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Falando um pouco sobre ligação química, o texto ligação covalente explicou que,
quando dois átomos unem-se assim, eles compartilham pares de elétrons presentes em
suas últimas camadas eletrônicas (camada de valência). Desse modo, há interação
elétrica entre os núcleos dos átomos e os elétrons das camadas de valência de ambos.
No entanto, a força com que cada átomo atrai os elétrons é diferente. O átomo de
oxigênio é mais eletronegativo que o carbono, o que significa que ele atrai os elétrons
da ligação com mais força. Mas como sabemos que um elemento é mais eletronegativo
que outro?
Bem, a eletronegatividade é uma propriedade periódica, o que quer dizer que ela
aumenta ou diminui em intervalos regulares na Tabela Periódica de acordo com o
aumento ou diminuição do número atômico dos elementos.
Isso também está relacionado com o raio atômico, pois, em um mesmo período, todos
os elementos possuem a mesma quantidade de camadas eletrônicas. Porém, conforme o
número atômico vai aumentando (da esquerda para a direita), a quantidade de prótons
no núcleo atômico também cresce. Com isso, a atração prótons-elétrons fica mais
intensa e o raio atômico diminui, mas a eletronegatividade aumenta.
Veja que o oxigênio (4,0) é realmente mais eletronegativo que o carbono (3,5),
comprovando o que foi dito anteriormente para a molécula de CO2. Analisar essa
diferença de eletronegatividade dos elementos ligados entre si ajuda-nos a determinar se
a molécula será polar ou apolar. Veja sobre isso no texto Polaridade das ligações.
Esse mesmo texto mostra que Linus Pauling criou uma escala dos elementos mais
eletronegativos, que pode ser de ajuda para determinar a intensidade da polarização de
diferentes ligações:
Valores das eletronegatividades: 4,0 > 3,5 > 3,0 > 3,0 > 2,8 > 2,5 > 2,5 > 2,5 < 2,1
Tamanho do Átomo
Raio atômico
O raio atômico é uma propriedade periódica e pode ser definido como a metade da distância entre os
núcleos de dois átomos vizinhos de um mesmo elemento.
Medir o tamanho de um átomo é algo muito difícil porque a sua eletrosfera (região onde
os elétrons ficam girando ao redor do núcleo) não possui um limite específico. Por isso,
a forma mais comum é por meio do raio atômico, em que se considera o átomo como
se ele fosse uma esfera (modelo atômico de Dalton).
Lembre-se de que, na Matemática, ao estudar sobre esferas, você aprendeu o que era
raio e diâmetro. O raio é a distância compreendida entre o centro e a extremidade da
circunferência e é a metade do diâmetro da circunferência, como mostrado a seguir:
Diâmetro e raio de uma circunferência
O raio atômico (r) é a metade da distância (d) entre dois núcleos de átomos vizinhos
Para conseguir essa medida, usa-se a técnica de difração por raios X. Nela, esses raios
atravessam uma amostra de um material sólido de um único elemento químico (como
um pedaço de ferro, pois ele é sólido e é formado somente por átomos de ferro), e os
átomos ou íons que constituem esse material provocam um desvio na trajetória dos raios
X. Depois os raios X incidem sobre uma chapa fotográfica e registram a posição dos
núcleos dos átomos no material e a distância entre eles. Assim, basta dividir esse valor
por dois para obter o raio atômico, que, em geral, é medido em nanômetros (1
nanômetro é igual à bilionésima parte de um metro (10-9 m)).
Para entender porque o aumento do raio atômico segue essa ordem periódica, considere
separadamente os elementos de uma mesma família e de um mesmo período: