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Átomo

O átomo é a partícula base formadora de toda matéria. na tabela periódica: fica acima do símbolo cada átomo.
Átomo é a partícula microscópica que é base da formação de toda e qualquer substância. Por muito tempo,
acreditou-se que ele era a menor parte da matéria, o indivisível. Tanto que a palavra átomo provém do grego e
significa aquilo que não se parte.

No decorrer dos anos, foram formuladas teorias atômicas, cada uma delas com uma estrutura atômica diferente. A
evolução dessas teorias foi agregando à composição do átomo partículas ainda menores, como os prótons e
elétrons. Hoje, apesar de se manter o nome átomo, já sabemos que não se trata de um elemento indivisível e que
existem outras partículas menores, chamadas de partículas subatômicas. Temos catalogadas 118 espécies atômicas,
que são representadas na tabela periódica e classificadas de acordo com as características físico-químicas de cada
uma.

A hipótese de uma partícula indivisível, substancial à matéria, foi lançada pela primeira vez na Grécia Antiga por
Demócrito, que foi desacreditado pelos seguidores de Aristóteles. Séculos depois Dalton formulou a primeira teoria
atômica, na qual afirmava que o átomo era a menor partícula existente, sendo indivisível e indestrutível.

Depois de Dalton, vários teóricos tentaram explicar o átomo, sua estrutura e interação com o meio. O
desenvolvimento científico provou que, apesar de a palavra átomo significar “indivisível”, hoje sabemos que existem
diversas partículas subatômicas, ou seja, partículas intrínsecas ao átomo, como quarks, léptons e mésons.

Estrutura do átomo
A última teoria atômica aceita foi o modelo atômico de Schrodinger, que propõe que o átomo é composto por um
núcleo, onde se encontram os prótons (partículas positivas) e os nêutrons (partículas sem carga), rodeados por uma
nuvem de elétrons (partículas negativas) chamada eletrosfera, que se mantém conectada ao núcleo por força
eletromagnética. Uma exceção a essa estrutura são os hidrogênios, que não têm nêutrons, e os cátions desse
elemento não possuem elétrons.

Existem ainda as partículas fundamentais chamadas quarks, que compõem os prótons e nêutrons. Essas partículas


fundamentais organizam-se formando outras partículas maiores. O próton é formado por dois quarks up e um quark
down, além dos glúons,  que é outro de tipo de partícula subatômica e mediador das forças que unem os quarks. O
nêutron, por sua vez, é formado por um quark up e dois quarks down mais os glúons.
Modelo atômico de Dalton
Entre 1803 e 1807, Dalton propôs o primeiro modelo atômico, a primeira hipótese de como seria a estrutura de um
átomo. Para ele, o átomo era a menor parte da matéria e não poderia mais ser dividido. Assim, seria uma partícula
esférica, maciça, indivisível e indestrutível. O modelo atômico de Dalton ficou conhecido como “bola de bilhar”. Esse
modelo possui os seguintes princípios:

1. Todas as substâncias são formadas de pequenas partículas chamadas átomos;

2. Os átomos de diferentes elementos têm diferentes propriedades, mas todos os átomos do mesmo elemento
são exatamente iguais;

3. Os átomos não se alteram quando formam componentes químicos;

4. Os átomos são permanentes e indivisíveis, não podendo ser criados nem destruídos;

5. As reações químicas correspondem a uma reorganização de átomos.

Modelo atômico de Thomson


No séc. VI a.C., o filósofo Tales de Mileto já havia constatado experimentalmente a existência de elétrons. Mas só em
1897 Thomson concluiu, por meio de um experimento com tubos de raios catódicos, a existência de partículas
menores que o átomo e carregadas com carga elétrica negativa. Foi nesse momento que foi descoberta a primeira
partícula subatômica: o elétron.

A partir dessa descoberta, foi necessária a criação de um novo modelo, e foi Joseph John Thomson que propôs o
modelo atômico formado por uma esfera de cargas positivas com elétrons espalhados em sua superfície. Esse
modelo ficou conhecido como “modelo do pudim de passas”.

Ele demonstrou que esses raios podiam ser interpretados como sendo um feixe de partículas carregadas de energia
elétrica negativa. Em 1887, Thomson sugeriu que os elétrons eram um constituinte universal da matéria. Ele
apresentou as primeiras ideias relativas à estrutura interna dos átomos.

Thomson indicava que os átomos deviam ser constituídos de cargas elétricas positivas e negativas distribuídas
uniformemente. Ele descobriu essa mínima partícula e assim estabeleceu a teoria da natureza elétrica da matéria.
Concluiu que os elétrons eram constituintes de todos os tipos de matéria, pois observou que a relação carga/massa
do elétron era a mesma para qualquer gás empregado em suas experiências. Em 1897, Thomson tornou-se
reconhecido como o “pai do elétron”.

Modelo atômico de Rutherford

Em 1911 Rutherford lançou uma nova teoria atômica, contestando a estrutura proposta por Thomson. Hans Geiger e
Ernest Marsden foram precursores do modelo atômico proposto por Rutherford.

Supervisionado por Rutherfod, Marsden realizou, em 1909, o experimento da folha de ouro, no qual foi feita uma
emissão radioativa de partículas alfa em uma folha de ouro. Com isso, foi observado que muitas partículas
atravessavam a folha, mas algumas eram refletidas ou desviadas. A conclusão foi que o núcleo do átomo possuía
carga positiva e estava rodeado por elétrons de carga negativa.

Rutherford concluiu também que praticamente toda a massa do átomo estaria concentrada no núcleo, que, mesmo
assim, em questões dimensionais, seria muito pequeno em relação ao átomo como um todo.
Na proposta atômica de Rutherford, havia um ponto que entrava em conflito com a física clássica: o movimento
infinito dos elétrons em torno do núcleo atômico. De acordo com a teoria do eletromagnetismo, as partículas com
carga negativa que orbitam o núcleo perderiam energia de movimento e iriam, progressivamente, caindo de forma
espiralada de encontro com o núcleo. Essa foi a falha no modelo atômico de Rutherford.

Modelo atômico de Rutherford-Bohr

Niels Bohr, aluno e colega de trabalho, além de admirador da teoria criada pelo seu mentor, utilizando-se dos
estudos quânticos de Albert Einstein e da teórica quântica da energia de Max Planck, aprimorou o trabalho de
Rutherford.

O modelo atômico de Rutherford-Bohr propõe níveis de energia para explicar a distribuição eletrônica do átomo. De
acordo com Bohr, a eletrosfera de um elemento é formada por camadas, e as camadas mais distantes do núcleo são
as mais energizadas. Os elétrons giram em órbitas fixas, e só existe mudança de orbital ou retirada de elétrons se o
átomo for submetido a uma energia externa.

Ainda segundo Bohr, quando um elétron recebe quantum  (energia, que pode ser em forma de luz, calor,
eletricidade), ele tende a ir para uma camada mais externa, liberar a energia em  fótons (luz) e retornar à camada de
origem. Esse processo é chamado de salto quântico ou salto energético. Bohr descobriu também a existência de uma
partícula sem carga que compunha o núcleo do átomo juntamente aos prótons: os nêutrons.

Modelo atômico de Schrödinger

A partir do modelo atômico de Rutherford-Bohr, começaram a surgir questionamentos a respeito das partículas
subatômicas, principalmente sobre o comportamento dos elétrons e a delimitação da eletrosfera. Foi então
enunciado por Werner Heisenberg o Princípio da Incerteza.  De acordo com esse princípio, era impossível determinar
posição e velocidade de uma partícula.  À luz dessa afirmação, não tendo como estipular dados exatos sobre a
localização dos elétrons, Schrodinger, por meio de infinitos cálculos matemáticos, determinou uma região de maior
probabilidade de se encontrar um elétron. Foi então definido que a eletrosfera teria um formato de nuvem, uma
“nuvem de elétrons”.

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