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INFORMÁTICA APLICADA

DISPERSÃO DE RUTHERFORD

2022
Membros do Grupo:
 Cristóvão Elias
 Hélio Jorge Rádio

IV GRUPO

 LICENCIATURA EM FÍSICA
FÍSICA ATÓMICA
Atómica parte da física que estuda a estrutura do átomo.
Estrutura atómica é a composição de um átomo, partículas
infinitamente pequenas que constituem toda matéria. São três
partículas fundamentais: protões, electrões e neutrões.
HISTÓRIA DO ÁTOMO E EVOLUÇÃO DO ÁTOMO

Desde a Antiguidade, os homens tentavam encontrar respostas


para entender a natureza e tudo que os cercava.
A história do que viria a ser o átomo iniciou-se com Leucipo de
Mileto, filósofo grego que se acredita ser o mestre de Demócrito
de Abdera.
A teoria de Leucipo e Demócrito afirmava que o universo era
formado por um número infinito de partículas muito pequenas e
indivisíveis. A estas partículas chamaram de átomo O conceito
de que as partículas constituintes da matéria eram tão pequenas
que não podiam ser vistas a olho nu estava correto; no entanto, a
teoria de indivisibilidade do átomo foi destruída cerca de dois
mil anos depois.
MODELO ATÓMICO DE DALTON
2.300 anos depois, o químico inglês John Dalton (1766 – 1844).),
Estudando os resultados de vários experimentos, resolveu resgatar
as ideias de Leucipo e Demócrito, Em finais do século XIX, o
átomo foi definido com base na teoria atómica de Dalton como a
unidade base de um elemento químico.
Dalton formulou três enunciados:
 Toda matéria é constituída por átomos. Estes são muito pequenos,
indivisíveis e indestrutíveis, podendo ser representado por uma
esfera.
 Átomos de um mesmo elemento químico são idênticos e em
transformações químicas apresentam o mesmo comportamento.
 Elementos químicos diferentes são formados por átomos
diferentes que se comportam de maneira desigual quando
submetidos a transformações químicas.
O modelo atómico de Dalton ficou conhecida como modelo
atómico de bola de Bilhar.

Modelo Atómico De Thomson


No início do século XX, dois modelos atómicos estavam em atenção na
comunidade científica, um deles era o modelo de J.J. Thomson. Em 1903
Thomson descreveu o átomo como uma esfera maciça de carga positiva
uniformemente distribuída contendo electrões que vibravam no seu
interior (XAVIER; BARRETO, 2010).
Thomson sabia que o átomo era neutro, portanto, se havia partículas
carregadas negativamente, deveriam existir também cargas positivas.
Assim, propôs um modelo que descrevia o átomo como uma esfera
carregada positivamente, no qual estariam incrustados os electrões, com
carga eléctrica negativa.
O modelo atómico de Thomson ficou conhecida como pudim de passas,
pois ele, descreveu átomo como sendo uma esfera maciça de carga positiva
distribuída uniformemente contendo electrões que vibravam no seu interior
(XAVIER; BARRETO, 2010).

Modelo “pudim de passas” do átomo proposto por J. J. Thomson (Fonte: Brown, T. L.; et al.
Química, a ciência central, 9 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005).
MODELO ATÓMICO DE RUTHERFORD

No intuito de formular o melhor modelo para o átomo, Ernest Rutherford


(1871-1937) e seus colaboradores, Ernest Marsden e Hans Geiger,
perceberam por volta de 1908 que partículas alfa emitidas por
substâncias radioactivas, como o polónio, apresentavam energia e massa
que propiciariam um estudo mais detalhado sobre as características dos
átomos.
Com essa ideia, Rutherford desenvolveu um experimento que consistia
em bombardear com partículas alfa uma placa de ouro. Durante a
realização do experimento, Rutherford percebeu, por meio de cintilações
luminosas em um anteparo de sulfeto de zinco (ZnS), que algumas
partículas atravessavam a folha de ouro sem sofrer desvios, porem
algumas partículas foram desviadas em ângulos superiores à 90∘, o que
não era previsto no modelo de Thomson (PALANDI et al., 2010).
CONT.
A observação dos resultados levou Rutherford a concluir que desvios
maiores que 90∘ só seriam possíveis se essas partículas colidissem com
uma carga positiva concentrada em uma região menor que todo o átomo.
Desta forma, em Maio de 1911, Rutherford propôs seu modelo atómico
contrariando os outros dois modelos, o velho pudim de passas.
Dessa forma, Para ele, o átomo era constituído por duas regiões diferentes:
núcleo e electrosfera. No núcleo estariam concentradas praticamente quase
toda a sua massa e a carga positiva do átomo. Os electrões eram
representados descrevendo órbitas circulares em torno do núcleo.
O experimento de Rutherford conduziu a estudos mais detalhados da
matéria e da estrutura de partículas como os protões e neutrões derrubando
de vez a ideia inicial de o átomo ser indivisível, (SIQUEIRA;
PIETROCOLA, 2010).
DESCOBERTA DO NÚCLEO ATÓMICO
Exercitando as habilidades de observar, colectar informações disponíveis
e duvidar do que já existe, para então, emitir um novo conhecimento,
outra descoberta estava por surgir. Ao realizar o experimento, algo
extraordinário aconteceu: algumas partículas alfa eram desviadas quando
passavam através das folhas metálicas de ouro.
Para afastar qualquer dúvida, Rutherford e sua equipe repetiram o
experimento utilizando folhas de outros tipos de materiais e perceberam
que o fato se repetia de acordo com o seguinte critério: quanto maior a
massa atómica do material, maior a dispersão das partículas alfa em
ângulos maiores.
Rutherford e sua equipe concluíram que:
 Presença de um núcleo: O átomo não poderia ser maciço. Ele deveria
apresentar um núcleo muito pequeno em relação ao seu tamanho total,
no qual a maior parte do átomo seria, então, vazia. Rutherford chegou a
essa conclusão considerando que a maioria das partículas alfa
atravessava livremente a lâmina metálica.
CONT.
Poucas partículas alfa eram desviadas, e um número menor ainda era
reflectido. Esse fato levou o cientista a concluir também que o núcleo
apresentaria quase a totalidade da massa do átomo e teria carga positiva.
 Existência de electrosfera: Região situada ao redor do núcleo onde se
encontram os electrões “carregados negativamente”.
Assim como a Terra e os demais planetas giram ao redor do Sol, os
electrões giram em torno do núcleo para equilibrar a carga positiva.

Figura : Conclusão de Rutherford sobre o experimento de emissão de


partículas alfas
DISPERSÃO DE RUTHERFORD
Podemos definir Dispersão de Rutherford como o espalhamento elástico
entre partículas com carga. Portanto, digamos que temos duas partículas,
ambas com carga total positiva e que uma destas partículas está se a
aproximar da outra.

Distância de maior aproximação


A distância de maior aproximação é determinada por duas coisas, primeiro
pela energia cinética inicial da partícula alfa. A outra quantidade da qual esta
distância depende é a energia potencial electrostática entre estas duas
partículas com carga. Esta energia potencial é igual ao produto das duas
cargas dividido por quatro vezes 𝜋 vezes 𝜀 zero, a permissividade do espaço
livre, tudo multiplicado pela distância entre as duas cargas, .
CONT.
A energia potencial eléctrica entre duas cargas semelhantes, tenderá a manter
as cargas afastadas uma da outra.
Esta repulsão fica mais forte e podemos ver a nossa energia potencial
electrostática entre as duas cargas aumentar à medida que 𝑟, a distância entre
as cargas, fica cada vez menor. É esta repulsão crescente que diminui a
energia cinética.
Quando a nossa partícula alfa chegar a uma velocidade igual a zero, podemos
dizer que a energia cinética inicial da partícula alfa é igual à energia potencial
electrostática que esta experimenta. Quando , então 𝑟, a distância entre estas,
é igual ao que chamaremos de 𝑑 índice 𝑐. Esta é a distância de maior
aproximação. Então, se as nossas duas partículas estão a esta distância, 𝑑
índice 𝑐, podemos definir
Isolando a distancia de maior aproximação ficaremos com seguinte
equação: .
A partícula alfa, após entrar directamente no núcleo maior, irá parar a uma
distância, esta é chamada de distância de maior aproximação e, em seguida,
começará a mover-se de volta na direcção de onde veio.
PARTE EXPERIMENTAL

Materiais
 O material necessário para montagem do experimento de
Rutherford consta na descrição que a seguir
apresentamos:
 Cubo de chumbo;
 Polónio (emissor alfa);
 Lâmina de Ouro (Au);
 Partículas alfas;
 Tela fluorescente/ sulfeto de zinco (ZnS).
PROCEDIMENTOS
A figura 4 mostra o simulador depois de ser iniciado, Do lado
esquerdo da janela central, encontram-se o lançador de partículas
alfa e a folha de metal, do lado direito legenda dos símbolos.

Figura 4. Tela inicial do modelo de Rutherford


Figura 4. Tela inicial do modelo de Rutherford
SIMULANDO O MODELO DE THOMSON
A Figura 5 mostra o modelo atómico pudim de passas, do
lado direito da janela da simulação é possível identificar os
elementos presentes na animação e alterar a energia da
partícula alfa, figura 5.a.
Simulando o experimento de Thomson, ao lançar partículas
alfa sobre uma placa de metal, as partículas alfa lançadas
passam pelo átomo sem sofrer algum desvio, ao marcar a
opção “Exibir trajectória” pode-se verificar que as
partículas passam pelo átomo livremente. Optando por
exibir trajectória, é possível visualizar as trajectórias.
Figura 5. Simulação do modelo de Thomson
SIMULANDO O EXPERIMENTO DE RUTHERFORD

Do lado direito da tela, acompanha uma legenda identificando os


símbolos representativos, como o núcleo, os níveis de energia, e a
trajectória de partícula alfa. É permitido alterar a energia da partícula
alfa, na faixa entre mínimo e máximo e modificar o elemento da folha
de metal, trocando o número de protões e neutrões. Ao apertar o
lançador, as partículas alfa serão emitidas em direcção à folha de
metal, Figura.6. Partículas alfa desviando do núcleo. Optando por
exibir trajectória, é possível visualizar as trajectórias e os desvios
sofridos pelas partículas alfa ao se aproximarem do núcleo.
Figura 6. Simulação do modelo de Rutherford

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