em que Ψ = 0
O número de nodos angulares para uma dada orbital é = l
Resumo sobre Nodos de Orbitais
• Nodos são regiões do espaço (esferas, planas ou cones) onde Ψ = 0
• O número total de nodo que uma orbital possui é igual a n-1.
• O número de nodos angulares para uma dada orbital é = l.
• Os restantes nodos (n-1- l ) são nodos esféricos ou radiais.
Número quântico magnético de spin, 4º número quântico
Átomos polieletrónicos
Em relação a átomos hidrogenóides:
• Semelhantes em forma;
• Semelhantes no número de nodos;
• Diferentes na energia dos níveis – as orbitais nos átomos polieletrónicos têm
menor energia que as correspondentes nos átomos hidrogenóides.
Átomos polieletrónicos (átomos com mais de um eletrão)
Átomos hidrogenóides (átomos formados por um núcleo e um só eletrão)
Assim chega-se à conclusão que:
Qual é o eletrão que precisa de menor energia para ser retirado do átomo?
Nota: os gases raros têm eletroafinidade negativa.
Ligações químicas
Estabelece-se uma ligação química quando existe uma interação entre átomos.
Como é que é estabelecida essa interação?
Apenas os eletrões de valência participam no estabelecimento das ligações químicas, e
a forma como eles são partilhados pelas espécies envolvidas determina o tipo de ligação.
• Ligação covalente – partilha de eletrões;
• Ligação iónica – transferência de eletrões;
• Ligação metálica – ligação entre metais;
Energia de rede – energia necessária para separar completamente uma mole de um
composto iónico sólido nos seus iões no estado gasoso.
Ligação covalente
Resulta da partilha de eletrões entre os átomos.
• Ligação covalente polar
Na ligação covalente polar a partilha de eletrões entre os átomos não é equivalente
entre os dois átomos com eletronegatividades diferentes.
O átomo mais eletronegativo dá mais eletrões para a ligação do que o outro átomo.
Quando a molécula tem mais de dois átomos, como decidir qual o átomo central?
Nota: H e F ocupam sempre posições terminais, e o átomo central é sempre o
elemento com menor energia de ionização.
2) Calcular o número toral de eletrões de valência. Para aniões poliatómicos
adicionar o número de cargas negativas e para catiões poliatómicos subtrair o
número de cargas positivas.
3) Calcular o número total de eletrões necessários para que todos os átomos
cumpram a regra do octeto.
5) Calcular o número de pares isolados (eletrões que não são partilhados pelos dois
átomos).
Carga formal
A soma das cargas formais dos átomos numa
molécula deve ser igual a zero, e num ião
devem ser igual à carga do ião.
• Ordem de ligação: quanto maior for a ordem de ligação, isto é, quanto maior for a
densidade eletrónica na região situada entre dois átomos ligados quimicamente, que
se traduz num aumento do carácter duplo ou triplo da ligação, menor é o seu
comprimento;
1) Energia de ligação: quanto maior for a energia de uma ligação química entre dois
átomos, menor é o comprimento dessa mesma ligação.
Exceções à regra do octeto
Exemplo: NO
2) Octeto incompleto
Exemplo: BF3
3) Octeto expandido
Caráter iónico
Quanto maior a diferença das eletronegatividades maior caráter iónico tem.
∆X – diferença das eletronegatividades.
Forma e estrutura molecular
TRPECV – Teoria da repulsão dos pares eletrónicos da camada de valência.
Ligação sigma σ
Ligação pi π
Os eletrões numa orbital σ são mais eficazes na blindagem que outros eletrões noutras
orbitais porque as orbitais σ são mais penetrantes.
Hibridação de orbitais
Processo de combinação das orbitais atómicas de um átomo (geralmente o átomo central
da molécula) para dar origem a um conjunto de novas orbitais atómicas.
Nº de ligações sigmas Geometria das nuvens Hibridação
2 Linear Sp
3 Trigonal plana Sp2
4 Tetraédrica Sp3
5 Bipirâmide trigonal Sp3d
6 Octaedro Sp3d2
Neste caso, a geometria de cada carbono central é a geometria tetraédrica, pelo que a
estrutura da molécula é como está representado mais à esquerda.
Diga a estrutura de Lewis, a hibridação e a geometria molecular do átomo de cloro no
trifluoreto de cloro.
1) Estrutura de Lewis 2) Hibridação
Como o Cloro tem 5 ligações sigmas, tem
uma hibridação sp3d.
3) A geometria prevista para esta molécula seria a
bipirâmide trigonal. Contudo, tem que se ter em
atenção que duas ligações são entre eletrões de
pares isolados, o que faz com que a sua geometria
real seja uma geometria em T.
Nota: AX3E2
Teoria das Orbitais Moleculares (TOM)
• Substâncias diamagnéticas – tendem a escapar do campo magnético.
o Todos os eletrões estão emparelhados.
• Substâncias paramagnéticas – tendem a manter-se no campo magnético.
o Há eletrões desemparelhados.
Na TOM, os eletrões de valências estão deslocalizados sobre toda a molécula e não
confinados a ligações específicas.
Considera-se que os eletrões ocupam orbitais moleculares policêntricas.
As orbitais moleculares (funções de onda) formam-se através da soma (sobreposição) das
orbitais atómicas ou funções de onda.
A combinação linear das orbitais atómicas (CLOA), dá origem às orbitais moleculares:
ligantes e antiligantes.
Nº de orbitais atómicas = Nº de orbitais moleculares
Moléculas diatómicas
Orbitais moleculares com origem em orbitais atómicas
s.
• Um eletrão numa orbital anti-ligante será
praticamente excluído da região internuclear e
terá uma energia mais elevada do que na orbital
atómica.
• Um eletrão numa orbital ligante tem uma maior
probabilidade de se encontrar na região
internuclear e terá uma energia menor do que
na orbital atómica.
TOM prevê…
Segundo esta fórmula, a TOM prevê que a molécula de He2 não existe:
Ordem de ligação = ½ x (2-2) = 0
Contudo, sabemos que isso não é verdade. A molécula He2 existe, mas tem energia de
ligação mais baixa até agora conhecida.
No caso do H2 a ordem de ligação é = ½ x (2-0) = 1
Orbitais moleculares com orbitais atómicas p
Numa ligação covalente polar, a orbital atómica do átomo mais eletronegativo tem menor
energia, e por isso tem a maior contribuição para a orbital molecular de menor energia.
A orbital molecular de maior energia terá maior contribuição da orbital atómica do átomo
menos eletronegativo.
Propriedades dos gases
• Todas as substâncias que são gases a temperaturas normais são moleculares,
exceto os seis gases nobres, que são monoatómicos.
• Uma característica notável dos gases é que muitas de suas propriedades físicas são
muito semelhantes, particularmente a baixas pressões, independentemente da
identidade do gás.
• O facto de que os gases são bastante compressíveis e preenchem imediatamente o
espaço disponível para eles, sugere que as moléculas de gases estão amplamente
separados e em movimento caótico incessante.
Lei dos gases perfeitos
• Para uma dada pressão e temperatura, quanto maior a massa molar do gás, maior
é a sua densidade.
• A temperatura constante, a densidade de um gás aumenta com a pressão.
• Elevar a temperatura de um gás livre, a pressão constante, aumenta o volume
ocupado pelo gás e, portanto, reduz a sua densidade.
Mistura de gases
Uma mistura de gases que não reagem uns com os outros comportam-se como um único
gás puro.
Gases reais
• Os gases reais estão sujeitos aos efeitos das forças repulsivas intermoleculares e
forças atrativas intermoleculares.
• O comportamento de um gás real aproxima-se de um gás ideal à medida que a
pressão se aproxima de zero.
• Os efeitos do comportamento não-ideal são melhor vistos quando o produto PV é
posto em função de P, identifica-se as regiões de em que as forças atrativas e
repulsivas dominam.
• Cada gás real tem sua própria equação única de estado. Várias equações de estado
foram desenvolvidas em que constantes ajustáveis são utilizadas para aproximar
o comportamento de um determinado gás.
• A equação de estado mais conhecida é a de van der Waals.
Forças intermoleculares
Forças atrativas que se estabelecem entre as moléculas.
• Explicam o comportamento não ideal dos gases;
• São as responsáveis pela formação de fases condensadas (estado líquido e sólido);
• Estas forças explicam muitas das propriedades das substâncias, como por
exemplo, ponto de fusão, ponto de ebulição.
Forças ião-dipolo (entre iões)
✓ Interações a curta distância;
✓ Tanto as dimensões do ião como a sua carga condicionam a extensão da interação
ião-dipolo;
✓ Quanto menor o raio iónico mais forte é a interação com as moléculas de água;
✓ Quanto maior a carga do ião mais forte é a interação com as moléculas de água;
Moléculas polares Moléculas apolares
Pontes de Hidrogénio Forças dipolo-dipolo induzido
Forças dipolo-dipolo Forças de London
Forças dipolo-dipolo (entre moléculas polares)
As moléculas estarão alinhadas de modo a que cargas opostas de moléculas vizinhas
estejam tão próximas quanto possível.
Forças dipolo-dipolo induzido (entre moleculares polares e apolares)
Ocorrem numa situação em que substâncias que possuem dipolos permanente (isto é
moléculas polares), induzem dipolos em moléculas apolares produzindo interações muito
fracas.
Trabalho (w) – processo que permite obter movimento contra um força que se opõe a
esse movimento.
Exemplo:
∆HrºCO2=-395,51 kJmol-1
∆HrºH2O=-285,83 kJmol-1
∆HrºC6H12O6=-1260 kJmol-1
Lei de Hess
Se duas ou mais reações são adicionadas para dar uma outra reação, então os
correspondentes ∆Hrº, também têm de ser somados.
Exemplo
Reação dada:
C6H12O6 (s) + 6 O2(g) → 6 C(g) + 6 H2(g) + 3 O2 (g) + 6 O2(g) (∆Hrº= -2816 kJ-1)
E é ainda dada a seguinte reação:
C(g) + O2(g) → CO2 (g) (∆Hrº= -393,5 kJ-1) x 6
H2(g) + ½ O2(g) → H2O(l) (∆Hrº= -285,8 kJ-1) x 6
Exercício
Calcular a entalpia padrão do C6H12O6:
Regra de Trouton
Aplica-se a compostos que tenham ligações que não sejam muito fortes, como as forças
de London. A regra diz que a entropia de vaporização padrão de um grande número de
líquidos é 85 JK-1mol-1.
Espontaneidade
Equilíbrio dinâmico
Um sistema encontra-se em equilíbrio
dinâmico quando os processos direto e
inverso ocorrem com velocidades iguais.
Solubilidade
Regra: Igual dissolve igual
Solvente polar dissolve soluto polar ou
iónico. Ex: solvente polar - água
Solvente apolar dissolve soluto apolar.
Ex: solvente apolar – tetracloroetileno
Pressão osmótica
Pressão necessária para fazer parar a osmose.
Equilíbrio químico
No equilíbrio a velocidade de formação dos produtos é igual à do seu consumo para
regenerar os reagentes.
Soluções tampão
Uma solução tampão é uma mistura de ácidos ou bases fracas com os seus pares
conjugados que estabilizam o pH duma solução fornecendo uma fonte ou dissipador de
protões
São soluções cujo pH varia muito pouco quando se adicionam pequenas quantidades de
ácido ou base ou quando se dilui.
São soluções que mantêm o pH duma solução quase constante.
Cinética Química
Estuda as velocidades com que ocorrem as reações químicas.
Quais são os fatores que afetam as velocidade das reações?
• Concentração dos reagentes
• Temperatura
• Natureza dos reagentes
• Mecanismo
• Catalisadores
A relação é:
[A]2=V
[3A]2=9V
Energia de ativação
Catálise
Fenómeno pelo qual uma quantidade relativamente pequena de uma substância estranha
à estequiometria – catalisador- aumenta a velocidade de uma reação química sem ser
consumida no processo.
• O catalisador diminui a energia de ativação, tanto da reação direta como da reação
inversa.
• O catalisador estabiliza o estado de transição que se designa como complexo
ativado.
• O catalisador não tem qualquer efeito na termodinâmica do processo.
Divisões gerais da catálise
Inibidores
O inibidor diminui a velocidade da reação, aumentando a energia de ativação. É o
oposto de um catalisador.
Química orgânica
A Química Orgânica é a Química do Carbono e dos seus compostos que se denominam
moléculas orgânicas.
Como é que se agrupam os compostos orgânicos?
• Os compostos orgânicos encontram-se em famílias com um dado grupo
funcional.
• Em cada família existe sempre uma cadeia carbonada e o grupo funcional que
é responsável pelas propriedades físico-químicas dos compostos dessa família.
• O grupo funcional determina a reatividade química e biológica.
Família de compostos Fórmula geral Nomenclatura do Grupo Funcional
Hidrocarbonetos
Alifáticos – Alcanos aromáticos …ano
Alcenos …eno
Alcinos …ino
Halogeneto de alquilo
Álcool …ol
Amina …amina
Tiol
Éter Éter alquil…ilo
Tioéter
Aldeído …al
Cetona …ona
Amida …amida
Aminoácido …ina
Hidrocarbonetos
Alcanos
Cicloalcanos
Alcenos
Isómeros
São moléculas que têm a mesma fórmula molecular mas os átomos apresentam
conectividades diferentes.
IUPAC – International Union of Pure and Applied Chemistry