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Estrutura do Átomo

A estrutura do átomo é formada pelo núcleo, que é constituído por duas partículas (prótons e
nêutrons), e pela eletrosfera, que detém os elétrons.

A estrutura do átomo é formada basicamente por duas regiões distintas, o núcleo e a eletrosfera
A-
Os átomos são partículas infinitamente pequenas que constituem toda matéria no universo. Ao longo
do tempo, a ideia de como seria a estrutura atômica foi mudando de acordo com as novas
descobertas feitas pelos cientistas. Você poderá saber mais sobre isso no texto Evolução do Modelo
Atômico.
Um modelo é uma representação da realidade (não a própria realidade), assim, os modelos atômicos
são representações dos principais componentes do átomo e de sua estrutura e explicam
determinados comportamentos físicos e químicos da matéria. Isso é feito porque ainda não é possível
ao ser humano enxergar um átomo isolado nem mesmo com ultramicroscópios.
Para se ter uma ideia do quanto o átomo é pequeno, saiba que a menor partícula visível em um
microscópio comum contém mais de dez bilhões de átomos! O átomo é tão pequeno que, se
colocássemos um milhão deles lado a lado, não atingiríamos a espessura de um fio de cabelo.
RESUMO
Entre os modelos atômicos, o mais usado atualmente no Ensino Médio para o entendimento da
estrutura do átomo e suas propriedades é o de Rutherford-Bohr. Segundo esse modelo, a estrutura
do átomo é constituída de duas partes principais: o núcleo e a eletrosfera.

Duas partes principais da estrutura de um átomo – eletrosfera e núcleo


* Núcleo: Constituindo-se como a parte central do átomo, ele é compacto, maciço e muito denso,
além de ser formado pelas partículas de maior massa, que são os prótons e os nêutrons.
Ilustração de prótons e nêutrons que compõem o núcleo atômico
- Prótons: são partículas de carga elétrica positiva (carga relativa = +1; carga em coulomb (C) =
+1,602 . 10-19) e a sua massa relativa é igual a 1.
O fato de que os prótons formam o núcleo e dão a ele uma carga total positiva foi descoberto
por Eugen Goldstein, em 1886, através de uma modificação na ampola de Crookes e alguns
experimentos. Ele viu que, sob voltagens elevadíssimas, apareciam emissões (raios anódicos - restos
de átomos do gás que estavam dentro da ampola e que tiveram seus elétrons arrancados pela
descarga elétrica). Ao colocar um campo elétrico ou magnético externo à ampola, esses raios eram
desviados no sentido do polo negativo. Isso significava que existiam partículas subatômicas
positivas, que foram chamadas de prótons.
Mais tarde, Ernest Rutherford (1871-1937) realizou o experimento descrito no texto O átomo de
Rutherford, que o levou à descoberta da localização do próton: no núcleo.
- Nêutrons: são partículas de massa igual à dos prótons (1), mas como o próprio nome indica, eles
são neutros, ou seja, não possuem carga elétrica.
Os nêutrons foram descobertos, em 1932, por James Chadwick (1891-1974), que percebeu que o
núcleo do berílio radioativo emitia partículas neutras com a massa praticamente igual à massa dos
prótons (na verdade, é um pouquinho maior).
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O diâmetro do núcleo depende da quantidade de prótons e nêutrons que o átomo possui, mas, em
média, fica em torno de 10-14 m e 10-15 m.
O núcleo atômico concentra praticamente toda a massa do átomo, sendo uma parte muito pequena
mesmo: tanto o próton como o nêutron são cerca de 100 mil vezes menores do que o próprio
átomo inteiro! A título de comparação, imagine que aumentássemos o núcleo do átomo do
elemento hidrogênio (que possui somente um próton) até o tamanho de uma bola de tênis, o
elétron mais próximo ficaria a uns três quilômetros de distância! Mesmo se um átomo fosse
aumentado até ficar da altura de um prédio de 14 andares, seu núcleo seria do tamanho de um
mero grão de sal no sétimo andar. É realmente algo espantoso, não acha?!
* Eletrosfera: É uma região onde os elétrons ficam girando ao redor do núcleo. Apesar de ser uma
região de volume muito maior que o do núcleo, ela é praticamente vazia, pois cada elétron é 1836
vezes menor que 1 próton (ou que 1 nêutron). É por isso que a massa do átomo concentra-se
praticamente toda no núcleo. Os elétrons são partículas de carga elétrica negativa (-1).
Os elétrons foram descobertos, em 1897, por Joseph John Thomson (1856-1940), o criador
do modelo atômico de Thomson. O experimento de Thomson pode ser visto em detalhes no texto O
experimento de Thomson com descargas elétricas, mas, de forma resumida, ele usou a ampola de
Crookes já mencionada e percebeu que os raios catódicos eram sempre atraídos pelo polo positivo,
o que provava que o átomo possuia partículas negativas, que foram chamadas de elétrons.
Os elétrons giram ao redor do núcleo bilhões de vezes por milionésimo de segundo, dando forma ao
átomo e fazendo-o comportar-se como se fosse sólido.

Ilustração de eletrosfera com três camadas eletrônicas e elétrons girando ao redor do núcleo
Resumidamente, podemos fazer uma tabela para diferenciar as três partículas subatômicas
principais que fazem parte da estrutura do átomo:

Massa e carga elétrica das três partículas subatômicas principais – prótons, nêutrons e elétrons
Os átomos de todos os elementos químicos são compostos por essas três partículas subatômicas. O
que difere um elemento químico de outro é a quantidade em que essas partículas aparecem,
principalmente a quantidade de prótons no núcleo, que é chamada de número atômico. Continue
estudando sobre isso por meio do texto Elemento Químico.
Diagrama de Linus Pauling: como fazer a distribuição eletrônica
O diagrama de Linus Pauling é a representação da distribuição eletrônica através de níveis e
subníveis de energia dos átomos.
O que é o diagrama de Linus Pauling
O diagrama de Linus Pauling nada mais é do que um método de distribuir os elétrons na eletrosfera
do átomo e dos íons. Este método foi desenvolvido pelo químico norte-americano Linus Pauling
(1901-1994).
De acordo com Pauling, os elétrons estão dispostos nos átomos em ordem crescente de energia.
Isso porque para saltar de uma camada interna para uma camada mais externa, o elétron deve
receber energia e liberá-la na forma de luz ou onda eletromagnética para retornar à camada
original.
Níveis e subníveis de energia
Para entender como se faz a distribuição dos elétrons no diagrama de Linus Pauling, vamos precisar
lembrar do modelo atômico de Bohr. De acordo com Bohr, os elétrons estão localizados na
chamada elestrosfera, região que fica ao redor do núcleo do átomo. Além disso, a eletrosfera possui
camadas que representam seus níveis de energia. Assim, as camadas K, L, M, N, O, P e Q constituem
os 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º níveis de energia, respectivamente.
Cada um desses níveis de energia suporta um determinado número máximo de elétrons:
Nível de energia K L M N O P Q
Posição na eletrosfera 1 2 3 4 5 6 7
Nº máximo de elétrons 2 8 18 32 32 18 8
Perceba que o nível K suporta 2 elétrons, o nível L suporta 8 elétrons e assim sucessivamente.
Algum tempo depois dos estudos de Bohr, cientistas descobriram que os níveis de energia são
formados por subdivisões chamadas de subníveis. Os subníveis são designados pelas letras
minúsculas s, p, d, f. Eles também abrigam um número máximo de elétrons:
Subnível s p d f
Nº máximo de elétrons 2 6 10 14
Representação s2 p6 d10 f14
Relembre de onde vem os níveis e subníveis de energia com a videoaula sobre números
quânticos com o prof. Sobis:

NÚMEROS QUÂNTICOS | Resumo de Química para o Enem

Como fazer o diagrama de Linus Pauling


Quando estamos na escola, geralmente temos acesso ao diagrama de Linus Pauling quando
precisamos fazer a distribuição de um elemento químico. No entanto, pode ser que no Enem, num
vestibular ou em alguma outra prova você precise montá-lo. Por isso vamos demonstrar o passo a
passo de como fazer o diagrama de Linus Pauling.
O primeiro passo é fazer uma coluna numerada com 7 linhas, uma para cada nível de energia. Se
você quiser, pode colocar a letra correspondente ao lado para se orientar:

Em seguida, vamos distribuir os elétrons pelos subníveis obedecendo o número suportado em cada
nível. Para isso, você deve seguir a ordem dos subníveis, que é s, p, d e f. O número de elétrons será
representado de forma subscrita à letra de cada subnível.
Vamos começar pela linha do nível K. Como esse nível de energia suporta dois elétrons, vamos
colocá-los no subnível s, que também suporta dois elétrons. Essa distribuição é representada assim:
1s².

Agora que o nível K está completo, vamos para o L, que suporta 8 elétrons. Começamos colocando o
primeiro subnível ao lado do número 2. Mas, ainda faltam 6 elétrons e o subnível s não suporta
mais nenhum. Por isso vamos para o subnível p, onde cabem mais 6 elétrons. Veja como fica no
diagrama de Linus Pauling:

Já no nível M cabem 18 elétrons. Portanto, colocaremos 2 no subnível s, 6 no subnível p e mais 10


no subnível d. Assim iremos obter os 18 elétrons:
O restante das camadas segue a mesma lógica vista até aqui. Quando todos os níveis estiverem
preenchidos, obtemos o diagrama de Linus Pauling completo:

Se você ainda está confuso sobre como montar o cronograma de Linus Pauling, assista a esta
videoaula do Curso Enem Gratuito que o prof. Sobis explica tudo direitinho:

DISTRIBUIÇÃO ELETRÔNICA | Resumo de Química para o Enem

Distribuição eletrônica no diagrama de Linus Pauling


A fim de fazer a distribuição de elétrons de um átomo, você deve seguir a orientação das setas da
imagem abaixo. Elas indicam o sentido que o diagrama deve ser lido, que é de cima para baixo, e
nos fornece a ordem crescente dos subníveis de energia.
Transcrevendo o caminho das setas, a ordem do diagrama de Linus Pauling é a seguinte:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d104p6 5s2 4d10 5p6 6s2 4f14 5d10 6p6 7s2 5f14 6d10 7p6
Para fazer a distribuição eletrônica de um átomo, você deve atentar para o seguinte:
• O número atômico do átomo é igual ao número de elétrons. É a partir deste fator que
faremos a distribuição eletrônica.
• Coloque o numero máximo de elétrons em cada subnível deixando para o último subnível o
que resta para totalizar os elétrons do átomo.
• Some os elétrons distribuídos para não ultrapassar o valor do número atômico.
Após a distribuição dos elétrons em subníveis, podemos identificar as camadas e subcamadas de
cada átomo, bem como a quantidade de elétrons contida nas mesmas.
Exemplo
Para que você entenda como a distribuição eletrônica é feita, vamos ver o exemplo do átomo de
ferro (Z=26) no diagrama de energia: Fe: Z = 26.
Como o número atômico do ferro é 26, temos 26 elétrons, pois está no seu estado neutro.
Escrevendo a distribuição eletrônica em ordem crescente de energia, temos:
1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6
Os elétrons mais energéticos do átomo de ferro no estado fundamental são os que possuem o
estado de energia: 3d6.
A camada de valência (a última camada), contém os elétrons mais externos, que são os elétrons de
valência: 4s2. Logo, o átomo de ferro possui 2 elétrons de valência no nível 4, no estado
fundamental.
CONCEITOS IMPORTANTES
Exercícios de Aprendizagem
1.Observe a tabela abaixo:

Tabela de exercício sobre isótopos e isóbaros


Baseado nos dados acima, indique quais são, respectivamente, isótopos e isóbaros entre si:
Isótopos/ Isóbaros:
a) D e J; G e J.
b) D e G; A e E.
c) A e J; E e G.
d) G e J; A e D.
e) E e G; G e J.
2.(UFPA) Os isótopos do hidrogênio recebem os nomes de prótio (1H1), deutério (1H2) e trítio (1H3).
Nesses átomos os números de nêutrons são, respectivamente, iguais a:
a) 0, 1 e 2.
b) 1, 1 e 1.
c) 1, 1 e 2.
d) 1, 2 e 3.
e) 2, 3 e 4.
3.(UA-AM) Em relação à isotopia, isobaria e isotonia, podemos afirmar que:
a) isótonos são entidades químicas que possuem o mesmo número de nêutrons.
b) isóbaros são entidades químicas que possuem o mesmo número de prótons.
c) isótopos são entidades químicas que possuem o mesmo número de massa.
d) são relações que dizem respeito ao núcleo e à eletrosfera do átomo.
e) são relações que dizem respeito apenas à eletrosfera do átomo.
4.Utilizando o diagrama de Pauling, realize a distribuição eletrônica do elemento tungstênio (W),
cujo número atômico (Z) é igual a 74 e, posteriormente, forneça:
a) A distribuição eletrônica em ordem de energia;
b) A ordem geométrica;
c) O número total de elétrons por camada;
d) O número de elétrons no subnível mais energético;
e) O número de elétrons no subnível mais externo.
5.(UNI-RIO)“Os implantes dentários estão mais seguros no Brasil e já atendem às normas
internacionais de qualidade. O grande salto de qualidade aconteceu no processo de confecção dos
parafusos e pinos de titânio, que compõem as próteses. Feitas com ligas de titânio, essas próteses
são usadas para fixar coroas dentárias, aparelhos ortodônticos e dentaduras, nos ossos da
mandíbula e do maxilar.”
Jornal do Brasil, outubro 1996.
Considerando que o número atômico do titânio é 22, sua configuração eletrônica será:
a) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p3
b) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
c) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
d) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d2
e) 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6
6.O núcleo de um átomo pode ser definido como
a) Uma pequena e densa região central, que é responsável por praticamente toda a massa do
átomo.
b) Uma grande região carregada positivamente, pois é formada apenas por prótons.
c) Uma região pequena e neutra, pois é constituída apenas das partículas chamadas de nêutrons.
d) Uma região do átomo sem carga, visto que as partículas positivas e negativas se anulam neste
espaço.
7.Preencha a tabela a seguir com as informações sobre as partículas subatômicas.

Carga Massa
Partícula Símbolo Localização
elétrica relativa

próton p 1

n 0 núcleo

elétron -1 1/1836

8.(FFFCMPA) De acordo com a teoria atômica de Dalton (1766-1844) assinale a alternativa correta
a) O átomo possui partículas de carga negativa que estão em órbita de um núcleo de carga positiva.
b) No núcleo atômico existem partículas de carga nula, denominada nêutrons.
c) Átomos de elementos diferentes possuíam diferentes massas e propriedades.
d) O átomo era uma esfera sólida que possuía partículas de carga negativa em sua superfície,
semelhante a um “pudim de passas”.
e) Dois elétrons de mesmo spin não podem ser encontrados dentro de um mesmo orbital.

9.Uma distribuição eletrônica possível para um elemento X, que pertence à mesma família do
elemento bromo, cujo número atômico é igual a 35, é:
a) 1s2, 2s2, 2p5
b) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p1
c) 1s2, 2s2, 2p2
d) 1s2, 2s2, 2p6, 3s1
e) 1s2, 2s2, 2p6, 3s2, 3p6, 4s2, 3d5
10.O ferro é um elemento químico de número atômico 26. Na distribuição eletrônica do átomo de
ferro no estado fundamental, qual o subnível mais energético e o subnível mais externo,
respectivamente?
a) 4s2 e 4s2
b) 3d6 e 4s2
c) 3p6 e 4s2
d) 3d6 e 3p6

11. O elemento químico Mg (magnésio), de número atômico 12, é um micronutriente indispensável


para a realização de fotossíntese, sob a forma de íons Mg2+. Pode-se afirmar que o número de
prótons e o número de elétrons presentes no íon Mg2+ são, respectivamente,
a) 2 e 2.
b) 2 e 10.
c) 10 e 10.
d) 10 e 12.
e) 12 e 10.

12.(Unicastelo-SP)
Lítio (do grego lithos – pedra)
Foi descoberto por Johan August Arfwedson em 1817, no desenvolvimento de um processo de
análise do mineral de fórmula LiAl(Si2O6). Posteriormente, descobriu-se lítio em outros minerais. Em
1818, G. Gmelin percebeu que os sais de lítio quando queimavam produziam chama vermelho-
brilhante. O elemento lítio aparece em algumas águas minerais e em minerais como a lepidolita, o
espodumênio, a petalita e outros. O isótopo natural 6Li corresponde a 7,5% do total de lítio na
natureza.
Na forma metálica, reage violentamente com a água, produzindo hidróxido de lítio, LiOH, liberando
o gás hidrogênio, que é totalmente inflamável.
O lítio é usado há mais de 140 anos na medicina como antidepressivo e antirreumático. O carbonato
de lítio (Li2CO3) é o princípio ativo de remédios para controle da psicose maníacodepressiva (PMD).
O tratamento com sais de lítio é denominado litioterapia.
As pilhas de lítio recarregáveis são leves e oferecem alta densidade de carga. Utiliza-se a de lítio-
iodo em marca-passos. (Delmo Santiago Vaitsman et al. Para que servem os elementos químicos,
2001. Adaptado.)
Em todos os compostos de lítio indicados no texto, esse elemento encontra-se sob a forma de:
a) cátion monovalente.
b) átomo neutro.
c) ânion bivalente.
d) ânion monovalente.
e) cátion bivalente.

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