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Estrutura do átomo

 possui um núcleo com cargas positivas (prótons) e cargas neutras


(nêutrons);
 tem massa quantificável, que é mais significativa no núcleo atômico;
 é composto por partículas subatômicas e, portanto, é divisível; e
 está imerso em uma eletrosfera: órbitas elípticas, que compõem a
trajetória de cargas negativas (elétrons).

Características dos átomos

 Número atômico (Z)

Representado pela letra Z, o número atômico leva em consideração


o número de prótons presentes no núcleo. Essa escolha foi feita porque, devido
às interações químicas, o número de elétrons é mais variável em um átomo.
Por ser uma característica única para cada elemento químico, o número
atômico é a propriedade que diferencia os átomos. O oxigênio, por exemplo,
possui 8 prótons em seu núcleo. O nitrogênio, por sua vez, possui 7 prótons.

 Número de massa (A)

O número de massa (A) é a propriedade que considera o peso do átomo,


esse valor é obtido em unidades de massa atômica. Para determinar essa
característica, leva-se em consideração o número de prótons e nêutrons
presentes no núcleo, já que a massa de um elétron corresponde a 0,0005 de um
próton.
Para relacionar as duas grandezas acima, as pesquisas atomísticas
chegaram a seguinte fórmula:

A = Z(p) + n OU A=p + n
Quando o átomo perde elétrons, ele passa a ter mais prótons, tornando-
se positivamente carregado. Ao íon positivo, ou seja, com excesso de prótons,
damos o nome de cátion. Quando o átomo ganha elétrons, ele se torna
negativamente carregado, ou seja, tem mais elétrons do que prótons. Ao íon
negativo, com excesso de elétrons, damos o nome de ânion.

EXEMPLO:
Exemplo 1- O íon cádmio e como calcular a quantidade de suas partículas
subatômicas e de sua massa.

Com base na representação do íon, podemos retirar as seguintes


informações: A = 112 e Z= 48 ou p = 48
Pela fórmula A = p + n, podemos calcular o número de nêutrons:

A=p+n
112 = 48 + n
n = 112 – 48
n = 64

Por ser um cátion bivalente, seu número de elétrons é duas unidades


menor que o número de prótons.
Portanto: 48 – 2 = 46 elétrons.
Semelhança atômica
 Isótopos:
Ocorrem quando dois átomos apresentam o mesmo número de prótons
(p), ou seja, possuem o mesmo número atômico (Z). Veja o exemplo dos isótopos
do carbono:

 Isótonos:
Ocorrem quando dois átomos possuem a mesma quantidade de nêutrons
no núcleo. Veja o exemplo em que são comparados um átomo de cálcio e um
átomo de cloro:
 Isóbaros:
São átomos que possuem semelhança no número de massa, como o
potássio e o argônio:

 Isoeletrônicos:
Quando duas espécies químicas (átomos ou íons) apresentam o mesmo
número de elétrons. No caso dos íons, deve-se levar em conta sua carga para
identificar a quantidade de elétrons. Veja no exemplo:
MODELOS ATÔMICOS:
Quais são os modelos atômicos?
Modelo atômico de Dalton (modelo bola de bilhar) — 1808.
Modelo atômico de Thomson (modelo pudim de passas) — 1898.
Modelo atômico de Rutherford (modelo planetário) — 1911.
Modelo atômico de Bohr (modelo Rutherford-Bohr) — 1913.
Modelo atômico de Schrödinger (modelo mais aceito atualmente) — 1926."

 Modelo atômico de Dalton

O modelo atômico de Dalton foi a primeira teoria proposta para tentar


explicar a construção da matéria e foi desenvolvida por John Dalton em 1808.
Esse modelo supõe que o átomo é uma esfera maciça, homogênea, indivisível
e indestrutível e, por isso, é também conhecido como modelo da “bola de
bilhar”.

 A matéria é formada por pequenas partículas que não se dividem, os


átomos.
 Os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos.
 Os átomos de elementos químicos diferentes possuem propriedades
físicas e químicas distintas.
 Átomos não são criados ou destruídos.
 Um elemento é definido pelo peso do seu átomo.
 Ao formar substâncias, os átomos não se alteram.
 Uma reação química ocorre mediante a simples reorganização dos
átomos, os quais mantêm a sua identidade.
 Modelo atômico de Thomson

O modelo atômico proposto por Joseph John Thomson, em 1898, afirma


que o átomo possui natureza elétrica, é divisível e formado por partículas
subatômicas.

Thomson descobriu a existência de partículas carregadas negativamente


(elétrons) no átomo, derrubando o conceito de Dalton, que afirmava que o átomo
seria indivisível.

Por meio de experimentos, Thomson construiu uma nova teoria atômica,


na qual defendeu a existência de cargas elétricas negativas presas a um núcleo,
com carga elétrica positiva. Devido a essa estrutura, esse modelo atômico é
conhecido como modelo do “pudim de passas”.

As considerações do modelo atômico de Thomson são:

 O átomo é esférico e divisível.


 O átomo é eletricamente neutro, possuindo a mesma quantidade
de partículas negativas e positivas.
 Os elétrons não estão presos no núcleo positivo, podendo ser
transferidos a outros átomos, em determinadas condições.
 As cargas elétricas negativas estão uniformemente distribuídas ao
redor do núcleo positivo, por repulsão eletrostática.
 Modelo atômico de Rutherford

Ernest Rutherford propôs um novo modelo atômico em 1911, no qual


afirma que o átomo é formado por uma região central de massa elevada e com
caráter elétrico positivo. Em torno dele, há uma região de massa desprezível em
que orbitam os elétrons (partículas de carga negativa).

Em razão dessa configuração, o átomo de Rutherford é comparado ao


Sistema Solar, assumindo o núcleo como o Sol e os elétrons como os planetas, e
conhecido como modelo do sistema planetário.

Nesse modelo, o átomo é formado por duas principais regiões: o núcleo e


a eletrosfera. O núcleo é a região central do átomo. Apresenta alta massa e alta
densidade por concentrar as partículas de carga elétrica positiva (prótons) em um
pequeno volume.

A eletrosfera é a região em torno do núcleo que abriga os elétrons. Como


os elétrons são partículas minúsculas, assume-se que a eletrosfera é formada por
extensos espaços vazios, por isso possui baixa densidade.
 Modelo atômico de Bohr

O modelo atômico de Bohr, proposto por Niels Bohr em 1913, determina


que a eletrosfera é formada por camadas de energia nas quais se distribuem os
elétrons.

Esse modelo é conhecido também como modelo atômico de Rutherford-


Bohr, pois é uma evolução do modelo de Rutherford e resolve uma de suas
falhas, que trata da estabilidade dos átomos.
O modelo de Rutherford, apesar de explicar muitos aspectos da matéria,
desobedecia a alguns princípios de energia da Mecânica Clássica, como o fato de
os elétrons não perderem energia durante sua trajetória circular em torno do
núcleo. As camadas eletrônicas são mais energéticas conforme mais distantes do
núcleo se encontrem. Os elétrons podem transitar entre as camadas apenas por
meio da absorção ou liberação da diferença de energia existente entre duas
camadas. Esse processo é conhecido como transição eletrônica.

As camadas eletrônicas do modelo atômico de Bohr são representadas


pela sequência de letras K, L, M, N, O, P e Q, cada uma possuindo uma
determinada capacidade de acomodar elétrons.

O modelo atômico de Rutherford-Bohr é construído com base em alguns


postulados:

 Os elétrons descrevem órbitas eletrônicas circulares ao redor do


núcleo, em razão da atração eletrostática entre cargas elétricas de
sinais opostos.
 Essas órbitas são as camadas ou níveis eletrônicos.
 Os elétrons não ocupam regiões intermediárias entre as camadas.
 Os elétrons apenas transitam para uma camada de maior energia
ao absorver energia de uma fonte externa, situação em que ficam
instáveis. Para retomar a estabilidade, os elétrons retornam ao seu
nível inicial, liberando a energia absorvida sob a forma de luz ou
calor. Esse conceito é conhecido como transição eletrônica.
 Modelo atômico de Schrödinger

O modelo atômico atualmente aceito é o modelo proposto por


Schrödinger em 1926, que conta com a contribuição de outros cientistas
e suas descobertas.

Antes de Schrödinger propor sua teoria para explicar o átomo, o


físico Arnold Sommerfield fez uma relevante contribuição ao modelo
atômico de Rutherford-Bohr, propondo que as órbitas eletrônicas não
seriam circulares, mas sim elípticas. Isso foi importante, porque
determinava que os elétrons possuíam velocidades diferentes, uma vez
que estavam a diferentes distâncias do núcleo.

O físico Louis de Broglie, baseando-se no conceito da dualidade


onda-partícula, determinou que o elétron possui trajetória constante
quando se comporta como partícula e movimento ondulatório quando se
comporta como onda.

Assim, reunindo todos esses conceitos e fazendo uso de cálculos


matemáticos, Schrödinger concluiu que a eletrosfera não é formada por
órbitas de trajetória determinada, mas sim por regiões que se assemelham
a nuvens eletrônicas.

Com essa ideia, o modelo atômico de Schrödinger inseriu o


conceito de orbital atômico, explicado como sendo uma região de alta
probabilidade de se encontrar elétrons e que é definida matematicamente
por meio de uma equação matemática, conhecida como função de onda.
Distribuição Eletrônica
Por meio de métodos experimentais, os químicos concluíram que o
número máximo de elétrons que cabe em cada camada ou nível de energia é:

Em cada camada ou nível de energia, os elétrons se distribuem em


subcamadas ou subníveis de energia, representados pelas letras s,p,d,f, em ordem
crescente de energia.
O número máximo de elétrons que cabe em cada subcamada, ou subnivel
de energia, também foi determinado experimentalmente:"

Resumindo:

O processo das diagonais, denominado diagrama de Pauling,


representado a seguir. A ordem crescente de energia dos subníveis é a ordem na
sequência das diagonais.
DIAGRAMA DE PAULING:
LISTA 1

EX 1-Dois átomos (A e B) são isóbaros. O átomo A tem número de massa igual


a 7x + 5 e número atômico igual a 5x – 4. O átomo B tem número de massa
igual a 9x – 3. Quais são o número atômico, o número de massa, o número de
nêutrons e o número de elétrons do átomo A?

EX 2- X é isótopo de 2041Ca e isótono de 1941K. Portanto, o seu número de massa


é igual a:
a) 41

b) 40

c) 39

d) 42

e) 20

EX 3-(Unisinos –RS) Segundo dados experimentais, o oxigênio do ar que


respiramos tem exatos 99,759% de 8O16, 0,037% de átomos de 8O17 e 0,204%
de 8O18. Diante desta constatação pode-se afirmar que essas três fórmulas
naturais do oxigênio constituem átomos que, entre si, são:
a) Alótropos.

b) Isóbaros.

c) Isótonos.

d) Isótopos.

e)Isômero.

EX 4-(UCS-RS) Isótopos são átomos que apresentam o mesmo número atômico,


mas diferentes números de massa. O magnésio possui isótopos de números de
massa iguais a 24, 25 e 26. Os isótopos do magnésio possuem números de
nêutrons, respectivamente, iguais a: (Dado: Mg possui Z = 12)

a) 1, 12 e 12

b) 24, 25 e 26

c) 12, 13 e 14

d) 16, 17 e 18

e) 8, 8 e 8
EX 5- (Fuvest) Thomson determinou, pela primeira vez, a relação entre a massa e
a carga do elétron (m/z), o que pode ser considerado como a descoberta do
elétron. É reconhecida como uma contribuição de Thomson ao modelo atômico:

A) o átomo ser indivisível.

B) a existência de partículas subatômicas.

C) os elétrons ocuparem níveis discretos de energia.

D) os elétrons girarem em órbitas circulares ao redor do núcleo.

E) o átomo possuir um núcleo com carga positiva e uma eletrosfera.

EX 6- Distribuir os elétrons do átomo normal de manganês (Z=25) em ordem de


camada.

EX 7- "Distribuir os elétrons do átomo normal de xenônio (Z=54) em ordem de


camada."
RESPOSTAS
1- Para resolver essa questão, precisamos, primeiramente, encontrar o valor de x. Para isso, vamos
igualar a massa do átomo A com a massa do átomo B, já que eles são isóbaros:

7x + 5 = 9x – 3
9x – 7x = 5 +3
2x = 8
x=4
Com o valor de X, basta substituí-lo nas expressões fornecidas e encontrar as informações
pedidas:

- Número atômico:
Z = 5x – 4
Z = 5. 4 – 4
Z = 20 – 4
Z = 16

- Número de massa:

A = 7x + 5
A = 7. 4 + 5
A = 28 + 5
A = 33

- Número de nêutrons:

A=p+n
33 = 16 + n
n = 33 – 16
n = 17

2- Alternativa “d”
Se X é isótopo de 2041Ca, então seu número atômico ou de prótons é
igual a 20. E como ele é isótono de 1941K, então seu número de nêutrons é 41-
19 = 22. Para descobrir seu número de massa, basta somar seus prótons com
seus nêutrons:
A=P+n

A = 20 + 22

A = 42

3-Alternativa “d”.
As três formas naturais de oxigênio constituem átomos isótopos. Veja
que o valor do número atômico, que é o mesmo que o número de prótons e
que fica na parte inferior de todos, é igual a 8.
4-Alternativa “c”.
O magnésio possui números de massa iguais a 24, 25 e 26. Desse modo,
temos: A = n + p → n = A –p

n = 24 – 12 → n = 12

n = 25 – 12 → n = 13

n = 26 – 12 →n = 14

5-Alternativa “B”

Item A incorreto. O átomo é considerado indivisível no modelo atômico de Dalton.


Item B correto. A principal contribuição do modelo de Thomson foi a descoberta de que
o átomo não é indivisível e possui partículas subatômicas eletricamente carregadas.
Item C incorreto. No modelo de Thomson, os elétrons estão fixos sobre o núcleo
positivo. É no modelo de Rutherford-Bohr que é inserido o conceito de níveis ou camadas de
energia.
Item D e E incorretos. No modelo de Rutherford, os elétrons giram em órbitas circulares
ao redor do núcleo, região denominada eletrosfera. No modelo proposto por Thomson, não
existe ainda o conceito de eletrosfera e movimentação dos elétrons."

6- O símbolo "Z" corresponde ao número atômico, que é a quantidade de


prótons que o átomo possui em seu núcleo. Quando o átomo está no estado
fundamental, a quantidade de prótons é igual à quantidade de elétrons. Assim,
se Z=25, isto significa que no átomo normal de manganês há 25 elétrons.
K - 1s2
L - 2s2 2p6
M - 3s2 3p6 3d5
N - 4s2 4p 4d 4f
O - 5s 5p 5d 5f
P - 6s 6p 6d
Q - 7s 7p
Resposta: K=2; L=8; M=13; N=2

7-
K - 1s2
L - 2s2 2p6
M- 3s2 3p6 3d10
N- 4s2 4p6 4d10 4f
O- 5s2 5p6 5d 5f
P- 6s 6p 6d
Q- 7s 7p
Resposta: K=2; L=8; M=18; N=18; O=8

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