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Definição de leite
Padrão da ordenha
1) Retirar os 1° jatos
2) Lavar os tetos com água corrente
3) Imersão dos tetos em solução desinfetante
4) Secar com papel toalha descartável
5) Colocar as teteiras e ajustar (ISO 5707)
6) Retirar as teteiras após cessar o fluxo de leite
7) Imersão dos tetos em solução desinfetante
Funcionamento da ordenhadeira
1) Nível de vácuo
2) Pulsação
3) Pressão de colabamento
4) Vida útil
Após ordenha
1) Limpeza dos equipamentos
2) Limpeza do ambiente e dps materiais de trabalho
3) Limpeza na indústria
Microbiologia do leite
PESQUISA DE E.COLI
Microrganismo indicador: características no alimento
1º Rápida e fácil detecção
2º Contagem / correlação
3º Crescimento/ sobrevivência
Família Enterobacteriaceae
● Escherichia: G-, bastonetes retos, Ox negativa, anaeróbios facultativos
● Utilizados como indicador das condições de higiene dos processos de fabricação
● Membros são facilmente inativados pelos sanitizantes e são capazes de
colonizar vários nichos das plantas de processamento, quando a sanitização é falha
de pasteurização
Coliformes em queijos
● Estufamento precoce
● Sabor amargo /Estragado
● Odor de curral
● Limosidade
Fungos e leveduras
● Raros no leite fresco
● Não competem bem como bactérias (exceto em produtos com açúcar/ sal ou em
alimento ácido
● Várias não fermentam lactose, mas crescem com outros açúcares ( iogurtes com
frutas, sobremesas)
● Maior problema em produtos sólidos/semi-sólidos ( queijos, sobremesas lácteas )
● Defeitos: gás, sabores anormais, ranço, limosidade, colônias visíveis e pigmentadas
Deteriorantes
● Fermentadores → Streptococcus, Lactobacillus
● Proteolíticos → Pseudomonas, Flavobacterium
● Lipolíticos → pseudomonas, Alcaligenes
● Produtores de gás → Coliformes, clostridium
MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS
● Tuberculose → Mycobacterium Bovis → extrapulmonar, tuberculose cutânea
● Paratuberculose → Mycobacterium avium → diarreia, perda de peso
● Brucelose → Brucella bovis
● Salmonelose →salmonella → IG de aves e mamíferos → aves e suínos
● Campilobacteriose → campylobacter jejuni → aves → Transmissão por alimentos →
leite cru
● Escherichia Coli → E. coli
● Listeriose → Listeria monocytogenes → cru e processado → resistente
● Streptococcus agalactiae → associado a mastite
● Febre Q → Coxiella burnetti → picada de artrópodes
● Bactérias → bacillus cereus,yersinia enterocolitica, Shigella dysenteriae
● Vírus → Febre aftosa → Picornaviridae Aphtovirus
● Protozoários → Criptosporidium parvum, Giardia, Toxoplasmose e Cyclospora
Composição do leite
● Porção aquosa
● Porção compostos sólidos
Sólidos não gordurosos: lactose, minerais, enzimas, compostos nitrogenados
Gordura
● Duas partes
● Outros lipídeos: fosfolipideos , colesterol, caroteno, Vit A,D,E e K
● Gordura verdadeira: triglicerídeos
● Maior variação
● 98-99% = triglicerídeos
● 1-2%= fosfolipídios, esteróis, carotenóides, vitaminas lipossolúveis e ácido graxos
livres
Água
● Pequena parte ligada
● Solução iônica, verdadeira, dispersão coloidal e emulsão
Tipos de Leite
● Lipólise
● Lipases são enzimas que catalisam a hidrólise de triacilgliceróis, com liberação
de ácidos graxos que podem estar associadas com a deterioração de muitos
alimentos
● Os ácidos graxos liberados durante a lipólise contribuem para o sabor forte,
rançoso e de sabão dos produtos lácteos, tornando-os inaceitáveis pelo
consumidor.
● No entanto, quando esta atividade é controlada, as lipases atuam no
desenvolvimento de atributos sensoriais desejáveis.
● Por exemplo, em alguns queijos de maturação prolongada a atividade lipolítica é
essencial para o desenvolvimento de sabores característicos.
Lipase endógena ( 37°C/ pH= 8)
Lactose
● Duas formas
● Complemente mais lábil
● Aspectos nutricionais
Primeiro componente que sofre variação pois os microorganismos vão consumi - lá
1. Recado de maillard
● É uma reação induzida termicamente, que ocorre nos alimentos entre um grupo
amino e uma carbonila.
● Ocorre em lacotacal de doce de leite / não pode ocorrer em leite em natura
Proteínas
Dois grupos principais
● Caseína
● Proteínas do soro
Alfa caseína tem função específica
as1- Caseína
● Facilmente coagulável
as2- caseína
● Pode também ser precipitada com baixas concentrações de cálcio
B- caseína
● Proteína mais hidrofóbica
● Menos sensível ao cálcio
K- Caseína
● Proteína mais organizada
● Resistente ao cálcio
● Ligação sensível a renina
● Posição 105 ( fenilalanina) e 106 ( metionina)
● Para K- Caseína ( resíduos 1-105)
● Macropeptídeo ( resíduos 106-169)
Proteínas do soro
B- Lactoglobulina
● Transporte de Vit A
● Rica em aminoácidos sulfurados
● Atividade antioxidante - destaque cisteína
a- Lactoglobulina
● Cada molécula da proteína é ligada a 1 mol de cálcio
● Cálcio= reduz a gordura corporal e modula a adiposidade
Soroalbumina
● Procede do sangue
● Possível função: unir ácidos graxos e estimular atividades lipásicas
Imunoglobulinas
● Presentes IgG, IgM e IgA
Proteínas do leite
Enzimas
Fosfatase alcalina
● Camada externa do glóbulo de gordura
● Controla o processo de pasteurização
● Renaturação da enzima
Catalase
● Indicador indireto da qualidade do leite
● Não é bem vinda no leite- indica a presença de microorganismos
Fosfatase Alcalina
Xantina oxidase
● Flavoproteína
● Catalisa a oxidação de hipoxantinas
● Produz H2O2
Lactoperoxidase
● Resiste ao calor (80°C)
● Controla a pasteurização
Qualidade do leite
Definição:
Conjunto de características responsáveis pela aceitação do produto no mercado
Prioridade:
Qualidade do leite cru
Legislação Vigente
Instrução normativa nº 76/2018 - Regulamento Técnico dos produtos:
● Leite cru ou refrigerado
● Leite pasteurizado
● Leite pasteurizado tipo A
Características sensoriais
I-Líquido branco opalescente homogêneo
II-Odor característico
Parágrafo único: o leite cru refrigerado não deve apresentar resíduos de produtos de uso
veterinário e contaminantes acima dos limites máximos previstos em normas
complementares
Leite Pasteurizado
Classificação:
Matéria gorda
● Integral
● Semi- desnatado
● Desnatado
Teor de largura
● Integral: min. 3g/100g
● Semi desnatado: 0,6 a 2,9g/100g
● Desnatado: Max 0,5 g/ 100g
O leite pasteurizado deve ser transportado em veículo isotérmico com unidade frigorífica
operante
Denominação de venda
● Leite pasteurizado Integral
● Leite pasteurizado semidesnatado
● Leite pasteurizado desnatado
Denominação adicionais
● Justificada cientificamente
● Acompanhado de procedimentos
Art. 23. O leite pasteurizado tipo A deve ser envasado automaticamente em circuito fechado
Art. 24. O leite pasteurizado tipo A, de acordo com o conteúdo da matéria gorda, é
classificado como:
I – integral;
II – semidesnatado; ou
III – desnatado.
Art. 26. O leite cru refrigerado destinado a fabricação de leite pasteurizado tipo A não deve
apresentar substâncias estranhas à sua composição, tais como agentes inibidores do
crescimento microbiano, neutralizantes da acidez, reconstituintes da densidade ou do índice
crioscópico.
O leite pasteurizado tipo A não deve apresentar resíduos de produtos de uso veterinário e
contaminantes acima dos limites máximos previstos em normas complementares.
O leite cru destinado a fabricação do leite tipo A e seus derivados apresentar médias
geométricas trimestrais
● Contagem Padrão em Placas de no máximo 10.000 UFC/mL (dez mil unidades
formadoras de colônia por mililitro)
● Contagem de Células Somáticas de no máximo 400.000 CS/mL (quatrocentas mil
células por mililitro)
Na conservação
I- Conservação do leite cru na granja leiteira 5 C
II-Estocagem do leite pasteurizado tipo A em câmara frigorífica e expedição: 5ºC
III- Entrega ao consumo do leite pasteurizado tipo A: 7ºC
Denominação de venda:
I- Leite pasteurizado tipo A Integral
II- Leite pasteurizado tipo A Semidesnatado
III- Leite pasteurizado tipo A Desnatado
ESTABELECIMENTO
Programa de controle →Plano de qualificação de fornecimento de leite
GRANJA LEITEIRA
1. Ordenha em circuito fechado, com pré filtragem e bombeamento até o tanque de
estocagem
2. Dispor de dependências de beneficiamento e industrialização no mesmo prédio dsa
dependência de ordenha ou contíguas a esta, com isolamento e condução do leite
da ordenha em circuito fechado
3. Dispor de laboratórios para a realização do controle físico- químico e microbiológico
do leite
4. Dispor de sanitários e vestiários de uso destinado para funcionários do setor de
beneficiamento e industrialização daqueles ligados aos trabalhos nas instalações de
animais
5. O leite cru refrigerado deve ser analisado em laboratórios da RBQL, com frequência
mínima quinzenal
6. O leite produzido pela granja leiteira é denominado leite tipo A
Podem ocorrer:
● Etapas de produção
● Transporte do leite
● Coleta de amostras
● Nos laticínios
● Produtos á venda
Controle de qualidade do leite:
● Serviço de inspeção ( vinculados ao MAPA)
Federais, estaduais ou então municipais
Produção até a expedição
● ANVISA ( vinculada ao MS)
Produtos expostos ao consumidor
DESNATE
● Proibido o desnate → fraude
● Somente indústria podem realizar o desnate
● Retirada de gordura
● Elaboração de subprodutos
● Proibida na propriedade rural
● Aumento da densidade do leite → gordura é leve
ADIÇÃO DE RECONSTITUINTES
● Recompor características
● Reconstituindo a densidade / crioscopia
● Ex: sal, sacarose, farinha, amido, uréia e álcool
ADIÇÃO DE CONSERVANTES
● Diminui ou elimina microrganismos patogênicos
● Diminui alterações
● Ex: cloro, hipoclorito de sódio, peróxido de hidrogênio/água oxigenada e formaldeído
ADIÇÃO DE NEUTRALIZANTES
● Substâncias básicas são adicionadas para recompor o pH natural do leite
● Reduzir a acidez provocada pelo excesso de ácido lático produzido por
microorganismo
● Efeito apenas no pH, não possuindo efeito bactericida nem bacteriostático!
● Ex.: bicarbonato de sódio, cal e hidróxido de sódio (soda cáustica)
ADIÇÃO INDIRETA DE ANTIBIÓTICOS
● Adm terapêutica nos animais x Período de carência
● Reação alérgicas
● Resistência antimicrobiana
● Falhas no processamento de fermentação
ADIÇÃO DE AMIDO
● Baixo custo
● Reconstituir e aumento a densidade do leite
● Equilibrar o aumento de volume por adição de água