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TRABALHO DE QUÍMICA

MAYSA HERZOG
MIGUEL F. ENGSTER
PEDRO A. AGUIAR
RENATA DEAK

MODELOS ATÔMICOS

Professora: Raquel Canova

Santa Rosa
2023
O QUE SÃO OS MODELOS ATÔMICOS

Os modelos atômicos são raciocínios que tentam explicar a matéria e seus


fenômenos. Conforme o passar do tempo e a evolução da ciência, foram feitas
novas mudanças e aperfeiçoamento desses modelos atômicos. Diversos cientistas
pensaram em modelos atômicos, como por exemplo Dalton, Thomson, Rutherford,
Bohr e Sommerfeld que serão citados no decorrer do trabalho, e todos tinham o
átomo como partícula fundamental. Com a evolução da ciência, novos modelos
atômicos e novas interpretações sobre o átomo foram propostas.

QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS MODELOS ATÔMICOS?

1. Modelo atômico de Dalton (modelo bola de bilhar) — 1808;


2. Modelo atômico de Thomson (modelo pudim de passas) — 1898;
3. Modelo atômico de Rutherford (modelo planetário) — 1911;
4. Modelo atômico de Bohr (modelo Rutherford-Bohr) — 1913;
5. Modelo atômico de Sommerfeld(Sommerfeld – Bohr) — 1916.

MODELO ATÔMICO DE DALTON

O modelo atômico de Dalton, foi a teoria pioneira para a tentativa de explicar


a formação da matéria e foi desenvolvida por John Dalton em 1808.
Esse modelo propõe que o átomo seria uma esfera maciça, homogênea,
indivisível e indestrutível, e por isso também é conhecido como modelo da “bola de
bilhar”.
Para explicar sua ideia, Dalton determinou alguns princípios que explicam a
formação da matéria e seus fenômenos, se baseando na ideia que o átomo é
indivisível, entre eles:
1. Os átomos são pequenas partículas indivisíveis e formam a matéria;
2. Os átomos de um mesmo elemento químico são idênticos;
3. Já os átomos com elementos químicos diferentes possuem propriedades
químicas e físicas distintas;
4. Átomos não são criados ou destruídos;
5. O peso do átomo é o que define o elemento;
6. Quando formam substâncias os átomos não se alteram;
7. Uma reação química acontece a partir da simples reorganização dos átomos,
os quais mantêm a sua identidade.
Atualmente, apenas as ideias que o átomo é maciço e indivisível e que os
elementos são definidos pelo peso do átomo foram descartados, os outros se
preservam até hoje.
Algo que chama atenção, é que antes mesmo de Dalton propor sua teoria
atômica, já existiam questionamentos sobre a composição da matéria. Isso se deu
no século V a. C. na Grécia Antiga, quando os filósofos Demócrito e Leucipo
utilizaram pela primeira vez o termo átomo para se referir a pequenas partículas
indivisíveis e indestrutíveis, que eles acreditavam ser a formadora da matéria.

MODELO ATÔMICO DE THOMSON

O modelo atômico de Thomson, afirma que o átomo possui natureza elétrica,


é divisível e é formado por partículas subatômicas. Foi proposto por Joseph John
Thomson, em 1898.
Thomson fez uma descoberta muito importante, que derrubou o princípio de
Dalton que o átomo seria indivisível, onde ele alegava que os átomos tinham
partículas carregadas negativamente, chamadas de elétrons.
Thomson construiu seu modelo atômico com base nas descobertas
relacionadas com a radioatividade e experimentos realizados com o tubo de raios
catódicos, construído pelos cientistas Geissler e Crookes. Veja a imagem a seguir:
Quando um gás rarefeito, em baixa pressão, é submetido a uma alta tensão
elétrica (por exemplo, 15000 V), produz um feixe de luz (composto por cargas
elétricas) que parte do cátodo (polo negativo) em direção ao ânodo (polo positivo).
Com esse experimento, Thomson chegou à conclusão de que, quando os
átomos do material gasoso no interior do tubo eram submetidos a uma alta tensão,
seus elétrons eram arrancados e direcionados até a placa positiva.

OS PRINCÍPIOS DO MODELO DE THOMSON

Thomson ao realizar seu modelo atômico, fez algumas considerações:


1. O átomo é esférico e divisível;
2. O átomo é eletricamente neutro, possuindo a mesma quantidade de
partículas negativas e positivas;
3. Os elétrons estão presos no núcleo positivo, porém em certas condições,
podem ser transferidos a outros átomos;
4. As cargas elétricas negativas estão igualmente distribuídas ao redor de do
núcleo positivo, por repulsão eletrostática.
5. Associou o seu modelo a um pudim de passas (as quais representam os
elétrons);

Relação entre o pudim de passas e o modelo atômico.

PROBLEMAS NO MODELO DE THOMSON

Apesar de Thomson ter feito novas descobertas, alguns problemas foram


encontrados entre eles:
1. Thomson propôs que o átomo apresentava uma estabilidade em relação à
distribuição uniforme dos elétrons, o que poderia ser modificado por
influência de energia. Porém, a Física Clássica, com base no
eletromagnetismo, não permite a existência de um sistema estável pautado
apenas na repulsão entre as partículas de mesma carga;
2. Para Thomson, os elétrons estão distribuídos uniformemente no átomo, mas
eles têm a capacidade de se deslocar de forma acelerada e, por isso, devem
emitir radiação eletromagnética em certas frequências específicas. Todavia,
isso não era observado;
3. O modelo de Thomson era muitas vezes ineficaz para explicar propriedades
atômicas, como sua composição e organização.

MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD

Em 1911, o cientista neozelandês Ernest Rutherford criou o terceiro modelo


atômico. Este modelo também é conhecido como “sistema solar”, e foi o modelo que
provocou a evolução do conhecimento sobre o constituidor da matéria, o átomo.

A construção do modelo de Rutherford teve início com o estudo das


propriedades dos raios X e das emissões radioativas, culminando na utilização de
radiação sobre um objeto inerte, isto é, que não reage com facilidade
Para criar seu modelo atômico, Rutherford realizou um experimento com a
seguinte disposição:
Componente A:uma amostra de polônio (emissor de radiação alfa) colocada
em um bloco de chumbo. Nesse bloco havia um pequeno orifício por meio do qual
ocorria a passagem da radiação;
Componente B: lâmina finíssima de ouro posicionada à frente da caixa de
chumbo;
Componente C: Placa metálica recoberta com material fluorescente (sulfeto
de zinco) posicionada atrás, ao lado e um pouco à frente da lâmina de ouro.
Realização do experimento de Rutherford:

REPRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS OBSERVADOS NO EXPERIMENTO DE


RUTHERFORD:

Região 1: área que recebeu maior parte da radiação alfa emitida pelo polônio, o
que provou que a radiação atravessou a lâmina de ouro sem sofrer desvios
consideráveis;
Região 2: pontos diversos, localizados na parte de trás da lâmina de ouro, que
receberam uma menor quantidade de radiação alfa, mas que não estavam na
direção do orifício de saída, da região da caixa de chumbo, o que provou que essas
radiações sofreram um grande desvio após cruzarem pela lâmina de ouro;
Região 3: regiões localizadas à frente da lâmina de ouro que receberam uma
quantidade extremamente pequena de radiação alfa, o que comprova que parte da
radiação alfa se chocou com a lâmina e foi rebatida.

INTERPRETAÇÕES DOS RESULTADOS DO EXPERIMENTO DE RUTHERFORD


Interpretação sobre a região 1: Entendendo que grande parte da radiação alfa
atravessou a lâmina de ouro sem nenhum desvio, conclui-se que os átomos contêm
grandes espaços vazios, que depois foi intitulada de eletrosfera, que não continham
nada capaz que pudesse interferir na radiação alfa;
Interpretação sobre a região 2: Percebe-se que a quantidade que foi interferida e
sofreu um pequeno desvio, possivelmente passou próximo de uma região positiva, o
núcleo de um átomo, provavelmente de tamanho menor, que provocou um pequeno
desvio;
Interpretação sobre a região 3: E por fim, a região onde uma pequena parte da
radiação alfa foi rebatida se chocou com a região positiva de um átomo,
extremamente pequena, mas que foi suficiente para rebater a radiação.

CARACTERÍSTICAS DO MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD

Depois de realizar o experimento e relatar o que havia acontecido, Rutherford


concretizou seu modelo atômico com as seguintes características:
a) Núcleo (que foi comparado ao sol no sistema solar)
Uma região central do átomo que apresenta:
● partículas positivas (os prótons);
● baixo volume;
● maior massa;
● maior densidade do átomo.
b) Eletrosferas (que foram comparadas às órbitas descritas pelos planetas no
sistema solar)
Regiões do átomo que apresentam:
● imensos espaços vazios entre si;
● partículas de natureza negativa (os elétrons).

MODELO ATÔMICO DE BOHR

O Modelo Atômico de Bohr aparece com o aspecto de órbitas que contém


elétrons, e no âmago, um núcleo de menor tamanho.
Niels Henry David Bohr(1885-1962), foi um físico dinamarques que deu
andamento as pesquisas ja feitas por Rutherford, ou seja, ele aperfeiçoou o que ja
havia sido proposto no Modelo Atomico de Rutherford. Por esse fato, o princípio da
matéria, o átomo de Bohr é conhecido por Rutherford-Bohr. Um fato interessante é
que Bohr e Rutherford trabalharam juntos para a realização de tal feito.
Através de pesquisas, diferentemente do Modelo de Rutherford, Bohr
conseguiu explicar o comportamento do átomo de hidrogênio. Porém, mesmo com
essas colaborações, o Modelo de Bohr ainda não é totalmente perfeito, isso porque
ainda faltavam lacunas para serem preenchidas. Então, em 1913 realizou novos
experimentos que comprovaram essas falhas, fazendo com que ele propunha-se um
novo modelo.

POSTULADOS DE BOHR

Mediante as pesquisas realizadas por Bohr, ele obteve tais princípios:

1. Quantização da energia atômica (cada elétron apresenta uma quantidade


específica de energia).
2. Os elétrons se movem em uma órbita, as quais são chamadas de “estados
estacionários”. Ao absorver energia, o elétron salta para uma órbita mais
distante do núcleo.
3. Quando absorve energia, o nível de energia do elétron aumenta saltando
para uma camada mais externa. Por outro lado, ela diminui quando o
elétron emite energia.
4. Os níveis de energia, ou camadas eletrônicas, acomodam um número
determinado de elétrons e são designados pelas letras: K, L, M, N, O, P, Q.

Com essas conclusões, percebesse que o modelo atômico de Bohr estava


ligado à mecânica quântica. A partir da década de 20, em especial os físicos Erwin
Schrödinger, Louis de Broglie e Werner Heisenberg, acrescentaram contribuições
no que se diz respeito ao modelo da estrutura atômica.

MODELO ATÔMICO DE SOMMERFELD


O modelo atômico de Rutherford Bohr explicava de maneira satisfatória o
comportamento do elétron no átomo de hidrogênio. Então, cientistas na tentativa de
replicar a teoria nos elementos que possuem mais elétrons em suas composições,
encontraram desigualdades entre as evidências teóricas e a condição real obtida
nos espectros de emissão.
Os espectros de emissão de átomos com mais elétrons apresentavam uma
particularidade: sua formação era composta por um conjunto de linhas. Esta
particularidade fez com que este conjunto fosse denominado de espectro raia. A
partir da observação deste fato, foi possível prever os níveis de energia por onde os
elétrons circulavam, pois constataram que as linhas de uma raia ficavam muito
próximas umas das outras, ou seja, se especulava novos valores de energia.
O físico Arnold. Sommerfeld, em 1916, especulou espectros com múltiplas
linhas justapostas e segundo ele, os níveis de energia enunciadas por Bohr
(K,L,M,N…) eram integradas por subníveis, de órbitas elípticas e de variações
angulares.

As órbitas do átomo de Sommerfeld mostraram um novo número quântico,


chamado de número quântico secundário (l). Este número secundário, iria descrever
as subcamadas de energia juntamente dos momentos angulares, e isso seria
definido pela equação l=n-1. Na prática, teremos para a camada M (n=3), o valor do
número quântico secundário igual a 2. Observa-se que a órbita mais arredondada é
onde o elétron possuirá maior valor de energia.
O modelo atômico de Sommerfeld, através do segundo número quântico
conseguiu explicar o porquê da existência de linhas múltiplas nas raias espectrais.
Segundo ele, essas linhas de energia seriam subníveis de energia, e foram
caracterizadas com as letras “s”, “p”, “d” e “f”.
Mesmo com esse avanço, ainda existiam dúvidas sobre esses espectros sob
ação de intensos campos magnéticos. Isso se dava pois quando o espectro sofria
ação de campos magnéticos ele se decompunha , gerando novas bandas
espectrais. Buscando alguma maneira de esclarecer esse fato, foi proposto que o
elétron reagiria com o campo magnético absorvendo um determinado valor de
energia, e isso o alteraria. Essa hipótese permitiu que um novo número quântico
fosse determinado, o terceiro número quântico ou número quântico magnético (ml).
O físico suiço Johann Jakob Balmer ao analisar espectros finos, percebeu a
existência de duas linhas muito próximas. Foi pressuposto então, um quarto número
quântico, o número quântico de spin(ms). Sendo o elétron uma partícula que possui
um eixo imaginário, e ele executaria um movimento de rotação sobre o mesmo,
dado a esse fato, o nome de spin, que inglês significa “rodar”. Esse dado levou ao
princípio de exclusão enunciado por Wolfgang Pauli, que indica não existir, em um
mesmo átomo, dois elétrons iguais.
Na década de 1920, Louis Broglie, físico francês, afirmou que o eletros
possuía em sua natureza a “onda-particula”, o que permitiu a evolução do modelo
atômico Sommerfeld-Bohr.

Modelo atômico de Sommerfeld-Bohr

REFERÊNCIAS
https://brasilescola.uol.com.br/fisica/modelos-atomicos.htm
Conteúdos Escolares - Toda Matéria (todamateria.com.br)
https://www.todamateria.com.br/modelo-atomico-de-bohr/
https://www.infoescola.com/quimica/modelo-atomico-de-sommerfeld/

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