Você está na página 1de 1

HOME > FÍSICA > FÍSICA NUCLEAR > MODELOS ATÔMICOS

Modelos atômicos
Os modelos atômicos são teorias que tentam
explicar a matéria e seus fenômenos. Eles foram
evoluindo com o tempo, de acordo com os avanços
da ciência.

Modelos atômicos.

Os modelos atômicos são teorias


desenvolvidas por cientistas que tentam
explicar o funcionamento da matéria e de
seus fenômenos. Todas elas se baseiam na
existência de uma partícula fundamental, o
átomo. A interpretação do átomo vai
evoluindo a cada modelo atômico, de
acordo com os conhecimentos científicos
da época. Os modelos atômicos
desenvolvidos foram: modelo atômico de
Dalton, modelo atômico de Thomson,
modelo atômico de Rutherford, modelo
atômico de Bohr e modelo atômico de
Schrödinger.

Leia também: Atomística — a área da Química


voltada para os estudos do átomo

Resumo sobre modelos


atômicos
Os modelos atômicos são teorias
criadas para explicar a composição e o
funcionamento da matéria.

Foram evoluindo em paralelo com o


avanço da ciência.

O primeiro modelo atômico foi


proposto por Dalton, em 1808, que
afirmava que o átomo é uma esfera
maciça indivisível e indestrutível.

Em 1887, Thomson atualizou o modelo


atômico afirmando a existência de
carga elétrica.

Mais tarde, em 1911, Rutherford


determinou que o átomo é formado
por duas regiões: o núcleo e a
eletrosfera.

Niels Bohr propôs a existência de


camadas eletrônicas na eletrosfera
para resolver limitações físicas no
modelo de Rutherford, no modelo que
ficou conhecido como modelo de
Rutherford-Bohr.

Em 1926, Erwin Schrödinger


determinou a existência de orbitais,
que são regiões com diferente
probabilidade de se encontrar o
elétron.

Videoaula sobre modelos


atômicos

Modelos Atômicos - Brasil Escola

Quais são os modelos


atômicos?
Modelo atômico de Dalton (modelo
bola de bilhar) — 1808.

Modelo atômico de Thomson (modelo


pudim de passas) — 1898.

Modelo atômico de Rutherford


(modelo planetário) — 1911.

Modelo atômico de Bohr (modelo


Rutherford-Bohr) — 1913.

Modelo atômico de Schrödinger


(modelo mais aceito atualmente) —
1926.

Modelo atômico de Dalton


O modelo atômico de Dalton foi a primeira
teoria proposta para tentar explicar a
construção da matéria e foi desenvolvida
por John Dalton em 1808.

Esse modelo supõe que o átomo é uma


esfera maciça, homogênea, indivisível e
indestrutível e, por isso, é também
conhecido como modelo da “bola de
bilhar”.

O modelo atômico de Dalton é conhecido


como “bola de bilhar”.

Dalton determinou alguns princípios que


explicavam a matéria e seus
fenômenos, baseado na ideia de que o
átomo é uma esfera indivisível:

A matéria é formada por pequenas


partículas que não se dividem, os
átomos.

Os átomos de um mesmo elemento


químico são idênticos.

Os átomos de elementos químicos


diferentes possuem propriedades
físicas e químicas distintas.

Átomos não são criados ou destruídos.

Um elemento é definido pelo peso do


seu átomo.

Ao formar substâncias, os átomos não


se alteram.

Uma reação química ocorre mediante a


simples reorganização dos átomos, os
quais mantêm a sua identidade.

Atualmente, se conserva a maioria desses


princípios, com exceção de que o átomo é
maciço e indivisível e que os elementos são
definidos pelo seu peso (na realidade, é
pelo seu número atômico).

Interessante: Antes de Dalton propor a


primeira teoria atômica, o homem já se
questionava sobre a composição da
matéria. No século V a.C., na Grécia Antiga,
os filósofos Demócrito e Leucipo utilizaram
pela primeira vez o termo átomo para se
referir às partículas pequenas, indivisíveis e
indestrutíveis, que eles acreditavam ser a
unidade constituinte da matéria.

Modelo atômico de
Thomson
O modelo atômico proposto por Joseph John
Thomson, em 1898, afirma que o átomo
possui natureza elétrica, é divisível e
formado por partículas subatômicas.

Thomson descobriu a existência de


partículas carregadas negativamente
(elétrons) no átomo, derrubando o conceito
de Dalton, que afirmava que o átomo seria
indivisível.

Por meio de experimentos, Thomson


construiu uma nova teoria atômica, na qual
defendeu a existência de cargas elétricas
negativas presas a um núcleo, com
carga elétrica positiva. Devido a essa
estrutura, esse modelo atômico é
conhecido como modelo do “pudim de
passas”.

O modelo de Thomson é conhecido como


“pudim de passas”.

As considerações do modelo atômico de


Thomson são:

O átomo é esférico e divisível.

O átomo é eletricamente neutro,


possuindo a mesma quantidade de
partículas negativas e positivas.

Os elétrons não estão presos no


núcleo positivo, podendo ser
transferidos a outros átomos, em
determinadas condições.

As cargas elétricas negativas estão


uniformemente distribuídas ao redor
do núcleo positivo, por repulsão
eletrostática.

Modelo atômico de
Rutherford
Ernest Rutherford propôs um novo modelo
atômico em 1911, no qual afirma que o
átomo é formado por uma região central de
massa elevada e com caráter elétrico
positivo. Em torno dele, há uma região de
massa desprezível em que orbitam os
elétrons (partículas de carga negativa).

Em razão dessa configuração, o átomo de


Rutherford é comparado ao Sistema Solar,
assumindo o núcleo como o Sol e os
elétrons como os planetas, e conhecido
como modelo do sistema planetário.

O modelo atômico de Rutherford é


conhecido como modelo planetário.

Nesse modelo, o átomo é formado por


duas principais regiões: o núcleo e a
eletrosfera. O núcleo é a região central do
átomo. Apresenta alta massa e alta
densidade por concentrar as partículas de
carga elétrica positiva (prótons) em um
pequeno volume.

A eletrosfera é a região em torno do núcleo


que abriga os elétrons. Como os elétrons
são partículas minúsculas, assume-se que
a eletrosfera é formada por extensos
espaços vazios, por isso possui baixa
densidade.

Modelo atômico de Bohr


O modelo atômico de Bohr, proposto por Niels
Bohr em 1913, determina que a
eletrosfera é formada por camadas de
energia nas quais se distribuem os
elétrons.

Esse modelo é conhecido também como


modelo atômico de Rutherford-Bohr, pois é
uma evolução do modelo de Rutherford
e resolve uma de suas falhas, que trata
da estabilidade dos átomos. O modelo de
Rutherford, apesar de explicar muitos
aspectos da matéria, desobedecia a alguns
princípios de energia da Mecânica Clássica,
como o fato de os elétrons não perderem
energia durante sua trajetória circular em
torno do núcleo.

Empregando os conceitos recém-


descobertos da Mecânica Quântica, o físico
Niels Bohr conseguiu justificar essa
observação, determinando que os elétrons
ocupam camadas eletrônicas com
valores pré-definidos de energia, de
maneira que a energia do elétron em uma
camada se mantém constante ao longo de
sua movimentação.

As camadas eletrônicas são mais


energéticas conforme mais distantes
do núcleo se encontrem. Os elétrons
podem transitar entre as camadas apenas
por meio da absorção ou liberação da
diferença de energia existente entre duas
camadas. Esse processo é conhecido como
transição eletrônica.

As camadas eletrônicas do modelo atômico


de Bohr são representadas pela
sequência de letras K, L, M, N, O, P e Q,
cada uma possuindo uma determinada
capacidade de acomodar elétrons.

O modelo atômico de Bohr organiza a


eletrosfera em camadas de energia.

O modelo atômico de Rutherford-Bohr é


construído com base em alguns
postulados:

Os elétrons descrevem órbitas


eletrônicas circulares ao redor do
núcleo, em razão da atração
eletrostática entre cargas elétricas de
sinais opostos.

Essas órbitas são as camadas ou


níveis eletrônicos.

As camadas eletrônicas possuem


apenas valores de energia constantes
e determinados (conceito de
quantização de energia).

A movimentação dos elétrons em uma


camada eletrônica não envolve
emissão ou absorção de energia de
forma espontânea.

Os elétrons não ocupam regiões


intermediárias entre as camadas.

Os elétrons apenas transitam para


uma camada de maior energia ao
absorver energia de uma fonte
externa, situação em que ficam
instáveis. Para retomar a estabilidade,
os elétrons retornam ao seu nível
inicial, liberando a energia absorvida
sob a forma de luz ou calor. Esse
conceito é conhecido como transição
eletrônica.

O modelo de Bohr é o mais empregado para


entender a estrutura atômica, no entanto
também apresenta algumas limitações,
como a falha para explicar a ocorrência
de ligações químicas e o comportamento
de átomos maiores.

Acesse também: Distribuição eletrônica em


camadas — como fazer?

Modelo atômico de
Schrödinger
Com a evolução da ciência e da Mecânica
Quântica, novas teorias foram
desenvolvidas para entender o átomo. O
modelo atômico atualmente aceito é o
modelo proposto por Schrödinger em 1926,
que conta com a contribuição de outros
cientistas e suas descobertas.

Antes de Schrödinger propor sua teoria


para explicar o átomo, o físico Arnold
Sommerfield fez uma relevante
contribuição ao modelo atômico de
Rutherford-Bohr, propondo que as órbitas
eletrônicas não seriam circulares, mas
sim elípticas. Isso foi importante, porque
determinava que os elétrons possuíam
velocidades diferentes, uma vez que
estavam a diferentes distâncias do núcleo.

O físico Louis de Broglie, baseando-se no


conceito da dualidade onda-partícula,
determinou que o elétron possui trajetória
constante quando se comporta como
partícula e movimento ondulatório quando
se comporta como onda.

Assim, reunindo todos esses conceitos e


fazendo uso de cálculos matemáticos,
Schrödinger concluiu que a eletrosfera
não é formada por órbitas de trajetória
determinada, mas sim por regiões que
se assemelham a nuvens eletrônicas.

Com essa ideia, o modelo atômico de


Schrödinger inseriu o conceito de orbital
atômico, explicado como sendo uma
região de alta probabilidade de se encontrar
elétrons e que é definida matematicamente
por meio de uma equação matemática,
conhecida como função de onda.

O modelo atômico de Schrödinger define


regiões em torno do núcleo em que há
maior probabilidade de se encontrar
elétrons.

História dos modelos


atômicos
Os primeiros registros sobre tentativas de
entender a matéria e seus fenômenos são
de cunho filosófico, e não experimental. Em
478 a.C., Leucipo defendia que o
universo era formado por elementos
indivisíveis e o vazio entre eles, sendo a
movimentação de tais elementos
responsável pelos eventos de criação e
destruição de substâncias.

Mais tarde, seu seguidor, Demócrito,


aperfeiçoou o pensamento de Leucipo,
defendendo que a matéria era
constituída por pequeníssimas
partículas indivisíveis, às quais deu o
nome de átomos. Ainda, Demócrito
defendia que a formação da matéria
resultava da combinação de partículas dos
elementos fogo, água, terra e ar.

Essa discussão se manteve a nível


filosófico até o século XVII, quando
experimentos de laboratório começaram a
ser desenvolvidos pelos cientistas da
época.

Uma das primeiras contribuições


científicas foram as de Robert Boyle,
que concluiu que as substâncias químicas
eram formadas por unidades fundamentais,
as quais tinham diferentes naturezas, de
acordo com a substância. Os estudos de
Antoine Lavoisier para o princípio de
conservação de energia impulsionaram o
estudo, por outros cientistas, de
combinações químicas entre átomos de
diferentes elementos.

Baseado nos experimentos de confirmação


das leis ponderais, John Dalton chegou à
formulação da primeira teoria atômica
em 1808, afirmando que a matéria é
formada por partículas indivisíveis e
maciças. Mais tarde, foi verificado que na
realidade os átomos não eram indivisíveis,
mas sim formados por partículas
subatômicas que continham carga elétrica,
sendo os átomos penetráveis e
destrutíveis.

Em 1878, o cientista William Crookes criou


um dispositivo que permitiu que gases, em
determinada pressão, conduzissem
corrente elétrica. Utilizando um
equipamento semelhante, J. J. Thomson
conseguiu determinar a existência de
partículas carregadas negativamente
no átomo, as quais nomeou como elétrons.

Assim, o modelo de Dalton deixou de ser


válido e foi atualizado por J. J.
Thomson, que apresentou um novo
modelo atômico, agora assumindo o átomo
divisível e formado por partículas com
carga elétrica negativa fixadas em um
núcleo positivo. Para chegar a essa
conclusão, Thomson contou com avanços
da ciência obtidos por outros cientistas da
época, como Robert Milikan, Michael
Faraday e Eugen Goldstein.

Rutherford era um estudioso da


radioatividade. Em um de seus dias de
trabalho em 1911, notou que um feixe de
partículas alfa, em vez de ser retido por
uma lâmina metálica (resultado esperado
caso o átomo fosse maciço), a atravessava,
sendo que algumas partículas ainda
sofriam desvios de trajetória.

Investigando essa observação


experimental, Rutherford propôs um
novo modelo atômico, ao concluir que, na
realidade, os átomos são formados por
duas regiões diferentes — uma densa e
maciça, o núcleo, e outra quase vazia, onde
orbitam os elétrons.

A proposta de Rutherford era bastante


consistente e explicava diversos
fenômenos da matéria. No entanto, ia
contra um dos princípios da eletrodinâmica,
que comprova que uma partícula em
movimentação constante perde energia.

Ernest Rutherford criou o modelo atômico


conhecido como sistema planetário. [1]

Pouco tempo depois, a contradição do


modelo de Rutherford foi solucionada
por Niels Bohr, com a combinação de

Você também pode gostar